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Eficácia da lomustina no tratamento do tumor venéreo transmissível canino

RESUMO:

O tumor venéreo transmissível canino (TVTC) é uma neoplasia transmissível de elevada casuística no Brasil. A quimioterapia com sulfato de vincristina é considerada o tratamento de escolha, mas a necessidade de aplicações semanais e acompanhamento hematológico, além dos custos, são obstáculos à adesão dos proprietários ao tratamento. A lomustina é um antineoplásico da classe dos agentes alquilantes e, por ser administrado por via oral, representa um opção de tratamento mais prática e menos onerosa para os proprietários de animais com neoplasias. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia terapêutica da lomustina em cães acometidos por TVTC. Foram selecionados 12 cães com diagnóstico citopatológico de TVTC genital de ocorrência natural. Os cães foram submetidos ao protocolo experimental com administração de lomustina nas doses de 70 a 85 mg/m2 por via oral a cada 21 dias, totalizando no máximo dois ciclos de administração. Os animais foram reavaliados a cada sete dias até um máximo de +49 dias após a primeira dose de lomustina, para monitorar a regressão das lesões neoplásicas por meio de mensuração das lesões. Entre os 12 cães submetidos ao protocolo, 8/12 obtiveram remissão completa da neoplasia e foram considerados curados (66,6%), 1/12 tiveram resposta parcial ao tratamento (8,33%) e 3/12 tiveram doença estável (25%). Efeitos adversos importantes, como leucopenia neutrofílica grave, foram detectados em 3/12 cães (25%). O estudo clínico indicou que a lomustina pode ser uma opção de tratamento para TVTC.

Palavras-chave:
neoplasia; quimioterapia; agente alquilante; lomustina; tumor venéreo; caninos

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