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Condições de trabalho nos ônibus e os transtornos mentais comuns em motoristas e cobradores: Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 2012

Working conditions on public buses and common mental disorders among drivers and fare collectors: Greater Metropolitan Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, 2012

Condiciones de trabajo y trastornos mentales en los conductores y cobradores: área metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 2012

Resumos

A prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) contribui para a carga mundial de doenças. O objetivo foi descrever a prevalência de TMC numa amostra de motoristas e cobradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, e verificar se as condições do trânsito e as condições internas aos ônibus estavam associadas ao desfecho. Os respondentes foram 1.607 trabalhadores. A amostra não probabilística foi estimada de acordo com as quotas do efetivo distribuído nas empresas de ônibus (n = 17.470). As entrevistas face a face utilizaram o questionário digital. Trânsito ruim perdeu significância estatística na análise multivariável; renda mais elevada e condições de trabalho e de segurança inadequadas mantiveram-se associadas ao desfecho. Comportamentos nocivos e situação vulnerável de saúde foram associados com TMC. Abordar a saúde dos trabalhadores dos ônibus urbanos é uma rara contribuição que pode amparar a elaboração de políticas públicas dirigidas às populações metropolitanas.

Transtornos Mentais; Condições de Trabalho; Saúde do Trabalhador; Transportes


Common mental disorders (CMD) contribute to overall burden of disease. The current study aimed to describe the prevalence of CMD among a sample of bus drivers and fare collectors in Greater Metropolitan Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, and investigate whether traffic conditions and conditions inside buses were associated with the outcome. This non-probabilistic sample of 1,607 workers was estimated from the size of the effective workforce (n = 17,470). Face-to-face interviews used a digital questionnaire with online data processing. Overall prevalence of CMD was 23.6%. Bad traffic conditions lost statistical significance in the multivariate analysis, while higher income and adverse working conditions and inadequate safety remained associated with the outcome. Harmful behavior and vulnerable health situations were associated with CMD. This study of urban bus workers' health is a unique contribution that can provide backing for public policies targeting metropolitan populations.

Mental Disorders; Working Conditions; Occupational Health; Transportation


La prevalencia de enajenaciones mentales comunes contribuye a la carga mundial de enfermedades. El objetivo fue retratar la prevalencia de trastornos mentales comunes (TMC) en una muestra de conductores y cobradores del área metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, y verificar si las condiciones del tráfico y las condiciones del interior de los autobuses estaban asociadas al resultado. Los entrevistados fueron 1.607 trabajadores. La muestra no probabilística fue estimada de acuerdo con las cuotas del efectivo distribuido en las empresas de autobuses (n = 17.470). Las encuestas cara a cara utilizaron el cuestionario digital. El tráfico malo perdió significación estadística en el análisis multivariable; renta más elevada y condiciones de trabajo y de seguridad inadecuados se mantuvieron asociados al resultado. Comportamientos nocivos y situación vulnerable de salud se asociaron con TMC. Plantear la salud de los trabajadores de autobuses urbanos es una contribución rara que puede apoyarse la elaboración de políticas públicas dirigidas a las poblaciones metropolitanas.

Transtornos Mentales; Condiciones de Trabajo; Salud Laboral; Transportes


ARTIGO ARTICLE

Condições de trabalho nos ônibus e os transtornos mentais comuns em motoristas e cobradores: Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 2012

Working conditions on public buses and common mental disorders among drivers and fare collectors: Greater Metropolitan Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, 2012

Condiciones de trabajo y trastornos mentales en los conductores y cobradores: área metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 2012

Ada Ávila AssunçãoI; Luiz Sérgio SilvaII

IFaculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil

IIUniversidade Federal de Viçosa, Viçosa, Brasil

Correspondência Correspondência: A. A. Assunção Departamento de Medicina Preventiva e Social, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais Av. Alfredo Balena 190, 6º andar, sala 630 Belo Horizonte, MG, 30310-450, Brasil adavilaas@uol.com.br

RESUMO

A prevalência de transtornos mentais comuns (TMC) contribui para a carga mundial de doenças. O objetivo foi descrever a prevalência de TMC numa amostra de motoristas e cobradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, e verificar se as condições do trânsito e as condições internas aos ônibus estavam associadas ao desfecho. Os respondentes foram 1.607 trabalhadores. A amostra não probabilística foi estimada de acordo com as quotas do efetivo distribuído nas empresas de ônibus (n = 17.470). As entrevistas face a face utilizaram o questionário digital. Trânsito ruim perdeu significância estatística na análise multivariável; renda mais elevada e condições de trabalho e de segurança inadequadas mantiveram-se associadas ao desfecho. Comportamentos nocivos e situação vulnerável de saúde foram associados com TMC. Abordar a saúde dos trabalhadores dos ônibus urbanos é uma rara contribuição que pode amparar a elaboração de políticas públicas dirigidas às populações metropolitanas.

Transtornos Mentais; Condições de Trabalho; Saúde do Trabalhador; Transportes

ABSTRACT

Common mental disorders (CMD) contribute to overall burden of disease. The current study aimed to describe the prevalence of CMD among a sample of bus drivers and fare collectors in Greater Metropolitan Belo Horizonte, Minas Gerais State, Brazil, and investigate whether traffic conditions and conditions inside buses were associated with the outcome. This non-probabilistic sample of 1,607 workers was estimated from the size of the effective workforce (n = 17,470). Face-to-face interviews used a digital questionnaire with online data processing. Overall prevalence of CMD was 23.6%. Bad traffic conditions lost statistical significance in the multivariate analysis, while higher income and adverse working conditions and inadequate safety remained associated with the outcome. Harmful behavior and vulnerable health situations were associated with CMD. This study of urban bus workers' health is a unique contribution that can provide backing for public policies targeting metropolitan populations.

Mental Disorders; Working Conditions; Occupational Health; Transportation

RESUMEN

La prevalencia de enajenaciones mentales comunes contribuye a la carga mundial de enfermedades. El objetivo fue retratar la prevalencia de trastornos mentales comunes (TMC) en una muestra de conductores y cobradores del área metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, y verificar si las condiciones del tráfico y las condiciones del interior de los autobuses estaban asociadas al resultado. Los entrevistados fueron 1.607 trabajadores. La muestra no probabilística fue estimada de acuerdo con las cuotas del efectivo distribuido en las empresas de autobuses (n = 17.470). Las encuestas cara a cara utilizaron el cuestionario digital. El tráfico malo perdió significación estadística en el análisis multivariable; renta más elevada y condiciones de trabajo y de seguridad inadecuados se mantuvieron asociados al resultado. Comportamientos nocivos y situación vulnerable de salud se asociaron con TMC. Plantear la salud de los trabajadores de autobuses urbanos es una contribución rara que puede apoyarse la elaboración de políticas públicas dirigidas a las poblaciones metropolitanas.

Transtornos Mentales; Condiciones de Trabajo; Salud Laboral; Transportes

Introdução

Os transtornos mentais comuns (TMC) dizem respeito a múltiplos sintomas emocionais, psicológicos e somáticos que podem gerar incapacitação funcional e absenteísmo 1. A elaboração de categorias analíticas e instrumentos para mensuração de TMC foram passos importantes no campo da saúde pública. Quanto às categorias, o termo TMC acata a natureza de tais transtornos cujos sintomas variam na evolução de um único processo (ansioso/depressivo, por exemplo). Sendo assim, o termo é coerente com o caráter multidimensional, instável e, frequentemente, distinto daquele adoecimento mental caracterizada por processos claramente identificados sob o ângulo psicopatológico 2.

No que se refere à distribuição das alterações psicopatológicas em populações, está reconhecido o avanço advindo da elaboração e da aplicação de escalas estruturadas em estudos quantitativos sobre transtornos mentais. Tais escalas não servem ao diagnóstico clínico individual, mas aumentam a confiabilidade para a detecção de casos potenciais 3. Ao viabilizarem a caracterização de uma população quanto ao adoecimento mental, a partir de um ponto de corte, tornam-se instrumentos potentes para as ações em saúde pública. Em suma, os avanços conceituais e instrumentais facilitaram a abordagem de TMC nos inquéritos populacionais 4.

No Brasil, foram investigadas pelo Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) as prevalências em Pelotas (Rio Grande do Sul), no ano de 1994 5; em Olinda (Pernambuco), no ano de 2002 6; em Campinas (São Paulo), no ano de 2007 7, e em Feira de Santana (Bahia), no ano de 2010 8. As taxas obtidas foram 22,7%, 35%, 17% e 29,9%, respectivamente.

Os resultados dos estudos populacionais trouxeram evidências quanto à influência dos transtornos mentais sobre o desenvolvimento do trabalho e quanto à relação entre os fatores ocupacionais e a ocorrência de tais transtornos 9,10. No âmbito da saúde pública, a detecção de tais relações pode guiar a elaboração de estratégias para melhorar os sistemas de trabalho. É possível que tal identificação possibilite a abordagem dos problemas de saúde mental que lhes são subjacentes 11.

Os trabalhadores do transporte coletivo urbano são frequentemente vítimas de condições precárias de trabalho e, consequentemente, de problemas de saúde associados à sua atividade laboral. O motorista e o seu auxiliar, em seu cotidiano de trabalho, estão duplamente expostos: (a) ao ambiente interno, com equipamentos e condições ergonômicas do ônibus (motor localizado junto ao motorista, precariedade mecânica, impossibilidade de ajuste dos pedais e cadeira), ruído e vibrações, pressão do convívio com os passageiros, além da responsabilidade sobre a vida dos cidadãos transportados; (b) ao ambiente externo, com conflitos entre as normas que regulamentam o trânsito e as exigências da organização da produção, intensidade do tráfego, congestionamentos, acidentes, além de condições adversas como clima e estado de conservação da pista. Ademais, vivenciam o medo de serem assaltados, de sofrerem acidente, de morrer, de ficarem doentes e de serem demitidos 12,13,14.

Os motoristas e os cobradores, personagens centrais desse espaço urbano, enfrentam as agressões dos passageiros descontentes, pois os efeitos de constrangimento e inquietude face ao atual sistema de transporte coletivo tendem a recair primeiramente sobre os profissionais que o operam 15. É plausível supor que, diante dos estressores (caos no trânsito, atos violentos dos passageiros e transeuntes, condições dos ônibus, horários atípicos e hierarquia rígida), motoristas e cobradores estejam vulneráveis ao adoecimento psíquico, conforme sinalizam estudos precedentes 16,17. Há convergência quanto aos problemas de saúde mais frequentes nessa população registrados nos estudos em diferentes países, sendo eles: distúrbios osteoarticulares, doenças cardiovasculares, cânceres, distúrbios sensoriais e digestivos, problemas mentais 18.

A melhoria das condições de movimentação das pessoas e das mercadorias faz parte da plataforma de ações relacionada à qualidade da vida urbana. Estimula-se a utilização de transporte coletivo para solucionar os problemas já citados e diminuir a poluição ambiental (gases e ruído) e os acidentes nas vias etc. 19. Em 2009, na cidade de Belo Horizonte (Minas Gerais), 245.341 passageiros foram conduzidos diariamente por ônibus (BHTRANS. Anuário estatístico BHTRANS, 2009. http://www.bhtrans.pbh.gov.br/portal/page/portal/portalpublico/Transporte%20P%C3%BAblico/Passageiros%20Transportados, acessado em 28/Ago/2012). Os ônibus atendem a 84% dos deslocamentos em transporte coletivo nas áreas urbanas dos municípios com mais de 60 mil habitantes 20.

Raramente as políticas dirigidas para a mobilidade urbana destacam o bem-estar dos trabalhadores dos ônibus. O presente estudo objetiva descrever a prevalência de TMC em motoristas e cobradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, com especial interesse em verificar se as condições do trânsito e as condições internas aos ônibus estão associadas ao desfecho.

Metodologia

A população elegível para este estudo foi a de motoristas e de cobradores das empresas de transporte coletivo urbano (Belo Horizonte, Betim e Contagem), que corresponde a 17.470 trabalhadores. Belo Horizonte possui cerca de 6.500 motoristas e 6.750 cobradores; Betim, 696 motoristas e 524 cobradores; e Contagem, 1.800 motoristas e 1.200 cobradores.

Selecionou-se uma quota proporcional ao total dos profissionais e estratificada por ocupação (motoristas e cobradores) em cada uma das três cidades investigadas. Os tamanhos amostrais foram estimados tendo em vista estudos de prevalência e associação entre desfecho e variáveis independentes.

O cálculo considerou 4% de erro amostral, intervalo de 95% de confiança (IC95%) e 50% de prevalência, considerando o desfecho dor nas costas 21. Com base no universo de motoristas e de cobradores de empresas instaladas em três cidades, a distribuição foi a seguinte: 72% dos motoristas e 80% dos cobradores estão em Belo Horizonte; 8% e 6% em Betim, 20% e 14% em Contagem. Levando em conta essa estimativa e os critérios apresentados, obteve-se a amostra: 565 motoristas e 561 cobradores.

Para o estudo seccional, a coleta de dados face a face com auxílio de netbooks ocorreu entre abril e junho de 2012, nos turnos manhã e tarde. Elaborou-se um software exclusivo para os fins da pesquisa, tendo em vista os objetivos de preenchimento (pelo entrevistador) do questionário digital e o processamento on-line dos dados. Os entrevistadores foram devidamente treinados. Os instrumentos e procedimentos da pesquisa foram previamente testados na etapa piloto (trinta participantes). A confiabilidade da entrevista foi aferida por meio da reaplicação para o mesmo respondente (12% do total dos participantes) de algumas perguntas selecionadas do questionário original.

As entrevistas foram realizadas em quatro estações ônibus-metrô (n = 5) de Belo Horizonte e em 35 estações de descanso (n = 244) das três cidades. Essas estações são também chamadas de pontos de conforto porque são o local de parada de ônibus, quando os profissionais fazem uma pausa depois de uma viagem de 60 a 90 minutos, em média. Nas quatro estações selecionadas circulam, em média, 80% dos passageiros que utilizam o serviço em Belo Horizonte 15. As estações de descanso foram selecionadas porque concentram a maioria dos ônibus, das viagens e dos trabalhadores registrados.

Realizou-se ampla divulgação da pesquisa por meio da Rádio Favela em seu programa destinado, todos os sábados, aos trabalhadores do transporte coletivo urbano. Previamente à instalação da equipe no campo, foram distribuídos cartazes e folhetos.

Dados da literatura e das entrevistas prévias com representantes sindicais e trabalhadores orientaram a elaboração do questionário estruturado. Gênero, idade, escolaridade, estado civil, número de filhos, raça/cor da pele autodeclarada, renda mensal, atividades socioculturais, antiguidade na empresa foram perguntados. O SRQ-20 foi utilizado para triagem dos TMC. O SRQ-20 é um instrumento elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso em populações de países em desenvolvimento. Tem sido amplamente utilizado em estudos ocupacionais no Brasil. No presente estudo, definiu-se o ponto de corte em sete ou mais respostas positivas para classificação dos casos suspeitos (TMC), procedimento adotado por outros autores 22,23,24. Na avaliação da confiabilidade das respostas ao SRQ-20, obteve-se um alfa de Cronbach de 0,98. O teste do χ2 com nível de significância de 5% foi utilizado para testar as diferenças da distribuição dos TMC segundo as variáveis de interesse consideradas no estudo. Utilizaram-se razões de prevalência (RP) para aferir a magnitude das associações estatísticas entre os TMC e os diversos grupos de variáveis analisadas. As RP foram obtidas por regressão de Poisson, com variância robusta e IC95% 25,26. Foi utilizado o pacote estatístico Stata 9.2 (Stata Corp., College Station, Estados Unidos).

Inicialmente, foi feita uma análise univariável, testando a prevalência de TMC com todas as variáveis dos diversos blocos, a saber: sociodemográficas, hábitos de vida, informações gerais sobre o trabalho, informações de saúde e de segurança no trabalho. Todas as variáveis associadas aos TMC nessa etapa (univariável), no nível de p < 0,20, foram consideradas na análise multivariável.

As associações entre os TMC e os diversos blocos de variáveis foram testadas em duas etapas. Inicialmente, testou-se a associação das variáveis de cada um dos blocos com a presença dos TMC. Em seguida, foram construídos modelos ajustando-se gradualmente as variáveis de um bloco às variáveis retidas no bloco inicial, na seguinte ordem: variáveis sociodemográficas, hábitos de vida, informações gerais sobre o trabalho, informações de saúde e, finalmente, variáveis de segurança no trabalho. Após o ajuste, somente as variáveis que permaneceram associadas ao nível de p < 0,05 foram mantidas na análise e no modelo final.

Resultados

Do total de 17.470 trabalhadores, participaram da pesquisa 1.607 (1.400 homens e 207 mulheres). Esse número foi 42% superior à amostra calculada (1.126 trabalhadores). Durante a coleta, houve 22 recusas, equivalendo a 1% dos entrevistados. Desses, 90% (n = 20) eram do sexo masculino, e 10% eram mulheres (n = 2). As características sociodemográficas desse grupo foram semelhantes às do grupo amostrado. As perdas corresponderam a 1% das entrevistas realizadas (n = 25). Dessas, seis foram devido a erro na digitação da data de nascimento; oito, a erro do número do questionário digital; duas ocorreram pela ausência da discriminação do cargo, e nove por conterem apenas os dados sociodemográficos, sem preenchimento do restante do questionário.

A prevalência global de TMC foi de 23,6%; sendo 19,2% e 28,7% em motoristas e cobradores, respectivamente. Apresentaram maiores prevalências de TMC os indivíduos do sexo feminino, os solteiros e aqueles com renda familiar superior a dois salários mínimos. Foram maiores as prevalências na faixa etária abaixo dos 40 anos, no segmento de trabalhadores com três ou mais filhos, com escolaridade superior a oito anos, que se autodeclarou branco, amarelo ou indígena, fumante, com antiguidade inferior a cinco anos na empresa e exposto a trânsito ruim ou muito ruim. Considerando-se o estilo de vida, maiores prevalências do desfecho foram encontradas no segmento que informou não participar de atividades socioculturais, não praticar atividade física e no grupo suspeito de abuso de álcool (dados não tabelados).

Quanto às características gerais da amostra, a idade média foi de 36 anos, tendo 18 anos o mais novo, e o mais idoso, 75. Sessenta e oito por cento deles têm até 40 anos de idade (dados não tabelados). A maioria (73%) se autodeclara parda ou negra; 82% relatam oito ou mais anos de estudo; 61% são casados; 72% têm filhos, e 65% têm renda familiar superior a dois salários mínimos. A maioria (53%) é motorista ou monocondutor (Tabela 1).

Dos entrevistados, 67% não participam de nenhuma atividade sociocultural; 52% não praticam nenhuma atividade física; 69% não se consideram fumantes, e 87% não preencheram os critérios que os levariam a ser considerados suspeitos de abuso de álcool. Chama atenção que 45% dos respondentes informam um ou mais episódios de agressão ou ameaça de agressão no trabalho nos últimos 12 meses; 70% relataram diagnóstico médico de uma ou mais doenças; 65% faltaram ao trabalho nos últimos 12 meses por motivo de saúde, e 20% avaliam sua saúde como ruim ou muito ruim (Tabela 1).

Quanto à situação ocupacional, quase a metade (43%) relata antiguidade inferior a dois anos na empresa; 34% relatam não receber pelas horas-extras trabalhadas. Sobre as condições de trabalho, vibração, desconforto térmico e luminoso foram relatados por 60%, 74% e 33% dos respondentes, respectivamente. Predominaram os respondentes com relato de vivenciar um trânsito ruim ou muito ruim (84%), de enfrentar dificuldades para ajuste do assento (66%), de não fazer pausas durante a jornada (83%) e de se expor a ruído elevado a insuportável dentro do ônibus (38%) (Tabela 1).

Na análise multivariável, para um nível de significância de 5%, mostraram-se positivamente associados ao desfecho: fatores sociodemográficos (sexo feminino, estar solteiro, renda familiar superior a dois salários mínimos), fatores relacionados ao estilo de vida (não participar de atividades socioculturais, não praticar atividades físicas, provável uso abusivo de álcool), fatores relacionados ao trabalho (sentir o corpo vibrar, trabalhar sob desconforto térmico, luminoso, sonoro e sem conseguir ajustar o assento da poltrona, não usufruir de pausas durante o trabalho), fatores relacionados à saúde (ausência ao trabalho nos últimos 12 meses por motivo de saúde, diagnóstico médico de uma ou mais doenças e autoavaliação negativa de saúde) e fatores relacionados à segurança (sofrer episódios de agressão ou ameaça nos últimos 12 meses) (Tabela 2).

No modelo final, permaneceram estatisticamente relacionados ao desfecho os fatores sociodemográficos: sexo feminino (RP = 1,38; IC95%: 1,11-1,72) e renda familiar superior a dois salários mínimos (RP = 1,27; IC95%: 1,04-1,55); fatores relacionados ao estilo de vida: atividade física (1-2 vezes: RP = 0,78; IC95%: 0,61-0.99; 3 ou mais vezes: RP = 0,66; IC95%: 0,51-0,86), suspeição de abuso de álcool (RP = 1,47; IC95%: 1,21-1,78); fatores relacionados à segurança: ter sofrido episódios de agressão ou ameaça nos últimos 12 meses (uma vez: RP = 1,40; IC95%: 1,08-1.81; algumas vezes: RP = 1,61; IC95%: 1,32-1,96); fatores relacionados à saúde: diagnóstico médico de uma ou mais doenças (1-2 doenças: RP = 1,72; IC95%: 1,24-2,39; 3 ou mais: RP = 2,45; IC95%: 1,76-3,39) e autoavaliação negativa de saúde (RP = 1,53; IC95%: 1,28-1,83); fatores relacionados ao trabalho: sentir o corpo vibrar (às vezes: RP = 1,72; IC95%: 1,28-2,29; com frequência: RP = 1,85; IC95%: 1,42-2,42), desconforto térmico (incomoda muito: RP = 1,37; IC95%: 1,03-1.83; intolerável: RP = 1,43; IC95%: 1,09-1,88) e sonoro dentro do ônibus (RP = 1,24; IC95%: 1,03-1,50) e dificuldades para realizar ajustes no assento da poltrona (parcialmente: RP = 1,75; IC95%: 1,31-2,34; não: RP = 2,11; IC95%: 1,55-2,87) (Tabela 3).

Discussão

O presente estudo enfocou o transporte coletivo urbano, desenvolvendo hipóteses no campo da saúde do trabalhador. Configura-se uma rara contribuição para a elaboração de políticas públicas dirigidas às populações metropolitanas. Entre os resultados obtidos, dois deles merecem destaque: trânsito ruim perdeu significância estatística na análise multivariável; renda mais elevada manteve-se associada ao desfecho, não sendo consistente com a literatura. Comportamentos nocivos e situação vulnerável de saúde foram associados com TMC, em consonância com estudos precedentes.

A prevalência de TMC foi de 23,6%, sendo mais elevada do que a taxa encontrada (20,3%) em 1998 no grupo de rodoviários de São Paulo 27 e em trabalhadores de unidades básicas do Nordeste e do Sul do Brasil (16%) 28. Nacionalmente, foram encontradas taxas mais elevadas em outros grupos ocupacionais: 26% no grupo de médicos 22, 43% entre os bancários 29 e 43,3% entre os agentes comunitários de saúde da cidade de São Paulo 30. Os resultados atinentes às condições de trabalho relacionadas ao microambiente (o ônibus) foram associados aos TMC e eles são inéditos no Brasil. Destacam-se o desconforto sonoro, o térmico e o ergonômico; a exposição à vibração, e os relatos de vivências de atos violentos durante o trabalho.

Estudos populacionais recentes encontraram prevalência maior se comparada ao grupo dos rodoviários: em Feira de Santana (Brasil), 29,9% 8; em Santiago (Chile) 31, Helsinque (Finlândia) e em Londres (Inglaterra) 32, os autores descreveram resultados similares (26,7% global, 26% e 29% em mulheres, respectivamente). No grupo dos homens registraram-se 23% de TMC tanto em Helsinque quanto em Londres.

Seriam esperadas entre os motoristas e os cobradores taxas superiores àquelas encontradas na população em geral, pois o estresse provocado pela exposição ao trânsito ruim e pelas condições precárias de trabalho teria exercido influência sobre o desfecho investigado 13,16. Provavelmente, o vínculo de emprego formal e protegido favoreceu a amostra de motoristas e de cobradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte no tocante a menor prevalência de TMC quando comparada aos resultados obtidos em estudos ocupacionais e em estudos populacionais que abarcam grupos mais heterogêneos quanto à situação e ao vínculo de emprego 33,34.

O grupo de desempregados, ou inseridos em trabalho informal, apresenta alta prevalência de morbidades psiquiátricas 7. Os inquéritos populacionais de São Paulo 7 e Pelotas (Rio Grande do Sul) 5 encontraram associação inversa entre renda e TMC. Potencialidades do indivíduo no enfrentamento dos estressores são relacionadas às condições gerais de vida, para as quais a renda é fundamental para viabilizar o acesso aos bens necessários à proteção da saúde. Os riscos de doenças mentais estão relacionados aos indicadores de pobreza, incluindo baixa escolaridade, condições precárias de moradia, experiência de viver em situação de insegurança, desesperança, mutações sociais, exposição a violência e problemas de saúde física 35.

Não obstante, na amostra de motoristas e de cobradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte, maior renda foi associada ao desfecho. A interpretação desse resultado merece cautela. É possível que maior renda seja obtida à custa da estratégia do multiemprego (dupla ou tripla jornada de trabalho), o qual é sabidamente relacionado a pior situação de saúde 34. Tal problemática pode fomentar futuras pesquisas.

Quanto às associações com os relatos de exposição a condições inadequadas de trabalho, confirmam-se hipóteses já desenvolvidas. Vibração, ruído, iluminação inadequada degradam o desempenho psicossensorial. Exemplificando, a vibração do corpo inteiro que está sentado é um conjunto de vibrações localizadas que influencia de forma global vários segmentos do corpo (coluna vertebral, pés, costas, glúteos, membros superiores, isquiotibiais), resultando em distúrbios do equilíbrio. Além de alterações localizadas, a vibração de corpo inteiro pode alterar as estruturas sensoriais, oculomotoras e vestibulares, bem como a musculatura cervical 36. No conjunto ou separadamente, tais efeitos podem perturbar a qualidade de vida e do sono, tornando o indivíduo mais susceptível ao adoecimento 17.

O ruído altera a vigilância e diminui a resistência aos outros estressores, tornando o indivíduo menos capaz para responder às exigências das tarefas. Não restam dúvidas: a exposição prolongada ao ruído leva à perda de audição. Quanto aos efeitos não auditivos, são descritas as perturbações da função cardiovascular (hipertensão arterial e aumento da frequência cardíaca), alterações respiratórias, sensação de mal-estar, distúrbios do sono, sintomas psíquicos. Diante de tais efeitos, é provável que o ruído atue como um estressor sistêmico, e não específico, contudo, os mecanismos fisiopatológicos não estão suficientemente esclarecidos.

Provavelmente, os efeitos temporários (aumento da tensão muscular, reflexos respiratórios, modificação do ritmo cardíaco e do diâmetro dos vasos sanguíneos) causados por uma exposição súbita atuam no organismo de maneira a provocar alterações permanentes. A sensação de desconforto e a perturbação na comunicação verbal, esta por vezes imprescindível para a realização da tarefa, estão na origem da irritabilidade, da dificuldade de concentração e dos erros. Respostas fisiológicas ao estresse ou aversão psicológica ao ruído talvez expliquem as maiores taxas de absenteísmo no setor industrial cujo ambiente expõe os trabalhadores ao agente nocivo 37. Apesar desses conhecimentos fundadores da ergonomia, ainda não foram suficientemente esclarecidos os efeitos a múltiplas exposições 38. Para isso, o rastreamento das exposições e morbidades se torna imperativo, justificando a presente investigação.

Suspeição de uso abusivo de álcool e sedentarismo, separadamente, ou em interação, são fatores comportamentais relacionados à prevalência de doenças crônicas não transmissíveis 39. Ambos os comportamentos, conforme esperado, foram associados ao desfecho. No Brasil, 91% dos caminhoneiros entrevistados em um posto de combustíveis faziam uso de bebidas alcoólicas nas jornadas de trabalho, dos quais 24% ingeriam álcool todos os dias. Os entrevistados (17%) informaram acidentes nas estradas por causa do álcool 40. Os indivíduos que adotam comportamentos de risco (uso de substâncias, por exemplo) tornam-se mais vulneráveis ao adoecimento físico e mental 41.

Pesquisas recentes indicam que o sedentarismo diário e semanal é um critério para avaliação dos riscos de doenças crônicas 42. É possível que a prática da atividade física esteja comprometida pelas limitações esperadas em sujeitos com TMC. Mas é também possível que, menos ativos, os sujeitos estejam privados do efeito protetor que as atividades físicas conferem para um grande leque de morbidades, incluindo os transtornos mentais 43,44. Médicos com estilo de vida saudável na Holanda tiveram menor risco para morbidade psiquiátrica em relação àqueles que não adotavam comportamentos saudáveis 45. A atividade física influencia os sistemas neuroquímicos do organismo, diminuindo a resposta ao estresse. Por outro lado, ao favorecer as interações sociais, aumenta a autoestima e a autoeficácia 46. No caso dos sintomas depressivos, cuja origem é multidimensional, mecanismos fisiológicos e psicossociais interatuam na evolução da morbidade.

Saúde geral precária é mais comum em pessoas com problemas psicológicos 41. Mais de um diagnóstico confirmado por um médico se associou aos TMC na amostra de motoristas e de cobradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na mesma direção, não foi surpreendente a associação TMC e autoavaliação negativa de saúde, que é considerada um indicador válido e relevante do estado de saúde de indivíduos e de populações, pois engloba sinais e sintomas de doenças (diagnosticadas ou não por profissional de saúde), além do efeito de tais condições sobre seu bem-estar físico, mental e social 47.

Violência no trabalho e estresse ocupacional não são claramente distinguíveis, principalmente no setor de serviços. A violência relacionada ao trabalho diz respeito aos incidentes nos quais as pessoas sofrem abuso, ameaça, agressões nas circunstâncias laborais que exercem, implicando danos explícitos ou implícitos à sua segurança, bem-estar e saúde. O impacto da violência ultrapassa os custos financeiros, pois mortes, acidentes e assaltos que envolvem os trabalhadores provocam danos morais e profissionais 48.

Intimidações sofridas pelos trabalhadores durante o exercício de suas funções são relacionadas ao aumento de fadiga e estresse, depressão, tendências suicidas, ansiedade, queixas psicossomáticas, agressividade e outros sintomas negativos de saúde mental, incluindo os transtornos do estresse pós-traumático 48. Na Dinamarca, homens inseridos em ocupações reconhecidas pela concentração de atos violentos tiveram risco 50% maior de desenvolverem doenças relacionadas ao estresse 49.

De maneira consistente, sexo feminino foi associado aos TMC. Está reconhecido que as mulheres são desproporcionalmente atingidas por problemas de saúde mental. Os múltiplos papéis e funções relacionados ao gênero feminino, como gestação, cuidados domésticos, acompanhamento dos filhos e demais familiares, emprego em condições precárias, somados à discriminação social quando não se encaixam perfeitamente nos papéis a elas atribuídos são fatores que tornam as mulheres mais vulneráveis aos TMC 50.

O presente estudo adotou um conceito compreensivo do sistema de trabalho, incluindo largo espectro de aspectos mensuráveis por autorrelato: produção dos serviços de transporte, características e conforto do ônibus, desenvolvimento das tarefas etc. A mensuração de TMC não implica desconsiderar as aproximações do sofrimento mental dos trabalhadores por meio de narrativas e interpretações discursivas 51, como se desenvolve na escola da psicopatologia 52 ou da psicodinâmica do trabalho 53.

Os resultados dos inquéritos foram descritivos e não se referem nem a medições objetivas do estado de saúde nem a aproximações objetivas dos comportamentos dos indivíduos. Contudo, o referido limite é compensado pela vantagem que se obtém ao se levar em conta o relato que diz respeito à percepção do sujeito sobre os fatos relacionados à sua saúde. Vale destacar a vantagem de se obter autorrelato sobre saúde e trabalho por meio de um instrumento validado, que viabilizou explorar as hipóteses aventadas. Escalas de rastreamento padronizadas são vantajosas porque aumentam a confiabilidade e diminuem os custos das pesquisas, tornando-as exequíveis 3.

Não obstante às vantagens mencionadas, este estudo apresenta seus limites. O efeito do trabalhador sadio pode ter interferido nos resulta- dos 54. Pode ser que os motoristas e os cobradores com quadros depressivos e ansiosos mais graves não tenham respondido ao questionário ou não estivessem ativos durante a pesquisa de campo, de maneira a provocar uma hiper- representação na amostra dos trabalhadores em boa saúde ou em fase inicial da morbidade. Mas é também factível que tal efeito tenha sido compensado pela atração em responder afirmativamente a questões que remetiam à associação entre trabalho e adoecimento, comum em inquéritos ocupacionais 55.

Está reconhecida a onipresença de doença psiquiátrica em todas as áreas geográficas do mundo. O subdiagnóstico ou ausência de diagnóstico de TMC é foco de várias iniciativas globais que indicam a relevância dos exames de rotina para TMC no nível primário de atenção a saúde 56,57. Os dados obtidos forneceram informações valiosas para orientar intervenções e promoção da saúde dos trabalhadores rodoviários, porque indicam a elaboração de medidas para a transformação concreta das situações de trabalho que influenciam a saúde mental dos indivíduos.

Colaboradores

A. A. Assunção delineou e coordenou a pesquisa e redigiu o artigo. L. S. Silva analisou os dados e contribuiu na redação do artigo.

Agradecimentos

Agradecemos aos trabalhadores que aceitaram participar desta pesquisa.

Referências

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Recebido em 19/Dez/2012

Versão final reapresentada em 30/Jun/2013

Aprovado em 10/Jul/2013

ERRATA

Assunção AA, Silva LS. Condições de trabalho nos ônibus e os transtornos mentais comuns em motoristas e cobradores: Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 2012. Cad Saúde Pública 2013; 29(12):2473-2486.

http://dx.doi.org/10.1590/0102-311XER020414

A revista foi informada sobre um erro no nome de um dos autores. O nome correto é:

The journal has been informed of an error in the name of one of the authors.

The correct name is: La revista fue informada sobre un error en el nombre de un de los autores. El nombre correcto es:

Luiz Sérgio Silva

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  • Correspondência:

    A. A. Assunção
    Departamento de Medicina Preventiva e Social, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais
    Av. Alfredo Balena 190, 6º andar, sala 630
    Belo Horizonte, MG, 30310-450, Brasil
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      29 Ago 2013
    • Data do Fascículo
      Dez 2013

    Histórico

    • Recebido
      19 Dez 2012
    • Aceito
      10 Jul 2013
    • Revisado
      30 Jun 2013
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