Resumo
Neste trabalho foram analisados dois conjuntos com fotografias inéditas produzidos durante as Missões Antropológicas em São Tomé e Príncipe (1954) e Angola (1955). A investigação, no âmbito do projeto Photo Impulse (financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Portugal), permitiu examinar o discurso presente em diários e documentos oficiais em conjunto com a fotografia e sua materialidade, que agrega sentidos ao discurso ao propor modos de exibição. Com a análise, buscou-se pensar sobre os caminhos possíveis para a descolonização da fotografia colonial por meio da reflexão sobre o poder investido ao arquivo e sobre as relações de gênero, que foram “esquecidas” pelo paradigma modernidade-colonialidade.
Palavras-chave:
Fotografia Colonial; Missão Antropológica; Arquivo; Portugal; África; Descolonial