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A ESPECIALIZAÇÃO MUDA A ESCOLHA DA VIA DE ACESSO PARA A OSTEOSSÍNTESE DE ÚMERO PROXIMAL?

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a via de acesso de escolha entre os ortopedistas brasileiros e se a formação de especialista em cirurgia do ombro e/ou tempo de experiência influenciam nessa decisão.

Métodos:

Realizou-se questionário entre ortopedistas, com e sem especialização em ombro, sobre qual a via de acesso preferida e as complicações observadas. Aplicou-se o teste do qui-quadrado ou o teste exato de Fisher.

Resultados:

Foram entrevistados 114 ortopedistas, 49 (43,0 %) traumatologistas, 36 (31,5 %) cirurgiões especialistas e 29 (25 %) residentes de especialização em cirurgia do ombro. Nas fraturas sem luxação a formação especializada e o tempo de experiência não influenciaram na escolha (maioria deltopeitoral). Na fratura/luxação, 97,2% dos especialistas optaram pela deltopeitoral, comparado com 82,1% dos traumatologistas (p=0,034). Nas fraturas/luxação, cirurgiões com experiência superior a 5 anos optaram pela deltopeitoral (92,5%) e aqueles com menos de 5 anos optaram pela via deltopeitoral (78,7%) (p=0,032). A diminuição do arco de movimento (ADM) foi a complicação mais relatada.

Conclusão:

A especialização em cirurgia do ombro não influenciou na escolha nas fraturas sem luxação. Na fratura/luxação, a especialização e o tempo de experiência associaram-se à escolha da via deltopeitoral. A complicação mais frequente foi a diminuição do ADM, principalmente entre os cirurgiões do Ombro. Nível de Evidência V, Opinião de especialistas.

Descritores:
Fraturas do úmero proximal; Fraturas do ombro; Cabeça do úmero; Osteossíntese

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