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Terminologia especializada de enfermagem para a pessoa com úlcera do pé diabético

Terminología especializada en enfermería para personas con úlcera de pie diabético

Resumo

Objetivo

Construir uma terminologia especializada de enfermagem para a pessoa com úlcera do pé diabético na Atenção Primária à Saúde.

Métodos

Pesquisa metodológica, abordagem quantitativa, orientada pelas diretrizes de elaboração de subconjuntos terminológicos da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem. A terminologia foi elaborada a partir dos termos coletados em 62 artigos científicos e cinco documentos oficiais, por meio de ferramenta computacional, normalizados e mapeados com a classificação internacional proposta.

Resultados

Após a coleta de 12.696 termos, 308 foram considerados relevantes para a pessoa com úlcera do pé diabético. Destes, 182 eram constantes e 126 não constantes na classificação utilizada. Os termos constantes apresentaram prevalência no eixo Foco (46%), seguido pelos eixos Ação (19%), Localização (12%), Meio (11%), Julgamento (5%), Tempo (5%) e Cliente (2%). Dentre os termos não constantes, 48% foram classificados como mais restritos, 46% considerados mais abrangentes e 6% não apresentaram concordância com nenhum termo primitivo da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem versão 2019/2020.

Conclusão

Os termos especializados de enfermagem constituídos neste estudo contribuirão na construção do subconjunto terminológico da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem para a pessoa com úlcera do pé diabético na atenção primária à saúde. O alcance do objetivo proporciona o avanço no conhecimento sobre a classificação, com potencial para fomentar sistemas de informação na Atenção Primária à Saúde com vistas à qualificação do cuidado a pessoas com a prioridade eleita.

Pé diabético; Terminologia padronizada em enfermagem; Atenção primária à saúde; Processos de enfermagem

Resumen

Objetivo

Construir una terminología especializada en enfermería para personas con úlcera de pie diabético.

Métodos

Investigación metodológica, enfoque cuantitativo, orientada por las directivas de elaboración de subconjuntos terminológicos de la Clasificación Internacional para la Práctica de Enfermería. La terminología se ha elaborado a partir de los términos recopilados en 62 artículos científicos y en cinco documentos oficiales, por medio de herramienta informática, normalizados y mapeados con la clasificación internacional propuesta.

Resultados

Después de la recopilación de 12.696 términos, 308 fueron considerados relevantes para personas con úlcera de pie diabético. De ellos, 182 eran constantes y 126 no constantes en la clasificación utilizada. Los términos constantes presentaron prevalencia en el eje Enfoque (46 %), seguido por los ejes Acción (19 %), Ubicación (12 %), Medio (11 %), Juicio (5 %), Tiempo (5 %) y Cliente (2 %). Entre los términos no constantes, el 48 % fue clasificado como más restringido, el 46 % considerado más abarcador y el 6 % no presentó concordancia con ningún término primitivo de la Clasificación Internacional para la Práctica de Enfermería versión 2019/2020.

Conclusión

Los términos especializados en enfermería constituidos en este estudio contribuirán para la construcción del subconjunto terminológico de la Clasificación Internacional para la Práctica de Enfermería para personas con úlcera de pie diabético en la atención primaria de salud. El alcance del objetivo proporciona el avance para el conocimiento sobre la clasificación, con potencial para fomentar sistemas de información en la Atención Primaria de la Salud con el objetivo de cualificar el cuidado de las personas con la prioridad seleccionada.

Pie diabético; Terminología normalizada de enfermería; Atención primaria de salud; Proceso de enfermería

Abstract

Objective

To build a specialized nursing terminology for people with diabetic foot ulcers in Primary Health Care.

Methods

This is methodological research with quantitative approach, guided by guidelines for elaborating the International Classification for Nursing Practice terminology subsets. A terminology was elaborated from the terms collected in 62 scientific articles and five official documents, by means of a computational tool, normalized and mapped with the proposed international classification.

Results

After collecting 12,696 terms, 308 were considered relevant for people with diabetic foot ulcers. Of these, 182 were listed and 126 were unlisted in the classification used. The terms listed showed prevalence in axis Focus (46%), followed by Action (19%), Location (12%), Means (11%), Judgment (5%), Time (5%) and Client (2%). Among the unlisted terms, 48% were classified as more restricted, 46% were considered more comprehensive and 6% did not agree with any primitive term of the International Classification for Nursing Practice 2019/2020.

Conclusion

Specialized nursing terms constituted in this study will contribute to building the International Classification for Nursing Practice terminology subsets for people with diabetic foot ulcers in Primary Health Care. Achieving the objective provides an advance in knowledge about classification, with the potential to foster information systems in Primary Health Care with a view to qualifying care for people with the chosen priority.

Diabetic foot; Standardized nursing terminology; Primary health care; Nursing process

Introdução

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica crescente mundialmente. Atualmente, projeta-se um número de pessoas com diabetes superior a 628,6 milhões em 2045.(11. International Diabetes Federation (IDF). IDF diabetes atlas. 8th ed. Bruxelas: IDF; 2017 [cited 2020 Jan 3]. Available from: https://diabetesatlas.org/upload/resources/previous/files/8/IDF_DA_8e-EN-final.pdf
https://diabetesatlas.org/upload/resourc...
) Complicações crônicas como ulcerações e amputações de extremidades, oriundas do agravamento do Pé Diabético (PD), possuem gravidade e impacto socioeconômico,(22. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes Mellitus. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2013 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco...
,33. Secretaria Municipal de Saúde. Guia de Referência Rápida. Diabetes Mellitus. Rio de Janeiro (RJ): Secretaria Municipal de Saúde; 2016 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: http://subpav.org/download/pmaq/SMS_APS_diabetes.pdf
http://subpav.org/download/pmaq/SMS_APS_...
) exigindo adequado rastreamento, estratificação e tratamento,(44. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019/2020. São Paulo: Clannad; 2019 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf
http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/up...
) por afetarem a qualidade de vida das pessoas, suas emoções, o ambiente social e os demais aspectos de saúde.(55. Subrata SA, Phuphaibul R. Diabetic foot ulcer care: a concept analysis of the term integrated into nursing practice. Scand J Caring Sci. 2019;33(2):298-310. Review.)

Na Atenção Primária à Saúde (APS), o monitoramento do tempo de ocorrência da úlcera, a informação dos resultados dos exames de glicemia e a falta de orientação sobre cuidados com os pés, estiveram associados com a ocorrência de amputações de membros inferiores.(66. Macioch T, Sobol E, Krakowiecki A, Mrozikiewicz-Rakowska B, Kasprowicz M, Hermanowski T. Health related quality of life in patients with diabetic foot ulceration - translation and Polish adaptation of Diabetic Foot Ulcer Scale short form. Health Qual Life Outcomes. 2017;15(1):15.) Neste cenário, o enfermeiro necessita colocar em prática a Resolução 358/2009,(77. Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Resolução COFEN COFEN-358/2009. Brasília (DF): COFEN; 2020 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-3582009_4384.html
http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-35...
) a qual dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e utilização do processo de enfermagem nos ambientes em que ocorrem os cuidados de enfermagem. Logo, o uso de uma linguagem padronizada para a pessoa com Úlcera do Pé Diabético (UPD) na APS se faz necessária para identificar e documentar padrões de cuidado com vistas à qualificação da assistência.(88. Nóbrega MM, Garcia TR. Terminologias em enfermagem: desenvolvimento e perspectivas de incorporação na prática profissional. In: Albuquerque LM, Cubas MR, org. Cipescando em Curitiba: Construção e Implementação da Nomenclatura de Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem na Rede Básica de Saúde. Paraná: ABEN; 2005. pp. 18-39.)

Verifica-se, em diversos países, uma possível lacuna de conhecimento, retratada por meio da pouca qualificação dos enfermeiros no manejo assistencial do PD,(55. Subrata SA, Phuphaibul R. Diabetic foot ulcer care: a concept analysis of the term integrated into nursing practice. Scand J Caring Sci. 2019;33(2):298-310. Review.,99. Kaya Z, Karaca A. Evaluation of nurses’ knowledge levels of diabetic foot care management. Nurs Res Pract. 2018;2018:8549567.

10. Bilal M, Haseeb A, Rehman A, Hussham Arshad M, Aslam A, Godil S, et al. Knowledge, Attitudes, and Practices Among Nurses in Pakistan Towards Diabetic Foot. Cureus. 2018;10(7):e3001.

11. Meriç M, Ergün G, Meriç C, Demirci İ, Azal Ö. It is not diabetic foot: it is my foot. J Wound Care. 2019;28(1):30-37.
-1212. Vargas CP, Lima DK, Silva DL, Schoeller SD, Vargas MA, Lopes SG. Conduct of primary care nurses in the care of people with diabetic foot. Rev Enferm UFPE On Line. 2017;11(11):4535-45.) devido à compreensão do paciente como um pé doente,(1111. Meriç M, Ergün G, Meriç C, Demirci İ, Azal Ö. It is not diabetic foot: it is my foot. J Wound Care. 2019;28(1):30-37.) à reduzida apropriação do conceito e impacto da úlcera,(55. Subrata SA, Phuphaibul R. Diabetic foot ulcer care: a concept analysis of the term integrated into nursing practice. Scand J Caring Sci. 2019;33(2):298-310. Review.) às ações superficiais pouco embasadas em evidências científicas,(1313. Schaarup C, Pape-Haugaard L, Jensen MH, Laursen AC, Bermark S, Hejlesen OK. Probing community nurses’ professional basis: a situational case study in diabetic foot ulcer treatment. Br J Community Nurs. 2017;22(Sup 3):S46-S52.) sendo imprescindível a implementação de um cuidado sistematizado.

A utilização da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) - terminologia padronizada que nomeia, classifica, e vincula fenômenos - descreve elementos essenciais da prática profissional como julgamentos sobre necessidades humanas e sociais (diagnósticos de enfermagem), ações da enfermagem para influenciar positivamente tais diagnósticos (intervenções de enfermagem), e os resultados sensíveis às intervenções (resultados de enfermagem).(1414. Garcia TR. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem CIPE®: versão 2017. Porto Alegre: Artmed; 2018. 254 p.)

Embora haja um subconjunto da CIPE® para pessoas com diabetes na atenção especializada, este estudo se mostra inovador e se justifica por apresentar como prioridade eleita a pessoa com UPD e como cenário a APS, possibilitando a construção a partir dos termos identificados, de enunciados de diagnósticos/resultados e posteriormente intervenções de enfermagem relacionadas aos atributos essenciais da APS: atenção no primeiro contato; longitudinalidade; integralidade; coordenação,(1515. Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília (DF): UNESCO, Ministério da Saúde; 2002. 726 p.) podendo possibilitar uma ampliação na resposta às necessidades de saúde da população por meio do acesso, compreensão sociocultural, ações coletivas e participativas, articulação em rede e atuação sobre determinantes sociais.(1515. Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília (DF): UNESCO, Ministério da Saúde; 2002. 726 p.

16. Oliveira MA, Pereira IC. Atributos essenciais da Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família. Rev Bras Enferm. 2013;66(Esp):158-64.
-1717. Silva MF Silva EM, Oliveira SL, Abdala GA, Meira MD. Comprehensiveness in primary health care. REFACS (online). 2018;6(Supl 1):394-400.)

O presente estudo pretende contribuir com a construção de uma terminologia especializada da CIPE® a ser futuramente implantada nos sistemas de informação em saúde da APS, com possível impacto positivo na qualificação dos cuidados de enfermagem e teve como objetivo construir uma terminologia especializada de enfermagem para a pessoa com úlcera do pé diabético na atenção primária à saúde.

Métodos

Estudo metodológico de abordagem quantitativa, desenvolvido entre os anos de 2019 e 2020, utilizando a primeira, segunda e terceira etapas das diretrizes para elaboração de subconjuntos terminológicos da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem:(1818. Nóbrega MM, Cubas MR, Egry EY, Nogueira LG, Carvalho CM, Albuquerque LM. Desenvolvimento de subconjuntos terminológicos da CIPE® no Brasil. In: Atenção Primária em Saúde: Diagnósticos, Resultados e Intervenções de Enfermagem. Rio de Janeiro (RJ): Elsevier; 2015. pp. 3-24.) 1) Identificação dos termos de enfermagem para o cuidado a pessoa com úlcera do pé diabético. 2) Normalização dos termos. 3) Mapeamento cruzado dos termos encontrados com os termos primitivos da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem versão 2019/2020.

Para execução da primeira etapa do estudo foi realizada revisão integrativa de literatura, sendo utilizada a estratégia P.I.C.O(1919. Higgins JP, Thomas J, Chandler J, Cumpston M, Li T, Page MJ, ditors. Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions version 6.0 (updated July 2019). London: Cochrane; 2019 [cited 2020 Jan 3]. Available from: www.training.cochrane.org/handbook
www.training.cochrane.org/handbook...
)com a seguinte pergunta de pesquisa: Quais são as evidências empíricas disponíveis na literatura acerca do cuidado de enfermagem à pessoas com úlcera do pé diabético? Neste contexto, o “P” representa pessoas com úlcera do pé diabético, o “I” representa o cuidado de enfermagem, o “C” representa a comparação entre pessoas que recebem e que não recebem cuidados adequados de enfermagem, e o “O” significa o resultado do cuidado de enfermagem.

Para responder a pergunta foi realizada revisão nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Literatura Latino-Americana e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (LILACS), e na Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL). Para a busca na base MEDLINE, foram utilizadas as seguintes combinações de descritores em saúde com uso de operadores booleanos: ((Diabetic foot[mj] OR diabetic foot ulcer*[tiab] OR diabetic foot [tiab] OR foot ulcer*[tiab]) AND (Nursing [mh] OR Nursing Care [mh] OR Nurses [mh] OR nurs* [tiab] OR diagnos*[ti])) AND (English [lang] OR Portuguese [lang] OR Spanish [lang]), sendo encontrados 364 artigos.

Para a base BVS/LILACS, utilizou-se a combinação: tw: (“Diabetic foot” OR diabetic foot ulcer* OR “ulcera do pie diabetico” OR “ulcera diabetica do pe” OR “ulcera del pie diabetico” OR “ulcera diabética del pie”) AND (Nursing OR “Nursing Care” OR Nurses OR nurs* OR diagnos* OR enfermagem OR enfermeir* OR enfermer*) AND (instance:”regional”) AND (db:(“LILACS”) AND year_cluster:(“2016” OR “2015” OR “2017” OR “2018” OR “2019”)), sendo encontrados 83 artigos. Na base CINAHL, utilizou-se a combinação: ((Diabetic foot OR diabetic foot ulcer* OR foot ulcer*) AND (Nursing OR nurse* OR diagnos*)), encontrando-se 113 artigos.

Os critérios para seleção dos artigos nas bases de dados foram: publicações no recorte temporal de 2015 a 2019, idiomas português, inglês ou espanhol, aderência à temática do cuidado de enfermagem às pessoas com UPD. Como critérios de exclusão: artigos não disponíveis na íntegra e os repetidos nas bases de dados. A amostra final foi composta por 62 artigos. Foram utilizados ainda cinco documentos oficiais, sendo dois do Ministério da Saúde do Brasil,(22. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes Mellitus. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2013 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco...
,2020. Brasil. Ministério da Saúde. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2016 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: http://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/manual_do_pe_diabetico.pdf
http://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content...
) um de Portugal,(2121. Portugal. Direção Nacional da Saúde. Programa de Prevenção da Diabetes Mellitus e outros distúrbios metabólicos. Manual de controlo e seguimento da Diabetes mellitus. Portugal: Direção Nacional da Saúde; 2015 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: https://www.minsaude.gov.cv/index.php/documentosite/328-manual-de-controlo-e-seguimento-de-diabetes-mellitus/file
https://www.minsaude.gov.cv/index.php/do...
) um do Peru,(2222. Peru. Ministerio de Salud. Guía de práctica clínica para el diagnóstico, tratamiento y control del pie diabético. Lima: Ministerio de Salud; 2017 [citado 2020 Jan 3]. Disponible: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1291494?src=similardocs
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/reso...
) e um da Sociedade Brasileira de Diabetes.(44. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019/2020. São Paulo: Clannad; 2019 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf
http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/up...
) A escolha destes documentos ocorreu por serem guias de referência às equipes multiprofissionais de saúde para o cuidado à pessoa com diabetes e ou PD nos diferentes cenários de atenção da rede de cuidados, podendo ainda sugerir ações não desenvolvidas na realidade brasileira, além de serem as publicações mais recentes destes países.

Após a normalização dos termos, a terceira etapa do estudo consistiu no mapeamento cruzado entre os termos oriundos da literatura e os termos constantes na CIPE® versão 2019/2020.

Na etapa 1 as publicações foram submetidas ao processo de adequação com retirada de seções com baixo potencial de termos relevantes, como títulos, autores, agradecimentos, resumos, metodologia, referências, notas de rodapé e informações sobre os autores. Os artigos em inglês e espanhol foram traduzidos na íntegra para o idioma português, por um tradutor proficiente, para posterior unificação aos artigos no idioma português, cumprindo o agrupamento das publicações em um único arquivo Word® e consecutiva conversão para o formato de documento portátil (Portable Document Format – PDF).

Figura 1
Fluxo de busca e seleção de artigos acerca do cuidado de enfermagem para a pessoa com úlcera do pé diabético, publicados em periódicos indexados nas bases de dados MEDLINE, LILACS e CINAHL

A extração dos termos ocorreu por meio de uma ferramenta computacional denominada Poronto,(2323. Zahra FM, Carvalho DR, Malucelli A. Poronto: ferramenta para construção semi automática de ontologias em português. J Health Inform. 2013;5(2):52-9.) sendo processada uma lista em Excel® dos termos segundo a ocorrência. Na etapa 2, os termos foram dispostos em ordem alfabética para melhor visualização, seguidos da normalização com padronização das flexões de gênero, número, grau dos substantivos e adjetivos, bem como das flexões verbais. Foram identificadas e removidas as repetições.

Na análise da etapa 3, foi realizado o mapeamento manual dos termos/conceitos encontrados na literatura, com os termos/conceitos primitivos do Modelo de Sete Eixos da CIPE®, atentando-se às suas definições, a fim de compará-los e estabelecer a equivalência semântica e exclusão de sinônimos, com vistas a identificar similaridade e possibilitar adaptações para a terminologia padronizada. Nos casos de dúvidas semânticas, foram utilizados dicionários da língua portuguesa em comparação às definições constantes na CIPE® a fim de reduzir dificuldades e ou incorrer em erros na interpretação.

Foi utilizada nesta etapa a International Organization for Stadardization - ISO 12300:2016,(2424. International Organization for Standardization. ISO 12300: health informatics: principles of mapping between terminological systems. Genebra: ISO; 2016. pp. 1-46.) a qual aborda as normatizações para mapeamento entre sistemas terminológicos, fornecendo subsídios para a criação de terminologias clínicas ou subconjuntos de uso específico. O resultado do mapeamento gerou uma nova planilha de Excel® com conceitos primitivos constantes e não constantes na versão 2019/2020 da CIPE®.

Os termos não constantes foram submetidos a um processo de análise quanto à similaridade e abrangência em relação aos termos constantes na CIPE® 2019/2020, mediante os critérios propostos por Leal:(2525. Leal MT. A CIPE e a visibilidade da enfermagem: mitos e realidade. Lisboa: Lusociência; 2006. 218 p.) o termo da CIPE® é similar ao termo identificado, quando não existe concordância de grafia, mas seu significado é idêntico; o termo é mais abrangente quando o mesmo tem um significado maior do que o termo existente na CIPE®; o termo é mais restrito quando tem um significado menor do que o existente na CIPE®, e não existe concordância quando o termo é totalmente diferente do termo existente na CIPE®.

Assim, houve o mapeamento dos termos no Modelo de Sete Eixos da Classificação, obtendo-se conceitos primitivos mapeados da terminologia de enfermagem para a clientela selecionada. Os resultados foram analisados descritivamente quanto à frequência absoluta e relativa dos termos, constância ou não no Modelo Sete Eixos, e devidamente apresentados em quadros com os respectivos códigos extraídos do Browser da CIPE®, permitindo a conferência e confiabilidade dos dados.(2626. International Council of Nurses (ICP). ICNP Browser. Geneva: ICNP; 2019 [cited 2019 Dec 22]. Available from: https:// www.icn.ch/what-we-do/projects/ehealth/icnp-browser
www.icn.ch/what-we-do/projects/ehealth/i...
)

Este estudo faz parte de uma pesquisa de doutorado que tem como objetivo construir um subconjunto terminológico da CIPE® para a pessoa com úlcera de pé diabético na atenção primária à saúde. O parecer do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é de número 2.152.962 (Certificado de Apresentação de Apreciação Ética: 15357119.1.0000.5282).

Resultados

A extração de termos encontrados nos 62 artigos e cinco documentos oficiais, resultou em 12.696 termos, os quais passaram por exclusão de repetições, normalização e uniformização em relação à CIPE® 2019/2020. Ao final deste procedimento, restaram 392 termos relacionados à pessoa com UPD. Os 392 termos identificados foram submetidos à análise de similaridade e abrangência, com retirada dos sinônimos resultando em 308 termos primitivos. Destes, 182 (59%), foram classificados como constantes na CIPE® 2019/2020, e 126 (41%) como não constantes.

Os termos primitivos constantes no estudo demonstraram prevalência no eixo Foco, representando 46% (n = 84), seguidos do eixo Ação 19% (n = 35), eixo Localização 12% (n = 22), eixo Meio 11% (n = 20), eixos Julgamento e Tempo 5% (n = 09) e eixo Cliente 2% (n = 03). Dentre os termos não constantes, 48% (n = 61) foram classificados como mais restritos em relação aos termos da CIPE® 2019/2020, 46% (n = 59) mais abrangentes e 6% (n = 07) não apresentaram concordância.

Nos quadros 1 e 2 estão apresentados os 20% dos termos mais frequentes do total encontrado, em cada eixo com seus respectivos códigos.

Quadro 1
Termos identificados como relevantes para a pessoa com úlcera do pé diabético, constantes na CIPE®
Quadro 2
Termos identificados como relevantes para a pessoa com úlcera do pé diabético, não constantes na CIPE®

Discussão

A terminologia especializada de enfermagem para a pessoa com UPD na APS construída nesse estudo contém 126 termos não constantes na CIPE®. Embora a terminologia não seja amplamente utilizada na prática clínica, é retratada na literatura e nos documentos oficiais, representando situações do cotidiano dos enfermeiros. Os termos com maior frequência relacionam-se ao cuidado do enfermeiro a pessoa com UPD na APS, minimizando riscos, aumentando o conhecimento dos pacientes para o autocuidado por meio da educação em saúde, e tratamento precoce às lesões iniciais(2727. Salci MA, Meirelles BH, Silva DM. Primary care for diabetes mellitus patients from the perspective of the care model for chronic conditions. Rev Lat Am Enfermagem. 2017;25:e2882.,2828. Singh S, Jajoo S, Shukla S, Acharya S. Educating patients of diabetes mellitus for diabetic foot care. J Family Med Prim Care. 2020;9(1):367-73.) demonstrando usabilidade prática da terminologia padronizada de enfermagem.

Alguns termos classificados como não constantes na CIPE® como “pé diabético” “neuropatia”, “deformidade”, “sensibilidade”, demonstram que a evolução desta, por meio da contribuição dos estudos e pesquisas têm sido fundamental para uniformização e expansão da linguagem padronizada para a prática de enfermagem. Pois a pessoa com PD, devido à elevada glicose plasmática, pode apresentar lesões nos nervos periféricos e vasculares, com perda de sensibilidade, deformidade osteoarticular e muscular progressiva, com maior exposição a traumatismos, ocasionando as úlceras.(2222. Peru. Ministerio de Salud. Guía de práctica clínica para el diagnóstico, tratamiento y control del pie diabético. Lima: Ministerio de Salud; 2017 [citado 2020 Jan 3]. Disponible: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1291494?src=similardocs
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/reso...
,2929. International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF). Guidelines on the prevention and management of diabetic foot disease. Brussels: IWGDF; 2019. Available from: https://iwgdfguidelines.org/wp-content/uploads/2019/05/IWGDF-Guidelines-2019. pdf
https://iwgdfguidelines.org/wp-content/u...
)

Embora o termo “pé diabético” tenha apresentado a maior frequência no estudo, este não aparece na CIPE® como termo composto, sendo somente o termo “pé” constante na classificação. O pé diabético é definido como “presença de infecção, ulceração e ou destruição de tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas e a vários graus de doença vascular periférica em pessoas com DM.(22. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes Mellitus. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2013 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco...
) Na CIPE®, o termo “pé” é definido como “região corporal”, e o termo “úlcera de pé diabético” constante no eixo foco definido como “ferida aberta ou lesão; perda da camada profunda de tecido; tecido avermelhado de granulação; inflamação ao redor da ferida; dores.(1414. Garcia TR. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem CIPE®: versão 2017. Porto Alegre: Artmed; 2018. 254 p.)

Embora com ampla definição, o termo “úlcera de pé diabético” não contempla causas principais do “pé diabético” como anormalidades neurológicas e doença vascular periférica, que possuem sinais e sintomas e ou complicações representadas nos termos “neuropatia”, “cianose”, “pulsos alterados”, “hiperqueratose”, “anidrose”, os quais são amplamente utilizados na prática clínica dos enfermeiros, fundamentais para diagnóstico diferencial das demais úlceras, e para adequado manejo pelos profissionais.

Assim, torna-se necessária a avaliação para inserção do termo “pé diabético” tanto pela sua completude de definição quanto para adequada classificação segundo sua etiopatogenia, nesse sistema de classificação. Ademais, vale ressaltar que estudos de diversos países utilizam o termo “pé diabético” com o mesmo significado do Brasil,(55. Subrata SA, Phuphaibul R. Diabetic foot ulcer care: a concept analysis of the term integrated into nursing practice. Scand J Caring Sci. 2019;33(2):298-310. Review.,99. Kaya Z, Karaca A. Evaluation of nurses’ knowledge levels of diabetic foot care management. Nurs Res Pract. 2018;2018:8549567.

10. Bilal M, Haseeb A, Rehman A, Hussham Arshad M, Aslam A, Godil S, et al. Knowledge, Attitudes, and Practices Among Nurses in Pakistan Towards Diabetic Foot. Cureus. 2018;10(7):e3001.
-1111. Meriç M, Ergün G, Meriç C, Demirci İ, Azal Ö. It is not diabetic foot: it is my foot. J Wound Care. 2019;28(1):30-37.,3030. García YG, Lao EH, Soublet AH, Dominguéz JA, Balmaseda ZD. Therapeutic education on diabetes for patients with first amputation caused by diabetic foot. Rev Cubana Angiol Cir Vasc. 2016;17(1):36-43.) havendo assim, não apenas uma relevância e contribuição nacional para a CIPE®, como internacional, a qual a mesma se propõe.

O termo “hiperglicemia”, constante na CIPE®, é condição responsável pelas “complicações” que darão origem às “amputações” presentes em pessoas com diabetes,(66. Macioch T, Sobol E, Krakowiecki A, Mrozikiewicz-Rakowska B, Kasprowicz M, Hermanowski T. Health related quality of life in patients with diabetic foot ulceration - translation and Polish adaptation of Diabetic Foot Ulcer Scale short form. Health Qual Life Outcomes. 2017;15(1):15.,99. Kaya Z, Karaca A. Evaluation of nurses’ knowledge levels of diabetic foot care management. Nurs Res Pract. 2018;2018:8549567.) devendo ser monitorada por meio do exame de hemoglobina glicada, como orienta a Sociedade Brasileira de Diabetes.(44. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019/2020. São Paulo: Clannad; 2019 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf
http://www.saude.ba.gov.br/wp-content/up...
) Estudo com pacientes amputados por complicações do diabetes demonstrou que 70,8% não tinham um seguimento adequado e menos de 32% recebeu educação em saúde, não sabendo expressar cuidados necessários com os pés, desenvolvendo ações prejudiciais no autocuidado.(3030. García YG, Lao EH, Soublet AH, Dominguéz JA, Balmaseda ZD. Therapeutic education on diabetes for patients with first amputation caused by diabetic foot. Rev Cubana Angiol Cir Vasc. 2016;17(1):36-43.) O que reforça, assim, os verbos “cuidar”, “educar”, “avaliar”, “tratar” e “diagnosticar” identificados na literatura como relevantes para prevenção das amputações.

Outro termo identificado que merece atenção é “ferida”. Na CIPE®, este é definido como lesão de tecido, normalmente associada a trauma físico ou mecânico; crostas e formação de túneis em tecidos; drenagem serosa, sanguinolenta ou purulenta. Porém, o termo “lesão” descrito na literatura pelos enfermeiros para traduzir ferida é também constante na CIPE® e definido como: “trauma”, ou seja, possui uma definição muito restrita em relação a “ferida”,(1414. Garcia TR. Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem CIPE®: versão 2017. Porto Alegre: Artmed; 2018. 254 p.) necessitando de uma adequação dos enfermeiros na utilização dos termos em seus registros documentais, pois até o momento têm considerado os termos como similares,(1212. Vargas CP, Lima DK, Silva DL, Schoeller SD, Vargas MA, Lopes SG. Conduct of primary care nurses in the care of people with diabetic foot. Rev Enferm UFPE On Line. 2017;11(11):4535-45.) diferentemente do que é definido pela CIPE®.

Uma das principais metas da Enfermagem para a pessoa com UPD é a promoção do autocuidado.(22. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes Mellitus. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2013 [citado 2020 Jan 3]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diabetes_mellitus_cab36.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicaco...
) Este termo, constante no eixo foco da CIPE®, relaciona-se a outros identificados como: “conhecimento”, “unha”, “alimentação”, “glicemia”, “higiene”, “ferida”, “pele” demonstrando que os termos encontrados neste estudo fundamentam a prática dos enfermeiros, sendo pertinentes para o planejamento dos diagnósticos e intervenções da Enfermagem.

Destaca-se como limitações do estudo, o fato dos termos terem sido explorados em literatura da área, e focarem especificamente na pessoa com UPD, podendo não revelar a complexidade do cuidado à pessoa com outras complicações ocasionadas pelo diabetes. A não realização do processo de validação por especialistas nesta etapa também pode gerar alguma limitação. Outro aspecto refere-se ao uso de artigos e documentos oficiais em inglês e espanhol, os quais necessitaram passar por processo de tradução ao idioma português, podendo ter ocorrido perda de alguma evidência, gerando impacto na assistência ao grupo prioritário deste estudo.

O Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE) considera relevante que os enfermeiros de todos os países utilizem a CIPE® para cumprir os objetivos de se ter uma classificação relevante, prática e útil para a assistência clínica da enfermagem, tornando-se possível a validação dos termos incluídos e ou identificação de novos termos e conceitos. O uso de linguagem padronizada ordena os termos ou expressões, aceitos por enfermeiros, para descrever as avaliações, intervenções e resultados pertinentes ao cuidado de enfermagem.

Conclusão

A existência de termos sem concordância demonstra que a CIPE®, como todas as terminologias existentes, precisa continuamente incluir novos termos, sendo necessária a manutenção dos estudos para atualização desta classificação. Nesta medida, portanto, o presente estudo atende ao objetivo proposto. Considerando que muitos termos encontrados não constam na CIPE® versão 2019/2020 e que seis, quais sejam: “bolha”, “coloração”, “hipercolesterolemia”, “precoce”, “antidepressivo”, “hipoglicemiante”, não possuem nenhuma concordância com a classificação, há de se considerar futura avaliação para provável inclusão, visto que possuem relevância para o cuidado a pessoa com UPD, bem como aqueles citados que não são constantes na classificação. Os termos especializados de enfermagem constituídos neste estudo contribuirão na construção do subconjunto terminológico da CIPE® para a pessoa com UPD na APS, com potencial para fomentar sistemas de informação com vistas à qualificação do cuidado a pessoas com a prioridade eleita.

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Editado por

Editor Associado (Avaliação pelos pares): Sílvia Caldeira (https://orcid.org/0000-0002-9804-2297) Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Dez 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    23 Ago 2020
  • Aceito
    12 Abr 2022
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