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Ajustes fotossintéticos e concentração de prolina provavelmente estão ligados à memória de estresse em soja exposta a seca recorrente

RESUMO

O estresse hídrico é o principal fator abiótico que limita a produtividade da soja. A memória ao estresse hídrico recorrente pode proporcionar maior eficiência na minimização dos efeitos negativos da seca. Assim, o objetivo deste trabalho foi compreender os ajustes temporais na fotossíntese apresentados pela soja quando exposta à ciclos recorrentes de seca, no início da floração e enchimento de grãos. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com cinco repetições, composto por quatro tratamentos: i) WS-R1 (déficit hídrico moderado no início da floração), ii) WS-R5 (deficiência hídrica severa durante o enchimento de grãos), iii ) WS-R1+R5 (déficit hídrico moderado no início da floração e déficit hídrico severo durante o enchimento de grãos) e iv) WW (condição bem irrigada ao longo de todo ciclo). O estresse severo causou reduções nos parâmetros de trocas gasosas e no teor relativo de água, aumento da fluorescência inicial e eficiência do uso da água. As plantas dos tratamentos WS-R5 e WS-R1+R5 apresentaram redução na taxa aparente de transporte de elétrons no fotossistema II (PSII), extinção fotoquímica e rendimento quântico efetivo de PSII, além de aumento nos valores de extinção não fotoquímica. Além disso, a concentração de prolina nas folhas foi maior nas plantas do tratamento WS-R1+R5, contribuindo para a maior capacidade de manter as células túrgidas em relação às plantas WS-R5. Os ajustes fotossintéticos relacionados a respostas isoídricas mais rápidas e mecanismos fotoprotetores em plantas de soja submetidas a seca recorrente permitiram a manutenção no peso ou número de grãos em comparação com plantas sem restrição hídrica, demonstrando a ativação de mecanismos eficientes de memória de resposta ao estresse hídrico.

Termos de indexação:
Trocas gasosas; Glycine max; fluorescência da clorofila; fotoproteção; estresse hídrico.

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