Acessibilidade / Reportar erro

ESTUDO PSICOMéTRICO DA ESCALA DE SATISFAçãO COM O SUPORTE SOCIAL EM PESSOAS COM TUBERCULOSE PULMONAR

RESUMO

Objetivo:

avaliar as propriedades psicométricas da Escala de Satisfação com o Suporte Social em pessoas com tuberculose pulmonar.

Método:

estudo metodológico desenvolvido em duas etapas: validação de conteúdo dos itens; e avaliação das propriedades psicométricas da Escala. A colheita dos dados decorreu entre o período de outubro de 2020 e janeiro de 2021 numa amostra de 204 pessoas com tuberculose pulmonar, em Centros de Diagnóstico Pneumológico no Norte de Portugal.

Resultados:

a Escala validada apresenta um coeficiente α-Cronbach de 0,91, mantendo os 15 itens. Verificou-se uma distribuição diferente dos itens dentro das subescalas, designada como: “Satisfação com a família” (α-Cronbach=0,94) passa a integrar sete itens; “Satisfação com os amigos” (α-Cronbach=0,85) integra somente quatro itens; “Atividades Sociais” (α-Cronbach=0,86) e “Intimidade” (α-Cronbach=0,77) passam de três e quatro itens da escala original, para dois itens cada uma.

Conclusão:

a versão da Escala de Satisfação com o Suporte Social pode constituir-se em um recurso para o planejamento dos cuidados de Enfermagem à pessoa com tuberculose pulmonar.

DESCRITORES:
Enfermagem; Tuberculose; Apoio Social; Satisfação do Paciente; Estudo de Validação.

ABSTRACT

Objective:

to evaluate the psychometric properties of the Satisfaction with Social Support Scale in people with pulmonary tuberculosis.

Method:

methodological study developed in two stages: content validation of the items; and assessment of the psychometric properties of the Scale. Data were collected between October 2020 and January 2021 in a sample of 204 individuals with pulmonary tuberculosis in Pulmonary Diagnostic Centers in Northern Portugal.

Results:

The validated scale has α-Cronbach’s coefficient of 0.91, keeping the 15 items. There was a different distribution of items within the subscales, designated as: “Satisfaction with family” (α-Cronbach=0.94) now includes seven items; “Satisfaction with friends” α-Cronbach =0.85) includes only four items; “Social activities” (α-Cronbach=0.86) and “Intimacy” (α-Cronbach =0.77) go from three and four items of the original scale to two items each.

Conclusion:

the version of the Satisfaction with Social Support Scale can be a resource for planning nursing care for people with pulmonary tuberculosis.

DESCRIPTORS:
Nursing; Tuberculosis; Social Support; Patient Satisfaction; Validation Study.

RESUMEN

Objetivo:

evaluar las propiedades psicométricas de la Escala de Satisfacción con el Apoyo Social en personas con tuberculosis pulmonar.

Método:

estudio metodológico desarrollado en dos etapas: validación del contenido de los ítems; y evaluación de las propiedades psicométricas de la Escala. Los datos se recogieron entre octubre de 2020 y enero de 2021 en una muestra de 204 individuos con tuberculosis pulmonar en centros de diagnóstico pulmonar del norte de Portugal.

Resultados:

La escala validada tiene un coeficiente de α-Cronbach de 0,91, manteniendo los 15 ítems. Se encontró una distribución diferente de los ítems dentro de las subescalas, a saber: “Satisfacción con la familia” (α--Cronbach=0,94) incluye ahora siete ítems; “Satisfacción con los amigos” (α--Cronbach=0,85) incluye sólo cuatro ítems; “Actividades sociales” (α-Cronbach=0,86) e “Intimidad” (α--Cronbach=0,77) pasan de tres y cuatro ítems de la escala original a dos ítems cada uno.

Conclusión:

la versión de la Escala de Satisfacción con el Apoyo Social puede constituirse en un recurso para la planificación de los cuidados de Enfermería a personas con tuberculosis pulmonar.

DESCRIPTORES:
Enfermería; Tuberculosis; Apoyo Social; Satisfacción del Paciente; Estudio de Validación.

INTRODUÇÃO

O Suporte Social é um conceito habitualmente descrito como complexo e dinâmico. Percepcionado de acordo com as circunstâncias e os seus intervenientes, ele tem sido, nas últimas décadas, alvo de variadas pesquisas, quer a nível da sua conceitualização, quer da sua aplicação à investigação. Não obstante à heterogeneidade de concepções, o seu grau de abstração, as suas definições assim como os instrumentos disponíveis para a sua avaliação são consideravelmente diferenciados11 Hupcey JE. Clarifying the social support theory-research linkage. J Adv Nurs. [Internet] 1998 [acesso 06 out 2021]; 27(6):1231-41. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2648.1998.01231.x.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/...

2 Duarte YAO, Domingues MAR. Família, Rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. São Paulo: Edgard Blücher; 2020.

3 Javadi-Pashaki N, Darvishpour A. Survey of stress coping strategies to predict the general health of nursing staff. J. Edu Health Promot [Internet] 2019 [acesso 06 out 2021]; 8:74. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31143791/.
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31143791...
-44 Duarte YAO, Domingues MAR. Instrumentos de avaliação da rede de suporte social In: Família, rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. [Internet]. São Paulo: Blucher; 2020 [acesso 06 out 2021]; 43-60. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5151/9788580394344-02.
http://dx.doi.org/10.5151/9788580394344-...
.

A tuberculose, doença infeciosa cuja forma pulmonar é contagiosa, persiste, na atualidade, como um problema de saúde em relação à escala global55 World Health Organization. Global Tuberculosis Report 2020. Geneva [Internet] 2020 [acesso em 06 out 2021]; Disponivel em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240013131.
https://www.who.int/publications/i/item/...
. Por necessitar de um tratamento considerado longo para a sua conclusão, as medidas preconizadas para o seu acompanhamento e a identificação de variáveis sociais e econômicas são fundamentais para o seu sucesso66 Veiga AM. Controlo da tuberculose em Portugal- estudo do insucesso terapêutico e dos seus factores nos doentes [tese Doutoramento]. Lisboa: Escola Nacional de Saude Publica; 2016.

7.Wang S. Development of a nomogram for predicting treatment default under facility-based directly observed therapy short-course in a region with a high tuberculosis burden. Ther Adv Infect Dis. [Internet] 2021[acesso em 06 fev 2021]; 29;8. Disponível em: http://doi.org/10.1177/20499361211034066.
http://doi.org/10.1177/20499361211034066...
-88 Chirinos NEC, Meirelles BHS, Bousfield ABS. Relationship between the social representations of health professionals and people with tuberculosis and treatment abandonment. Texto Contexto Enferm [Internet] 2017 [acesso em 01 out 2021]; 26(1),1-8. Disponivel em: https://doi.org/10.1590/0104-07072017005650015.
https://doi.org/10.1590/0104-07072017005...
. Estudos que objetivem analisar a relação entre fatores psicossociais e a saúde deverão ser sustentados em instrumentos fiáveis, válidos e adaptados às populações que se pretendem estudar99 Bender M, Osch Y , Sleegers W, Ye M. Social support benefits psychological adjustment of international students: evidence from a meta-analysis. Journal of Cross-Cultural Psychology. [Internet]. 2019 [acesso em 12 abr 2021];50(7):827-847. Disponível em: http://doi.org/10.1177/0022022119861151.
http://doi.org/10.1177/0022022119861151...
.

A revisão da literatura permitiu a identificação da Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS) desenvolvida por Pais-Ribeiro1010 Ribeiro JLP. Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Análise psicológica [Internet]. 1999 [acesso em 22 set 2021]; 17(3), 547-558. Disponivel em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311999000300010&lng=pt&tlng=pt.
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?scri...
e validada em jovens sem doença. Posteriormente, a escala foi adaptada transculturalmente Brasil-Portugal para estudantes do ensino superior1111 Marôco JP, Campos JADB, Vinagre M da G, Pais-Ribeiro LJ. Adaptação transcultural Brasil-Portugal da Escala de Satisfação com o Suporte Social para Estudantes do Ensino Superior. Psicologia: Reflexão e Crítica [Internet]. 2014 [acesso em 06 out 2021]; 247-256, 27(2). Disponivel em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=18831347006.
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=1...
, avaliando cada item, a satisfação com o suporte social proveniente de várias fontes e com as atividades sociais. Este instrumento possibilita a coleta de informação básica e a avaliação relativa à satisfação do suporte.

A ESSS, desenvolvida e validada por Pais-Ribeiro1010 Ribeiro JLP. Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Análise psicológica [Internet]. 1999 [acesso em 22 set 2021]; 17(3), 547-558. Disponivel em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311999000300010&lng=pt&tlng=pt.
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?scri...
, é um instrumento que possibilita a coleta de informação básica no que se relaciona com a satisfação do suporte social. Consiste numa escala de autopreenchimento e composta por 15 itens e quatro subescalas: “Satisfação com amigos”; “Intimidade”; “Satisfação com a família”; e “Atividades Sociais”. Permite ao participante assinalar o seu grau de concordância com cada uma delas, apresentado numa escala de tipo Likert com cinco opções de resposta (“concordo totalmente”, “concordo na maior parte”, “não concordo nem discordo”, “discordo na maior parte” e “discordo totalmente”).

Os constructos criados com base nos itens pretendem avaliar os seguintes aspectos do suporte social: (i) o primeiro avalia a satisfação com as amizades/amigos que têm (SA); (ii) o segundo avalia a percepção da existência de suporte social íntimo (IN); (iii) o terceiro avalia satisfação com o suporte social familiar existente (SF); e (iv) o quarto avalia a satisfação com as atividades sociais (AS) que realiza.

A versão original da ESSS apresenta uma consistência interna, avaliada com um α-Cronbach de 0,85. Esta escala já foi utilizada em outras populações de doentes, evidenciando propriedades psicométricas idênticas às da escala original1212 Ribeiro CM, Salvador RVA, Carvalho PS. Preditores da qualidade de vida e de suporte social percebido em pessoas com doença mental crónica: Estudo preliminar. Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social. [Internet] 2019 [acesso 12 mar 2021]; 5 (1): 14-24. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/6869479.pdf.
https://dialnet.unirioja.es/descarga/art...

13 Peixoto TA, Peixoto MN. Suporte social na adaptação à condição de sobrevivente de cancro. ON 35. [Internet]. 2017 [acesso em 10 out 2021]; 8-17. Disponível em https://www.aeop.pt/ficheiros/ON35_abst1.pdf.
https://www.aeop.pt/ficheiros/ON35_abst1...
-1414 Pinho LG de, Pereira A, Chaves C, Rocha M da L. Satisfação com o suporte social e qualidade de vida dos doentes com esquizofrenia. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental [Internet] 2017 [accesso em 25 out 2021]; 5. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe5/nspe5a06.pdf.
http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe5...
. Por conseguinte, poderá, também, auxiliar a identificação de áreas-chave para a melhoria da qualidade dos cuidados da pessoa doente com tuberculose pulmonar, pois o apoio do suporte social se encontra descrito como pilar de extrema relevância em todo o processo de tratamento da tuberculose pulmonar88 Chirinos NEC, Meirelles BHS, Bousfield ABS. Relationship between the social representations of health professionals and people with tuberculosis and treatment abandonment. Texto Contexto Enferm [Internet] 2017 [acesso em 01 out 2021]; 26(1),1-8. Disponivel em: https://doi.org/10.1590/0104-07072017005650015.
https://doi.org/10.1590/0104-07072017005...
.

Justifica-se, pois, a aplicação desta escala a este contexto da tuberculose pulmonar pelo potencial de obter conhecimento acerca da visão da pessoa com a doença, sobre a sua rede e satisfação com o seu suporte social. Neste contexto, e tendo por base a revisão da literatura, realizou-se este estudo com o objetivo de avaliar as propriedades psicométricas da Escala de Satisfação com o Suporte Social de Pais-Ribeiro1010 Ribeiro JLP. Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Análise psicológica [Internet]. 1999 [acesso em 22 set 2021]; 17(3), 547-558. Disponivel em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311999000300010&lng=pt&tlng=pt.
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?scri...
numa amostra da população portuguesa, constituída por pessoas com tuberculose pulmonar.

MÉTODO

Para o processo de adaptação e validação da ESSS, realizou-se um estudo metodológico de caráter transversal com o recurso da análise qualitativa e quantitativa dos itens1515 Kaiser HF. The varimax criterion for analytic rotation in factor analysis. Psychometrika [Internet]. 2017 [accesso em 25 out 2021];1958, 23 (3). Disponível em: http://128.174.199.77/psychometrika_highly_cited_articles/kaiser_1958.pdf.
http://128.174.199.77/psychometrika_high...

16 Marôco J, Marques T, Marques-Bonet T. Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Portugal. Laboratório de Psicologia [Internet]. 2006 [acesso em 25 out 2021]; 4(1): 65-90. Disponível em: https://www.scienceopen.com/document?vid=38fadd95-126f-4c03-9793-1ca2e72d03ef.
https://www.scienceopen.com/document?vid...

17 Marôco J. Análise estatística com o SPSS Statistics. 8. ed. Pêro Pinheiro: Report Number; 2021.

18.Watson JC. Establishing evidence for internal structure using exploratory factor analysis. Measurement and Evaluation in Counseling and Development. [Internet]. 2017 [accesso em 02 set 2021]; 50:232-8. Disponível em: https://doi.org/10.1080/07481756.2017.1336931.
https://doi.org/10.1080/07481756.2017.13...
-1919 Bartlett JE, Kotrlik JW, Higgins CC. Organizational research: determining appropriate sample size in survey research. Information Technology, Learning, and Performance Journal [Internet]. 2001 [acesso em 25 out 2021]; 19 (1), 43-50.Disponível em: https://www.opalco.com/wp-content/uploads/2014/10/Reading-Sample-Size1.pdf.
https://www.opalco.com/wp-content/upload...
. Para validação do conteúdo dos itens, foi realizado o pré-teste numa amostra de 30 pessoas já submetidas a tratamento de tuberculose, seguido de reflexão falada, tendo-se verificado compreensão de todas as questões, motivo pelo qual não houve necessidade de introduzir alterações à versão original da escala.

Para o desenvolvimento deste estudo, recorreu-se a uma amostra não probabilística, composta por 204 pessoas com tuberculose pulmonar em tratamento em Centros de Diagnóstico Pneumológico (CDP), da região Norte de Portugal. Estabeleceram-se como critérios de inclusão na amostra: ter idade superior a 18 anos; ser acometido de tuberculose pulmonar; e estar há, pelo menos, um mês em tratamento ou em follow-up.

A colheita de dados ocorreu entre os meses de outubro de 2020 e janeiro de 2021. Todos os participantes, maiores de idade, que concordaram em participar no estudo assinaram o termo de consentimento informado, tendo-lhes sido garantidos o anonimato e a confidencialidade dos dados. Os questionários foram disponibilizados em envelope fechado, acompanhados de nota explicativa e contacto do investigador principal.

As propriedades psicométricas da ESSS foram avaliadas através da determinação da: confiabilidade ou consistência interna da escala pelo cálculo do coeficiente α de Cronbach; e validade dos resultados, com recurso à análise Fatorial Exploratória (AFE) dos itens em componentes principais e com rotação ortogonal pelo método Varimax para verificar a validade de constructo. Com a utilização do método Varimax se pretende obter uma estrutura fatorial, onde uma, e apenas uma, das variáveis originais está fortemente relacionada com um único fator e pouco relacionada com os restantes fatores1515 Kaiser HF. The varimax criterion for analytic rotation in factor analysis. Psychometrika [Internet]. 2017 [accesso em 25 out 2021];1958, 23 (3). Disponível em: http://128.174.199.77/psychometrika_highly_cited_articles/kaiser_1958.pdf.
http://128.174.199.77/psychometrika_high...
.

O coeficiente α de Cronbach é a medida mais utilizada para avaliar a fiabilidade, variando numa escala de zero a um, sendo os valores acima de 0,7 considerados aceitáveis. Marôco & Garcia Marques1616 Marôco J, Marques T, Marques-Bonet T. Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Portugal. Laboratório de Psicologia [Internet]. 2006 [acesso em 25 out 2021]; 4(1): 65-90. Disponível em: https://www.scienceopen.com/document?vid=38fadd95-126f-4c03-9793-1ca2e72d03ef.
https://www.scienceopen.com/document?vid...
consideram que valores deste índice acima de 0,9 traduzem fiabilidade elevada e os valores entre 0,8 e 0,9, fiabilidade moderada a elevada.

Para extrair os fatores utilizou-se do método em componentes principais, uma vez que se pretendeu retirar a máxima variância dos dados com o mínimo de componentes ortogonais. Para realizar a análise fatorial é necessário que haja correlação entre as variáveis e, para tal, a medida é feita através do teste estatístico KMO (Kaiser-Meyer-Olkin)1 1 O teste de KMO é uma medida de homogeneidade das variáveis, o qual compara as correlações simples com as correlações parciais que se observam entre as variáveis. e do teste de Esfericidade de Bartlett. O KMO varia entre zero e um. Valores entre um e 0,9 indicam uma muito boa correlação; entre 0,8 e 0,9, uma boa correlação; entre 0,7 e 0,8, uma correlação média; entre 0,6 e 0,7, uma razoável correlação; entre 0,5 e 0,6, uma correlação má; e menor do que 0,5, inaceitável. Por sua vez, importa que o teste de esfericidade de Bartlett registre um valor p≤0,05.

Para que a análise fatorial fosse harmoniosa e fiável, teve-se como pressuposto não aceitar qualquer saturação abaixo de 40% (i.e., 0,40), uma vez que cargas fatoriais das variáveis latentes superiores a 40% indicam uma relevância significativa1818.Watson JC. Establishing evidence for internal structure using exploratory factor analysis. Measurement and Evaluation in Counseling and Development. [Internet]. 2017 [accesso em 02 set 2021]; 50:232-8. Disponível em: https://doi.org/10.1080/07481756.2017.1336931.
https://doi.org/10.1080/07481756.2017.13...
.Os dados foram analisados por meio do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) para Windows, versão 26.0. Foi definido um intervalo com 95% de confiança e com uma margem de erro de 0,05.

O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética para a Saúde da Administração Regional de Saúde do Norte, I. P., Porto, sob o número 021/2019.

RESULTADOS

Neste estudo participaram 204 pessoas22 Duarte YAO, Domingues MAR. Família, Rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. São Paulo: Edgard Blücher; 2020. doentes em tratamento de tuberculose pulmonar, em CDP portugueses, maioritariamente do sexo masculino (n=126; 61,7%), com idades compreendidas entre os 18 e os 87 anos (x=49,5 anos; s=14,7 anos). Em relação à média de idades, a dos homens foi 46,8 anos e das mulheres, 51,2 anos. A maioria dos participantes da amostra era casada (n=99; 48,5%), prevaleceu a situação profissional com emprego (n=148; 72,5%), seguida da situação de desempregado (n=30; 14,7%). Quanto à escolaridade, cerca de 45,1% (n=92) dos participantes concluíram o ensino básico, 26,5% (n=54) o ensino secundário e 26,9% (n=55) o ensino médio ou superior. A totalidade da amostra iniciou o tratamento da doença há, aproximadamente, um mês ou estava em follow-up.

A Tabela 1 apresenta os resultados da análise fatorial da ESSS, contemplando as cargas fatoriais, as comunalidades (h22 Duarte YAO, Domingues MAR. Família, Rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. São Paulo: Edgard Blücher; 2020.) após extração, a percentagem de variância explicada por cada fator e o total de variância explicada, os valores próprios (eingenvalues) e as medidas de adequação da amostra através do Teste de KMO e do teste de esfericidade de Bartlett.

A análise fatorial da escala evidenciou uma estrutura fatorial que possibilitou a explicação das correlações entre as variáveis observáveis, permitindo a construção de uma escala de medida, com o objetivo de avaliar um constructo e/ou uma variável1717 Marôco J. Análise estatística com o SPSS Statistics. 8. ed. Pêro Pinheiro: Report Number; 2021.

18.Watson JC. Establishing evidence for internal structure using exploratory factor analysis. Measurement and Evaluation in Counseling and Development. [Internet]. 2017 [accesso em 02 set 2021]; 50:232-8. Disponível em: https://doi.org/10.1080/07481756.2017.1336931.
https://doi.org/10.1080/07481756.2017.13...
-1919 Bartlett JE, Kotrlik JW, Higgins CC. Organizational research: determining appropriate sample size in survey research. Information Technology, Learning, and Performance Journal [Internet]. 2001 [acesso em 25 out 2021]; 19 (1), 43-50.Disponível em: https://www.opalco.com/wp-content/uploads/2014/10/Reading-Sample-Size1.pdf.
https://www.opalco.com/wp-content/upload...
.Verifica-se que todos os itens têm uma saturação superior ou igual a 0,50. O item seis tem a saturação mais baixa, de 0,52, sendo que os itens restantes apresentam uma saturação que varia entre 0,74 e 0,91.

A análise fatorial em componentes principais seguida de rotação ortogonal Varimax deu origem a quatro componentes principais com valores próprios superiores a um. A totalidade dos itens do presente estudo explica 77,58% do total de variância da ESSS, claramente superior à percentagem mínima de 50% de variância aceitável1717 Marôco J. Análise estatística com o SPSS Statistics. 8. ed. Pêro Pinheiro: Report Number; 2021.

18.Watson JC. Establishing evidence for internal structure using exploratory factor analysis. Measurement and Evaluation in Counseling and Development. [Internet]. 2017 [accesso em 02 set 2021]; 50:232-8. Disponível em: https://doi.org/10.1080/07481756.2017.1336931.
https://doi.org/10.1080/07481756.2017.13...
-1919 Bartlett JE, Kotrlik JW, Higgins CC. Organizational research: determining appropriate sample size in survey research. Information Technology, Learning, and Performance Journal [Internet]. 2001 [acesso em 25 out 2021]; 19 (1), 43-50.Disponível em: https://www.opalco.com/wp-content/uploads/2014/10/Reading-Sample-Size1.pdf.
https://www.opalco.com/wp-content/upload...
. A primeira componente, i.e., a subescala “Satisfação com a família”, explica 47,87% do valor total da Escala com uma saturação que varia entre 0,74 e 0,89 dos sete itens que a representam, apresentando valor próprio de 7,18; a segunda componente, i.e., a subescala “Satisfação com os amigos”, explica 14,17% do valor total da Escala, com uma saturação que varia entre 0,52 e 0,88 dos quatro itens que a representam, apresentando valor próprio de 2,13; a terceira componente, i.e., a subescala “Atividade social”, explica 8,24% do valor total da Escala com uma saturação que varia entre 0,84 e 0,91 nos dois itens que a representam, apresentando valor próprio de 1,24; a quarta componente, i.e., a subescala “Intimidade”, explica 7,30% do valor total da Escala com uma saturação que varia entre 0,82 e 0,91 nos dois itens que a representam, apresentando valor próprio de 1,10.

A percentagem de variância comum das variáveis nos fatores extraídos é superior a 70% para todos os itens (exceto o item seis, onde se verifica h22 Duarte YAO, Domingues MAR. Família, Rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. São Paulo: Edgard Blücher; 2020.=45%), o que é sugestivo da capacidade operativa de determinados fatores para expressar a variabilidade. Ou seja, podemos afirmar que, com exceção do item seis, todos os itens têm forte relação com os fatores retidos (superior a 50%). Este dado é importante na medida em que ao maior número de fatores retidos corresponde uma menor perda de informação.

Os resultados da aplicação do teste de Kaiser-Meyer-Olkin, com KMO=0,863 e do Teste de Esfericidade de Bartlett, com χ22 Duarte YAO, Domingues MAR. Família, Rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. São Paulo: Edgard Blücher; 2020.=2501,541; p<0,001 (rejeição H0) permitem confirmar a fatorabilidade de a matriz de correlação aferir a adequação da amostra para a realização da análise fatorial1717 Marôco J. Análise estatística com o SPSS Statistics. 8. ed. Pêro Pinheiro: Report Number; 2021.

18.Watson JC. Establishing evidence for internal structure using exploratory factor analysis. Measurement and Evaluation in Counseling and Development. [Internet]. 2017 [accesso em 02 set 2021]; 50:232-8. Disponível em: https://doi.org/10.1080/07481756.2017.1336931.
https://doi.org/10.1080/07481756.2017.13...
-1919 Bartlett JE, Kotrlik JW, Higgins CC. Organizational research: determining appropriate sample size in survey research. Information Technology, Learning, and Performance Journal [Internet]. 2001 [acesso em 25 out 2021]; 19 (1), 43-50.Disponível em: https://www.opalco.com/wp-content/uploads/2014/10/Reading-Sample-Size1.pdf.
https://www.opalco.com/wp-content/upload...
.

Tabela 1
Resultados da análise fatorial da Escala de Satisfação com o Suporte Social. Porto, Portugal, 2021

Tendo em conta os fatores apresentados por Pais-Ribeiro1010 Ribeiro JLP. Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Análise psicológica [Internet]. 1999 [acesso em 22 set 2021]; 17(3), 547-558. Disponivel em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311999000300010&lng=pt&tlng=pt.
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?scri...
e Marôco1111 Marôco JP, Campos JADB, Vinagre M da G, Pais-Ribeiro LJ. Adaptação transcultural Brasil-Portugal da Escala de Satisfação com o Suporte Social para Estudantes do Ensino Superior. Psicologia: Reflexão e Crítica [Internet]. 2014 [acesso em 06 out 2021]; 247-256, 27(2). Disponivel em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=18831347006.
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=1...
corroborados na amostra do presente estudo, analisou-se a consistência interna ou homogeneidade da ESSS através da determinação do coeficiente α-Cronbach1616 Marôco J, Marques T, Marques-Bonet T. Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Portugal. Laboratório de Psicologia [Internet]. 2006 [acesso em 25 out 2021]; 4(1): 65-90. Disponível em: https://www.scienceopen.com/document?vid=38fadd95-126f-4c03-9793-1ca2e72d03ef.
https://www.scienceopen.com/document?vid...
.Por conseguinte, a consistência interna calculou o coeficiente α-Cronbach, quer para a globalidade dos itens, quer para a eliminação de cada item.

Na Tabela 2, apresenta-se a análise da consistência interna ou homogeneidade dos itens da ESSS. A par da média e do desvio-padrão, descreve-se a respectiva correlação dos itens com o total da sua escala de pertença (coeficiente corrigido) e o valor de α se esse mesmo item for eliminado, considerando a amostra total (n=204).Da observação dos valores inscritos, constata-se que os coeficientes α-Cronbach relativos a cada item com o total da escala (α=0,91) oscilam entre α=0,90 e α=0,92, obtendo-se uma consistência interna “Excelente”1717 Marôco J. Análise estatística com o SPSS Statistics. 8. ed. Pêro Pinheiro: Report Number; 2021.. Paralelamente, estes valores indicam uma muito forte correlação entre todos os itens e uma boa homogeneidade dos itens.

Analisando a correlação dos itens totais corrigida (corrected item-total correlation) de cada item com o total da escala, verificou-se que os valores oscilam entre r=0,25 e r=0,80. Deve-se salientar que, na correlação do item com o total, o valor encontrado se reporta à correlação do item com a soma dos restantes itens, isto é, ele próprio foi excluído da soma da escala.

Tabela 2
Análise da consistência interna ou homogeneidade dos itens da escala.Porto, Portugal, 2021

Na Tabela 3, apresenta-se, em resumo, a análise estatística, nomeadamente a média ponderada (xw) das diferentes subescalas da ESSS, o desvio-padrão (s) e a variância (Var). Verifica-se que, de todas as subescalas, destaca-se a subescala “Satisfação com a família” que integra sete itens, com uma média ponderada de 17,31, desvio-padrão de 5,88 e variância de 34,56. Observa-se, ainda, a importância atribuída aos amigos cuja subescala integra quatro itens, com uma média ponderada de 11,30, desvio-padrão de 3,72 e variância de 13,83.

Tabela 3
Análise da média ponderada pelas diferentes subescalas da ESSS. Porto, Portugal, 2021

Relativamente à comparação da consistência interna da ESSS na amostra em estudo e na apresentada por Pais-Ribeiro1010 Ribeiro JLP. Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Análise psicológica [Internet]. 1999 [acesso em 22 set 2021]; 17(3), 547-558. Disponivel em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311999000300010&lng=pt&tlng=pt.
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?scri...
, os resultados estão apresentados na Tabela 4. Pelos resultados obtidos, observa-se que: a subescala “Satisfação com a família” passa de três itens, na sua versão original, para sete itens na versão obtida no nosso estudo com um valor de α-Cronbach de 0,94; a subescala “Satisfação com amigos” passa de cinco itens, na sua versão original, para quatro itens na versão obtida no nosso estudo com um valor de α-Cronbach de 0,85; as subescalas “Atividades sociais” e “Intimidade” passam de três e de quatro itens, respectivamente na sua versão original, para dois itens cada subescala, na versão do presente estudo com um valor de α-Cronbach de 0,86 e 0,77 respectivamente.

A versão da Escala total do presente estudo apresenta uma consistência interna muito boa com um valor total de α-Cronbach de 0,91 superior ao da versão original (α=0,85).

Tabela 4
Consistência interna da ESSS na amostra em estudo e da Escala original.Porto, Portugal, 2021

A relação estatística entre as subescalas da ESSS e a Escala total foi efetuada com a utilização do coeficiente de correlação de Pearson, considerando a amostra global em estudo (n=204). Com base nos critérios de classificação apresentados por Marôco1717 Marôco J. Análise estatística com o SPSS Statistics. 8. ed. Pêro Pinheiro: Report Number; 2021., a magnitude das correlações varia de moderada a muito forte (0,51≤r≤0,91). Deve-se salientar que as duas subescalas com maior magnitude de correlação com a Escala total são a “Satisfação com a família” (r=0,91; p≤0,01) e a “Satisfação com os amigos” (r=0,81; p≤0,01). Por sua vez, as subescalas “Atividades sociais” (r=0,51; p≤0,01) e “Intimidade” (r=0,54; p≤0,01) registram moderada correlação com a Escala total.

Relativamente à validade discriminante de um item, esta é evidenciada pela diferença entre a correlação do item com a subescala a que pertence, comparando a correlação do item com as subescalas a que não pertence. Neste sentido, apresentamos na Tabela 5 a matriz de correlações de Pearson entre as subescalas e os itens da ESSS.

A correlação entre os itens, individualmente, com cada uma das subescalas da escala, evidencia que o maior valor de correlação está associado à subescala a que ele pertence; logo, confirmamos a validade discriminante dos itens da ESSS, pelo que os resultados obtidos indiciam ser um instrumento fidedigno e robusto para estudar a satisfação com o Suporte social na pessoa doente com tuberculose pulmonar.

Tabela 5
Matriz de correlação entre as subescalas e os itens da ESSS.Porto, Portugal, 2021

DISCUSSÃO

O Suporte Social, também chamado de apoio social, tem sido uma variável que a literatura espelha como um determinante do bem-estar físico, social e psicológico22 Duarte YAO, Domingues MAR. Família, Rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. São Paulo: Edgard Blücher; 2020., 99 Bender M, Osch Y , Sleegers W, Ye M. Social support benefits psychological adjustment of international students: evidence from a meta-analysis. Journal of Cross-Cultural Psychology. [Internet]. 2019 [acesso em 12 abr 2021];50(7):827-847. Disponível em: http://doi.org/10.1177/0022022119861151.
http://doi.org/10.1177/0022022119861151...
, 1212 Ribeiro CM, Salvador RVA, Carvalho PS. Preditores da qualidade de vida e de suporte social percebido em pessoas com doença mental crónica: Estudo preliminar. Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social. [Internet] 2019 [acesso 12 mar 2021]; 5 (1): 14-24. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/6869479.pdf.
https://dialnet.unirioja.es/descarga/art...
, 1414 Pinho LG de, Pereira A, Chaves C, Rocha M da L. Satisfação com o suporte social e qualidade de vida dos doentes com esquizofrenia. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental [Internet] 2017 [accesso em 25 out 2021]; 5. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe5/nspe5a06.pdf.
http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe5...
, 2020 Neves LA de S, Castrighini C de C, Reis RK, Canini SRM da S, Gir E. Apoyo social y calidad de vida de las personas con coinfección de tuberculosis/VIH. Enfermería Global. [Internet]. 2018 [acesso em 02 nov 2021]; 17, 2 (1-29). Disponível em: https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.276351.
https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.276...
. Abrange políticas e redes de apoio como família, amigos e comunidade, que têm como finalidade contribuir para o bem-estar das pessoas, incluindo àquelas em situação de exclusão99 Bender M, Osch Y , Sleegers W, Ye M. Social support benefits psychological adjustment of international students: evidence from a meta-analysis. Journal of Cross-Cultural Psychology. [Internet]. 2019 [acesso em 12 abr 2021];50(7):827-847. Disponível em: http://doi.org/10.1177/0022022119861151.
http://doi.org/10.1177/0022022119861151...
, 1212 Ribeiro CM, Salvador RVA, Carvalho PS. Preditores da qualidade de vida e de suporte social percebido em pessoas com doença mental crónica: Estudo preliminar. Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social. [Internet] 2019 [acesso 12 mar 2021]; 5 (1): 14-24. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/6869479.pdf.
https://dialnet.unirioja.es/descarga/art...
, 1414 Pinho LG de, Pereira A, Chaves C, Rocha M da L. Satisfação com o suporte social e qualidade de vida dos doentes com esquizofrenia. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental [Internet] 2017 [accesso em 25 out 2021]; 5. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe5/nspe5a06.pdf.
http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe5...
, 2121 Kigozi G, Heunis C, Chikobvu P, Botha S, Rensburg D. Factors influencing treatment default among tuberculosis patients in a high burden province of South Africa. Int. J. Infect. Dis. [Internet]. 2017 [acesso em 22 set 2021]; 54, 95-102. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijid.2016.11.407.
https://doi.org/10.1016/j.ijid.2016.11.4...

22 Bezerra WDSP, Lemos EF, Prado TN do, Kayano LT, Souza SZ de, Chaves CEV, et al. Risk stratification and factors associated with abandonment of tuberculosis treatment in a secondary referral unit. Patient Prefer Adherence. [Internet]. 2020 [acesso em 02 out 2021];14:2389-2397. Disponível em: https://doi.org/10.2147/PPA.S266475.
https://doi.org/10.2147/PPA.S266475...
-2323 Chen X, Xu J, Chen Y,Wu R, Ji H, Pan Y, et al. The relationship among social support, experienced stigma, psychological distress, and quality of life among tuberculosis patients in China. Sci Rep. [Internet]. 2021[acesso em 08 jan 2021]; 11, 24236. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-021-03811-w.
https://doi.org/10.1038/s41598-021-03811...
.No contexto de doença, a importância do Suporte Social no bem-estar psicológico das pessoas acometidas e a sua influência no seu tratamento tem sido bem documentada(22 Duarte YAO, Domingues MAR. Família, Rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. São Paulo: Edgard Blücher; 2020., 66 Veiga AM. Controlo da tuberculose em Portugal- estudo do insucesso terapêutico e dos seus factores nos doentes [tese Doutoramento]. Lisboa: Escola Nacional de Saude Publica; 2016.

7.Wang S. Development of a nomogram for predicting treatment default under facility-based directly observed therapy short-course in a region with a high tuberculosis burden. Ther Adv Infect Dis. [Internet] 2021[acesso em 06 fev 2021]; 29;8. Disponível em: http://doi.org/10.1177/20499361211034066.
http://doi.org/10.1177/20499361211034066...
-88 Chirinos NEC, Meirelles BHS, Bousfield ABS. Relationship between the social representations of health professionals and people with tuberculosis and treatment abandonment. Texto Contexto Enferm [Internet] 2017 [acesso em 01 out 2021]; 26(1),1-8. Disponivel em: https://doi.org/10.1590/0104-07072017005650015.
https://doi.org/10.1590/0104-07072017005...
, 1313 Peixoto TA, Peixoto MN. Suporte social na adaptação à condição de sobrevivente de cancro. ON 35. [Internet]. 2017 [acesso em 10 out 2021]; 8-17. Disponível em https://www.aeop.pt/ficheiros/ON35_abst1.pdf.
https://www.aeop.pt/ficheiros/ON35_abst1...
, 2020 Neves LA de S, Castrighini C de C, Reis RK, Canini SRM da S, Gir E. Apoyo social y calidad de vida de las personas con coinfección de tuberculosis/VIH. Enfermería Global. [Internet]. 2018 [acesso em 02 nov 2021]; 17, 2 (1-29). Disponível em: https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.276351.
https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.276...

21 Kigozi G, Heunis C, Chikobvu P, Botha S, Rensburg D. Factors influencing treatment default among tuberculosis patients in a high burden province of South Africa. Int. J. Infect. Dis. [Internet]. 2017 [acesso em 22 set 2021]; 54, 95-102. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijid.2016.11.407.
https://doi.org/10.1016/j.ijid.2016.11.4...

22 Bezerra WDSP, Lemos EF, Prado TN do, Kayano LT, Souza SZ de, Chaves CEV, et al. Risk stratification and factors associated with abandonment of tuberculosis treatment in a secondary referral unit. Patient Prefer Adherence. [Internet]. 2020 [acesso em 02 out 2021];14:2389-2397. Disponível em: https://doi.org/10.2147/PPA.S266475.
https://doi.org/10.2147/PPA.S266475...

23 Chen X, Xu J, Chen Y,Wu R, Ji H, Pan Y, et al. The relationship among social support, experienced stigma, psychological distress, and quality of life among tuberculosis patients in China. Sci Rep. [Internet]. 2021[acesso em 08 jan 2021]; 11, 24236. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-021-03811-w.
https://doi.org/10.1038/s41598-021-03811...

24 Deshmukh RD, Dhande DJ, Sachdeva KS, Sreenivas AN, Kumar AMV, Parmar M. Social support a key factor for adherence to multidrug-resistant tuberculosis treatment. Indian J Tuberc. [Internet]. 2018 [acesso em 02 nov 2021];65(1):41-47. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijtb.2017.05.003.
https://doi.org/10.1016/j.ijtb.2017.05.0...
-2525.Soedarsono S, Mertaniasih NM, Kusmiati T, Permatasari A, Juliasih NN, Hadi C, et al. Determinant factors for loss to follow-up in drug-resistant tuberculosis patients: the importance of psycho-social and economic aspects. BMC Pulm Med. [Internet]. 2021 [acesso em 02 nov 2021]; 21(1):360. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12890-021-01735-9.
https://doi.org/10.1186/s12890-021-01735...
).

O apoio familiar e o apoio social são fatores centrais no sucesso do tratamento para tuberculose, na medida em que a evidência científica o descreve como fator-chave para a adesão ao tratamento2121 Kigozi G, Heunis C, Chikobvu P, Botha S, Rensburg D. Factors influencing treatment default among tuberculosis patients in a high burden province of South Africa. Int. J. Infect. Dis. [Internet]. 2017 [acesso em 22 set 2021]; 54, 95-102. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijid.2016.11.407.
https://doi.org/10.1016/j.ijid.2016.11.4...

22 Bezerra WDSP, Lemos EF, Prado TN do, Kayano LT, Souza SZ de, Chaves CEV, et al. Risk stratification and factors associated with abandonment of tuberculosis treatment in a secondary referral unit. Patient Prefer Adherence. [Internet]. 2020 [acesso em 02 out 2021];14:2389-2397. Disponível em: https://doi.org/10.2147/PPA.S266475.
https://doi.org/10.2147/PPA.S266475...

23 Chen X, Xu J, Chen Y,Wu R, Ji H, Pan Y, et al. The relationship among social support, experienced stigma, psychological distress, and quality of life among tuberculosis patients in China. Sci Rep. [Internet]. 2021[acesso em 08 jan 2021]; 11, 24236. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-021-03811-w.
https://doi.org/10.1038/s41598-021-03811...

24 Deshmukh RD, Dhande DJ, Sachdeva KS, Sreenivas AN, Kumar AMV, Parmar M. Social support a key factor for adherence to multidrug-resistant tuberculosis treatment. Indian J Tuberc. [Internet]. 2018 [acesso em 02 nov 2021];65(1):41-47. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijtb.2017.05.003.
https://doi.org/10.1016/j.ijtb.2017.05.0...
-2525.Soedarsono S, Mertaniasih NM, Kusmiati T, Permatasari A, Juliasih NN, Hadi C, et al. Determinant factors for loss to follow-up in drug-resistant tuberculosis patients: the importance of psycho-social and economic aspects. BMC Pulm Med. [Internet]. 2021 [acesso em 02 nov 2021]; 21(1):360. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12890-021-01735-9.
https://doi.org/10.1186/s12890-021-01735...
. Por conseguinte, é de relevante importância o desenvolvimento de instrumentos de medida de satisfação do Suporte Social devidamente adaptados à população, onde se identifique ser oportuno avaliar esta variável.

Neste estudo, fizemos a adaptação da ESSS de Pais-Ribeiro1010 Ribeiro JLP. Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Análise psicológica [Internet]. 1999 [acesso em 22 set 2021]; 17(3), 547-558. Disponivel em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311999000300010&lng=pt&tlng=pt.
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?scri...
para uma amostra de pessoas com tuberculose pulmonar. Relativamente à sua versão original, observou-se uma migração de itens dentro das diferentes subescalas. Assim, a subescala: “Satisfação com a família”, com um total de sete itens, passou a integrar, além dos três itens da subescala original, mais quatro itens pertencentes à subescala “Satisfação com os amigos”; “Satisfação com os amigos”, com um total de quatro itens, manteve um item da escala original, acrescendo um item da subescala “Atividades sociais”, e dois itens da subescala “Intimidade”; “Atividades sociais” ficou com apenas dois itens, mantendo os da subescala original; e “Intimidade” ficou com apenas dois itens, mantendo os da subescala original.

A valorização atribuída à satisfação com a família foi superior à esperada, sugerindo uma possível junção explicativa entre amigos/familiares. Esta valorização poderá estar relacionada com a percepção que os indivíduos têm de que a família e os amigos são pessoas em quem podem confiar, sentindo-se valorizados e integrados numa rede de comunicação e apoiados nesta fase de crise.

Os coeficientes α de Cronbach relativos a cada item, com o total da escala (α=0,91), oscilam entre α=0,90 e α=0,92, obtendo-se uma consistência interna “Muito boa”1717 Marôco J. Análise estatística com o SPSS Statistics. 8. ed. Pêro Pinheiro: Report Number; 2021..

Como limitações deste estudo, considera-se que o fato de se tratar de um estudo com pessoas com tuberculose pulmonar não abrange outras variantes da doença. Assim recomenda-se a realização de mais investigações com pessoas com outros tipos de tuberculose e de outras regiões do país. Porém, os resultados deste estudo mostram que a Escala de Satisfação com o Suporte Social é um instrumento com confiabilidade e validade adequadas, disponível para os enfermeiros, no âmbito do planejamento das suas intervenções, fazerem o diagnóstico da necessidade de suporte social da pessoa com tuberculose pulmonar e família.

CONCLUSÃO

Na versão da ESSS adaptada para uma amostra de pessoas com tuberculose pulmonar, identificaram-se igualmente quatro subescalas, como na escala original, mas com variação na distribuição dos itens pelas diferentes subescalas. Considera-se que este fato se deve às particularidades das pessoas com esta patologia contagiosa, com necessidade de um tratamento prolongado e controlado e com o risco de isolamento social.

Esta escala que permite avaliar a satisfação com o suporte social percebido (da família, dos amigos, intimidade e as atividades sociais), reconhecendo que esta dimensão subjetiva é fundamental para a qualidade de vida e bem-estar, quer em populações saudáveis, quer em populações doentes. Este conhecimento poderá contribuir para a melhoria da qualidade dos cuidados à pessoa com tuberculose pulmonar, dado que o apoio do suporte social é reconhecido como pilar significativo em todo o processo de tratamento da tuberculose pulmonar.

Perante as características psicométricas da ESSS, pode-se concluir que se trata de um instrumento de medida confiável e válido, podendo este ser utilizado pelos enfermeiros no tratamento da pessoa com tuberculose pulmonar. Os seus resultados poderão fornecer informação substancial para a melhor tomada de decisão, quando do planejamento de cuidados. O suporte social e a satisfação com o suporte social são hoje referidos e reconhecidos no seio da comunidade científica como um dos fatores potencializadores da adesão ao tratamento e do bem-estar da pessoa doente.

  • 1
    O teste de KMO é uma medida de homogeneidade das variáveis, o qual compara as correlações simples com as correlações parciais que se observam entre as variáveis.
  • 2
    O tamanho mínimo da amostra para realizar a AFE é de 5 por cada item introduzido no modelo. Sabendo que a ESSS possui 15 itens, logo o mínimo amostral deverá ser n≥75 (1919 Bartlett JE, Kotrlik JW, Higgins CC. Organizational research: determining appropriate sample size in survey research. Information Technology, Learning, and Performance Journal [Internet]. 2001 [acesso em 25 out 2021]; 19 (1), 43-50.Disponível em: https://www.opalco.com/wp-content/uploads/2014/10/Reading-Sample-Size1.pdf.
    https://www.opalco.com/wp-content/upload...
    ).

REFERÊNCIAS

  • 1
    Hupcey JE. Clarifying the social support theory-research linkage. J Adv Nurs. [Internet] 1998 [acesso 06 out 2021]; 27(6):1231-41. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2648.1998.01231.x
    » https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1046/j.1365-2648.1998.01231.x
  • 2
    Duarte YAO, Domingues MAR. Família, Rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. São Paulo: Edgard Blücher; 2020.
  • 3
    Javadi-Pashaki N, Darvishpour A. Survey of stress coping strategies to predict the general health of nursing staff. J. Edu Health Promot [Internet] 2019 [acesso 06 out 2021]; 8:74. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31143791/
    » https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31143791/
  • 4
    Duarte YAO, Domingues MAR. Instrumentos de avaliação da rede de suporte social In: Família, rede de suporte social e idosos: instrumentos de avaliação. [Internet]. São Paulo: Blucher; 2020 [acesso 06 out 2021]; 43-60. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5151/9788580394344-02
    » http://dx.doi.org/10.5151/9788580394344-02
  • 5
    World Health Organization. Global Tuberculosis Report 2020. Geneva [Internet] 2020 [acesso em 06 out 2021]; Disponivel em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240013131
    » https://www.who.int/publications/i/item/9789240013131
  • 6
    Veiga AM. Controlo da tuberculose em Portugal- estudo do insucesso terapêutico e dos seus factores nos doentes [tese Doutoramento]. Lisboa: Escola Nacional de Saude Publica; 2016.
  • 7
    Wang S. Development of a nomogram for predicting treatment default under facility-based directly observed therapy short-course in a region with a high tuberculosis burden. Ther Adv Infect Dis. [Internet] 2021[acesso em 06 fev 2021]; 29;8. Disponível em: http://doi.org/10.1177/20499361211034066
    » http://doi.org/10.1177/20499361211034066
  • 8
    Chirinos NEC, Meirelles BHS, Bousfield ABS. Relationship between the social representations of health professionals and people with tuberculosis and treatment abandonment. Texto Contexto Enferm [Internet] 2017 [acesso em 01 out 2021]; 26(1),1-8. Disponivel em: https://doi.org/10.1590/0104-07072017005650015
    » https://doi.org/10.1590/0104-07072017005650015
  • 9
    Bender M, Osch Y , Sleegers W, Ye M. Social support benefits psychological adjustment of international students: evidence from a meta-analysis. Journal of Cross-Cultural Psychology. [Internet]. 2019 [acesso em 12 abr 2021];50(7):827-847. Disponível em: http://doi.org/10.1177/0022022119861151
    » http://doi.org/10.1177/0022022119861151
  • 10
    Ribeiro JLP. Escala de Satisfação com o Suporte Social (ESSS). Análise psicológica [Internet]. 1999 [acesso em 22 set 2021]; 17(3), 547-558. Disponivel em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311999000300010&lng=pt&tlng=pt
    » http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0870-82311999000300010&lng=pt&tlng=pt
  • 11
    Marôco JP, Campos JADB, Vinagre M da G, Pais-Ribeiro LJ. Adaptação transcultural Brasil-Portugal da Escala de Satisfação com o Suporte Social para Estudantes do Ensino Superior. Psicologia: Reflexão e Crítica [Internet]. 2014 [acesso em 06 out 2021]; 247-256, 27(2). Disponivel em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=18831347006
    » https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=18831347006
  • 12
    Ribeiro CM, Salvador RVA, Carvalho PS. Preditores da qualidade de vida e de suporte social percebido em pessoas com doença mental crónica: Estudo preliminar. Revista Portuguesa de Investigação Comportamental e Social. [Internet] 2019 [acesso 12 mar 2021]; 5 (1): 14-24. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/6869479.pdf
    » https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/6869479.pdf
  • 13
    Peixoto TA, Peixoto MN. Suporte social na adaptação à condição de sobrevivente de cancro. ON 35. [Internet]. 2017 [acesso em 10 out 2021]; 8-17. Disponível em https://www.aeop.pt/ficheiros/ON35_abst1.pdf
    » https://www.aeop.pt/ficheiros/ON35_abst1.pdf
  • 14
    Pinho LG de, Pereira A, Chaves C, Rocha M da L. Satisfação com o suporte social e qualidade de vida dos doentes com esquizofrenia. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental [Internet] 2017 [accesso em 25 out 2021]; 5. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe5/nspe5a06.pdf
    » http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpesm/nspe5/nspe5a06.pdf
  • 15
    Kaiser HF. The varimax criterion for analytic rotation in factor analysis. Psychometrika [Internet]. 2017 [accesso em 25 out 2021];1958, 23 (3). Disponível em: http://128.174.199.77/psychometrika_highly_cited_articles/kaiser_1958.pdf
    » http://128.174.199.77/psychometrika_highly_cited_articles/kaiser_1958.pdf
  • 16
    Marôco J, Marques T, Marques-Bonet T. Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach? Questões antigas e soluções modernas? Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Portugal. Laboratório de Psicologia [Internet]. 2006 [acesso em 25 out 2021]; 4(1): 65-90. Disponível em: https://www.scienceopen.com/document?vid=38fadd95-126f-4c03-9793-1ca2e72d03ef
    » https://www.scienceopen.com/document?vid=38fadd95-126f-4c03-9793-1ca2e72d03ef
  • 17
    Marôco J. Análise estatística com o SPSS Statistics. 8. ed. Pêro Pinheiro: Report Number; 2021.
  • 18
    Watson JC. Establishing evidence for internal structure using exploratory factor analysis. Measurement and Evaluation in Counseling and Development. [Internet]. 2017 [accesso em 02 set 2021]; 50:232-8. Disponível em: https://doi.org/10.1080/07481756.2017.1336931
    » https://doi.org/10.1080/07481756.2017.1336931
  • 19
    Bartlett JE, Kotrlik JW, Higgins CC. Organizational research: determining appropriate sample size in survey research. Information Technology, Learning, and Performance Journal [Internet]. 2001 [acesso em 25 out 2021]; 19 (1), 43-50.Disponível em: https://www.opalco.com/wp-content/uploads/2014/10/Reading-Sample-Size1.pdf
    » https://www.opalco.com/wp-content/uploads/2014/10/Reading-Sample-Size1.pdf
  • 20
    Neves LA de S, Castrighini C de C, Reis RK, Canini SRM da S, Gir E. Apoyo social y calidad de vida de las personas con coinfección de tuberculosis/VIH. Enfermería Global. [Internet]. 2018 [acesso em 02 nov 2021]; 17, 2 (1-29). Disponível em: https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.276351
    » https://doi.org/10.6018/eglobal.17.2.276351
  • 21
    Kigozi G, Heunis C, Chikobvu P, Botha S, Rensburg D. Factors influencing treatment default among tuberculosis patients in a high burden province of South Africa. Int. J. Infect. Dis. [Internet]. 2017 [acesso em 22 set 2021]; 54, 95-102. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijid.2016.11.407
    » https://doi.org/10.1016/j.ijid.2016.11.407
  • 22
    Bezerra WDSP, Lemos EF, Prado TN do, Kayano LT, Souza SZ de, Chaves CEV, et al. Risk stratification and factors associated with abandonment of tuberculosis treatment in a secondary referral unit. Patient Prefer Adherence. [Internet]. 2020 [acesso em 02 out 2021];14:2389-2397. Disponível em: https://doi.org/10.2147/PPA.S266475
    » https://doi.org/10.2147/PPA.S266475
  • 23
    Chen X, Xu J, Chen Y,Wu R, Ji H, Pan Y, et al. The relationship among social support, experienced stigma, psychological distress, and quality of life among tuberculosis patients in China. Sci Rep. [Internet]. 2021[acesso em 08 jan 2021]; 11, 24236. Disponível em: https://doi.org/10.1038/s41598-021-03811-w
    » https://doi.org/10.1038/s41598-021-03811-w
  • 24
    Deshmukh RD, Dhande DJ, Sachdeva KS, Sreenivas AN, Kumar AMV, Parmar M. Social support a key factor for adherence to multidrug-resistant tuberculosis treatment. Indian J Tuberc. [Internet]. 2018 [acesso em 02 nov 2021];65(1):41-47. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijtb.2017.05.003
    » https://doi.org/10.1016/j.ijtb.2017.05.003
  • 25
    Soedarsono S, Mertaniasih NM, Kusmiati T, Permatasari A, Juliasih NN, Hadi C, et al Determinant factors for loss to follow-up in drug-resistant tuberculosis patients: the importance of psycho-social and economic aspects. BMC Pulm Med. [Internet]. 2021 [acesso em 02 nov 2021]; 21(1):360. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12890-021-01735-9
    » https://doi.org/10.1186/s12890-021-01735-9
Editora associada: Luciana Kalinke

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Dez 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    09 Dez 2021
  • Aceito
    17 Jun 2022
Universidade Federal do Paraná Av. Prefeito Lothário Meissner, 632, Cep: 80210-170, Brasil - Paraná / Curitiba, Tel: +55 (41) 3361-3755 - Curitiba - PR - Brazil
E-mail: cogitare@ufpr.br