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“Não é mato à toa”: cultura alimentar e plantas espontâneas no Vale do Jequitinhonha, MG/Brasil

Resumo

Os conhecimentos e as práticas alimentares presentes no Vale do Jequitinhonha são resultados de sua sociobiodiversidade e sofrem impactos pelo processo de homogeneização alimentar. Esse estudo objetiva caracterizar o espaço social alimentar e o papel das plantas espontâneas na comunidade de São João da Chapada, em Diamantina (Minas Gerais/Brasil). Assim, pretende-se contribuir para o fortalecimento da cultura alimentar de comunidades rurais. Com abordagem qualitativa e quantitativa foram realizadas entrevistas semiestruturadas, caminhadas etnobotânicas, demonstrações culinárias e observação participante. Realizou-se análise de conteúdo temática e estatística descritiva. Constata-se que o espaço social alimentar local é gerido pelo trabalho feminino e possui forte vínculo territorial. Foram identificadas 78 espécies de plantas espontâneas alimentícias. Essas plantas desempenham um papel simbólico, além do nutricional, e são importantes na cultura alimentar, apesar do conhecimento sobre elas ser superior ao uso efetivo.

Palavras-chave:
Espaço social alimentar; Sociobiodiversidade; Plantas alimentícias não convencionais; Etnobotânica; Sistema alimentar

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