Tecnologia instrucional para diagnóstico e terapêutica de enfermagem após cirurgia bariátrica

Chaves, Elisangela Ribeiro; Primo, Cândida Caniçali; Brandão, Marcos Antônio Gomes; Furieri, Lorena Barros; Lopes, Andressa Bolsoni; Lima, Eliane de Fátima Almeida; Bringuente, Maria Edla de Oliveira

doi:10.37689/acta-ape/2022AO0349345

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Acta Paulista de Enfermagem

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Sumário

Artigo Original • Acta Paul Enferm 35 • 2022 • https://doi.org/10.37689/acta-ape/2022AO0349345 copiar

Tecnologia instrucional para diagnóstico e terapêutica de enfermagem após cirurgia bariátrica

Tecnología instruccional para el diagnóstico y la terapéutica de enfermería después de una cirugía bariátrica

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

Objetivo

Avaliar uma tecnologia instrucional de estudos de caso para enfermeiros que atuam na assistência ao paciente em pós-operatório de cirurgia bariátrica.

Métodos

Pesquisa aplicada de desenvolvimento tecnológico realizada em três etapas: revisão da literatura; elaboração e avaliação do material instrucional por 20 enfermeiros especialistas.

Resultados

O material instrucional é composto de 10 estudos de caso associados a protocolos com diagnósticos e intervenções de enfermagem. O material foi avaliado como adequado para a maioria dos critérios de suficiência de indicadores clínicos para a elaboração do diagnóstico de enfermagem; frequência com que os diagnósticos apresentados no material instrucional eram ou poderiam ser usados no cuidado pós-operatório do paciente bariátrico; na clareza e representatividade do conteúdo dos estudos de caso.

Conclusão

Os casos foram avaliados como um recurso tecnológico instrucional relevante para a capacitação de enfermeiros com potencial para o processo de julgamento clínico em pós-operatório de cirurgia bariátrica.

Cirurgia bariátrica; Diagnóstico de enfermagem; Cuidados de enfermagem; Tecnologia educacional

Caso	Indicadores clínicos	Diagnóstico de enfermagem	Proporção de concordância n(%)	Intervalo de confiança da proporção	Avaliado como pertinente
Caso 1	Desconforto respiratório ao esforço, fadiga, dispneia e fraqueza.	Intolerância à atividade	18(90,0)	70,0 a 97,0	Sim
	Dispneia, fadiga e obesidade.	Padrão respiratório ineficaz	17(85,0)	64,0 a 94,0	Não
	Tempo de enchimento capilar > 3 segundos, pulsos periféricos diminuídos e parestesia (dormência em mãos).	Perfusão tissular periférica ineficaz	19(95,0)	76,0 a 99,0	Sim
	Controle insuficiente do diabetes, ingestão alimentar insuficiente e alteração no estado mental.	Risco de glicemia instável	18(90,0)	70,0 a 97,0	Sim
Caso 2	Ferida operatória (dano tecidual), dor aguda e procedimento cirúrgico.	Integridade tissular prejudicada	20(100,0)	84,0 a 100,0	Sim
Caso 2	Dor à palpação abdominal superficial, comportamento expressivo e expressão facial de dor.	Dor aguda	19(95,0)	76,0 a 99,0	Sim
Caso 3	Dor abdominal, náusea, ausência de flatos e distensão abdominal.	Motilidade gastrintestinal disfuncional	16(80,0)	58,0 a 92,0	Não
	Ânsia de vômito, salivação aumentada e sabor amargo.	Náusea	17(85,0)	64,0 a 94,0	Não
	Estilo de vida sedentário, repouso no leito (imobilidade) e história de intolerância à atividade (cansaço e dor).	Risco de intolerância à atividade	20(100,0)	84,0 a 100,0	Sim
Caso 4	Dependência para o autocuidado, dor, fraqueza em MID e paresia em MMII.	Déficit no autocuidado para alimentação / Déficit no autocuidado para banho	18(90,0)	70,0 a 97,0	Sim
	Expressão facial e relato de dor.	Dor aguda	19(95,0)	76,0 a 99,0	Sim
	Tecido destruído (lesão por pressão).	Integridade tissular prejudicada	18(90,0)	70,0 a 97,0	Sim
Caso 5	Equilíbrio prejudicado, dificuldade na marcha, mobilidade prejudicada e redução da força em membros inferiores.	Risco de quedas	20(100,0)	84,0 a 100,0	Sim
Caso 5	Ânsia de vômito e salivação aumentada.	Náusea	19(95,0)	76,0 a 99,0	Sim
Caso 6	Padrão respiratório anormal, fadiga e dispneia.	Padrão respiratório ineficaz	19(95,0)	76,0 a 99,0	Sim
Caso 7	Ferida operatória, acesso venoso periférico e alteração na integridade da pele.	Risco de infecção	18(90,0)	70,0 a 97,0	Sim
	Autorrelato da intensidade da dor usando escala.	Dor aguda	18(90,0)	70,0 a 97,0	Sim
	Alteração no turgor da pele, aumento da frequência cardíaca, diminuição do débito urinário, diminuição da pressão arterial e sede.	Volume de líquidos deficiente	19(95,0)	76,0 a 99,0	Sim
Caso 8	Batimento de asa de nariz, uso da musculatura acessória e dispneia.	Padrão respiratório ineficaz	18(90,0)	70,0 a 97,0	Sim
Caso 9	Pós-operatório de cirurgia importante, tempo total de anestesia > 90 minutos, mobilidade prejudicada (dor) e obesidade.	Risco de tromboembolismo venoso	18(90,0)	70,0 a 97,0	Sim
Caso 10	Taquicardia, ansiedade e inquietação, distensão de veia jugular e tempo de preenchimento capilar prolongado.	Débito cardíaco diminuído	20(100,0)	84,0 a 100,0	Sim

Diagnóstico NANDA-I	Nunca	Raramente	Muitas vezes	Sempre	p-value
Diagnóstico NANDA-I	n(%)	n(%)	n(%)	n(%)	p-value
Débito cardíaco diminuído	0(0,0)	10(50,0)	10(50,0)	0(0,0)	0,999
Déficit no autocuidado para alimentação	0(0,0)	9(45,0)	9(45,0)	2(10,0)	0,077
Déficit no autocuidado para banho	0(0,0)	2(10,0)	14(70,0)	4(20,0)	0,004*
Dor aguda	0(0,0)	0(0,0)	6(30,0)	14(70,0)	0,115
Integridade tissular prejudicada	0(0,0)	0(0,0)	3(15,0)	17(85,0)	0,003*
Intolerância à atividade	0(0,0)	3(15,0)	11(55,0)	6(30,0)	0,081
Mobilidade física prejudicada	0(0,0)	2(10,0)	10(50,0)	8(40,0)	0,064
Motilidade gastrintestinal disfuncional	0(0,0)	2(10,0)	14(70,0)	4(20,0)	0,004*
Náusea	0(0,0)	1(5,0)	11(55,0)	8(40,0)	0,018*
Padrão respiratório ineficaz	0(0,0)	2(10,0)	15(75,0)	3(15,0)	< 0,001*
Perfusão tissular periférica ineficaz	0(0,0)	5(25,0)	13(65,0)	2(10,0)	0,006*
Risco de glicemia instável	0(0,0)	0(0,0)	7(35,0)	13(65,0)	0,188
Risco de infecção	0(0,0)	0(0,0)	1(5,0)	19(95,0)	< 0,001*
Risco de intolerância à atividade	0(0,0)	3(15,0)	10(50,0)	7(35,0)	0,152
Risco de queda	0(0,0)	0(0,0)	8(40,0)	12(60,0)	0,503
Risco de tromboembolismo venoso	0(0,0)	3(15,0)	11(55,0)	6(30,0)	0,081
Volume de líquidos deficiente	0(0,0)	5(25,0)	10(50,0)	5(25,0)	0,317
Total	0(0,0)	47(13,8)	163(47,9)	130(38,2)	< 0,001*

Estudos de Caso	Estudo de caso julgado com clareza na escrita		Estudo de caso reflete situações em ocorrências de pós-operatório
Estudos de Caso	n(%)	Intervalo %	n(%)	Intervalo %
1	19(95,0)	76,0 a 99,0	20(100,0)	84,0 a 100,0
2	19(95,0)	76,0 a 99,0	19(95,0)	76,0 a 99,0
3	19(95,0)	76,0 a 99,0	20(100,0)	84,0 a 100,0
4	18(90,0)	70,0 a 97,0	20(100,0)	84,0 a 100,0
5	20(100,0)	84,0 a 100,0	20(100,0)	84,0 a 100,0
6	20(100,0)	84,0 a 100,0	20(100,0)	84,0 a 100,0
7	20(100,0)	84,0 a 100,0	20(100,0)	84,0 a 100,0
8	20(100,0)	84,0 a 100,0	20(100,0)	84,0 a 100,0
9	20(100,0)	84,0 a 100,0	20(100,0)	84,0 a 100,0
10	20(100,0)	84,0 a 100,0	20(100,0)	84,0 a 100,0

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[1] Autor correspondente: Cândida Caniçali Primo E-mail: candida.primo@ufes.br