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Avaliação da eficiência da estação de tratamento de esgoto da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), RS, Brasil

OBJETIVO: O principal objetivo foi avaliar a eficiência da estação de tratamento de efluentes (ETE) da UNISC, através da caracterização ecotoxicológica e de análises das variáveis físicas, químicas e microbiológicas do efluente bruto e tratado. MÉTODOS: Amostras foram coletadas em 2008 e 2009, para a realização de ensaios de toxicidade aguda (Daphnia magna) e toxicidade crônica (Ceriodaphnia dubia), além da determinação de variáveis ambientais. RESULTADOS: Os resultados indicaram toxicidade aguda, com uma CE(I)50 48 horas média de 64,1 ± 9,9%, caracterizada como medianamente tóxica, e uma toxicidade crônica média CI(I)25 de 8,1 ± 2,6%, caracterizada como extremamente tóxica. As variáveis fósforo total (3,6 ± 1,4 mg L-1) e nitrogênio amoniacal (77,8 ± 22,5 mg L-1), apresentaram altas concentrações no efluente tratado demonstrando a ineficiência da ETE e, principalmente, o grande aporte de nutrientes que o sistema lança ao corpo receptor, o Arroio Lajeado, condição que caracteriza um grande impacto ambiental potencial conhecido como eutrofização. O efluente tratado apresentou índices elevados de coliformes termotolerantes, atingindo um valor médio de 6,4 × 10(5) ± 8,6 × 10(5) NMP 100 mL-1, correspondendo a uma carga poluidora potencial de alto impacto, caracterizando portanto um problema de Saúde Pública. CONCLUSÕES: O Arroio Lajeado não apresenta capacidade de suporte que permita prever efeitos agudos e crônicos à biota.

estação de tratamento de esgoto; qualidade do efluente tratado; Daphnia magna; Ceriodaphnia dubia


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