Resumo
As boas práticas de manipulação devem ser adotadas no ambiente doméstico, pois algumas atitudes de risco são realizadas pelos consumidores, podendo levar à ocorrência de surtos alimentares. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o conhecimento e as boas práticas de manipulação dos alimentos de produtos de origem animal realizadas pelos consumidores no ambiente domiciliar, de acordo com o perfil socioeconômico dos respondentes. Por amostragem não probabilística, utilizou-se um questionário, no formato online, disponibilizado durante sete dias em plataformas digitais com livre acesso, contendo perguntas para traçar o perfil dos consumidores, como questões sobre gênero, idade, renda mensal e nível de escolaridade, bem como perguntas sobre as práticas de manipulação de alimentos segura nos domicílios. A estatística descritiva e o teste de qui-quadrado das frequências das respostas por categoria foram aplicados aos dados. Obteve-se ao todo 666 respostas, sendo a maioria dos respondentes pertencentes ao gênero feminino, possuíam ensino superior, na faixa etária variando entre 30 e 59 anos, e com renda mensal acima de quatro salários mínimos. A maioria dos participantes apresentou respostas positivas quanto às condutas de boas práticas no ambiente doméstico: 99,5% higienizavam as mãos antes da manipulação, 89% realizavam a cocção dos produtos de origem animal e 85,6% higienizavam a superfície de corte a cada alimento que era cortado. Em algumas atitudes reportadas pelos consumidores, houve associação entre a classificação de gênero, faixa etária, escolaridade e/ou renda (p ≤ 0,05). As mulheres apresentaram mais hábitos de boas práticas em comparação aos homens. Infere-se que a maior parte dos respondentes aplicava as boas práticas de manipulação. De acordo com os resultados obtidos, supõe-se que a execução de práticas seguras esteja relacionada ao nível de escolaridade, à renda mensal e à idade dos participantes.
Palavras-chave:
Consumidores; Doenças transmitidas por alimentos; Manipuladores de alimentos; Riscos à saúde; Residência; Alimento seguro