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AVALIAÇÃO DA CALDA SULFOCÁLCICA E DO ÓLEO MINERAL NO CONTROLE DA COCHONILHA-PARDA PARTHENOLECANIUM PERSICAE (HEMIPTERA: COCCIDAE) NA CULTURA DA VIDEIRA

EVALUATION OF LIME SULPHUR AND MINERAL OIL TO CONTROL THE EUROPEAN PEACH SCALE PARTHENOLECANIUM PERSICAE (HEMIPTERA: COCCIDAE) IN VINEYARDS

RESUMO

A cochonilha-parda Parthenolecanium persicae é considerada uma das principais pragas da videira na região Sul do Brasil. Os ramos atacados desenvolvem e produzem menos, podendo secar dependendo da intensidade de infestação. O controle no sistema convencional de produção tem sido realizado basicamente com o uso de inseticidas fosforados e mais recentemente com o emprego de neonicotinóides aplicados no início da brotação, visando ao controle das ninfas de segundo e terceiro ínstar. Neste trabalho, avaliou-se o efeito da calda sulfocálcica e do óleo mineral para o controle da cochonilha-parda na cultura da videira visando disponibilizar insumos para o controle do inseto no sistema orgânico de produção. Foram avaliados a calda sulfocálcica (polisulfeto de cálcio) a 4º Bé formulada pela Sol Química® (10L/90L de água) e óleo mineral (Iharol, 500 e 1.000 mL/100L), em área naturalmente infestada pela praga em Bento Gonçalves, RS. O número de insetos vivos foi avaliado aos 14 e 35 dias após a aplicação (DAA). A calda sulfocálcica e o óleo mineral (0,5 e 1%) reduziram a infestação da cochonilha-parda na cultura da videira aos 35 DAA em 79, 44,8 e 58,9%, sendo inferiores ao controle (95,1%) obtido com o fosforado fenitrothion (Sumithion 500, 150 mL/100L).

PALAVRAS-CHAVE
Controle químico; Vitis spp.; produção orgânica

ABSTRACT

The European peach scale Parthenolecanium persicae is one of the most important grape pests in southern Brazil. Infested branches are less vigorous and can die from high levels of scale infestation. European peach scale (EPS) control in the conventional production system is based on phosphorous and neonicotinoid at the beginning of the season, to control second and third instar nymphs. In this study, the effect of lime sulphur and mineral oil was evaluated for EPS control in vineyards, looking for alternatives to manage the pest in organic production. Lime sulphur at 4º Bé formulated by Sol Química® (10L/90L of water) and mineral oil (Iharol, 500 and 1,000 mL/100L) were evaluated in a naturally infested vineyard in Bento Gonçalves/RS. The number of live insects was evaluated 14 and 35 days after application. Lime sulphur and the mineral oil (0.5 and 1%) reduced the EPS infestation at 35 days after application by 79, 44.8 and 58.9%, which was lower than the mortality (95.1%) obtained with prorothion (Sumition 500, 150 mL/100L).

KEY WORDS
Chemical control; Vitis spp.; organic production

A cochonilha-parda Parthenolecanium persicae (Fabricius, 1776) (Hemiptera: Coccidae) é considerada uma das principais pragas da videira na região Sul do Brasil (OLIVEIRA; ROMANI, 1975OLIVEIRA, A.M.; ROMANI, L.B. Controle a cochonilha da videira Lecanium persicae (Homoptera: Coccidae). Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.10, p.41-42. 1975.; HICKEL, 1996HICKEL, E.R. Pragas da videira e seu controle no Estado de Santa Catarina. Florianópolis: EPAGRI, 1996. 52p.; SORIA; DAL CONTE, 2000SORIA, S.J.; DAL CONTE, A.F. Bioecologia e controle das pragas da videira no Brasil. Entomologia y Vectores, v.7, n.1, p.73-102, 2000.; BOTTON et al., 2003BOTTON, M.; HICKEL, E. R.; SORIA, S. De J. Pragas. In: FAJARDO, T.V.M. (Ed.). Uvas para processamento:fitossanidade. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. p.82105.). A espécie é univoltina ocorrendo exclusivamente sobre brotações do ano, não infestando o lenho velho ou ritidoma (GONZÁLES, 1983GONZALEZ, R.H. Manejo de pragas de la vid. Santiago: Universidad de Chile, 1983. 115p.). Ramos atacados desenvolvem e produzem menos,podendo secar dependendo da intensidade de infestação (HICKEL, 1996HICKEL, E.R. Pragas da videira e seu controle no Estado de Santa Catarina. Florianópolis: EPAGRI, 1996. 52p.). Na presença de formigas “doceiras” que se associam ao inseto, pode se desenvolver a fumagina sobre folhas e cachos, depreciando o valor da fruta para consumo in natura (GONZÁLES, 1983GONZALEZ, R.H. Manejo de pragas de la vid. Santiago: Universidad de Chile, 1983. 115p.). Além do dano direto causado pela sucção de seiva ao se alimentar, a cochonilha injeta substâncias da saliva que podem causar fitotoxicidade nas plantas (SORIA; DAL CONTE, 2000SORIA, S.J.; DAL CONTE, A.F. Bioecologia e controle das pragas da videira no Brasil. Entomologia y Vectores, v.7, n.1, p.73-102, 2000.).

Na região sul do Brasil, o controle da cochonilhaparda no sistema convencional de produção tem sido realizado basicamente com o uso de inseticidas fosforados (HICKEL, 1998HICKEL, E.R. Pragas da videira. In: BRAGA SOBRINHO, R.; CARDOSO, J.E.; FREIRE, F.C.O. (Eds.). Pragas de fruteiras tropicais de importância agroindustrial. Brasília: EmbrapaSPI; Fortaleza: Embrapa-CNPAT, 1998, p.191-194.; BOTTON et al, 2003BOTTON, M.; HICKEL, E. R.; SORIA, S. De J. Pragas. In: FAJARDO, T.V.M. (Ed.). Uvas para processamento:fitossanidade. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. p.82105.) e mais recentemente com o emprego dos neonicotinóides (AFONSO et al., 2004AFONSO, A.P.S.; TEIXEIRA, I.; BOTTON, M.; FARIA, J.L.; LOECK, A.E. Controle da cochonilha-parda Parthenolecanium persicae (Fabricius, 1776) (Hemiptera: Coccidae) na cultura da videira. Ciência Rural, v.34, n.4, p.985-989, 2004.). Entretanto, existe uma demanda crescente por informações para o controle de insetos pragas da videira com insumos aceitos no sistema de produção orgânica (MAPA, 2005MINISTÉRIO A AGRICULTURA PECUÁRIA ABASTECIMENTO. Produção Orgânica. Disponível em: <http://oc4j.agricultura.gov.br/agrolegis/do/consultaLei?op=viewTextual&codigo=5114>. Acesso em: 10 abr. 2005.
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). Neste caso, o emprego de óleos e caldas, com destaque para a calda sulfocálcica, é uma alternativa que ser utilizada para controlar cochonilhas e está de acordo com o preconizado para o manejo de pragas neste sistema de produção (BURG; MAYER, 1999BURG, I.C.; MAYER, P.H. Alternativas ecológicas para prevenção e controle de pragas e doenças. Francisco Beltrão: Grafit, 1999. 153p.; DIA 2003DIAS, M.R.G.M. Manejo ecológico de doenças e pragas de plantas. Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.75-77, 2003.). Este insumos inclusive já são comumente empregados na cultura da videira como adjuvantes na aplicação de inseticidas (HICKEL, 1998HICKEL, E.R. Pragas da videira. In: BRAGA SOBRINHO, R.; CARDOSO, J.E.; FREIRE, F.C.O. (Eds.). Pragas de fruteiras tropicais de importância agroindustrial. Brasília: EmbrapaSPI; Fortaleza: Embrapa-CNPAT, 1998, p.191-194.; BOTTON et al., 2003BOTTON, M.; HICKEL, E. R.; SORIA, S. De J. Pragas. In: FAJARDO, T.V.M. (Ed.). Uvas para processamento:fitossanidade. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. p.82105.) ou durante o inverno (calda sulfocálcica) para o controle de doenças (SÔNEGO et al., 2003SÔNEGO, O.R.; GARRIDO, L.R.; GRIGOLETTI JÚNIOR, A. Doenças fúngicas. In: FAJARDO, T.V.M. (Ed.). Uvas para processamento: fitossanidade. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. p.11-44.). O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da calda sulfocálcica e do óleo mineral para o controle da cochonilha-parda na cultura da videira visando disponibilizar recomendação desse insumo no controle do inseto no sistema orgânico de produção.

O experimento foi conduzido em Bento Gonçalves, RS (29º 07' 44'’ S de latitude, longitude 51º 31' 50'’ W e 640 m de altitude) num parreiral da cultivar Cabernet Sauvignon (Vitisvinifera) plantada em 1983 no espaçamento de 2 x 2,5 m, naturalmente infestada pela cochonilha-parda.

No mês de setembro de 2003, foram identificadas plantas infestadas com a cochonilha-parda em terceiro ínstar no interior do parreiral, marcando-se um ramo do ano em cada planta. A partir da base de cada ramo do ano foi realizada uma pré-contagem do número de cochonilhas presentes em 20 cm, selecionando-se plantas com infestação similar. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado com cinco repetições, sendo cada planta com um ramo considerada uma repetição. Foram avaliados a calda sulfocálcica a 4ºBé Sol Química® (10 L/100 L), óleo mineral (Iharol, 500 e 1.000 mL/ 100L), fenitrothion (Sumithion 500 CE, 150 mL/100L) e um tratamento testemunha (água). As plantas foram pulverizadas na parte aérea até o início do escorrimento, com auxílio de um pulverizador costal com capacidade de 20 litros, equipado com bico JD 12, num volume de 800 L/ha, em 9 de setembro de 2003. O número de insetos vivos por 20 cm de ramo foi avaliado aos 14 e 35 dias após a aplicação (DAA) dos produtos.

Para análise estatística, foi utilizado o programa Genes (CRUZ, 2001CRUZ, D.C. Programa genes: aplicativo computacional em genética e estatística. Viçosa: UFV, 2001. 648p.) transformando-se o número de insetos por ramo em x + 0,5, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade de erro. A eficiência dos inseticidas foi calculada pela fórmula de ABBOTT (1925)ABBOTT, W.S. A method of computing effectiveness of an insecticide. Journal of Economic Entomology, v.18, n.1, p.265-267, 1925..

Na primeira avaliação, realizada aos 14 DAA, o fenitrothion e a calda sulfocálcica diferiram significativamente entre si e em relação testemunha, proporcionando controle de 86 e 61,6%, respectivamente (Tab.1). Nesta avaliação, o controle observado pelo óleo nas duas concentrações não diferiu da testemunha e da calda sulfocálcica.

Tabela 1
Número (X ± EP) de cochonilhas por 20 cm de ramo e eficiência de controle (% C) de Parthenolecanium persicae em diferentes períodos após a aplicação de inseticidas na cultura da videira, Bento Gonçalves, RS, 2006.

Na avaliação realizada aos 35 DAA, verificou-se que todos os tratamentos diferiram da testemunha, sendo que a maior eficiência de controle foi obtida com o fenitrothion (95,1%) (Tabela 1). Desta forma, foram observados três grupos de produtos em relação à eficácia biológica contra a cochonilha parda (Tabela 1). No primeiro grupo destacou-se o inseticida fenitrothion com mortalidade superior a 90% corroborando os resultados de AFONSO et al. (2004)AFONSO, A.P.S.; TEIXEIRA, I.; BOTTON, M.; FARIA, J.L.; LOECK, A.E. Controle da cochonilha-parda Parthenolecanium persicae (Fabricius, 1776) (Hemiptera: Coccidae) na cultura da videira. Ciência Rural, v.34, n.4, p.985-989, 2004.. Este inseticida tem sido recomendado como padrão de controle do inseto em sistemas de produção convencional (EMATER, 2003EMATER, RS. Recomendações para o manejo das doenças fúngicas e insetos pragas da videira. Porto Alegre: EMATER/RS; Embrapa Uva e Vinho, 2003. 72p.). No segundo grupo, destacouse a calda sulfocálcica, com redução na infestação de 79,1% em relação à testemunha e, no terceiro grupo, encontra-se o óleo mineral, com controle entre 44,8 e 58,9% para as concentrações de 0,5 e 1%, respectivamente.

No período decorrido entre a primeira (14 DAA) e a segunda (35 DAA) avaliação verificou-se uma redução significativa do número de insetos presentes nos ramos das parcelas sem controle (Tabela 1). Tal fato pode ser atribuído à competição intraespecífica, além do ataque de inimigos naturais semelhante ao observado por AFONSO et al. (2004)AFONSO, A.P.S.; TEIXEIRA, I.; BOTTON, M.; FARIA, J.L.; LOECK, A.E. Controle da cochonilha-parda Parthenolecanium persicae (Fabricius, 1776) (Hemiptera: Coccidae) na cultura da videira. Ciência Rural, v.34, n.4, p.985-989, 2004..

HICKEL (1996 e 1998) preconiza o uso de óleo mineral associado aos inseticidas químicos por este proporcionar uma película impermeável ao ar em torno da carapaça do inseto causando a morte por asfixia. Neste trabalho, o óleo mineral utilizado isoladamente apresentou efeito intermediário no controle do inseto (Tabela 1). O emprego do óleo como adjuvante associado a reduzidas doses de inseticidas fosforados apresenta potencial, permitindo reduzir a quantidade de produtos químicos empregados e o custo do tratamento, porém, esta combinação ainda não foi avaliada. OLIVEIRA; ROMANI (1975)OLIVEIRA, A.M.; ROMANI, L.B. Controle a cochonilha da videira Lecanium persicae (Homoptera: Coccidae). Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.10, p.41-42. 1975. não verificaram diferenças entre o tratamento com inseticidas fosforados associado a óleos (provavelmente devido a aplicação durante o período de desenvolvimento vegetativo da cultura, quando as fêmeas estão presentes (HICKEL, 2004HICKEL, E. R. Ciclo evolutivo da cochonilha parda em cultivo protegido de videira. Agropecuária Catarinense, v.17, n.3, p.84-87, 2004.) porém seriam menos sensíveis à ação dos produtos, além da carapaça proteger os ovos e ninfas sob o corpo do inseto.

O manejo do inseto em sistemas orgânicos de produção pode ser realizado com poda dos ramos infestados associada à aplicação da calda sulfocálcica e/ou óleo mineral. O efeito da calda sulfocálcica e dos óleos minerais sobre a população de inimigos naturais ainda necessita ser estudada, assim como, a potencialidade destes organismos em reduzir a população da praga.

REFERÊNCIAS

  • ABBOTT, W.S. A method of computing effectiveness of an insecticide. Journal of Economic Entomology, v.18, n.1, p.265-267, 1925.
  • AFONSO, A.P.S.; TEIXEIRA, I.; BOTTON, M.; FARIA, J.L.; LOECK, A.E. Controle da cochonilha-parda Parthenolecanium persicae (Fabricius, 1776) (Hemiptera: Coccidae) na cultura da videira. Ciência Rural, v.34, n.4, p.985-989, 2004.
  • BOTTON, M.; HICKEL, E. R.; SORIA, S. De J. Pragas. In: FAJARDO, T.V.M. (Ed.). Uvas para processamento:fitossanidade. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2003. p.82105.
  • BURG, I.C.; MAYER, P.H. Alternativas ecológicas para prevenção e controle de pragas e doenças Francisco Beltrão: Grafit, 1999. 153p.
  • CRUZ, D.C. Programa genes: aplicativo computacional em genética e estatística. Viçosa: UFV, 2001. 648p.
  • DIAS, M.R.G.M. Manejo ecológico de doenças e pragas de plantas. Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.75-77, 2003.
  • EMATER, RS. Recomendações para o manejo das doenças fúngicas e insetos pragas da videira. Porto Alegre: EMATER/RS; Embrapa Uva e Vinho, 2003. 72p.
  • GONZALEZ, R.H. Manejo de pragas de la vid Santiago: Universidad de Chile, 1983. 115p.
  • HICKEL, E.R. Pragas da videira e seu controle no Estado de Santa Catarina Florianópolis: EPAGRI, 1996. 52p.
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  • HICKEL, E. R. Ciclo evolutivo da cochonilha parda em cultivo protegido de videira. Agropecuária Catarinense, v.17, n.3, p.84-87, 2004.
  • MINISTÉRIO A AGRICULTURA PECUÁRIA ABASTECIMENTO. Produção Orgânica. Disponível em: <http://oc4j.agricultura.gov.br/agrolegis/do/consultaLei?op=viewTextual&codigo=5114>. Acesso em: 10 abr. 2005.
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  • OLIVEIRA, A.M.; ROMANI, L.B. Controle a cochonilha da videira Lecanium persicae (Homoptera: Coccidae). Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.10, p.41-42. 1975.
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  • SORIA, S.J.; DAL CONTE, A.F. Bioecologia e controle das pragas da videira no Brasil. Entomologia y Vectores, v.7, n.1, p.73-102, 2000.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    10 Jan 2022
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2007

Histórico

  • Recebido
    14 Ago 2006
  • Aceito
    04 Jun 2007
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