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Toxicidade do acaricida organofosforado dimetoato 40% aos ovos e larvas de Prochilodus lineatus (Prochilodontidae, Characiformes)

Os testes de toxicidade com os primeiros estágios de vida de peixes são de elevada importância no que se refere ao comprometimento das fases de crescimento, reprodução e sobrevivência dos organismos em ambientes poluídos, constituindo uma ferramenta importante para um adequado monitoramento ambiental. Entretanto, um pequeno número de bioensaios desta natureza tem sido desenvolvido no Brasil. O curimbatá (Prochilodus linetaus) é um peixe da ordem Characidae de grande interesse comercial e muito abundante na América do Sul. A espécie foi utilizada para testar diferentes concentrações de dimetoato 40%, um pesticida organofosforado inibidor da enzima acetilcolinesterase (AChE) utilizado em grande escala no Brasil. A CL50 (48h) para ovos é superior a 16,0 µg.L-1; entretanto para larvas recém-eclodidas foi significativamente mais baixa (11,81 µg.L-1 , variando de 10.23 a 13,65) de acordo com o teste-t para amostras independentes (p = 0.03). A CL50 para larvas com 3 dias de vida foi de 10,44 µg.L-1 (8,03-13,57), apresentando-se similar ao resultado encontrado para larvas recém-eclodidas (p = 0.76). A mobilidade das larvas foi reduzida na presença deste pesticida.

pesticida; toxicidade; peixes; bioensaios; larva


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