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Homicídios: mortalidade e anos potenciais de vida perdidos

Homicidios: mortalidad y años potenciales de vida perdidos

Resumo

Objetivo

Investigar a tendência dos homicídios e estimar os anos potenciais de vida perdidos por essa causa na região sul do Brasil.

Métodos

Estudo de série temporal por homicídio construído a partir do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Estimados os anos potenciais de vida perdidos segundo faixa etária, sexo e causa de óbito e calculadas as taxas de mortalidade. A análise de tendência foi verificada pela regressão de Prais-Winsten com cálculo da variação percentual anual.

Resultados

A região sul teve um incremento de 14,5% nas taxas de mortalidade por homicídio na série histórica com destaque para adultos jovens (20 a 29 anos) e população masculina como principais vítimas dos homicídios e com maiores anos potenciais de vida perdidos. As maiores taxas de homicídio foram registradas no Paraná, com tendência estacionária (APC= 0,10%; IC95%= -1,23; 1,65; p= 0,875). No Rio Grande do Sul houve tendência crescente com aumento de 25,0% (APC= 0,90% IC95%=0,49; 1,32; p<0,001); Santa Catarina com tendência crescente com aumento de 20,8% (APC= 0,70%; IC95%= 0,09; 1,32, p<0,001). Em relação ao sexo, houve maior prevalência do masculino no Rio Grande do Sul com 27,7% (APC= 0,90%; IC95%= 0,49; 1,32, p<0,001) e do feminino em Santa Catarina com 17,4% (APC= 0,70% IC95%= 0,50; 0,91, p<0,001).

Conclusão

A tendência foi de incremento dos homicídios nos estados da região sul com predominância de homicídio entre adultos jovens e a maior perda de anos de vida entre indivíduos do sexo masculino representa questões socioeconômicas importantes para uma causa prevenível.

Homicídio; Mortalidade; Anos potenciais de vida perdidos; Registros de mortalidade

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