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CIRURGIA GERAL

001

MODELO EXPERIMENTAL DE PNEUMOPERITÔNEO EM PARALELO

EXPERIMENTAL MODEL OF PARALLEL PNEUMOPERITONEUM

Amâncio R, Campos LRA, Fernandes Jr WB, Gois VC, Greco Jr J, Peixoto E.

Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública , Núcleo de Pesquisa em Cirurgia Experimental, Salvador-BA, Brasil.

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A utilização da laparoscopia como procedimento cirúrgico intensificou-se nesta última década, atingindo quase todas as especialidades. Assim, torna-se imprescindível o maior conhecimento e habilidade de acadêmicos e médicos neste método terapêutico, devido às suas peculiaridades. Portanto o objetivo deste trabalho é desenvolver um modelo experimental de pneumoperitôneo em paralelo para treinamento e crescimento científico de acadêmicos e profissionais da área.

MÉTODOS: Amostra: 6 Rattus norvegicus Albinus, linhagem Wistar, machos, pesando entre 180-250g. Procedimento: Em cada animal, fez-se uma incisão abaixo do rebordo costal direito, para a passagem do catéter (16 G). Posteriormente, todos os angiocates são acoplados à válvula de ar, sendo os ratos insuflados com CO2 simultaneamente, e instalado então o pneumoperitôneo. A insuflação é mantida durante duas horas, com reforço anestésico após 90 minutos da primeira dose. Após o término do pneumoperitôneo, é feita uma laparotomia exploradora nos ratos, para a verificar a presença de possíveis complicações intra-operatórias e o posterior sacrifício dos animais.

RESULTADOS: Um animal foi a óbito durante o procedimento, porém não se observou sinal de perfuração de vísceras abdominais. Em outros ratos não se evidenciou nenhuma intercorrência.

CONCLUSÃO: Este modelo experimental é eficaz para treinamento e pesquisa de acadêmicos e cirurgiões.

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002

ESTUDO DO DICLOFENACO DE SÓDIO NA CICATRIZAÇÃO DE HÉRNIAS INCISIONAIS DE RATOS CORRIGIDAS COM TELAS DE POLIPROPILENO

WOUND HEALING STUDY ON RAT'S INCISIONAL HERNIA REPAIR UNDER SODIUM DICLOFENAC ACTION

Startari, S.R.M.; Pontes, A.P.C.; Tognini J.R.F.

Serviço de Cirurgia Geral do Departamento de Clínica Cirúrgica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campo Grande – MS.

Existem evidências da interferência negativa do Diclofenaco de Sódio no processo de reparo tecidual do intestino delgado, intestino grosso e parede abdominal de ratos, restando dúvidas da interferência da droga no reparo de hérnias incisionais corrigidas com tela de polipropileno. Com este objetivo utilizou-se de 40 ratos machos, Wistar, distribuídos em dois grupos, com períodos de avaliação aos 7 e 14 dias. Inicialmente foram induzidas hérnias na parede abdominal ventral dos animais para seis semanas após serem submetidas a síntese com a implantação extraperitoneal de uma tela de polipropileno, quando foram imediatamente tratados, no grupo controle com injeção intramuscular diária de solução salina a 0,9% por 4 dias consecutivos e no grupo Diclofenaco da mesma maneira com dose de 0,3 mg.kg-1. Nos períodos de avaliação os ratos sofreram eutanásia e segmentos da parede abdominal foram preparados para teste biomecânico de avaliação de força de rotura de cicatrizes e também para análise histológica. No teste biomecânico, o estudo estatístico não mostrou diferenças significantes entre os grupos no mesmo período de tempo, porém no grupo Diclofenaco houve um ganho de força de 7 para 14 dias, fenômeno não observado no grupo controle. Quanto a análise histológica, os grupos foram semelhantes nos dois períodos de avaliação. Concluiu-se que apesar de levar a cicatrizes mais frágeis inicialmente, o Diclofenaco de sódio não interfere na cicatrização de herniorrafias incisionais da parede ventral de ratos com tela de polipropileno em relação ao grupo controle.

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003

ESTUDO DO MELOXICAM NA CICATRIZAÇÃO DE HERNIORRAFIAS INCISIONAIS DE RATOS COM TELAS DE POLIPROPILENO

WOUND HEALING STUDY ON RAT'S INCISIONAL HERNIA REPAIR UNDER MELOXICAM ACTION

Pontes, A.P.C.; Startari, S.R.M.; Tognini J.R.F.

Serviço de Cirurgia Geral do Departamento de Clínica Cirúrgica da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Campo Grande – MS.

Dentro da linha de pesquisa que visa esclarecer os possíveis efeitos dos antiinflamatórios não hormonais na reparação tecidual, foi realizado um trabalho com o objetivo de estudar o efeito do meloxicam (inibidor exclusivo da COX-2) no processo de cicatrização de hérnias incisionais da parede abdominal de ratos corrigidas com auxílio de tela de polipropileno. Foram utilizados 40 ratos Wistar, machos, nos quais foram induzidas hérnias incisionais na parede abdominal ventral e após 6 semanas as mesmas foram corrigidas com tela de polipropileno extraperitoneal. Os ratos do grupo controle receberam injeção intramuscular diária de solução salina a 0,9% por 4 dias consecutivos a partir do ato operatório. Da mesma maneira os animais do outro grupo receberam meloxicam na dose de 0,5 mg.kg-1. As eutanásias foram realizadas em 7 ou 14 dias, quando os segmentos das cicatrizes foram submetidos a teste biomecânico de força de rotura e análise histológica. Os resultados do teste biomecânico não mostraram diferenças estatísticas significantes na força de rotura das cicatrizes de ratos tratados ou não com o fármaco. Na análise histológica observou-se também semelhança ao confrontar os grupos onde aos 7 dias predominou um processo inflamatório agudo com proliferação vascular e micro abscessos, e aos 14 dias tecido fibroso denso infiltrado por moderado número de linfócitos. Concluiu-se que o meloxicam não interfere no processo de reparação de herniorrafias incisionais de ratos com tela de polipropileno.

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004

HEMILAÇO NA FINALIZAÇÃO DA SÍNTESE CUTÂNEA – UMA NOVA MANEIRA DE FINALIZAÇÃO DE PONTOS INDIVIDUAIS

HALF TIE IN SKIN'S CLOSURE– A NEW WAY TO FINALISE INDIVIDUAL KNOTS

Ac. Lorencetti R. R. G., Módena S.F., Paula R. A., Ferreira E.A.B., Toledo C.R. P., Ac. Godinho M

Faculdade de Medicina de Jundiaí, Departamento de Técnica Cirúrgica

OBJETIVO: O presente trabalho visa demonstrar uma forma de finalização de pontos realizados na pele, facilitando a remoção deste, sem provocar lesão à barreira cutânea já constituída, com maior comodidade e menos dor para o paciente.

MÉTODOS: A diferença da técnica proposta consiste na forma de finalização dos pontos separados (ponto simples, Donatti, ou "Ü"). Para tal, deve-se usar o corpo do cabo distal (aproximadamente 1,5 cm da extremidade) preso com o porta – agulhas, fazendo a tração do nó com a outra mão, evitando-se deslocar o porta-agulhas. Desta forma, faz-se aparecer um "hemi - laço " no fio. Dá – se o contra nó, tomando – se o cuidado para que esta laçada não passe por traz da extremidade do cabo distal, fato que poderia travar o nó e impedir que seja desfeito com facilidade, como objetivado.

O cuidado a ser tomado é que a força destes nós sejam o suficiente para justapor as bordas da ferida.

Após se efetuar os nós e contra – nós que darão segurança ao ponto, corta – se o cabo que contém a agulha bem próximo aos nós (+ ou – 2 mm de distância). Para a retirada identifica-se o cabo maior, que deverá ser tracionado tangencialmente à pele.

CONCLUSÃO: Os nós se desfazem facilmente sem qualquer incomodo, dor para o paciente e o inconveniente de agressão à integridade da pele por instrumentos perfurocortantes.

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005

DIVERTÍCULO DE ZENKER

ZENKER'S DIVERTICULUM

Barros Cantero, W. de; Oliveira, A. F.de; Said, L. A. M.; Costa Vieira, M. H.

Serviço de Cirurgia Geral do Núcleo do Hospital Universitário – HU – UFMS

A queixa de disfagia em pacientes idosos é bastante comum. Dentre as causas deste sintoma está o divertículo faringoesofagiano ou "de pulsão" denominado Divertículo de Zenker descrito pela primeira vez por Ludlow, em 1769 . Zenker e Von Ziemessen, em 1877, viram que se tratava de uma falha anatômica da parede posterior da hipofaringe e estava associada a repetidos bolos alimentares. Apresenta como causa uma incoordenação entre a contração da musculatura da hiporafinge e o relaxamento do músculo cricofaríngeo. A média de idade no diagnóstico é 70 anos sendo que os homens são mais acometidos do que as mulheres (3:1). O tratamento, quando necessário, pode ser cirúrgico, através da diverticulectomia ou diverticulopexia, ou endoscópico. O trabalho tem por objetivo relatar o caso de um paciente, sexo masculino, 63 anos, atendido e internado no HU da UFMS em 18.02.2001 com queixas de disfagia e regurgitação há uma ano. À radiografia de esôfago contrastado evidenciou-se uma proeminência sacular de ± 4 x 2 cm. O paciente foi submetido a tratamento cirúrgico pela técnica de diverticulectomia e, não havendo recidivas, recebeu alta hospitalar em 28.02.2001, ou seja, 10 dias após sua internação. O Divertículo de Zenker é uma entidade de diagnóstico fácil que incide em pacientes idosos com comorbidades.Tanto o tratamento cirúrgico quanto o endoscópico apresentam resultados equivalentes, sendo que o segundo tende a se tornar o tratamento de escolha pela sua simplicidade, por poder ser realizado ambulatorialmente usando-se apenas sedação consciente.

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006

RESULTADO DO TRATAMENTO DA COLEDOCOLITÍASE NA ERA VIDEOLAPAROSCÓPICA

RESULTS OF COLEDOLITIASIS TREATMENT ON THE VIDEOLAPARASCOPIC ERA

Alves APR, Araújo WR, Bischoff A., Cruz C.A.T., Mendelssonh P., Vianna A

Área de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília- serviço de Cirurgia Geral, Hospital Universitário da UnB.

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A colecistectomia videolaparoscópica é o procedimento padrão no tratamento da colelitíase, porém o tratamento da coledocolitíase permanece controverso, havendo as abordagens endoscópica, laparoscópica ou por laparotomia. O objetivo desse estudo é avaliar a experiência do serviço no tratamento da coledocolitíase sintomática ou assintomática em pacientes internados no Hospital Universitário da UnB.

MÉTODOS: Foi realizada análise retrospectiva de pacientes com diagnóstico de coledocolitíase pré-operatório ou através da colangiografia intra-operatória, no período de fevereiro de 1996 a abril de 2001.

RESULTADOS: Foram 74 casos de coledocolitíase, sendo 47 pacientes (63%) sintomáticos , que tiveram o diagnóstico feito no período pré-operatório, e 27 (37%) com diagnóstico intra-operatório. Dos pacientes com diagnóstico prévio, a abordagem endoscópica foi proposta em 32 (68%), com falha do tratamento em 9 (28%). Estes 9 pacientes foram operados por videolaparoscopia (VL), com 4 conversões para laparotomia (44%). Em 14 pacientes (32%), optou-se por não realizar o tratamento endoscópico, e foram operados por VL com 7 conversões (50%), e 1 paciente submetido à operação por laparotomia. Vinte e sete pacientes apresentavam coledocolitíase assintomática, diagnosticada pela colangiografia intra-operatória. Destes, 14 (52%) foram tratados por via laparoscópica, 6 (22%) necessitaram de conversão para laparotomia, e 7 (26%) encaminhados para tratamento endoscópico pós-operatório.

CONCLUSÃO: O tratamento endoscópico da coledocolitíase sintomática tem indicações precisas, entretanto, nem sempre é eficaz, apresentando morbidade considerável. O tratamento pelo acesso VL representa boa opção na litíase da via biliar principal.

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007

POSSÍVEL CORRELAÇÃO ENTRE ACHADOS CLÍNICOS, LABORATORIAIS, ULTRASSONOGRÁFICOS E OPERATÓRIOS NA PANCREATITE AGUDA BILIAR

POSSIBLE CORRELATION BETWEEN CLINICAL, LABORATORIAL, UG, AND OPERATIVE FINDINGS IN ACUTE BILIAR PANCREATITIS

Couto D., Bischoff A., Cruz C.A.T.; Mendelssonh P., Vianna A.

Área de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário da UnB.

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A pancreatite aguda biliar (PAB) é complicação grave da colelitíase, estando associada a morbimortalidade significativa. Na PAB ocorre migração do cálculo na via biliar levando, entre outros eventos, a aumento da pressão ductal pancreática, desencadeando pancreatite. Nesse processo, há aumento sérico da enzimas hepáticas, devido a lesão hepática e/ou aumento da pressão na via biliar pela migração do cálculo. Acredita-se que a maioria dos cálculos que migra e causa pancreatite chega à luz intestinal. Porém, alguns pacientes podem apresentar coledocolitíase após episódio de pancreatite. A ultrassonografia não apresenta resultados satisfatórios para o diagnóstico de coledocolitíase. Entretanto, a análise conjunta dos dados clínicos, laboratoriais e ultrassonográficos pode fornecer informações importantes quanto à presença de coledocolitíase na PAB. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento sérico das enzimas hepáticas, diâmetro do colédoco à ecografia e à colangiografia intra-operatória na PAB.

MÉTODOS:Foram estudados, até o momento, 27 pacientes admitidos com PAB no serviço de Cirurgia Geral do HUB no período de fevereiro de 2000 a abril de 2001. O diagnóstico de PAB foi à partir da história clínica e amilasemia. Avaliaram-se níveis séricos das aminotransferases, bilirrubinas, fosfatase alcalina e desidrogenase lática. A cada 48 horas era feita avaliação ecográfica das vias biliares e dos níveis séricos das enzimas supracitadas. Todos os pacientes foram submetidos a colecistectomia videolaparoscópica com colangiografia intra-operatória em torno de sete dias após melhora clínica. Utilizou-se o teste de ANOVA para análise do comportamento das enzimas séricas (p<0,05).

RESULTADOS: Os sintomas mais comuns foram dor abdominal, vômitos e anorexia, com remissão por volta do terceiro dia de internação hospitalar. Os valores das aminotransferases, e bilirrubinas apresentaram redução significante durante internação hospitalar (p<0,001). O diâmetro do colédoco inicialmente foi de 6 mm e apresentou redução significante em todos os casos (p=0,0012). A colangiografia intra-operatória não verificou coledocolitíase em nenhum caso. A avaliação das vias biliares à ecografia e à colangiografia intra-operatória foi correspondente em 77% dos casos. O presente estudo não apresenta pacientes com PAB grave nem com coledocolitíase assintomática após o processo agudo. Contudo, os resultados obtidos podem sugerir que há correspondência entre as evoluções clínica, laboratorial e ecográfica nos pacientes com PAB.

CONCLUSÃO: A avaliação conjunta destes parâmetros pode ser confiável no direcionamento do tratamento destes pacientes.

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008

LINFONODO SENTINELA NO MELANOMA MALIGNO: PESQUISA, INDICAÇÕES E TÉCNICA

SENTINEL LYMPHONODUS ON MALIGNANT MELANOMA: SEARCH, INDICATIONS AND TECHNIQUE

Moreira M., Bischoff A., Sobrinho A., Jonhson E., Cruz C.A.T.; Vianna A.

Área de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da UnB - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário da UnB

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A presença de metástases linfonodais em pacientes portadores de melanoma maligno possui importante valor preditivo na sobrevida, sendo que a metástase linfática regional diminui em 30 a 40% a sobrevida em 05 anos. Define-se por linfonodo sentinela o primeiro linfonodo de drenagem linfática da região tumoral. A ausência de metástase no linfonodo sentinela torna desnecessária a realização de esvaziamento linfonodal. O objetivo do presente estudo foi avaliar a técnica de linfocintigrafia na pesquisa de linfonodo sentinela em pacientes com melanoma maligno.

MÉTODOS: Padronizou-se a técnica utilizando injeção pré-operatória intra-dérmica ou pericicatricial de colóide marcado com tecnécio 99n, o qual penetra pelos capilares linfáticos e concentra-se no linfonodo sentinela.

RESULTADOS: Foram estudados 10 pacientes com melanoma maligno em extremidades sem evidências clínicas de metástases à distância ou em cadeia linfática. A linfocintigrafia pré-operatória foi realizada definindo o linfonodo sentinela e guiando a incisão cirúrgica. Após um período de 12 à 20 horas estes pacientes eram levados à cirurgia e um mapeamento trans-operatório era realizado utilizando-se uma Gamma Câmara com probe e o linfonodo sentinela era localizado pela detecção do aumento de radioatividade. Uma incisão de 4 a 6 cm era realizada sobre a área marcada de maior radioatividade pela Gamma Câmara. Após a remoção do linfonodo sentinela o gamma probe era utilizado para verificar que não havia nenhum aumento de radioatividade local. Após a dissecção linfonodal seletiva procedia-se a excérese do sítio primário do melanoma maligno. Este procedimento aumentou em 15 a 20 minutos o tempo cirúrgico.

CONCLUSÃO: A linfocintigrafia foi procedimento de simples realização, alta eficácia e sem morbidade ou acréscimo significativo no tempo cirúrgico.

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009

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA CONVERSÃO NA COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA

CONTRIBUTING FACTORS FOR THE CONVERSION ON VIDEOLAPAROSCOPIC COLECISTECTOMY

Alves APR, Saenger IF, Kawano L.B., Bischoff A., Cruz C.A.T.; Mendelssonh P., Vianna A

Área de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília- serviço de Cirurgia Geral, Hospital Universitário da UnB

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: A colecistectomia videolaparoscópica é o método de eleição no tratamento da colecistopatia calculosa, porém em alguns casos há necessidade de realização de laparotomia.O objetivo do presente estudo é de relatar as causas de conversão para laparotomia da colecistectomia videolaparoscópica no serviço.

MÉTODOS: Analisou-se, de modo retrospectivo, os prontuários dos pacientes submetidos a colecistectomia no período de fevereiro de 1996 a abril de 2001.

RESULTADOS: Foram 842 operações iniciadas por via laparoscópica. Destas, 35 foram convertidas para laparotomia (4,1%). As principais causas de conversão foram: dificuldade de identificação anatômica em 12 pacientes (34%), coledocolitíase em 8 (23%), aderências devido a operação prévia em 5 (14%), suspeita de lesão de via biliar em 3 (8,5%) e secção do colédoco em 2 (6%).

CONCLUSÃO: A taxa de conversão encontrada no serviço é semelhante a da literatura. A principal causa de conversão foi a dificuldade de identificação das estruturas anatômicas.

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010

MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO RECIDIVADO: AVALIAÇÃO CLÍNICA, ENDOSCÓPICA, RADIOLÓGICA E PHMÉTRICA APÓS OPERAÇÃO DE SERRA-DÓRIA

REOPERATION OF THE CHAGASIC MEGAESOPHAGUS: A CLINIC, ENDOSCOPIC, RADIOLOGIC AND PHMETRIC ANALYSIS AFTER SERRA-DORIA SURGERY

Watanabe L. M., Kawano L. B., Mendelssonh P. F. O., Gregório T. C. R.

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Megaesôfago Chagásico Recidivado é a denominação utilizada para caracterizar a recidiva da disfagia em pacientes portadores de megaesôfago chagásico previamente tratados cirurgicamente. A técnica de Serra-Dória (cardioplastia a Grondahl, antrectomia, vagotomia troncular e derivação em Y de Roux ) é uma das operações utilizadas para o tratamento do Megaesôfago Chagásico recidivado. Esta técnica demonstrou bons resultados pós-operatórios precoces, entretanto ainda não há dados suficientes quanto ao resultados tardios. Dessa forma, uma avaliação completa dos pacientes Chagásicos submetidos a essa operação elucidaria as dúvidas pertinentes à eficiência dessa técnica.

MÉTODOS: Os 26 pacientes operados no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Brasília (HUB) serão incluídos na pesquisa após consentimento pós-informado, a medida que retornam ao ambulatório de Cirurgia Geral. para seguimento pós-operatório. Procede-se à avaliação clínica (protocolo pré-estabelecido) e então encaminha-se os pacientes para realização da Endoscopia Digestiva alta com biópsia (EDA), Radiografia contrastada de Esôfago Estômago e Duodeno (EED), e pHmetria de 24 horas.

RESULTADOS: Até o momento, a amostra é composta de 08 pacientes, 06 homens e 02 mulheres, faixa etária variando entre 30 a 62 anos. À avaliação clínica, não se observaram resultados excelentes, observou-se apenas um resultado insatisfatório, quatro resultados satisfatórios e dois muito bons. DRGE foi observada em três pacientes com resultado satisfatório. A pHmetria confirmou a presença de secreção ácida em esôfago distal nesses três pacientes. No outro paciente com também resultado satisfatório, a pHmetria mostrou refluxo alcalino. Quanto à análise radiológica, foi possível evidenciar uma dilatação e retardo de esvaziamento esofageanos em 06 de 07 pacientes que realizaram o EED, característicos dos esôfagos chagásicos em estudo. Em um dos resultados classificados como muito bom, procedeu-se apenas à avaliação clínica, o outro paciente classificado clinicamente como muito bom, não apresentava sinais de DRGE ou retardo no esvaziamento esofágico. O resultado insatisfatório clinicamente correspondeu à recidiva da disfagia, que ao EED ficou evidenciado área de estenose em cárdia.

CONCLUSÃO: O estudo encontra-se em andamento, havendo a necessidade de se ampliar a amostra, no entanto os achados nesse grupo de pacientes apontam para uma satisfação subjetiva superior aos achados da avaliação mais pormenorizada (EDA, EED e pHmetria), devido a comparação que os pacientes fazem entre seu estado pré vs pós-op. A ausência de resultados excelentes (segundo critérios definidos em protocolo) é explicado pela característica da esofagopatia chagásica, degenerativa, progressiva, irreversível. Os achados de doença do refluxo gastro esofágico fazem-nos questionar se as medidas que visam diminuir a secreção ácido- péptica (antrectomia, vagotomia troncular, derivação em Y de Roux) não estão sendo suficientes.

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011

COLEDOCOLITOTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: RESULTADOS PRELIMINARES

VIDEOLAPAROSCOPIC COLEDOCOLITOTOMY: PRELIMINARY RESULTS

Kawano L.B., Bischoff A., Cruz C.A.T.; Mendelssonh P., Vianna A

INTRODUÇÃO E OBJETIVO: O tratamento da coledocolitíase tem sido revisto após o advento da colecistectomia videolaparoscópica. A colangiopancreatografia retrógrada com esfincterotomia (CPRE), pode ser realizada em pacientes com coledocolitíase sintomática. Entretanto, a coledocolitíase assintomática é diagnosticada, na maioria das vezes, no transoperatório. Neste caso, há necessidade de decisão entre a exploração das vias biliares por videolaparoscopia, realização de laparotomia ou CPRE pós-operatória. A CPRE possui relativa morbi-mortalidade e taxas de insucesso. Por isso, a exploração das vias biliares laparoscópica pode ser uma boa opção de tratamento. O objetivo do presente estudo foi avaliar as coledocolitotomias videolaparoscópicas realizadas no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Brasília.

MÉTODOS: Foi feita análise retrospectiva de prontuários de pacientes submetidos a coledocolitotomia videolaparoscópica entre fevereiro de 1996 a abril de 2001 no serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Brasília.

RESULTADOS: Foram realizadas 842 colecistectomias videolaparoscópicas neste período. Vinte e três pacientes (2,7%) apresentavam coledocolitíase e foram submetidos a coledocolitotomia videolaparoscópica. A taxa de conversão foi de 17%, a morbidade de 20% e a média de internação foi de 6 dias. Dois pacientes foram submetidos a CPRE pós-operatória e tiveram resolução da coledocolitíase.

CONCLUSÃO: Esse estudo reforça a necessidade de colangiografia intra-operatória e sugere que a coledocolitotomia videolaparoscópica pode ser realizada de maneira efetiva e segura. Este procedimento oferece as vantagens da videocirurgia, diminuindo a necessidade de CPRE.

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012

UTILIZAÇÃO DE MEMBRANA DE SÓDIO-HIALURONIDASE / CARBOXIMETILCELULOSE NA PREVENÇÃO DE ADERÊNCIAS INTRA-ABDOMINAIS EM RATO

USE OF SODIUM-HYALURONIDASE / CARBOXYMETHYLCELLULOSE MEMBRANE IN INTRA-ABDOMINAL ADHERENCE PREVENTION IN RAT

Jesus-Carlos P; Miranda ML; Gândara LFP; Guimarães-Filho MAC; Mathias I; Marques RG

Laboratório de Cirurgia Experimental / Departamento de Cirurgia Geral – Faculdade de Ciências Médicas – UERJ

Diversos tipos de intervenções cirúrgicas abdominais podem propiciar o desenvolvimento de aderências intra-abdominais e levar a quadros de obstrução intestinal, infertilidade e dor abdominal, dentre outros.

O objetivo deste estudo é determinar a eficácia da membrana de sódio-hialuronidase (HA) e carboximetilcelulose (CMC) na prevenção de aderências intra-abdominais em ratos.

Utilizamos 40 ratos Wistar, de ambos os sexos, divididos em quatro grupos, cada um com dez animais: grupo I (controle) – submetidos a laparotomia, com manuseio de alças de delgado; grupo II – manuseio de alças intestinais acrescido de pulverização de talco cirúrgico estéril grupo III – manuseio de alças intestinais e colocação de membrana entre alças; e grupo IV – manuseio de alças intestinais, acrescido de pulverização de talco cirúrgico estéril e colocação de membrana entre alças. Após oito semanas, os ratos foram submetidos a re-laparotomias, sendo ressecados segmentos de alças intestinais que foram colocados em solução de formalina a 10% e fixados em parafina, com preparação para exame histopatológico.

Nos grupos em que utilizamos membrana HA / CMC não ocorreram aderências entre as alças de intestino delgado manuseadas. Concluímos que a membrana HA / CMC, em ratos, é eficaz na prevenção de aderências intra-abdominais.

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013

PREVENÇÃO DE ADERÊNCIAS ENTRE ÓRGÃOS INTRA-ABDOMINAIS E TELA SINTÉTICA EM RATO COM UTILIZAÇÃO DE MEMBRANA DE SÓDIO-HIALURONIDASE / CARBOXIMETILCELULOSE

ADHERENCE PREVENTION BETWEEN INTRA-ABDOMINAL ORGANS AND SYNTHETIC MESH IN RAT WITH SODIUM-HYALURONIDASE / CARBOXYMETHYLCELLULOSE MEMBRANE

Miranda ML; Jesus-Carlos P; Vaitsman GP; Leal AP; Mathias I; Marques RG

Laboratório de Cirurgia Experimental / Departamento de Cirurgia Geral – Faculdade de Ciências Médicas – UERJ

Muitas vezes, na correção de hérnias incisionais, é impossível a coaptação adequada das bordas aponeuróticas, tornando necessária a utilização de próteses "em ponte". Alças intestinais, em contato com próteses, podem levar à ocorrência de aderências entre elas e a parede abdominal, propiciando o desenvolvimento de quadros de obstrução intestinal, infertilidade e dor, dentre outros.

O objetivo deste trabalho é determinar a eficácia da associação de membrana de sódio-hialuronidase (HA) / carboximetilcelulose (CMC) e tela de polipropileno na prevenção de aderências entre alças intestinais e a parede abdominal, em ratos.

Utilizamos ratos Wistar, de ambos os sexos, divididos em três grupos, cada um com dez animais: grupo I (controle) – submetidos apenas a laparotomia; grupo II – colocação de prótese de polipropileno entre alças intestinais e a parede abdominal; grupo III – colocação de associação de membrana HA / CMC e tela de polipropileno interposta entre alças intestinais e a parede abdominal. Após oito semanas, os animais foram submetidos a re-laparotomia.

No grupo em que utilizamos prótese de polipropileno, isoladamente, ocorreu grande número de aderências desta com alças de delgado; no grupo em que associou-se a membrana à prótese, não ocorreram aderências entre esta e alças intestinais.

Concluímos que, em ratos, a associação de membrana HA / CMC e prótese de polipropileno é eficaz na prevenção de aderências com alças intestinais, podendo constituir opção cirúrgica mais segura, notadamente no tratamento das grandes hérnias incisionais.

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014

RESPOSTA DO SISTEMA MONONUCLEAR FAGOCITÁRIO À INOCULAÇÃO DE ESCHERICHIA COLI MARCADA COM TECNÉCIO-99M EM RATO ESPLENECTOMIZADO

MONONUCLEAR PHAGOCITARY SYSTEM RESPONSE TO TECHNETIUM-99M LABELED ESCHERICHIA COLI INOCULATION IN SPLENECTOMIZED RAT

Miranda ML; Jesus-Carlos P; Peixoto-Netto LP; Leal AP; Marques RG; Petroianu A

Laboratório de Cirurgia Experimental / Departamento de Cirurgia Geral – Faculdade de Ciências Médicas – UERJ

O baço, como maior órgão linfóide do corpo humano, exerce funções imunológicas vitais, tais como depuração de bactérias da corrente sangüínea e produção precoce de anticorpos para diversas partículas antigênicas. Cerca de 95% da função fagocitária do Sistema Mononuclear Fagocitário (SMF) são realizadas pelo fígado, pulmão e baço.

Utilizamos a inoculação intravenosa de bactérias em ratos Wistar (ambos os sexos), para verificação da função esplênica. Quinze ratos jovens e 15 adultos foram submetidos a esplenectomia, sendo comparados a 14 ratos jovens e 14 adultos, não submetidos a qualquer procedimento cirúrgico. Dezesseis semanas após, foram inoculados por via intravenosa com suspensão de E. coli AB1157 marcada com Tc-99m; decorridos vinte minutos, foram mortos, para estudo do porcentual de captação de bactérias marcadas pelos órgãos do SMF, bem como para verificação do remanescente bacteriano no sangue.

A análise comparativa de animais jovens e adultos, dentro de cada grupo, mostrou não-ocorrência de diferenças significativas nos percentuais de captação de bactérias entre tais subgrupos. Ocorreram diferenças estatisticamente significativas entre os animais esplenectomizados e os animais do Grupo Controle (p<0,0001), com animais esplenectomizados apresentando maior porcentual de bactérias remanescentes na corrente sangüínea (p<0,0001).

Esse achado sugere ocorrer alguma deficiência do SMF em sua adaptação à ausência do baço e reforça a necessidade do desenvolvimento de medidas que visem preservar tecido esplênico quando é inquestionável a indicação para esplenectomia total; nesses casos, o auto-implante esplênico parece constituir a única alternativa.

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015

RELATO DE CASO: ABSCESSO ESPLÊNICO

ESPLENIC ABSCESS

Zurstrassen,C.E.;Silva,MER; Doretto,NA; Gasparin,F; Assolini Jr.,RA; Michelone, PRT

Faculdade de Medicina de Marília

INTRODUÇÃO: Os abscessos esplênicos constituem uma patologia incomum, encontrada em 0,14 a 0,7% em séries de necropsias. O diagnóstico geralmente é difícil, pois sua apresentação clínica é inespecífica. Caso o diagnóstico e o tratamento não sejam realizados precocemente, a evolução fatal é freqüente. Os autores relatam um caso de abscesso esplênico, e enfatizam a terapêutica adotada, que foi exclusivamente clínica, numa patologia onde a conduta praticamente padronizada é a esplenectomia ou drenagem percutânea, ambos acompanhados de antibioticoterapia.

RELATO DE CASO: N.P.C., sexo masculino, 26 anos, foi atendido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília, com queixa de dor em hipocôndrio esquerdo, de média intensidade, iniciada aproximadamente há 2 horas, de caráter contínuo, sem irradiação e sem fator de melhora. Paciente referiu que há dois dias vinha apresentando febre (não medida), obstipação intestinal, disúria, urina de coloração escura e odor forte. Além disso, referia ser a terceira vez que apresentava este quadro de dor em hipocôndrio esquerdo nos últimos três meses. Na história pregressa, o paciente relatava ser portador de anemia falciforme, sendo que três irmãos apresentavam a doença. Ao exame estava em bom estado geral, corado, hidratado, taquipneico, febril (T= 39,2º C), e ictérico (+/++++). O abdome apresentava-se flácido, com ruídos hidroaéreos diminuídos, doloroso à palpação profunda do hipocôndrio esquerdo, sem massas palpáveis e à percussão constatou-se macicez no espaço de Traube. Os exames laboratoriais inicialmente solicitados revelaram Urina I normal, hemograma com hemoglobina = 13,5 mg/dl, hematrócito = 39,4%, leucocitose (12600 cels/mm3 , com 0% de mielócitos, 0% de metamielócitos, 8% de bastões, 83% de segmentados, 1% de eosinófilos, 0% de basófilos, 6% de linfócitos e 2% de monócitos, e com granulações tóxicas finas freqüentes) e amilase = 51 U/L. O raio X simples de abdome estava normal. O ultra-som mostrou esplenomegalia homogênea (vol. 394 cm3), fígado no limite superior da normalidade e detectou a presença de cálculo em região meso-renal esquerda. Após avaliação inicial no Pronto Socorro optou-se pela internação.

DISCUSSÃO: Os abscessos esplênicos são encontrados com maior freqüência no sexo masculino, com idade variando entre 35 e 45 anos, sendo o cocos gram positivos os agentes etiológicos mais freqüentes. Dentre os fatores predisponentes citam-se a septicemia (73,4%), sendo a endocardite bacteriana a condição mais comum (12 a 37%), o trauma (17,3%) e as hemoglobinopatias (12,1%), como anemias hemolíticas, principalmente a falciforme.No quadro clínico destacam-se a febre (92 a 100%), a dor abdominal (75%) e a esplenomegalia (25%).Laboratorialmente, o hemograma revela leucocitose com desvio à esquerda. Em 40 a 60% dos casos a hemocultura é positiva. Os achados radiológicos mais freqüentes são elevação da cúpula diafragmática e derrame pleural esquerdos, presentes em 70% dos pacientes. A tomografia computadorizada e a ecoaria abdominal tem sensibilidade diagnóstica de 95 a 100% e 80 a 90%, respectivamente. A literatura encontrada mostrou um certo consenso que o método de tratamento adequado é a esplenectomia ou drenagem percutânea, associada a antibioticoterapia de amplo espectro por, no mínimo, 14 dias. No entanto, em 1969, Diamond criou a denominação Overwhelming post splenectomy infection ou infecção fulminante pós esplenectomia, podendo esta ocorrer em qualquer período após a esplenectomia.O paciente estudado apresentava-se dentro de uma faixa etária abaixo daquela freqüentemente citada na literatura. O fator desencadeante provavelmente foi o trauma, visto que o paciente praticava luta corporal e o quadro clínico e os exames laboratoriais não eram compatíveis com anemia falciforme, apesar do mesmo ser portador desta hemoglobinopatia. No presente caso, diante de um paciente com abscesso esplênico, clinicamente estável, não desenvolvendo infecção generalizada, optou-se por um tratamento não invasivo, com antibioticoterapia de amplo espectro e controles com exames laboratoriais e de imagem, com a finalidade de preservação do órgão. O intuito de relatar este caso, foi mostrar que, após diagnosticado um abcesso esplênico, dependendo das condições clínicas do paciente o tratamento clínico pode ser eficiente, evitando assim os métodos invasivos, não expondo o paciente ao trauma cirúrgico e preservando um órgão importante para o sistema imunológico.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Jun 2002
  • Data do Fascículo
    2001
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