Complicaciones intradialíticas en pacientes con insuficiencia renal aguda

Santos, Reginaldo Passoni dos; Carvalho, Ariana Rodrigues da Silva; Alves, Sidnei Roberto; Lordani, Tarcísio Vitor Augusto; Vattimo, Maria de Fátima Fernandes; Peres, Luis Alberto Batista

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Acta Paulista de Enfermagem

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Sumário

Artigo Original • Acta Paul Enferm. 35 • 2022 • https://doi.org/10.37689/acta-ape/2022AO0168345 copiar

Complicaciones intradialíticas en pacientes con insuficiencia renal aguda

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Resumen

Objetivo

Identificar la prevalencia de complicaciones intradialíticas en pacientes con insuficiencia renal aguda (IRA) en la unidad de cuidados intensivos (UCI) y sus factores asociados; verificar qué conductas profesionales inmediatas fueron adoptadas por el equipo.

Métodos

Estudio retrospectivo, con abordaje cuantitativo, realizado en la UCI de un hospital universitario y público, ubicado en la región sur de Brasil. Se incluyeron en este estudio todos los pacientes ingresados a la UCI con diagnóstico médico de IRA dialítica entre enero de 2011 y diciembre de 2016. Se realizó la recopilación de datos de los prontuarios. Considerados estadísticamente significante p-valor < 0,05.

Resultados

Se incluyeron 76 pacientes, en su mayoría con edades entre 41 y 65 años (n= 44; 57,9 %). Todos realizaron hemodiálisis intermitente. Del total de pacientes, 71 (93,4 %) presentaron complicaciones durante la hemodiálisis, con hipotensión intradialítica como la complicación más prevalente, acometiendo a 51 (71,8 %) pacientes. La conducta profesional inmediata más frecuente para la referida complicación fue la instalación o el control de la infusión del medicamento vasoactivo (100 % de los casos). Edad, ventilación mecánica, IRA relacionada a la sepsis, número y tiempo de duración (horas) de las sesiones dialíticas, así como el momento de inicio de la diálisis estuvieron significativamente asociados con la frecuencia de las complicaciones intradialíticas.

Conclusión

Los pacientes presentaron alta prevalencia de complicaciones intradialíticas y las conductas profesionales inmediatas más frecuentes tuvieron el objetivo de revertir la hipotensión intradialítica y se realizaron mayoritariamente por el equipo de enfermería. Los factores asociados a las complicaciones se relacionaron con la gravedad de los pacientes al inicio de la diálisis.

Descriptores
Lesión renal aguda; Diálisis renal; Cuidados críticos; Enfermería em nefrologia; Unidades de cuidados intensivos

Variáveis		n(%)
Dados sociodemográficos
Sexo (masculino)		42(55,3)
Raça (caucasiano)		66(86,8)
Idade (anos)		52 ± 15 (19 – 85)^a a Média ± desvio padrão (mínimo – máximo)
	18 – 40	17(22,4)
	41 – 65	44(57,9)
	≥ 65	15(19,7)
Comorbidades
	HAS	28(36,8)
	DM	18(23,7)
	DCV	9(11,8)
	Câncer	4(5,3)
Dados da admissão na UTI
Origem
	Pronto socorro	51(67,1)
	Centro cirúrgico	16(21,1)
	Enfermaria	9(11,8)
Diagnóstico médico
	Clínico	37(48,7)
	Cirúrgico	39(51,3)
Tipo de admissão
	Planejada	21(27,6)
	Não planejada	55(72,4)
Etiologia da IRA
	Sepse	27(35,5)
	Associada à grande cirurgia	5(6,6)
	Choque	23(30,3)
	Falência de múltiplos órgãos	4(5,3)
	Rabdomiólise	8(10,5)
	Outras	9(11,5)
Dados da diálise
Modalidade (HDI)		76(100)
Número de sessões/paciente		4(2 – 10)^b b Mediana (P25 – P75).
Tempo sessão/paciente (horas)		3,5(3 – 4)^b b Mediana (P25 – P75).
Tempo entre diagnóstico de IRA e início da diálise (dias)		4(2 – 7)^b b Mediana (P25 – P75).
VMI durante a diálise		68(89,5)
Sepse durante a TRS		38(50)
Óbito na UTI		47(61,8)

Complicações intradialíticas	Pacientes (n = 71)	Condutas profissionais imediatas	Frequência %	Categoria profissional envolvida^* * As condutas imediatas desenvolvidas por profissionais não médicos foram realizadas a partir de prescrição, indicação e/ou acompanhamento destes.
Hipotensão	51(71,8)	Instalação/manejo de dose de droga vasoativa (DVA)	100	Enfermagem
		Administração de volume (SF 0,9% e/ou Ringer lactato)	23,5
		Administração de solução hipertônica de sódio (NaCl 20%)	2,0
		Redução do fluxo da bomba de sangue	3,9
		Alteração da modalidade da diálise (apenas hemofiltração)	9,8	Medicina
		Interrupção da diálise	3,9	Medicina
Hipoglicemia	28(36,8)	Administração de glicose 50%	100	Enfermagem
Hipoglicemia	28(36,8)	Administração de SG 10%	3,6	Enfermagem
Instabilidade hemodinâmica	24(31,6)	Instalação/manejo de dose de DVA	54,2	Enfermagem
		Instalação/manejo de dose de droga sedativa	4,2
		Redução do fluxo da bomba de sangue	25
		Alteração da modalidade de diálise (de HDI para hemofiltração)	16,7	Medicina
		Alteração da dose de diálise	4,2
		Reprogramação do tempo de diálise	4,2
		Intubação orotraqueal	4,2
		Interrupção da diálise	12,5
Desconforto, esforço ou drive ventilatório	28(36,8)	Instalação/manejo de dose de droga sedativa	14,3	Enfermagem
		Administração de nebulização	7,1
		Administração de relaxante/bloqueador neuromuscular	71,4
		Administração de anestésico	21,4
		Instalação de oxigenioterapia não invasiva	7,1	Fisioterapia Fisioterapia
		Manejo dos parâmetros da VMI	53,6	Fisioterapia Fisioterapia
Coagulação do circuito de diálise (filtro e/ou linhas)	16(21,1)	Troca de circuito	37,5	Enfermagem
		Posicionamento do paciente em trendelemburg	6,3
		Administração de anticoagulante	18,8
		Inversão das linhas do circuito	12,5
		Interrupção da diálise	25	Medicina
Hipertermia	15(19,7)	Administração de antitérmico	100	Enfermagem
		Diminuição da temperatura da máquina de diálise	20
		Coleta de sangue para exame laboratorial	40
		Aplicação de compressas frias	6,7
Baixo fluxo sanguíneo no cateter	11(14,5)	Inversão das linhas de diálise	27,3	Enfermagem
		Posicionamento do paciente em trendelemburg	9,1	Enfermagem
		Tração do cateter	63,6	Medicina
		Interrupção da diálise	9,1	Medicina
Taquicardia	11(14,5)	Instalação/manejo de dose de DVA	63,6	Enfermagem
		Instalação de Oxigenioterapia não invasiva	9,1
		Administração de Manitol	9,1
		Redução do fluxo da bomba de sangue	36,4
		Alteração da modalidade de diálise (de HDI para hemofiltração)	18,2	Medicina
		Interrupção da diálise	9,1	Medicina
Hipossaturação	8(10,5)	Manejo dos parâmetros da VMI	100	Fisioterapia
		Hiperventilação manual	12,5	Fisioterapia
		Instalação/manejo de dose de droga sedativa	37,5	Enfermagem
Hipertensão	6(7,9)	Instalação/manejo de dose de DVA	100	Enfermagem
Aumento da pressão venosa (máquina)	6(7,9)	Inversão das linhas de diálise	16,7	Enfermagem
		Posicionamento do paciente em trendelemburg	66,7	Enfermagem
		Tração do cateter	33,3	Medicina
		Interrupção da diálise	16,7	Medicina
Coagulação do cateter	5(6,6)	Administração de anticoagulante	60	Enfermagem
		Posicionamento do paciente em trendelemburg	20	Enfermagem
		Tração do cateter	100	Medicina
		Substituição do cateter	20
		Interrupção da diálise	20
Hiperglicemia	5(6,6)	Instalação/manejo de dose de insulina em bomba infusora	57,1	Enfermagem
Hiperglicemia	5(6,6)	Administração de insulina por via subcutânea	71,4	Enfermagem
Confusão mental e agitação psicomotora	4(5,6)	Administração de droga antipsicótica	100	Enfermagem
Confusão mental e agitação psicomotora	4(5,6)	Contenção mecânica do paciente no leito	50	Enfermagem
Êmese	4(5,6)	Administração de anti-emético	75	Enfermagem
Êmese	4(5,6)	Passagem de SNE para gavagem	25	Enfermagem
Bradicardia	3(4,2)	Administração de Bicarbonato de Sódio	33,3	Enfermagem
Bradicardia	3(4,2)	Administração de antiarrítmico	100	Enfermagem
Taquidispneia	3(4,2)	Manejo dos parâmetros da VMI	100	Fisioterapia
Gasping	3(4,2)	Instalação/manejo de dose de droga sedativa	100	Enfermagem
Sudorese com palidez cutânea	3(4,2)	Administração de volume (SF 0,9% e/ou Ringer lactato)	33,3	Enfermagem
Sudorese com palidez cutânea	3(4,2)	Administração de glicose 50%	66,7	Enfermagem
Dor aguda	2(2,8)	Administração de analgésico	100	Enfermagem
Rebaixamento do nível de consciência	1(1,4)	Instalação/manejo de dose de droga sedativa	100	Enfermagem
Rebaixamento do nível de consciência	1(1,4)	Intubação orotraqueal	100	Medicina
Elevação da PIC	1(1,4)	Instalação/manejo de dose de droga sedativa	100	Enfermagem
Estase gástrica	1(1,4)	Administração de composto dietético	100	Nutrição/ Enfermagem
Acidemia	1(1,4)	Administração de Bicarbonato de Sódio	100	Enfermagem
Sangramento na inserção do cateter	1(1,4)	Contenção compressiva	100	Enfermagem
Rompimento do capilar	1(1,4)	Troca do capilar	100	Enfermagem
Falha técnico-elétrica na máquina	1(1,4)	Interrupção da diálise	100	Medicina
Falha técnico-elétrica na máquina	1(1,4)	Devolução do sangue do circuito ao paciente	100	Enfermagem
Saque acidental do cateter (pelo paciente)	1(1,4)	Interrupção da diálise	100	Medicina
Fibrilação atrial	1(1,4)	Instalação/manejo de dose de DVA	100	Enfermagem
Fibrilação ventricular	1(1,4)	Instalação/manejo de dose de DVA	100	Enfermagem
		Redução do fluxo da bomba de sangue	100	Enfermagem
		Desfibrilação cardíaca	100	Medicina
		Interrupção da diálise	100	Medicina
Parada cardíaca	1(1,4)	Interrupção da diálise	100	Medicina
		Administração de antiarrítmico	100	Enfermagem
		Ressuscitação cardiopulmonar	100	Medicina/Enfermagem/ Fisioterapia

Variáveis		n(%)	p-value ^* * Teste de Qui-quadrado;
Sexo			0,230
	Feminino	135(53,8)
	Masculino	116(46,2)
Idade			<0,001
	18 - 40	69(27,5)
	41 - 65	129(51,4)
	> 65	53(21,1)
Ventilação mecânica			<0,001
	Sim	226(90,0)
	Não	25(10,0)
Sepse			0.088
	Sim	139(55,4)
	Não	112(44,6)
Etiologia da IRA			<0,001
	Sepse	80(31,9)
	Associada à grande cirurgia	8(3,2)
	Choque	75(29,9)
	Falência	8(3,2)
	Rabdomiolise	36(14,3)
	Outras	44(17,5)
Sessões dialíticas			<0,001
	> 4	176(70,1)
	≤ 4	75(29,9)
Tempo (em horas) de cada sessão			<0,001
	≤ 3,5 h	167(66,5)
	> 3,5 h	84(33,5)
Início da diálise			<0,001
	Precoce (≤ 2 dias)	90(35,9)
	Tardio (> 2 dias)	161(64,1)
Óbito			0,411
	Sim	132(52,6)
	Não	119(47,4)

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[1] Autor correspondente Reginaldo Passoni dos Santos, E-mail: regi-pas@hotmail.com