RESUMO
Contexto:
Mulheres com endometriose intestinal podem apresentar maior incidência de constipação o que influencia na qualidade de vida.
Objetivo:
Correlacionar a função intestinal com a função sexual e qualidade de vida de mulheres com endometriose profunda de acordo com o tipo de tratamento.
Métodos:
Estudo transversal realizado com 141 mulheres com endometriose intestinal no período de maio de 2020 a abril de 2021. As mulheres foram divididas em dois grupos de acordo com o tipo de tratamento: 51 mulheres com tratamento cirúrgico e 90 mulheres com tratamento médico. O Questionário de Qualidade de Vida em Endometriose foi utilizado para avaliar a qualidade de vida e o Índice de Função Sexual Feminina foi utilizado para avaliar a função sexual. Para avaliar a função intestinal foram utilizados os seguintes questionários: Índice de Qualidade de Vida Gastrointestinal e Inventário de Estresse do Assoalho Pélvico.
Resultados:
A média de idade das mulheres do grupo cirúrgico (37,98±5,91 anos) foi maior que a do grupo médico (35,68±5,45 anos) (P=0,006). Não houve diferença estatisticamente significativa entre sintomas de dor (P=0,905), ingestão de água (P=0,573) ou fibra (P=0,173) e atividade física (P=0,792) em ambos os grupos. Não houve diferença entre qualidade de vida e função sexual em ambos os grupos. Houve uma correlação direta da função intestinal com qualidade de vida e função sexual em ambos os grupos. Conclusão: A função intestinal está diretamente correlacionada com a função sexual e qualidade de vida, independentemente do tipo de tratamento.
Palavras-chave:
Endometriose; qualidade de vida; desordem sexual; constipação