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O queer como gesto profano em João Gilberto Noll

Queer as a Profane Gesture in João Gilberto Noll

El queer como gesto profano en João Gilberto Noll

Resumo

Partindo do princípio de que a escrita de João Gilberto Noll movimenta, em quase todo seu trajeto ficcional, deslocamentos de sentidos a respeito de categorias como “corpo”, “sexo” e “gênero”, apresentando seus personagens sempre através de uma ótica que coloca problemas aos limites binários “homem/mulher” e “homossexual/heterossexual”, este artigo busca elaborar uma análise de Acenos e afagos (Noll, 2008cNOLL, João Gilberto (2008c). Acenos e afagos. Rio de Janeiro: Record .) e Berkeley em Bellagio (Noll, 2002NOLL, João Gilberto (2002). Berkeley em Bellagio. Rio de Janeiro: Objetiva.) à luz do conceito denominado “profanação”, proposto por Giorgio Agamben. Trata-se, neste trabalho, de compreender o queer inscrito na obra do autor gaúcho como uma potência que, contestando os territórios sobre os quais a própria literatura se assenta, é capaz de profanar os ditames discursivos administrados pela lógica biopolítica que sustenta o ordenamento contemporâneo.

Palavras-chave:
queer; profanação; literatura brasileira contemporânea; João Gilberto Noll

Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB) Programa de Pós-Graduação em Literatura, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Universidade de Brasília , ICC Sul, Ala B, Sobreloja, sala B1-8, Campus Universitário Darcy Ribeiro , CEP 70910-900 – Brasília/DF – Brasil, Tel.: 55 61 3107-7213 - Brasília - DF - Brazil
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