RESUMO
Este artigo estuda a oferta programática sobre a questão indígena, analisando as plataformas programáticas dos candidatos presidenciais para o período 1989-2017 no caso do Chile. Interrogamo-nos se existem diferenças entre as coligações e se as mudanças são observadas ao longo do tempo. Utilizando o Manifesto Research on Political Representation como ponto de partida teórica, neste artigo se assinala que, devido às características da questão indígena, não é conveniente restringirmo-nos à dicotomia “assimilação/multiculturalismo” oferecida por essa estratégia de análise. É aqui apresentado um quadro conceitual e metodológico que analisa de forma mais abrangente as posições programáticas dos partidos, a fim de distinguir posições assimiladoras, multiculturalistas e plurinacionais. Estudando empiricamente o caso do Chile, é dada uma contribuição teórica e metodológica, mostrando a existência de posições políticas mais complexas do que o esperado e que também evoluem ao longo do tempo.
Multiculturalismo; plurinacionalidade; Chile; Manifesto Project; povos indígenas