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Um novo modelo visando ao ensino e pesquisa da radiologia torácica em cadáveres de cães quimicamente preparados

RESUMO:

Nos dias atuais, métodos alternativos e que não utilizem o formaldeído para conservação de cadáveres devem ser empregados, devido à toxicidade desse agente. Modelos sintéticos são opção de treinamento para o ensino, mas geralmente o preço inviabiliza seu uso na maioria dos países subdesenvolvidos. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um modelo visando ao ensino e pesquisa da radiologia torácica em cadáveres de cães quimicamente preparados. Foram simulados megaesôfago, efusão pleural, pneumotórax e broncografia, além de insuflação pulmonar, em 32 cadáveres de cães, que receberam 150 mL/kg de solução de álcool etílico puro com 5% de glicerina seguido de injeção de 120 mL/kg de solução contendo 20% de cloreto de sódio, 1% de nitrito de sódio e 1% de nitrato de sódio, mantidos sob refrigeração entre 2 e 6 graus, por 30, 60, 90 ou 120 dias (G30, G60, G90, G120). Não houve contaminação, odor pútrido ou enfisema subcutâneo. A insuflação pulmonar foi mantida, e a cor e a consistência foram semelhantes a um cadáver fresco após 120 dias de conservação. Em todos os grupos foi possível realizar os procedimentos radiográficos e quase todas afecções puderam ser grandemente mimetizadas. O megaesôfago e a broncografia foram facilmente simuladas. O pneumotórax foi a afecção mais difícil de ser simulada principalmente nos cadáveres com um pouco de líquido na cavidade torácica. A solução alcoólica e de sal de cura são uma alternativa de embalsamamento com baixo custo financeiro e ambiental e comprovadamente conservam cadáveres.

Palavras-chave:
anatomia; radiografia; soluções conservantes; treinamento

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