Resumo
Este artigo propõe-se seguir em três romances de César Aira o aparecimento de certas substâncias cuja ingestão de alguma forma modifica o trajeto de seus personagens, como uma figura que instaura a possibilidade de levantar idéias sobre a escrita, a leitura e a imaginação. Se tradicionalmente se disse que a novela não reivindicatória, que não propõe uma tomada de consciência nem alguma forma de aprendizagem, era literatura de evasão, a droga condensa essa denominação em uma acepção absoluta, e cumpre o papel da fuga para adiante, não a outra realidade, mas na dobra em que avança a realidade única da narração.
Palavras-chave:
imaginação; escritura; leitura; fábula; alegoria