Yamada et al.1919 Yamada K, Wakaizumi K, Kubota Y, Murayama H, Tabuchi T. Loneliness, social isolation, and pain following the COVID-19 outbreak: data from a nationwide internet survey in Japan. Sci Rep. 2021;11(1):18643. (Japão) |
Sujeitos registados numa agência de inquéritos. |
n= 25482; Feminino: 50.27%; 48.80 (17.30) anos; [15-79] anos. |
Transversal; inquérito online; de 25/08/2020 a 30/09/2020. |
Investigar a associação entre solidão, isolamento social e dor (cabeça, pescoço, ombro, membro superior, lombar e pernas), após as restrições impostas pela pandemia do COVID-19. |
Verificou-se uma associação positiva entre solidão/percepção de isolamento social e: incidência de dor; intensidade da dor e prevalência de DC. Realçou-se a possibilidade de outras consequências, como distresse psicológico e sintomatologia depressiva. |
Harnik et al.2020 Harnik MA, Blättler L, Limacher A, Reisig F, Grosse Holtforth M, Streitberger K. Telemedicine for chronic pain treatment during the COVID-19 pandemic: do pain intensity and anxiousness correlate with patient acceptance? Pain Pract. 2021;21(8):934-42. (Suíça) |
Pacientes seguidos numa Clínica de Dor. |
n= 61; Feminino: 57.40%; 56.89 (16.16) anos; [ND-ND] anos. |
Questionário telefônico; de 31/03/2020 a 30/07/2020 |
Avaliar a aceitação da telemedicina pelos pacientes durante a pandemia do COVID-19 e examinar a correlação dessa aceitação com a intensidade da dor e a ansiedade. |
O nível médio de aceitação da telemedicina foi de 6.25 (de 0 a 10).
A aceitação da telemedicina correlacionava-se: 1) negativamente com o nível médio atual de dor, as preocupações e o medo de COVID-19; 2) positivamente com o estado geral das pessoas.
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García-Esquinas et al.2222 García-Esquinas E, Ortolá R, Gine-Vázquez I, Carnicero JA, Mañas A, Lara E, et al. Changes in health behaviors, mental and physical health among older adults under severe lockdown restrictions during the COVID-19 pandemic in Spain. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(13):7067. (Espanha) |
Participantes de quatro coortes de pessoas idosas residentes na comunidade. |
n= 3041; Feminino: 57.70%; de 69.90 (8.00) a 81.50 (5.60) anos; [65-ND] anos. |
Entrevista facial e telefônica; de 27/04/2020 a 22/06/2020 |
Identificar as alterações nos estilos de vida, saúde física e mental entre as pessoas idosas, entre a sétima e a décima quinta semana após o início do confinamento pela pandemia do COVID-19. |
Houve redução da atividade física e aumento do sedentarismo, que reverteram após o fim do confinamento. Registou-se agravamento da DC e declínio moderado na saúde mental, que se mantiveram após o fim das restrições. Durante a pandemia, o risco de ter estilos de vida menos saudáveis ou pior saúde mental era superior em homens e pessoas com: mais comorbidades; isolamento social ou sentimentos de solidão; piores condições de habitabilidade. |
Macfarlane et al.2323 Macfarlane GJ, Hollick RJ, Morton L, Heddle M, Bachmair E, Anderson RS, Whibley D, Keenan K F, et al. The effect of COVID-19 public health restrictions on the health of people with musculoskeletal conditions and symptoms: the CONTAIN study. Rheumatology. 2021;60(SI):SI13-SI24. (Inglaterra) |
Registos epidemiológicos de pessoas com espondiloartrite axial ou artrite psoriática e participantes num ensaio que tinham dor regional e risco de DC. |
n=1054 (477 com ≥56-74 anos, 125 com ≥75 anos); Masculino: 55.00%; 59.00 (ND) anos; [18-96] anos. |
Questionário; de 06/2020 a 12/2020 |
Quantificar a mudança na QV, nos indicadores específicos de doença, na saúde e nos estilos de vida antes e durante a pandemia do COVID-19 em indivíduos com sintomas e doenças músculo-esqueléticas. |
Houve uma diminuição significativa da QV, aumento dos sintomas de fibromialgia e redução das perturbações do sono. Houve um efeito deletério na QV devido à intensidade da dor e ao impacto na saúde mental. Houve aumento da ansiedade nos pacientes com artrite psoriática. |
Lassen et al.2424 Lassen CL, Siam L, Degenhart A, Klier T W, Bundscherer A, Lindenberg N. Short-term impact of the COVID-19 pandemic on patients with a chronic pain disorder. Medicine. (Baltimore). 2021;100(10):e25153. (Alemanha) |
Pacientes com consulta marcada num centro terciário multidisciplinar de dor. |
n= 112; Feminino: 68.75%; 55.00 (13.10) anos; [ND-ND] anos. |
Observacional, baseado em questionário; de 05/05/2020 a 17/07/2020 |
Infuência, a curto prazo, da pandemia do COVID-19 em pacientes com DC. |
Cerca de 73% dos pacientes tinha agravamento da intensidade da dor. A dimensão das “relações sociais” foi a mais afetada na experiência dolorosa. Não foram detectados parâmetros demográficos e médicos clinicamente relevantes associados ao impacto da pandemia do COVID-19. |
Fallon et al.2525 Fallon N, Brown C, Twiddy H, Brian E, Frank B, Nurmikko T, Stancak A. Adverse effects of COVID-19-related lockdown on pain, physical activity and psychological well-being in people with chronic pain. Br J Pain. 2021;15(3):357-68. (Inglaterra) |
Através de divulgação online. |
n= 519; Feminino: 90.56%; 43.98 (13.38) anos; [18-79] anos. |
Questionário eletrônico; de 17/04/2020 a 12/05/2020 |
Investigar como as restrições da COVID-19 afetaram os indivíduos com DC, em comparação com um grupo controle saudável. |
Os pacientes com DC tiveram agravamento da dor e mostraram mais solidão, ansiedade e humor deprimido, e apresentaram redução do exercício físico. A percepção do aumento da dor estava relacionada com a percepção de redução do exercício físico. A catastrofzação da dor estava relacionada com a autopercepção da intensidade da dor, mediando a relação entre a redução do humor e a dor. |
Pagé et al.2626 Pagé MG, Lacasse A, Dassieu L, Hudspith M, Moor G, Sutton K, Tompson JM, Dorais M, Janelle Montcalm A, Sourial N, Choinière M. A cross-sectional study of pain status and psychological distress among individuals living with chronic pain: the Chronic Pain & COVID-19 Pan-Canadian Study. Health Promot Chronic Dis Prev Can. 2021;41(5):141-52. (Canadá) |
Através de associações de pacientes, organizações de dor, redes de investigação e meios de comunicação social. |
n= 3159 (205 com ≥70 anos); Feminino: 83.50%; 49.70 (ND) anos; [18-ND] anos. |
Inquérito online; de 16/04/2020 a 31/05/2020 |
Investigar os fatores associados às alterações da dor e do distresse psicológico em pessoas com DC durante a pandemia do COVID-19. |
Cerca de 47% tinha DC há >10 anos. O aumento da intensidade da dor estava associado a modificações nos tratamentos (farmacológicos ou não). O distresse psicológico encontrava-se associado a: emoções negativas relacionadas com a pandemia; níveis elevados de percepção global de stress; níveis elevados de stress relacionados com a saúde e à insegurança dos indivíduos. Nos mais idosos, a pioria da dor e o distresse psicológico eram menos prevalentes. |
Licciardone2626 Pagé MG, Lacasse A, Dassieu L, Hudspith M, Moor G, Sutton K, Tompson JM, Dorais M, Janelle Montcalm A, Sourial N, Choinière M. A cross-sectional study of pain status and psychological distress among individuals living with chronic pain: the Chronic Pain & COVID-19 Pan-Canadian Study. Health Promot Chronic Dis Prev Can. 2021;41(5):141-52. (EUA) |
Através de “Pain Registry for Epidemiological, Clinical, and Interventional Studies and Innovation”. |
n= 476 (158 com ≥61 anos); Feminino: 73.30%; 54.00 (13.20) anos; [22-81] anos. |
Longitudinal prospectivo, observacional; de 12/2019-03/2020 a 06/2020-09/2020 |
Medir as alterações verificadas na utilização de tratamentos (não farmacológicos e farmacológicos) e desfechos associados em pacientes com lombalgia crônica durante os primeiros seis meses da pandemia da COVID-19. |
Globalmente, a diminuição da utilização dos tratamentos para a lombalgia crônica não afetou negativamente a dor nem os resultados funcionais durante os primeiros 6 meses da pandemia. |
Licciardone2727 Mun CJ, Campbell CM, McGill LS, Aaron RV. The early impact of COVID-19 on chronic pain: a cross-sectional investigation of a large online sample of individuals with chronic pain in the United States, April to May, 2020. Pain Med. 2021;22(2):470-80. (EUA) |
Através de “Pain Registry for Epidemiological, Clinical, and Interventional Studies and Innovation”. |
n= 528; Feminino: 74.1%; 53.90 (13.00) anos; [ND-ND] anos. |
Longitudinal prospectivo, observacional; de 10-14 semanas entre o período pré e pós pandemia |
Determinar se o acesso limitado aos cuidados de saúde durante a pandemia da COVID-19 teve impacto na utilização de tratamentos (não farmacológicos, anti-inflamatórios não esteroides e opioides) e afetou a intensidade da dor e a incapacidade física em pacientes com lombalgia crônica. |
Globalmente, as pontuações médias de alteração da intensidade da dor e da incapacidade física, antes e depois da pandemia do COVID-19, não foram significativas. Houve impacto da pandemia na acessibilidade aos tratamentos não farmacológicos, especialmente pela população idosa. |
Consonni et al.3030 Consonni M, Telesca A, Grazzi L, Cazzato D, Lauria G. Life with chronic pain during COVID-19 lockdown: the case of patients with small fibre neuropathy and chronic migraine. Neurol Sci. 2021;42(2):389-97. (Itália) |
Pacientes com enxaqueca crônica, neuropatia de pequenas fibras e seus familiares saudáveis, seguidos numa consulta externa. |
n= 80 (neuropatia-25, enxaqueca- 42, saudáveis- 13); Feminino: 65%; 55,84 (13,10), 49,00 (10,30) e 52,67 (17,30) anos, respetivamente: neuropatia, enxaqueca e familiares saudáveis. [ND-ND] anos. |
Questionário (e-mail, telefone ou presencial); de 02/05/2020 a 11/06/2020 |
Investigar o impacto do distresse associado à pandemia do COVID-19 em pacientes com DC, nomeadamente os efeitos na saúde física e psicológica das mudanças de hábitos individuais e da reconfiguração dos cuidados de saúde. |
Os indivíduos com doença tinham menor QV, menos saúde física e uma atitude mais catastrófica em relação à dor do que as pessoas saudáveis. Durante a pandemia, os pacientes com neuropatia referiram maior declínio dos sintomas clínicos, preocupações com o contágio e desconforto com as mudanças na gestão da doença/DC do que os indivíduos com enxaqueca. Os resultados destacaram a variabilidade individual e a infuência do estado psicológico na resposta à pandemia do COVID-19. |
Nieto et al.3131 Nieto R, Pardo R, Sora B, Feliu-Soler A, Luciano JV. Impact of COVID-19 Lockdown Measures on Spanish People with Chronic Pain: An Online Study Survey. J Clin Med. 2020;9(11):3558. (Espanha) |
Através de: redes sociais dos investigadores, canais de redes sociais, e-mail massivo, associações de pacientes, associações regionais de DC. |
n= 502 (12.40% com >60 anos); Feminino: 88.00%; ND (ND) anos; [18-89] anos. |
Transversal; inquérito online, de 27/04/2020 a 25/05/2020 |
Perceber o impacto das restrições impostas pela pandemia do COVID-19 em pacientes com DC, analisar as mudanças globais na sua saúde, e explorar as mudanças nas estratégias de coping usadas na dor. |
Durante a pandemia houve um agravamento do distresse emocional, perturbações do sono e interferência da dor nas atividades físicas. Houve melhoria ou manutenção do apoio recebido por outrem. Os indivíduos que viviam com alguém em situação de dependência tiveram resultados significativamente piores na saúde (geral), capacidade física e atividades sociais. |
Steptoe3333 Steptoe A, Di Gessa G. Mental health and social interactions of older people with physical disabilities in England during the COVID-19 pandemic: a longitudinal cohort study. Lancet Public Health. 2021;6(6):e365-e373. (Inglaterra) |
Através do “English Longitudinal Study of Ageing”.
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n= 4887; Feminino: 56,90%; 72,13 (8,00) anos; [52-ND] anos. |
Longitudinal, de coorte; de 03/06/2020 a 26/07/2020 |
Avaliar a experiência emocional e social de pessoas idosas com incapacidade física durante os primeiros meses da pandemia do COVID-19. |
Cerca de 41,53% dos participantes sofriam de DC. Durante a pandemia do COVID-19, de forma significativa, as pessoas com incapacidade prévia na realização das atividades de vida diária tiveram mais sintomas de depressão e ansiedade, mais perturbações do sono, pior QV e mais percepção de solidão. As pessoas com déficit de mobilidade tiveram menos contatos sociais com as suas famílias. |
Polenick et al.3434 Polenick CA, Perbix EA, Salwi SM, Maust D T, Birditt KS, Brooks JM. Loneliness During the COVID-19 Pandemic Among Older Adults With Chronic Conditions. J Appl Gerontol. 2021;40(8):804-13. (EUA) |
Através de bases de dados (The Healthier Black Elders Center Participant Resource Pool of African American” e Universidade de Michigan), contatos dos investigadores, redes sociais. |
n= 701; Feminino: 73,60%; 64,57 (08,84) anos; [50-94] anos. |
Transversal; inquérito online; de 14/05/2020 a 09/07/2020 |
Estudar os fatores associados à solidão durante a pandemia do COVID-19 em adultos com doenças crônicas e com ≥50 anos. |
Vários pacientes com artrite crônica (60,9%), DC (34,7%) e osteoporose (19,5%). Verificou-se associação positiva entre a solidão e: sintomas de ansiedade e limitações funcionais. Notou-se que o apoio emocional era um fator protetor de sentimentos de solidão. |