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Método Pilates para dor em pacientes com lombalgia: revisão sistemática

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:

A fraqueza dos extensores de tronco é uma das principais causas no desenvolvimento de lombalgia em grande parte da população. A dor lombar é uma condição incapacitante e, devido à dor, muitas pessoas têm dificuldade para realizar as atividades de vida diária. Assim, o Pilates passa a ser um dos métodos de escolha para tratamento de pacientes com lombalgia, pois traz exercícios de fortalecimento muscular que promovem estabilização da coluna vertebral. O objetivo deste estudo foi analisar o impacto do método Pilates na dor de pacientes com lombalgia crônica.

METODOS:

Trata-se de uma revisão sistemática com busca de estudos nas bases de dados Scielo, OVID, Lilacs, Pubmed e PEDro incluindo ensaios clínicos randomizados que abordaram o método Pilates em pacientes com lombalgia crônica inespecífica. Os descritores de busca utilizados foram low back pain, Pilates method, exercise movement techniques, somados aos operadores booleanos: “e” e “ou”. O risco de viés dos estudos foi avaliado de acordo com os critérios da escala PEDro.

RESULTADOS:

Dos 8 estudos selecionados, todos obtiveram resultados positivos na redução da dor lombar, cada um utilizando um protocolo diferente associado ao tratamento de fisioterapia. Dos oito estudos considerados elegíveis, apenas sete foram incluídos na meta-análise. Para a meta-análise desta comparação, foi utilizado um modelo randomizado (I2=92%, df=6, p=0,01), no qual houve uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos Pilates e grupo controle (95% CI -1,79, -0,19).

CONCLUSÃO:

Foi possível concluir que o método Pilates foi eficaz no tratamento de dores lombares.

DESTAQUES

  • O estudo reforça a importância do método Pilates para pacientes com dor lombar, concentrando-se na redução da dor, mas com um impacto na funcionalidade e qualidade de vida.

  • O papel do Pilates como parte integrante de um protocolo de tratamento também é reforçado, não sendo a única ferramenta para o tratamento fisioterápico.

  • A aplicação do método Pilates deve começar com exercícios de dificuldade leve a moderada e, após o ganho funcional, progredir para alta complexidade.

INTRODUÇÃO

Estima-se que, pelo menos uma vez na vida, 80% da população terá um episódio de dor lombar (DL) e, em 40% destes, a dor se tornará crônica11 Miyamoto GC, Costa LO, Cabral CM. Eficacy of the Pilates method for pain and disability in patients with chronic nonspecific low back pain: a systematic review with meta-analysis. Braz J Phys Ter. 2013;17(6):517-32.. A DL crônica é um problema de saúde que afeta grande parte da população, atingindo uma prevalência de 11,9% dos habitantes ao redor do mundo. Além disso, é importante mencionar que a DL crônica é uma condição incapacitante, gerando alto absenteísmo das atividades diárias22 Oliveira JK, Oliveira FB, Silva DH, Silva PH. The effect of the Pilates method on the treatment of chronic low back pain: a clinical, randomized, controlled study. BrJP. 2018;1(1):21-8..

A DL tem uma etiologia multifatorial, envolvendo fatores como: idade, sexo, tabagismo, alcoolismo, peso corporal, classe social e atividades laborai33 Almeida ICGB, Sá KN, Silva M, Baptista A, Matos MA, Lessa I. Prevalência de dor lombar crônica na população da cidade de Salvador. Rev Bras Ortop. 2008;43(3):96-102.. A literatura afirma que o desequilíbrio entre a função dos músculos flexores do tronco e extensor aumenta a probabilidade de desenvolver distúrbios que afetam e prejudicam a estabilidade da coluna lombar44 Ferreira TN, Martins PCML, Cavalcanti DSP. O método Pilates em pacientes com lombalgia. Saúde e Ciência em Ação. 2016;2(1):55-65.. O estudo55 Amorim MBJ, Bittencuort S W, Salício AM, Salício MAV. O método Pilates no tratamento da lombalgia crônica não-específica. Conect Line. 2012;7:101-9. mostra que o trabalho de fortalecimento dos extensores do tronco (quadrado lombar, multífidos, semiespinhal, eretor da coluna e interespinhal) é o principal responsável pela redução dos sintomas de DL, já que há uma melhora considerável na estabilização da coluna lombar.

O método Pilates é um programa de exercícios frequentemente prescrito para estes indivíduos, pois é usado para ativar e fortalecer a musculatura estabilizadora do tronco44 Ferreira TN, Martins PCML, Cavalcanti DSP. O método Pilates em pacientes com lombalgia. Saúde e Ciência em Ação. 2016;2(1):55-65.. Este método é dividido entre dois princípios: o básico, que inclui um programa de exercícios que fortalece os músculos abdominais e paravertebrais, tais como os músculos flexores da coluna; e o princípio intermediário/avançado. Os exercícios de extensão do tronco são gradualmente introduzidos e ambos incluem exercícios para todo o corpo55 Amorim MBJ, Bittencuort S W, Salício AM, Salício MAV. O método Pilates no tratamento da lombalgia crônica não-específica. Conect Line. 2012;7:101-9..

O Pilates pode estimular a circulação, melhorar o condicionamento físico, aumentar a flexibilidade e a amplitude muscular, melhorar o alinhamento postural, aumentar os níveis de consciência corporal e melhorar a coordenação motora. Tais benefícios ajudam a prevenir lesões e proporcionam alívio de dores crônicas11 Miyamoto GC, Costa LO, Cabral CM. Eficacy of the Pilates method for pain and disability in patients with chronic nonspecific low back pain: a systematic review with meta-analysis. Braz J Phys Ter. 2013;17(6):517-32..

Fisioterapeutas e ortopedistas descobriram recentemente que este método pode ser usado como um exercício de reabilitação, trazendo resultados rápidos e eficazes66 Hasanpour-Dehkord A, Dehghani A, Solati K. A comparison of the effects of Pilates and McKenzie training on pain and general health in men with chronic low back pain: a randomized trial. Indian J Palliat Care. 2017;23(1):36-40.. Ele incorpora princípios de movimento que incluem elementos físicos e cognitivos: movimento de corpo inteiro, atenção à respiração, desenvolvimento muscular equilibrado, concentração, controle, centralização, precisão e ritmo77 Stolse RL, Allison CS, Childs DJ. Derivation of a preliminary clinical prediction rule for identifying a subgroup of patients with low back pain likely to beneft from Pilates-based exercise. J Orthop Sports Phys Ter. 2012;42(5):425-36.. Assim, este método pode ser eficaz para melhorar a saúde geral, como o desempenho atlético, propriocepção e redução da dor em pacientes com DL55 Amorim MBJ, Bittencuort S W, Salício AM, Salício MAV. O método Pilates no tratamento da lombalgia crônica não-específica. Conect Line. 2012;7:101-9.. O Pilates pode ser indicado para o tratamento de DL não específica88 Alves MC, de Souza Neto RJ, Barbosa RI, Marcolino AM, Kuriki HU. Efects of a Pilates protocol in individuals with non-specific low back pain compared with healthy individuals: clinical and electromyographic analysis. Clin Biomech (Bristol, Avon). 2020;72:172-8.. O treinamento com Pilates também mostra uma evolução eficaz no equilíbrio estático e dinâmico, além de fortalecer os membros inferiores e superiores, o controle central, o trabalho respiratório, a flexibilidade de quadril e lombar e a resistência cardiovascular99 Carrasco Poyatos M, Ramos-Campo DJ, Rubio-Arias JA. Pilates versus resistance training on trunk strength and balance adaptations in older women: a randomized controlled trial. Peer J.2019;14;7:e7948.. Recentemente, a literatura trouxe evidências do método Pilates sobre dor em pacientes com condições musculoesqueléticas crônicas, especialmente os idosos. A presente revisão procura trazer evidências relacionadas ao Pilates em pacientes com DL, sem restrição de idade. Outros autores1010 Yamato T P, Maher CG, Saragiotto BT, Hancock MJ, Ostelo RWJG, Cabral CMN, Costa LCM, Costa LOP. Pilates for Low Back Pain: Complete Republication of a Cochrane Review. Spine (Phila Pa 1976). 2016;41(12):1013-1021.,1111 Patti A, Bianco A, Paoli A, Messina G, Montalto MA, Bellafore M, Battaglia G, Iovane A, Palma A. Efects of Pilates exercise programs in people with chronic low back pain: a systematic review. Medicine (Baltimore). 2015;94(4):e383. já publicaram sobre a ação do Pilates na DL, entretanto, nove anos após esta publicação, há a necessidade de uma atualização sobre o assunto.

Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi fazer uma revisão do impacto do método Pilates sobre a dor no tratamento de pacientes com DL.

MÉTODOS

Esta revisão sistemática foi concluída de acordo com as diretrizes PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) e a pergunta orientadora do estudo foi: “Quais são os efeitos do método Pilates na DL”? A pesquisa foi estruturada com base na ferramenta PICO, cujo acrônimo significa Paciente, Intervenção, Comparação e Outcome - ou Desfecho (Tabela 1)1212 da Costa Santos CM, de Mattos Pimenta CA, Nobre MR. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Rev Lat Am Enfermagem. 2007;15(3);508-11.. O estudo foi registrado no PROSPERO (Registro prospectivo internacional de revisões sistemáticas) sob o número CRD42021228049. As seguintes bases de dados foram sistematicamente pesquisadas: Pubmed, Scielo, PEDro (Physiotherapy Evidence Database - Base de Dados de Evidências de Fisioterapia), OVID e LILACS (Latin American and Caribbean Health Sciences - Ciências da Saúde da América Latina e Caribe). Os termos MeSH utilizados foram: “técnicas de movimento de exercício” e “dor lombar”, com estas palavras já relacionadas, e a palavra-chave “método Pilates” também foi utilizada. Os operadores booleanos “AND” e “OR” foram acrescentados, de acordo com os Medical Subject Headings (MeSH) (Tabela 2). O estudo foi realizado de março a abril de 2020.

Tabela 1
Estratégia de pesquisa PICO
Tabela 2
Estratégia de pesquisa na biblioteca de dados Pubmed

Critérios de inclusão e exclusão

Os estudos selecionados foram ensaios clínicos randomizados que abordaram o método Pilates quando aplicado a pacientes com DL crônica inespecífica, sem restrição de idioma ou ano de publicação. Foram excluídos os estudos que abordaram outras doenças, que relacionaram DL à gravidez e que utilizaram tratamento cirúrgico para DL.

Avaliação da qualidade metodológica

A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada de acordo com os critérios da escala PEDro, que pontua 11 itens, a saber 1- critérios de elegibilidade, 2 - Alocação randomizada, 3 - Alocação oculta, 4 - Comparação de linha de base, 5 - Indivíduos cegos, 6 - Terapeutas cegos, 7 - Avaliadores cegos, 8 - Acompanhamento adequado, 9 - Intenção de tratar a análise, 10 - Comparações entre grupos, 11 - Estimativas de pontos e variabilidade. Os itens são pontuados como presentes (1) ou ausentes (0), gerando uma soma máxima de 10 pontos, sem contar o primeiro item. A escala PEDro é um banco de dados específico para estudos que investigam a eficácia das intervenções em fisioterapia e pode ser acessado gratuitamente por meio do website <www.pedro.org.au>1313 PEDro is the Physiotherapy Evidence Database. Escala de PEDro. Acesso em: 16/07/2020. Disponível em: https://www.pedro.org.au/portuguese/downloads/pe-dro-scale/
https://www.pedro.org.au/portuguese/down...
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Extração de dados

As pesquisas realizadas nas bases de dados seguiram três etapas, que incluíram: busca de títulos, resumos e leitura completa dos artigos para a extração de dados, analisando cuidadosamente cada parte que os compõe, tais como: autor, título, resumo, periódico, ano e conclusões, possibilitando fltrar as informações mais relevantes para a pesquisa final. A seleção e extração dos dados dos artigos foram realizadas por dois revisores independentes. Quando houve desacordo entre eles, ambos releram o artigo para reexame. Se o desacordo permanecesse, um terceiro revisor independente analisaria e decidiria. A pesquisa seguiu os itens do protocolo PRISMA 20201414 Moher D, Liberati A, Tetzlaf J, Altman DG. The PRISMA Group. Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses: The PRISMA Statement. PLoS Med. 2009;6(7):e1000097. para revisões sistemáticas.

RESULTADOS

Um total de 190 artigos foi encontrado, 37 na Scielo, 80 na LILACS, 74 na Pubmed e 13 na PEDro. Somente 14 artigos científicos foram selecionados após a leitura dos títulos e resumos. Os outros seis artigos foram excluídos pelas seguintes razões: um não incluía DL como foco, um não abordava Pilates como a forma principal de tratamento, um consistia em uma revisão da literatura, um estudo era não randomizado, um era relato de caso e um estudo não tinha grupo de controle. A figura 1 demonstra todos os critérios e bancos de dados utilizados para selecionar os artigos.

Figura 1
Fluxograma para obtenção de ensaios clínicos randomizados.

Na avaliação da qualidade metodológica com a escala PEDro, as pontuações de cinco artigos já estavam disponíveis no banco de dados PEDro1515 Silva PH, Silva D F, Oliveira JK, Oliveira FB. The effect of the Pilates method on the treatment of chronic low back pain: a clinical, randomized, controlled study. BrJP. 2018;1(1):21-8.,1616 Rydeard R, Leger A, Smith D. Pilates-based therapeutic exercise: effect on subjects with nonspecific chronic low back pain and functional disability: a randomized controlled trial. J Orthop Sports Phys Ter. 2006;36(7):472-84.,1919 Valenza MC, Rodrigues-Torres J, Cabrera-Martos I, Díaz-Pelegrina A, Agular-Ferrándiz ME, Castellote-Caballero Y. Results of a Pilates exercise program in patients with chronic non-specific low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2017;31(6):753-60., 2020 Miyamoto GC, Costa LO, Galvanin T, Cabral CM. Eficacy of the addition of modified pilates exercises to a minimal intervention in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Phys Ter. 2013;93(3):310-20., 2121 Bhadauria EA, Gurudut P. Comparative effectiveness of lumbar stabilization, dynamic strengthening, and Pilates on chronic low back pain: randomized clinical trial. J Exerc Rehabil. 2017;13(4):477-85., 2222 Natour J, Cazotti LA, Ribeiro L, Baptista AS, Jones A. Pilates improves pain, function and quality of life in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2015;29(1):59-68. e os dois artigos1717 Cruz-Díaz D, Martínez-Amat A, De la Torre-Cruz MJ, Casuso RA, de Guevara NM, Hita-Contreras F. Efects of a six-week Pilates intervention on balance and fear of falling in women aged over 65 with chronic low-back pain: a randomized controlled trial. Maturitas. 2015;82(4):371-6.,1818 Cruz-Díaz D, Martinez-Amat A, Osuna-Pérez MC, De la Torre-Cruz MJ, Hita-Contreras F. Short- and long-term effects of a six-week clinical Pilates program in addition to physical therapy on postmenopausal women with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Disabil Rehabil. 2016;38(13):1300-8. foram avaliados por dois revisores independentes, uma vez que as pontuações ainda não estavam disponíveis. As pontuações variavam de 6 a 7 pontos em uma escala de zero a 10 pontos (Tabela 3). Todos os estudos perderam pontos em itens relacionados ao cegamento do paciente e do terapeuta, e apenas dois estudos1717 Cruz-Díaz D, Martínez-Amat A, De la Torre-Cruz MJ, Casuso RA, de Guevara NM, Hita-Contreras F. Efects of a six-week Pilates intervention on balance and fear of falling in women aged over 65 with chronic low-back pain: a randomized controlled trial. Maturitas. 2015;82(4):371-6.,2121 Bhadauria EA, Gurudut P. Comparative effectiveness of lumbar stabilization, dynamic strengthening, and Pilates on chronic low back pain: randomized clinical trial. J Exerc Rehabil. 2017;13(4):477-85. cegaram o avaliador.

Tabela 3
Avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos nesta revisão utilizando a escala de Banco de Dados PEDro

Oito estudos1515 Silva PH, Silva D F, Oliveira JK, Oliveira FB. The effect of the Pilates method on the treatment of chronic low back pain: a clinical, randomized, controlled study. BrJP. 2018;1(1):21-8., 1616 Rydeard R, Leger A, Smith D. Pilates-based therapeutic exercise: effect on subjects with nonspecific chronic low back pain and functional disability: a randomized controlled trial. J Orthop Sports Phys Ter. 2006;36(7):472-84., 1717 Cruz-Díaz D, Martínez-Amat A, De la Torre-Cruz MJ, Casuso RA, de Guevara NM, Hita-Contreras F. Efects of a six-week Pilates intervention on balance and fear of falling in women aged over 65 with chronic low-back pain: a randomized controlled trial. Maturitas. 2015;82(4):371-6., 1818 Cruz-Díaz D, Martinez-Amat A, Osuna-Pérez MC, De la Torre-Cruz MJ, Hita-Contreras F. Short- and long-term effects of a six-week clinical Pilates program in addition to physical therapy on postmenopausal women with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Disabil Rehabil. 2016;38(13):1300-8., 1919 Valenza MC, Rodrigues-Torres J, Cabrera-Martos I, Díaz-Pelegrina A, Agular-Ferrándiz ME, Castellote-Caballero Y. Results of a Pilates exercise program in patients with chronic non-specific low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2017;31(6):753-60., 2020 Miyamoto GC, Costa LO, Galvanin T, Cabral CM. Eficacy of the addition of modified pilates exercises to a minimal intervention in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Phys Ter. 2013;93(3):310-20., 2121 Bhadauria EA, Gurudut P. Comparative effectiveness of lumbar stabilization, dynamic strengthening, and Pilates on chronic low back pain: randomized clinical trial. J Exerc Rehabil. 2017;13(4):477-85., 2222 Natour J, Cazotti LA, Ribeiro L, Baptista AS, Jones A. Pilates improves pain, function and quality of life in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2015;29(1):59-68. foram considerados elegíveis para esta revisão. A tabela 4 mostra os detalhes dos estudos e intervenções.

Tabela 4
Características dos estudos

Comparação do método Pilates com outras intervenções para o resultado da dor

Oito estudos1515 Silva PH, Silva D F, Oliveira JK, Oliveira FB. The effect of the Pilates method on the treatment of chronic low back pain: a clinical, randomized, controlled study. BrJP. 2018;1(1):21-8., 1616 Rydeard R, Leger A, Smith D. Pilates-based therapeutic exercise: effect on subjects with nonspecific chronic low back pain and functional disability: a randomized controlled trial. J Orthop Sports Phys Ter. 2006;36(7):472-84., 1717 Cruz-Díaz D, Martínez-Amat A, De la Torre-Cruz MJ, Casuso RA, de Guevara NM, Hita-Contreras F. Efects of a six-week Pilates intervention on balance and fear of falling in women aged over 65 with chronic low-back pain: a randomized controlled trial. Maturitas. 2015;82(4):371-6., 1818 Cruz-Díaz D, Martinez-Amat A, Osuna-Pérez MC, De la Torre-Cruz MJ, Hita-Contreras F. Short- and long-term effects of a six-week clinical Pilates program in addition to physical therapy on postmenopausal women with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Disabil Rehabil. 2016;38(13):1300-8., 1919 Valenza MC, Rodrigues-Torres J, Cabrera-Martos I, Díaz-Pelegrina A, Agular-Ferrándiz ME, Castellote-Caballero Y. Results of a Pilates exercise program in patients with chronic non-specific low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2017;31(6):753-60., 2020 Miyamoto GC, Costa LO, Galvanin T, Cabral CM. Eficacy of the addition of modified pilates exercises to a minimal intervention in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Phys Ter. 2013;93(3):310-20., 2121 Bhadauria EA, Gurudut P. Comparative effectiveness of lumbar stabilization, dynamic strengthening, and Pilates on chronic low back pain: randomized clinical trial. J Exerc Rehabil. 2017;13(4):477-85., 2222 Natour J, Cazotti LA, Ribeiro L, Baptista AS, Jones A. Pilates improves pain, function and quality of life in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2015;29(1):59-68. avaliaram a dor antes e depois da intervenção (n=497) e o estudo1717 Cruz-Díaz D, Martínez-Amat A, De la Torre-Cruz MJ, Casuso RA, de Guevara NM, Hita-Contreras F. Efects of a six-week Pilates intervention on balance and fear of falling in women aged over 65 with chronic low-back pain: a randomized controlled trial. Maturitas. 2015;82(4):371-6. não apresentou a dor como desfecho. Um estudo33 Almeida ICGB, Sá KN, Silva M, Baptista A, Matos MA, Lessa I. Prevalência de dor lombar crônica na população da cidade de Salvador. Rev Bras Ortop. 2008;43(3):96-102. comparou o método Pilates com exercícios cinesioterápicos convencionais, tais como alongamento e fortalecimento da coluna lombar e membros inferiores (n=16). Foram realizados os exercícios do método Pilates de respiração com ativação transversal do abdômen, além das seguintes posturas: alongamento da coluna vertebral, torção da coluna vertebral, os cem, o círculo de uma perna, a prancha, puxar a frente da perna, natação, balançar e cisnear. No total, foram realizadas 12 sessões, duas vezes por semana, com duração de 40 minutos e realizadas individualmente.

O estudo1616 Rydeard R, Leger A, Smith D. Pilates-based therapeutic exercise: effect on subjects with nonspecific chronic low back pain and functional disability: a randomized controlled trial. J Orthop Sports Phys Ter. 2006;36(7):472-84. comparou o método Pilates com os cuidados habituais definidos, tais como consultar um médico e outros especialistas e profissionais de saúde conforme necessário (n=39). O grupo Pilates recebeu um protocolo de tratamento que consiste em treinamento em aparelhos especializados (Pilates) na clínica por três sessões de 1 hora por semana e treinamento em um programa de 15 minutos em casa, realizado 6 dias por semana durante 4 semanas. O equipamento utilizado na clínica consistia de um tapete de chão e um Reformador Pilates com uma plataforma de pé e acessórios para pranchas de salto. O estudo1717 Cruz-Díaz D, Martínez-Amat A, De la Torre-Cruz MJ, Casuso RA, de Guevara NM, Hita-Contreras F. Efects of a six-week Pilates intervention on balance and fear of falling in women aged over 65 with chronic low-back pain: a randomized controlled trial. Maturitas. 2015;82(4):371-6. comparou a intervenção fisioterapêutica convencional do grupo de controle com os exercícios da Pilates (n=97). O grupo Pilates recebeu o tratamento do grupo de controle mais duas sessões por semana de exercícios Pilates. O grupo de controle realizou estimulação elétrica transcutânea, massagem e alongamento da região lombar. O estudo1818 Cruz-Díaz D, Martinez-Amat A, Osuna-Pérez MC, De la Torre-Cruz MJ, Hita-Contreras F. Short- and long-term effects of a six-week clinical Pilates program in addition to physical therapy on postmenopausal women with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Disabil Rehabil. 2016;38(13):1300-8. comparou o método Pilates com agentes físicos, como estimulação elétrica ou terapia manual (n=101). Os exercícios Pilates foram realizados com o objetivo de fortalecer com o uso de implementos, como bolas de ajuste, anéis mágicos e TeraBands; exercícios de flexibilidade e mobilidade articular; exercícios respiratórios; controle de postura e tarefas de correção por 6 semanas, ou fisioterapia convencional, usando analgésicos, eletroterapia e mobilização articular.

O estudo1919 Valenza MC, Rodrigues-Torres J, Cabrera-Martos I, Díaz-Pelegrina A, Agular-Ferrándiz ME, Castellote-Caballero Y. Results of a Pilates exercise program in patients with chronic non-specific low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2017;31(6):753-60. comparou os resultados dos exercícios Pilates com as atividades habituais e orientação através de folhetos (n=54). No método Pilates, os exercícios de chão foram realizados utilizando uma bola de 55 cm em um tapete de borracha, incluindo os seguintes exercícios: serra, sereia, alongamento unilateral, alongamento das pernas, cruz, mergulho de cisne, torção da coluna vertebral, chute unilateral, duplo chute de pernas, círculo de uma perna, chute lateral e 3-5 minutos de relaxamento progredindo em níveis básicos, intermediários e avançados. Os pacientes do grupo de controle continuaram suas atividades habituais e receberam conselhos na forma de um folheto. O estudo2020 Miyamoto GC, Costa LO, Galvanin T, Cabral CM. Eficacy of the addition of modified pilates exercises to a minimal intervention in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Phys Ter. 2013;93(3):310-20. comparou os resultados entre o método Pilates aplicado na prática com diretrizes teóricas na forma de um estudo para reeducação postural (n=86). No grupo do método Pilates, exercícios trabalhando a flexibilidade dos músculos lombares e exercícios de fortalecimento abrangendo a progressão com carga e isometria foram aplicados. O grupo de controle recebeu orientações e materiais de estudo e só trabalhou a teoria.

O estudo2121 Bhadauria EA, Gurudut P. Comparative effectiveness of lumbar stabilization, dynamic strengthening, and Pilates on chronic low back pain: randomized clinical trial. J Exerc Rehabil. 2017;13(4):477-85. comparou os resultados entre os grupos usando o método Pilates e a mobilização articular. A mobilização articular foi realizada ativando o powerhouse (centro de força), o que representa a contração isométrica. Isto incluiu encontrar a coluna neutra, a prática de respiração, o assoalho pélvico envolvente e a tração transversal. No grupo Pilates, tanto o Pilates solo quanto o Pilates com o auxílio de equipamentos foram aplicados, trabalhando a dor do paciente com exercícios de fortalecimento que melhoram a flexibilidade muscular, dando mais condições às fibras musculares e melhorando a estabilização do assoalho pélvico. Em pacientes que apresentaram dores mais agudas, foi aplicada eletroestimulação para analgesia. No grupo controle, os pacientes foram submetidos a um protocolo de exercícios de fortalecimento e relaxamento muscular. Outro autor2222 Natour J, Cazotti LA, Ribeiro L, Baptista AS, Jones A. Pilates improves pain, function and quality of life in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2015;29(1):59-68. comparou o método Pilates com o uso de antiesteroides sem intervenção de exercícios. O grupo Pilates passou por um protocolo aplicado com alongamento, melhorando a flexibilidade muscular e o fortalecimento, melhorando assim a capacidade das fibras musculares. Exercícios de fortalecimento foram trabalhados com isometria e as aulas de Pilates foram realizadas duas vezes por semana, com duração de 50 minutos cada. O grupo controle foi acompanhado apenas com o uso de antiesteroides e recomendação postural. Os dados gerais para cada estudo estão apresentados na tabela 5.

Tabela 5
Detalhes dos dados dos estudos, em médias e desvios padrão.

DISCUSSÃO

Com base nos resultados obtidos nesta revisão sistemática para todos os estudos, pode-se observar que o Pilates associado ao tratamento fisioterápico gerou redução significativa na dor. É importante enfatizar a alta heterogeneidade do estudo e a falta de utilização da avaliação do nível de evidência, o que pode ter infuenciado os resultados desta revisão.

O estudo1515 Silva PH, Silva D F, Oliveira JK, Oliveira FB. The effect of the Pilates method on the treatment of chronic low back pain: a clinical, randomized, controlled study. BrJP. 2018;1(1):21-8. mostrou que o método Pilates é uma alternativa aos métodos convencionais porque verificou que, assim como a Fisioterapia, o Pilates também é eficaz para o tratamento de pacientes com DL crônica. O estudo1616 Rydeard R, Leger A, Smith D. Pilates-based therapeutic exercise: effect on subjects with nonspecific chronic low back pain and functional disability: a randomized controlled trial. J Orthop Sports Phys Ter. 2006;36(7):472-84. provou que o exercício produz uma grande redução da dor nesses indivíduos, pois é um recurso que desempenha um papel importante no tratamento da DL. A melhora da postura é uma consequência do aumento da flexibilidade somada ao fortalecimento do núcleo, que é extremamente importante para manter a posição correta da coluna vertebral2323 Borges CS, Fernandes LFR, Bertoncello D. Correlação entre alterações lombares e modificações no arco plantar em mulheres com dor lombar. Acta Ortop Bras. 2013;21(3):135-8..

A adição do método Pilates ao protocolo pelos autores1717 Cruz-Díaz D, Martínez-Amat A, De la Torre-Cruz MJ, Casuso RA, de Guevara NM, Hita-Contreras F. Efects of a six-week Pilates intervention on balance and fear of falling in women aged over 65 with chronic low-back pain: a randomized controlled trial. Maturitas. 2015;82(4):371-6.,1818 Cruz-Díaz D, Martinez-Amat A, Osuna-Pérez MC, De la Torre-Cruz MJ, Hita-Contreras F. Short- and long-term effects of a six-week clinical Pilates program in addition to physical therapy on postmenopausal women with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Disabil Rehabil. 2016;38(13):1300-8. proporcionou bons resultados em termos de redução da DL nos pacientes. Também foi possível verificar a eficácia a longo prazo, levando à conclusão de que os benefícios permaneceram após um ano de tratamento. Isto é justificado pelo fortalecimento do diafragma, flexores do quadril, nádegas, musculatura perineal e eretores profundos da coluna vertebral, gerando uma melhora contínua na estabilização lombar2424 Pereira NT, Ferreira LAB, Pereira WM. Efetividade de exercícios de estabilização segmentar sobre a dor lombar crônica mecânico-postural. Fisioter Mov. 2010;23(4):605-14..

Abordando o tratamento de forma diferente, aplicando exercícios corporais básicos de Pilates e controle respiratório, os autores1919 Valenza MC, Rodrigues-Torres J, Cabrera-Martos I, Díaz-Pelegrina A, Agular-Ferrándiz ME, Castellote-Caballero Y. Results of a Pilates exercise program in patients with chronic non-specific low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2017;31(6):753-60. obtiveram diferenças positivas em relação às dores lombares crônicas inespecíficas nos pacientes. Além de uma melhora na dor, também foi possível desenvolver uma melhor consciência postural adquirida por meio de exercícios que incentivam o desenvolvimento e a flexibilidade muscular bilateral.

A distinção entre os resultados obtidos nos tratamentos para DL pode ser justificada pela diferença entre os programas de tratamento em termos de duração e protocolo utilizados para cada grupo. Os autores2020 Miyamoto GC, Costa LO, Galvanin T, Cabral CM. Eficacy of the addition of modified pilates exercises to a minimal intervention in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Phys Ter. 2013;93(3):310-20. observaram uma grande vantagem no tratamento de curto prazo com intervenções Pilates em comparação com um tratamento de educação postural sem a intervenção do método Pilates. Ao contrário dos autores2121 Bhadauria EA, Gurudut P. Comparative effectiveness of lumbar stabilization, dynamic strengthening, and Pilates on chronic low back pain: randomized clinical trial. J Exerc Rehabil. 2017;13(4):477-85., os quais afirmam que o método Pilates só é eficaz quando a estabilização dinâmica da região lombar é realizada, o estudo2222 Natour J, Cazotti LA, Ribeiro L, Baptista AS, Jones A. Pilates improves pain, function and quality of life in patients with chronic low back pain: a randomized controlled trial. Clin Rehabil. 2015;29(1):59-68. acredita que é melhor para os pacientes realizar o Pilates do que não praticar qualquer tipo de atividade física. Neste método, a estabilização da região lombar é realizada por meio da ativação dos músculos abdominais, além das diretrizes para manter a coluna vertebral e a pélvis neutras.

Os resultados presentes podem ter sido infuenciados pela variação da idade média. A modalidade de Pilates não foi a mesma em todos os artigos, alternando entre esteiras Pilates e Pilates com a ajuda de equipamentos. Havia também heterogeneidade em relação ao tempo de aplicação entre os protocolos dos artigos. Além disso, a ausência de avaliação GRADE e a alta heterogeneidade são limitações deste estudo. Por uma perspectiva social, o presente trabalho sinaliza para a população os benefícios e a necessidade de popularizar o método Pilates para indivíduos com dores lombares. Para a ciência, o estudo torna-se um propagador do método, além de servir como base para futuros estudos sobre o assunto.

Esta revisão traz a perspectiva da produção de novos estudos com protocolos mais adequados para esta população, apresentando homogeneidade e permitindo a compreensão exata do papel do método Pilates em pacientes com DL crônica inespecífica a curto, médio e longo prazo.

CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos neste estudo, foi possível concluir que o método Pilates tem efeitos significativamente positivos no tratamento da DL. O médico deve ser cuidadoso e prescrever o método Pilates de maneira individual.

  • Fontes de fomento: não há.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Nov 2022
  • Data do Fascículo
    Jul-Sep 2022

Histórico

  • Recebido
    20 Dez 2021
  • Aceito
    27 Ago 2022
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