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TEMA LIVRE ORAL

Análise de 212 casos de cirurgia de obesidade mórbida

Ferreira, Anna Lydia Mol (Acadêmica de Medicina); Pires, Anna Paula Batista de Ávila (Acadêmica de Medicina); Silveira, Luciana Reis da (Acadêmica de Medicina); Rodrigues, Rachael Brant Machado (Acadêmica de Medicina); Câmara, Henrique Eloy Bueno (MD)

Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Santa Casa de Belo Horizonte- MG

OBJETIVO: Analisar os resultados obtidos no tratamento cirúrgico da obesidade.

MÉTODO: Análise retrospectiva dos pacientes submetidos a cirurgia bariátrica (Fobi-Capella) no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Santa Casa de Belo Horizonte- MG. entre agosto de 1999 e novembro de 2002.

RESULTADOS: 212 pacientes foram submetidos a cirurgia bariátrica by pass gástrico a Fobi-Capella, sendo 140 mulheres e72 homens. A média de idade foi 37,2 anos, o peso médio 129,3 Kg e o IMC médio 48. Os autores realizam uma análise relativa ao índice de complicações, mortalidade e resultados da cirurgia quanto a perda de peso. Dos 212 casos relatados,49 (23,11%) evoluíram com complicações relativas a ferida operatória, sendo 15% seroma ou deiscência, 5,6% hérnia incisional, 1,8% infecção, e 0,47% evisceração. Apresentaram complicações pulmonares 54 pacientes, sendo 17,32% relativo a atelectasia, 4,7% pneumonia e 2,83% embolia pulmonar. Outras complicações relatadas foram alterações psíquicas (7,7%), infecção urinária (7,7%), trombose venosa profunda (1,41%) , impactação alimentar(0,94%), e hérnia interna (0,47%). A mortalidade operatória foi de 1,41%. A perda de peso obtida foi em média 11,9 Kg (3- 22 Kg) no primeiro mês após a cirurgia, 14,6Kg ( 10-21) no segundo mês, 22.4 Kg (13-30) no terceiro mês, 32,6Kg (25- 41) no sexto mês, 44 Kg (25-80) após um ano, 51,8 Kg ( 40-70) após dois anos, 60 Kg após três anos.

CONCLUSÃO: Os autores concluem que o by pass gástrico a Fobi-Capella apresenta baixo índice de mortalidade e perda de peso satisfatória, apesar da morbidade considerável.

Descritores: Obesidade mórbida. By-pass gástrico. Fobi-Capella.

Perfil lipídico no pós-operatório de bypass gástrico. análise de 113 casos

Pires, Anna Paula Batista de Ávila (Acadêmica de Medicina); Ferreira, Anna Lydia Mol (Acadêmica de Medicina); Silveira, Luciana Reis (Acadêmica de Medicina); Rodrigues, Rachael Brant Machado (Acadêmica de Medicina); Silva, Eduardo Nacur (MD)

Serviço de Cirurgia Geral da Santa Casa de Belo Horizonte, MG

INTRODUÇÃO: Colesterol total, frações e triglicérides são importantes para avaliação dos fatores de risco para doença aterosclerótica.

OBJETIVO: Avaliar alterações no perfil lipídico de pacientes submetidos à Bypass gástrico.

MÉTODO: Entre setembro de 1999 e dezembro de 2002 foram operados 113 pacientes, 77 mulheres e 36 homens. A idade variou entre 17-63 anos (média 37,3). O peso inicial variou entre 80-266 quilos (média 129,5), e o IMC médio de 48,2 Kg/cm­. No pré operatório os valores médios foram colesterol total (CT) 198,7; HDL 46,3; LDL 124,2; VLDL 30,3; TG 156,7. No 1 mês pós operatório, CT 168,4; HDL 38,1; LDL 103,5; VLDL 14,04; TG 131; peso médio 115,6. No 3º mês pós operatório, CT 177; HDL 43,5; LDL 100,9; VLDL 36; TG 133,1; peso médio 105,3. No 6º mês pós operatório, CT 167,7; HDL 48,9; LDL 91; VLDL 24,6 TG 124,1; peso médio 95,17. Após 1 ano de operação, CT 172; HDL 53,9; LDL 102; VLDL 17,7; TG 83,3; peso médio 88,6.

CONCLUSÃO: Houve queda do CT, as custas de uma queda do LDL e VLDL, uma queda no valor do TG e um aumento do HDL, demonstrando que a cirurgia realizada e a perda de peso contribuiu para melhora no perfil lipídico.

Descritores: Colesterol total. HDL. LDL. VLDL. Gastroplastia.

Proteinemia, ferro sérico e hemoglobina no pós operatório de bypass gástrico: análise de 113 casos

Pires, Anna Paula Batista de Ávila (Acadêmica de Medicina); Ferreira, Anna Lydia Mol (Acadêmica de Medicina); Silveira , Luciana Reis (Acadêmica de Medicina); Rodrigues, Rachael Brant Machado (Acadêmica de Medicina); Silva, Eduardo Nacur (MD)

Serviço de Cirurgia Geral da Santa Casa de Belo Horizonte, MG

INTRODUÇÃO: Proteínas totais/frações, ferro e hemoglobina são importantes parâmetros laboratoriais para a avaliação do estado nutricional.

OBJETIVO: Avaliar os níveis séricos de proteínas totais, ferro e hemoglobina no pós-operatório de bypass gástrico.

MÉTODO: Entre setembro de 1999 e dezembro 2002 foram operados 113 pacientes, 77 mulheres e 36 homens. A idade inicial variou entre 17 e 63 anos (média 37,03). O peso inicial variou entre 80 e 266 quilos (média 129,5) e o IMC médio foi de 48,2 Kg/cm­. No pré operatório os valores médios foram proteínas totais (PT) 6,8; albumina (Ab) 4,1; globulina (Gb) 2,7; ferro sérico (Fe) 88,2; hemoglobina (Hb) 14,04. No 1º mês pós operatório, PT 6,7; Ab 4,05; Gb 2,7; Fe 72,8; Hb 14,04; peso médio 115,6. No 3º mês pós operatório, PT 6,7; Ab 4,1; Gb 2,6; Fe 84,7; Hb 13,9; peso médio 105,3. No 6º mês de pós operatório, PT 6,8; Ab 4,1; Gb 2,5; Fe 84,7; Hb 13,9; peso médio 95,1. Após 1 ano, PT 6,8; Ab 5,14; Gb 2,6; Fe 105,3; Hb 13,8; peso médio 88,6.

CONCLUSÃO: O bypass gástrico proporcionou uma perda considerável de peso sem alterar os valores de proteínas totais, hemoglobina e ferro sérico.

Descritores: Proteínas totais. Albumina. Globulina. Ferro. Hemoglobina. Gastroplastia.

Perfil de pacientes vítimas de acidentes automobilísticos atendidos na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital de Pronto Socorro João XXIII

Gomes, Samuel Henrique Corradi ( Acadêmico de Medicina); Andrade, Alexandre Barbosa (Acadêmico de Medicina); Gonçalves, Anderson Ricelli Nunes (Acadêmico de Medicina); Leite, Frederico Kneipp Soares (Acadêmico de Medicina); Pisoler, Lucas Timm (Acadêmico de Medicina); Sander, Frederico Haueisen (MD)

Unidade de Pequenos Ferimentos (UPF), Divisão de Emergência do Hospital João XXIII, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), Belo Horizonte, MG

OBJETIVO: Caracterizar o perfil dos traumatismos causados por acidentes automobilísticos em pacientes atendidos na

UPF. MÉTODO: Foram coletados dados de 1317 pacientes, obtidos através de prontuários e questionários, no período de 20/03/03 a 03/04/03. Atropelamentos não foram considerados. O EPIINFO foi utilizado para análise dos resultados.

RESULTADOS: Dos 1317 pacientes, apenas 39 estavam envolvidos em acidentes automobilísticos, 62.2% dos acidentes acontecerem em Belo Horizonte, 74.4% dos acidentados eram do sexo masculino. A faixa etaria predominante era de 21 a 30 anos (43.6%). Em 44.7% dos casos o paciente relatou uso de bebida alcoólica. As lesões causadas foram superficiais em 74.4% dos acidentes e únicas em 53.8%. A localização predominante foi cabeça/pescoço (71.4%) e a ferida mais comum foi a corto-contusa (76.2%). Destes pacientes atendidos na UPF, 71.8% precisaram de encaminhamento interno.

CONCLUSÃO: Apesar do número de pacientes vítimas de acidentes automobilísticos não ter sido expressivo na amostragem, este tipo de trauma tem significância em decorrência da faixa etária predominantemente atingida (21 a 30 anos), consumo de álcool associado, localização e gravidade das lesões.

Descritores: Automóvel. Estatísticas hospitalares. Trauma.

Influência de aderências peritoneais e fio cirúrgico ma tensão de ruptura da parede abdominal em ratos

Petrianu, Andi. (Livre Docente); Alberti, Luiz Ronaldo (MD); Vascocelos, Leonardo de Souza (MD); Gonçalves, Roberto Mortins; Esquerdo, Carlos Roberto Messeder; Espeschit, Wagner. (Acadêmico de Medicina)

INTRODUÇÃO: Existem muitos conceitos não comprovados sobre os efeitos das aderências na resistência de suturas de vísceras intracavitárias e da parede abdominal.

OBJETIVO: Avaliar a influência das aderências peritoneais e vários tipos de fios na tensão de ruptura da parede abdominal.

MÉTODO: Em 60 ratos Wistar, realizou-se laparotomia e fechamento da parede muscular e do peritônio em plano único, com pontos simples, usando aleatoriamente os fios de náilon monofilamentar, ácido poliglicólico, categute simples e categute cromado, todos 4-0. Os animais foram divididos em três grupos: 1- Controle, 2- Introdução de 0,3g de talco dentro da cavidade abdominal, 3- Acréscimo de carboximetilcelulose sódica juntamente com o talco. Houve a análise dos grupos com sete e 21 dias. Avaliou-se o grau de aderências e a tensão de ruptura da ferida cirúrgica.

RESULTADOS: A CMC reduziu a formação de aderências provocadas pelo talco (p<0,01). Houve diferença na tensão de ruptura quando comparados os grupos de sete e 21 dias (P<0,05). As aderências proporcionaram uma maior força tênsil à ferida (p<0,01). O tipo de fio utilizado não influenciou na tensão de ruptura em longo prazo.

CONCLUSÃO: As aderências aumentaram a força tênsil dos tecidos, o tipo de fio cirúrgico não influenciou nesse processo.

Descritores: Aderências. Peritônio. Laparotomia. Sutura.

Atendimentos em um pronto socorro: o que muda de acordo com o dia da semana?

Coelho, Fernando A.A. (Acadêmico de Medicina); Pisoler, Lucas T. (Acadêmico de Medicina); Alvim, Bruno R. (Acadêmico de Medicina); Leite, Frederico K.S. (Acadêmico de Medicina); Gomes, Samuel H.C. (Acadêmico de Medicina); Sander, Frederico H (MD)

Unidade de Pequenos Ferimentos (UPF), divisão de emergências do Hospital João XXIII (HJXXIII) da rede FHEMIG - Belo Horizonte / MG

OBJETIVO: Caracterizar o perfil dos atendimentos nos diferentes dias da semana.

MÉTODO: Foram entrevistadas 1304 pacientes atendidas na UPF no período de 20 de março a 03 de abril, segundo um questionário padrão e os dados analisados no Epiinfo.

RESULTADOS: Os atendimentos foram divididos: domingo (17%), segunda (12,6%), terça (14%), quarta (13,1%), quinta (11%), sexta (13,1%) e sábado (19,1%). Os pacientes são procedentes de BH (75,1%), homens (71,8%), feodermas (52,9%) e solteiros (62,7%), com variações pouco significativas entre os dias da semana. Quanto à profissão, estudantes só não prevaleceram domingo, segunda e quinta. A via pública foi o principal local de acidente, exceto na quarta e no sábado, onde prevaleceu a residência. Em todos os dias os pacientes foram direto ao HPS (64,6%), tiveram trauma único (80%) e superficial (77,5%).

O local mais acometido foi cabeça/pescoço (44,7%) aos domingos e sábados, e membro superior (44,1%) nos outros dias.

CONCLUSÃO: Os dias de maior movimento foram sábado e domingo, com pacientes procedentes de BH, homens, feodermas e solteiros. O trauma foi único, causado por acidente de trabalho durante a semana e agressões no fim de semana (ambos com p=0,00000000).

Descritores: Trauma. Estatísticas hospitalares.

Avaliação endócrina e morfológica de transplante ovariano homógeno

Vasconcelos, Leandro de Souza (MD); Petrianu, Andi (Livre Docente) Alberti, Luiz Ronaldo (MD); Leite, Juliana Moysés (MD); Castro, Lúcia Porto Fonceca de (MD) Machado, Valeska Marques de Menezes (Acadêmico de Medicina)

Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina.Universidade Federal de Minas Gerais

INTRODUÇÃO: Insuficiência ovariana decorre de o oforectomia bilateral em diversas afecções do ovário (neoplasia, sepse, quimioterapia, radiação pélvica, etc). Uma alternativa fisiológica de manter a função hormonal é o transplante ovariano.

OBJETIVO: Avaliar aspectos endócrinos e histológicos ovarianos após seu transplante ortotópico, sem anastomose vascular, com imunossupressão pela ciclosporina.

MÉTODO: Utilizaram-se coelhas da raça Nova Zelândia Branca (n=6) e Califórnia (n=6), divididas em: Grupo 1 (n=4) - controle, submetido apenas a laparotomia; Grupo 2 (n=8), submetido a ooforectomia bilateral e transplante ovariano ortotópico, sem anastomose vascular, entre pares de animais. De um lado, foi transplantado o ovário íntegro e do outro, o ovário fatiado. As coelhas foram imunossuprimidas com ciclosporina (10mg/kg/dia). No final do período de acompanhamento, foram feitas dosagens de estradiol, progesterona, FSH, LH e estudo histológico dos ovários, tuba uterina e útero.

RESULTADOS: Os ovários transplantados estavam rodeados por tecido conjuntivo, vascularizado, mostrando folículos em diferentes estádios.

A histologia tubária e uterina foi preservada. A dosagem hormonal foi normal, indicando funcionamento endócrino do ovário transplantado.

CONCLUSÃO: Transplante ovariano homógeno ortotópico sem pedículo vascular, com imunossupressão pela ciclosporina foi eficaz na manutenção de hormônios ovarianos em níveis normais.

Descritores: Hormônios ovarianos. Transplante ovariano. Coelhos. Ciclosporina.

Estudo comparativo entre cicatrização conduzida e enxerto de pele em coelhos

Salgado, Mauro Ivan (MD); Burgarelli, Giselle Lelis (Acadêmica de Medicina); Barbosa,Alfredo José Afonso (MD); Petroianu, Andy (Livre Docente)

Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais

INTRODUÇÃO: O aperfeiçoamento do processo cicatricial no sentido de proporcionar melhor resultado estético e funcional, continua sendo um desafio cirúrgico.

OBJETIVO: Avaliar a cicatrização conduzida em comparação com o enxerto autógeno, no tratamento de feridas cutâneas.

MÉTODO: Foram utilizados 17 coelhos nos quais foram retirados dois segmentos de pele total um de cada lado do dorso. A pele retirada de um lado foi implantada como enxerto, para recobrir a área cruenta do outro lado. A área doadora do enxerto permaneceu cruenta, para cicatrização por segunda intenção. Os animais foram divididos em dois grupos, de acordo com o tamanho do segmento de pele retirado, 2 x 2 cm ou 5 x 5 cm. Avaliou-se o tempo de cicatrização e o resultado macro e microscópico final da cicatrização.

RESULTADOS: Não se observou diferença macro e microscópica entre a cicatriz conduzida e aquela que resultou da colocação de enxerto de pele total.

CONCLUSÃO: A cicatrização conduzida é tão boa quanto a cicatrização por enxerto, podendo ser utilizada como mais uma opção no tratamento de feridas cruentas.

Descritores: Cicatrização de feridas. Transplante autólogo. Transplante de tecidos. Transplante de pele.

Cicatrização de anastomose colônica em ratos submetidos a diferentes preparos colônicos

Petrianu, Andi (Livre Docente) Alberti, Luiz Ronaldo (MD); Vasconcelos, Leandro de Souza (MD); Leite, Juliana Moysés (MD); Castro, Lúcia Porto Fonceca de (MD); Espeschit, Wagner (Acadêmico de Medicina)

INTRODUÇÃO: O preparo colônico consiste na limpeza mecânica e no uso de agentes antimicrobianos, associados a uma dieta pobre em resíduos.

OBJETIVO: Devido à grande variedade de preparos e de não termos encontrado estudos que abordassem os efeitos desse procedimento sobre o processo cicatricial das anastomoses colônicas, decidimos realizar o presente trabalho.

MÉTODO: Utilizaram-se 35 ratas divididas aleatoriamente em quatro grupos: Grupo 1 (n=5) - sem preparo prévio e sem sutura subseqüente; Grupo 2 (n=10) - sem preparo prévio, seguida de anastomose; Grupo 3 (n=10) - preparo do cólon com solução hiperosmolar de manitol a 10%; Grupo 4 (n=10) - preparo do cólon com dois enemas diários. Foram realizadas secção e anastomose do cólon direito de todos os animais. No 7º e no 21º dia foram medidas as pressões de ruptura e realizados estudos histológicos das anastomoses.

RESULTADOS: Não houve diferença entre os grupos sobre o aspecto pressórico. No 21º dia pós-operatório, a fibrose mostrou-se mais uniforme e melhor desenvolvida no grupo onde se utilizou clister glicerinado.

CONCLUSÃO: O preparo colônico não interferiu na resistência anastomótica em ratos. Todavia, o clister glicerinado parece ser a forma de limpeza que agride menos o tecido colônico.

Descritores: Secção. Anastomose. Fibrose.

Cisto dermoide retroperitoneal gigante

Kallas E (Md); Kallas Ie (Md); Tibúrzio N, Toledo Rr (Md); Campanella Ma (Acadêmico De Medicina); Rodrigues Tm(Acadêmico De Medicina)

Serviço De Cirurgia Geral. Hospital Das Clínicas Samuel Libânio (Hcsl). Universidade Do Vale Do Sapucaí (Univas). Pouso Alegre, Mg

INTRODUÇÃO: Teratomas benignos retro-peritoneais são raros na população adulta. A maioria dos tumores retro-peritoneais é maligna e de difícil diagnóstico. A remoção cirúrgica está associada à morbidade e mortalidade aumentadas.

OBJETIVO: Relato de caso de cisto dermóide retro-peritoneal gigante.

MÉTODO: Foi observado o caso de paciente do sexo feminino, branca, 39 anos, com dor abdominal pouco característica, de pequena para média intensidade evoluindo há aproximadamente nove anos. Nos últimos dois anos experimentou exacerbação da dor, com aparecimento de vômitos após as refeições. Ao exame físico, massa abdominal, de limites imprecisos comprometendo os quadrantes, mais acima e para a esquerda, dolorosa à palpação. A tomografia computadorizada diagnosticou volumosa massa com conteúdo cístico, multisseptada, de contornos lobulados e limites definidos, medindo 20x17,5x20,5 cm, nos seus diâmetros lateral, antero-posterior e transversal, respectivamente, comprimindo o rim esquerdo. Indicado o tratamento cirúrgico, procedeu-se a laparotomia exploradora durante a qual foi identificada grande tumoração retro-peritoneal, cuidadosamente dissecada com ligadura e secção dos seus pedículos vasculares.

RESULTADO: O exame anátomo-patológico mostrou tratar-se de um cisto dermoide. A evolução pós-operatória foi satisfatória, com resolução da dor e retorno da paciente aos hábitos normais.

CONCLUSÃO: A ressecção cirúrgica mostrou-se eficaz no tratamento do cisto dermoide retroperitoneal de grandes dimensões.

Descritores: Cisto dermoide. Teratoma. Tumor teratoide. Disembrioma.

Avaliação experimental da validade do curativo em tratamento de feridas infectadas

Petrianu, Andi (Md); Alberti, Luiz Ronaldo (Md); Vasconcellos, Leonardo De Souza (Md); Silva, Arnaldo Alves, Junior, Otaviano De Oliveira; Espeschit, Wagner (Acadêmico De Medicina)

INTRODUÇÃO: A utilização de curativos em feridas infectadas é um procedimento controverso na literatura.

OBJETIVO: Estudar experimentalmente a validade do uso de curativos para o tratamento de feridas infectadas.

MÉTODO: Foram estudados 20 ratos adultos de ambos os sexos divididos em 2 grupos: G1, ferida infectada e acompanhada sem o uso de curativos, G2, ferida infectada e tratada com curativos diários. Através de incisão de 3cm no dorso, foram introduzidas fezes do próprio animal, sendo após o procedimento suturada com mononylon 5-0. Após 72h, as feridas foram abertas para limpeza e desbridamento, sendo o material submetido a exame bacteriológico. Decorridos sete dias pós-operatórios, os animais foram novamente submetidos à avaliação bacteriológica e medição da ferida cirúrgica.

RESULTADOS: Ocorreu uma redução bacteriana em ambos os grupos estudados. No grupo com curativos houve uma redução da superfície da ferida infectada significativamente maior do que no grupo sem curativos. CONCLUSÃO: O uso de curativos diários promove uma cicatrização mais rápida das feridas infectadas.

Descritores: Curativos. Feridas. Infecção.

Desenvolvimento de implante metálico para osteossíntese das fraturas do rádio distal

Araújo, Rodrigo Otávio Dias de (Mestrando pela UFMG); Barbosa, Marcos Pinotti (PhD); Freire, Saulo Garzedim (Acadêmico de Medicina); Loures, Betânia (Acadêmica de Medicina)

Departamento De Engenharia Mecânica Ufmg- Laboratório De Bioengenharia (Labbio) - Belo Horizonte, Mg

OBJETIVO: Desenvolver placa para osteossíntese do rádio distal possibilitando aplicação, respeitando acessos cirúrgicos e conformação óssea.

MÉTODOS: Por pesquisas literárias levantou-se necessidades de utilização da placa para osteossíntese, considerando dimensão do rádio distal e sua conformação. O dimensionamento baseou-se nas existentes no mercado, adequando-se devido ao material utilizado para confecção da placa. Posteriormente utilizou-se software SolidWorks, para desenho do modelo. Considerou-se diâmetro dos orifícios, disposição junto a cortical óssea e possibilidade de utilização das unidades de parafusamento para promoção de compressão. Selecionou-se titânio como material.

RESULTADOS: Maior comprimento: 4cm com 4orifícios de 3,5mm para aplicação de 4parafusos. Menor, utilizado para suporte da epífise radial: 3,5cm com 3orificios para colocação de 3parafusos de 3,5mm. As unidades de compressão possuem rampa lisa com borda elevada, minimizando contato da superfície com a cortical óssea impedindo circulação periosteal.

CONCLUSÃO: O desenho representa solução para tratamento das fraturas do rádio. Encontra apoio teórico referente à não desvascularização do periósteo e compressão mínima dos vasos periosteais pela elevação das bordas dos orifícios de parafusamento. O dimensionamento foi feito analisando-se placas existentes à disposição dos cirurgiões. Fabricação e testes mecânicos in vivo são necessários para comprovação das qualidades.

Descritores: Fixação óssea. Fixação interna de fraturas. Materiais biocompatíveis.

Efeitos hemodinâmicos da oclusão do pedículo hepático isolada ou associada à oclusão das artérias mesentérica superior, tronco celíaco e aorta abdominal em ratos

Araújo, Gnana Keith Marques (MD); Santos, Klaus Morales(Acadêmico de Medicina); Paixão, Pedro Corrêa (Acadêmico de Medicina); Souza, Christiano Andrade (MD); Melo, Júnio Rios (MD); Gobbi, Helenice(PhD)

Departamento de Cirurgia e Anatomia Patológica e Medicina Legal, Faculdade de Medicina, e Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das Clínicas, UFMG

INTRODUÇÃO: A oclusão temporária do pedículo hepático utilizada em cirurgias hepáticas, com finalidade de diminuir o sangramento per-operatório, leva a isquemia hepática e a estase sangüínea venosa no leito esplâncnico.

OBJETIVO: Comparar os efeitos hemodinâmicos sistêmicos do pinçamento do pedículo hepático com ou sem o pinçamento do fluxo arterial intestinal, em ratos.

MÉTODO: Ratos machos(n=49), pesando 194±11g foram alocados em 7 grupos de 7 animais cada, anestesiados com xilasina (15mg/kg) e ketamina (90mg/kg), i.p. A traquéia, carótida e veia jugular foram canuladas. Após laparotomia, foram ligados por 60 min: 1) pedículo hepático (PH); 2) PH+artéria mesentérica superior (AMS); 3) PH+tronco celíaco (TC); 4) PH+TC+AMS; 5) PH+aorta; 6) pinçamento intermitente) do PH (2x3 min) e 7) controle.

RESULTADOS: A oclusão do pedículo hepático isolada, intermitente, ou associada à ligadura do PH+AMS, ou PH+TC induz hipotensão arterial grave. A ligadura do pedículo hepático concomitante à da aorta ou PH+AMS+TC impede a ocorrência da hipotensão observada nos outros grupos.

CONCLUSÃO: A ligadura PH+AMS+TC, é mais fisiológica do que a do PH+Aorta, pois evita a interrrupção do fluxo sangüineo para os rins e para os membros inferiores.

Descritores: Isquemia hepática. Estase venosa portal. Choque.

Erosão da artéria cística por úlcera duodenal com hemorragia digestiva maciça

Zac, Renata Indelicato (Acadêmica de Medicina); Custódio, Denilson Santos (MD); Henriques, Paulo Roberto Ferreira (MD); Cardoso, Maria de Lourdes (MD), Sousa, Vítor Eduardo de Menezes (MD)

Serviço de Cirurgia Geral do Hospital da Baleia

INTRODUÇÃO: A erosão da artéria cística secundária à úlcera péptica duodenal é uma complicação rara da doença péptica ulcerosa.

OBJETIVO: Relato de caso e revisão da literatura.

MÉTODO: Reportagem de um caso de Hemorragia Digestiva (HD) secundária a erosão da Artéria Cística por Úlcera Duodenal e Revisão da Literatura acerca do tema nos últimos 20 anos nas bases de dados Medline, Lilacs e Bireme.

DISCUSSÃO: Foram encontrados na literatura relatos de 10 casos de HD causada por lesão da artéria cística conseqüente à ulceração péptica duodenal. Sangramento da artéria cística também foi descrito em pacientes com cálculos impactados no colo da vesícula biliar (os quais erodiram para dentro da artéria cística) ou com invasão da artéria cística por tumor de árvore biliar.

CONCLUSÃO: HD devido a sangramento da artéria cística é um achado raro e pode resultar de úlcera duodenal, coletitíase, erosão tumoral ou doença vascular primária. Deve estar em mente nas HD de origem obscura e difícil diagnóstico. Seu tratamento nos pacientes estáveis deve ser eminentemente cirúrgico.

Descritores: Artéria cística. Hemorragia digestiva. Úlcera péptica.

Perfil dos acidentes domésticos atendidos na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital de Pronto Socorro João XXIII

Gonçalves, Anderson Ricelli Nunes (acadêmico de medicina); Andrade, Alexandre Barbosa (acadêmico de medicina); Alvim, Bruno Reis (acadêmico de medicina); Corradi, Samuel (acadêmico de medicina); Pissoler, Lucas Timm (acadêmico de medicina);Sander, Frederico Haueisen(MD)

Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital de Pronto Socorro João XXIII- FHEMIG

INTRODUÇÃO: Este trabalho epidemiológico descritivo traça o perfil dos acidentes domésticos, atendidos, na Divisão de Emergência do Hospital João XXIII.

OBJETIVO:Conhecer o perfil da vítima de acidentes domiciliares, para que campanhas de prevenção possam ser realizadas.

MÉTODO: Pacientes, acompanhantes e prontuários foram as fontes dos dados. O EPI INFO 6.1 foi utilizado para análise dos resultados.

RESULTADOS: Dos 1317 pacientes atendidos, no período de 20/03/03 à 03/04/03, 230 eram vítimas de acidentes domésticos (17,5%). Destes, 57,8% eram masculinos; 55,1% feodérmicos; 25,8% tinham de 0 a 10 anos; 63,9% eram solteiros; 47,5% tinham o primeiro grau incompleto; 60,2% não estavam empregados; 38% recebiam entre 2 e 5 salários mínimos; 35,2% eram estudantes ou menores. O índice de acidentes nas residências foi de 93,8%; 9,7% estavam envolvidos com consumo de álcool e 0,9% com o de drogas ilícitas. Em casos de agressões o agente agressor estava envolvido com consumo de álcool em 7,1%. As lesões traumáticas foram superficiais em 82,5% dos pacientes, com localização única em 89,1% dos casos, sendo que destas 53,7% eram de membro superior. Nas lesões múltiplas, os membros superiores, tórax e cabeça foram os mais acometidos. A alta hospitalar ocorreu em 81,2% dos pacientes.

CONCLUSÃO: Nota-se que o trauma mais freqüente é o único e superficial e em pacientes de baixo nível socioeconômico-cultural. Medidas preventivas devem ser direcionadas aos grupos mais propensos à este tipo de trauma.

Descritores: Epidemiologia. Doméstico. Trauma .

Perfil dos pacientes vítimas de queimaduras atendidos na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital de Pronto Socorro João XXIII

Gonçalves, Anderson Ricelli Nunes(Acadêmico de Medicina);Andrade, Alexandre Barbosa (Acadêmico de Medicina); Coelho; Fernando A. A (Acadêmico de Medicina); Corradi, Samuel (Acadêmico de Medicina); Leite, Frederico Kneipp Soares (Acadêmico de Medicina);Sander, Frederico Haueisen (MD)

Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital de Pronto Socorro João XXIII- FHEMIG

INTRODUÇÃO: Este trabalho epidemiológico descritivo traça o perfil dos pacientes com queimaduras, atendidos, na Divisão de Emergência do Hospital João XXIII.

OBJETIVO:Conhecer o perfil da vítima de queimaduras, para que campanhas de prevenção possam ser realizadas. MÉTODO: Pacientes, acompanhantes e prontuários foram as fontes dos dados. O EPI INFO 6.1 foi utilizado para análise dos resultados.

RESULTADOS: Dos 1317 pacientes atendidos, no período de 20/03/03 à 03/04/03, 78 eram vítimas de queimaduras (5,9%). Destes, 55,1% eram masculinos; 58,4% feodérmicos; 28,2%tinham de 20 a 30 anos; 58,7% eram solteiros; 44% tinham o primeiro grau incompleto; 51,4% estavam empregados; 36,8% recebiam entre 1 e 2 salários mínimos; 13,9% eram estudantes. O índice de acidentes nas residências foi de 55,3%; 10,3% estavam envolvidos com consumo de álcool e 2,6% com o de drogas ilícitas. As queimaduras foram superficiais em 96,1% dos pacientes, com localização única em 59% dos casos, sendo que em 40,4% eram de membro superior. Nas lesões múltiplas, os membros superiores, tórax e cabeça foram os mais acometidos. A alta hospitalar ocorreu em 83,3% dos pacientes.

CONCLUSÃO: Nota-se que o trauma mais freqüente é o único e superficial e em pacientes de baixo nível socioeconômico-cultural. Medidas preventivas devem ser direcionadas aos grupos mais propensos à este tipo de trauma.

Descritores: Epidemiologia. Queimaduras.

Fratura exposta por projétil de arma de fogo no Hospital João XXIII: quem é a vítima

Araújo, Rodrigo Otávio Dias de ( Mestrando pela UFMG ); Freire, Saulo Garzedim ( Acadêmico de Medicina de Barbacena )

Fundação dos Hospitais do Estado de Minas Gerais - FHEMIG

OBJETIVOS: Identificar as pacientes vítimas de fratura exposta dos ossos longos por projétil de arma de fogo (PAF), atendidos no Hospital João XXIII, procurando conhecer suas características e identificar fatores de risco.

MÉTODO: Análise de prontuários do ano de 1988 e 1989 segundo o código internacional de doenças (CID 9) de pacientes com fratura exposta por PAF de fêmur, ossos da perna, úmero, antebraço e grandes articulações. Excetuaram-se aqueles com fraturas em coluna, mão e pelve.

RESULTADOS: A preponderância de pacientes acometidos foi do sexo masculino (91,6%), com idades entre 05 e 65 anos. O horário de maior ocorrência dos casos foi entre 23ª e 24ª hora com predomínio no sábado e domingo. Os meses foram dezembro e janeiro. Não houve diferença significativa entre o número de casos ocorridos entre os anos de 1988 e 1989.

CONCLUSÃO: Os dados obtidos indicam necessidade de mais estudos para se conhecer a população vítima de fraturas por PAF a fim de identificar-se fatores de risco e tentar prevenir sua ocorrência. Podemos concluir que um indivíduo de sexo masculino, jovem, tem maior probabilidade de ser atendido entre 22:00 as 4:00 de sábado para domingo.

Descritores: Fratura exposta. Violência. Trauma. Lesão por arma-de-fogo.

Gangrena de fournier secundária a dermatite de contato, relato de caso

Andrade, Alexandre Barbosa (acadêmico de medicina); Gonçalves,Anderson Ricelli Nunes (acadêmico de medicina)*; Mendonça,(acadêmico de medicina) Albert Christian Corrêa(MD)

Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, Hospital de Pronto Socorro João XXIII da Rede FHEMIG

INTRODUÇÃO: Em 1883, Fournier drescreveu uma fasciíte progressiva de causa polimicrobiana que acometia o pênis e escroto.

OBJETIVO: relato de caso.

MÉTODO: coleta de dados no prontuário do paciente.

RESULTADOS: AAR, 32 anos, faioderma, solteiro, residente em Santa Luzia, fora vítima de acidente automobilístico no dia 10/05/03. Após cirurgia ortopédica para correção de fratura de fêmur, evoluiu com dermatite de contato devido ao uso de PVPI degermante. No 15O do pós-operatório foi admitido no hospital com gangrena de Fournier. Havia relato inicial de prurido em região escrotal, seguido de edema, dor e formação de ferida contendo secreção de odor fétido. Mostrava-se com leucocitose, neutrofilia e anemia ferropriva. Fora realizado desbridamento cirúrgico, tratamento local com sulfadiazina de prata e gentamicina/clindamicina endovenosa;

CONCLUSÃO: No dia 01/06/03, após regressão do quadro infeccioso, foi submetido a cirurgia reparadora, recebendo alta no dia 02/06/03, sem queixas adicionais.

Descritores: Gangrena. Fournier. Cirurgia.

Gestação após auto-implante ovariano avascular em coelha

Vasconcellos, Leonardo De Souza (Md); Petrianu, Andi ( Livre Dcente)Alberti, Luiz Ronaldo (Md); Leite, Juliana Moysés (Md); Castro, Lúcia Porto Fonseca De (Md); Machado, Valeska Marques De Menezes (Acadêmico De Medicina)

Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina.Universidade Federal de Minas Gerais

INTRODUÇÃO: A ooforectomia, quando necessária, acarreta distúrbios endócrinos e funcionais. A maioria dos trabalhos experimentais sobre implantes ovarianos visa manutenção da função endócrina, sendo poucos os estudos em que recuperação da função ovariana foi acompanhada de índices reprodutivos adequados.

OBJETIVO: Verificar gestação natural em coelha, após ooforectomia total bilateral e auto-implante ovariano ortotópico, sem anastomose vascular e avaliar aspectos morfofuncionais dos ovários.

MÉTODO: Utilizaram-se oito coelhas da raça Nova Zelândia Branca. Realizou-se ooforectomia total bilateral e reimplante ortotópico avascular dos ovários. De um lado foi reimplantado o ovário íntegro e de outro, o ovário fatiado. A partir do terceiro mês pós-operatório, cada coelha foi colocada em gaiola junto com um macho fértil, para cópula. Foram feitas dosagens de estradiol, progesterona, hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH) de cada animal e estudo histológico dos ovários, tubas e úteros.

RESULTADOS: Ocorreram gestações em quatro coelhas entre o quinto e oitavo meses pós-operatórios. Duas coelhas tiveram um filhote, uma teve dois e outra, três. Estudo morfofuncional dos ovários, tubas e úteros mostrou preservação desses órgãos em todas as coelhas.

CONCLUSÃO: Obteve-se com sucesso gestação natural em coelha submetida a auto-implante ovariano ortotópico sem anastomose vascular.

Descritores: Ovário. Auto-implante ovariano. Gestação. Coelhos.

Perfil das mulheres vítimas de traumas atendidas na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital João XXIII

Pisoler, Lucas Timm (Acadêmico de Medicina); Gomes, Samuel Henrique Corradi (Acadêmico de Medicina); Coelho, Fernando Augusto de Abreu1; Andrade, Alexandre Barbosa (Acadêmico de Medicina); Alvim, Bruno Reis (Acadêmico de Medicina); Sander, Frederico Haueisen(MD)

Unidade de Pequenos Ferimentos da Divisão de Emergência - Hospital João XXIII — Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - Belo Horizonte - MG

OBJETIVO: Caracterizar o perfil das mulheres vítimas de trauma atendidas na Unidade de Pequenos Ferimentos (UPF) do Hospital João XXIII (HJXXIII) de Belo Horizonte.

MÉTODO: Foram coletados dados de 1317 pacientes atendidos na UPF-HJXXIII entre 20 de março e 03 de abril de 2003, segundo protocolo pré-estabelecido. A análise foi feita no programa EpiInfo.

RESULTADOS: Entre 1317 pacientes, 372 eram do sexo feminino (28,2%), 22,3% entre 21 e 30 anos e 46,7% feodérmicas (n=368), 56,6% solteiras (n=362). 45,8% das pacientes feriram-se em casa (n=365). As maiores causas de trauma (n=368) foram: acidentes domésticos (26,1%), quedas (21,3%), acidentes de trabalho (13,5%) e agressões (13,2%). 10,1% relaram o uso de alcoólicos e 67,1% receberam o primeiro atendimento no HJXXIII (n=368). Lesão em um segmento corporal ocorreu em 304 pacientes (n=370), atingindo um membro superior em 41,5%. O segmento cabeça/pescoço foi atingido em 51,5% das pacientes com lesão em mais de um segmento corporal (n=66). Entre 368 pacientes, 47,8% apresentavam lesões corto-contusas. 75% das pacientes receberam alta logo após serem atendidas na UPF (n=368).

CONCLUSÃO: As mulheres atendidas na UPF-HJXXIII são, na maioria, feodérmicas, solteiras, adultas jovens, vítimas de acidentes domésticos atingindo um dos membros superiores e recebem alta logo depois do atendimento.

Descritores: Trauma. Estatísticas hospitalares.

Perfil do trauma em pacientes com idade entre 7 e 11 anos completos atendido na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital João XXIII

Pisoler, Lucas Timm ( Acadêmico de Medicina); Leite, Frederico Kneipp Soares (Acadêmico de Medicina); Coelho, Fernando Augusto de Abreu (Acadêmico de Medicina); Gomes, Samuel Henrique Corradi ( Acadêmico de Medicina); Gonçalves, Anderson Ricelli Nunes (Acadêmico de Medicina); Sander, Frederico Haueisen (MD)

Unidade de Pequenos Ferimentos da Divisão de Emergência - Hospital João XXIII — Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - Belo Horizonte - MG

OBJETIVO: Caracterizar o perfil dos pacientes com idade entre 7 e 11 anos completos atendidos na Unidade de Pequenos Ferimentos (UPF) do Hospital João XXIII (HJXXIII) de Belo Horizonte.

MÉTODO: Foram coletados dados de 1317 pacientes atendidos na UPF-HJXXIII entre 20 de março e 03 de abril de 2003, segundo protocolo pré-estabelecido. A análise dos dados foi feita no programa EpiInfo.

RESULTADO: Do total de dados coletados, 93 pacientes encontravam-se na faixa etária desse trabalho, 76 eram provenientes de Belo Horizonte e 69,9% do sexo masculino. Os feodérmicos totalizaram 58,9% (n=90). 44 % se feriram em casa e 35,2% em vias públicas (n=91). As principais causas dos traumas (n=93) foram: acidente doméstico (26,9%), quedas (24,7%) e acidentes de transporte (21,5%). O segmento corporal mais acometido (n=93) foi o da cabeça/pescoço (46%) e 82,6% das lesões acometeram a pele e o tecido subcutâneo (n=92), principalmente com feridas corto-contusas (55,9%). 59,1 % receberam o primeiro atendimento no HJXXIII e 67,7 % receberam alta logo após o atendimento na UPF.

CONCLUSÃO: No grupo analisado predominaram pacientes de Belo Horizonte e do sexo masculino, com lesões corto-contusas superficiais acometendo o segmento cabeça/pescoço, sendo causadas por acidentes domésticos.

Descritores: Trauma. Crianças. Estatísticas hospitalares.

Avaliação morfofuncional do auto-implante ovariano no retroperitônio

Alberti,Luiz Ronaldo (Md); Vasconcellos, Leonardo Souza Petroianu, Andy (Livre Docente), Nunes, Maurício B. (Md); Machado, Valeska Marques De Menezes (Acadêmico de Medicina).

Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina - Universidade Federal de Minas Gerais.

INTRODUÇÃO: Em muitos procedimentos pélvicos e abdominais, impõe-se a ooforectomia bilateral; porém, complicações sistêmicas, como insuficiências hormonais, podem ser de difícil controle.

OBJETIVO: Visando preservação da função gonadal em casos de ooforectomia, avaliaram-se aspectos funcionais e histológicos de tecido ovariano auto-implantado em posição heterotópica.

MÉTODO: Foram selecionadas 36 ratas Wistar com ciclos estrais normais divididas em quatro grupos (n=9): G1 - controle- submetido apenas a laparotomia; G2- ooforectomia bilateral; G3- ovários retirados foram implantados integralmente no retroperitônio; G4- ovários retirados foram fatiados e implantados no retroperitônio. No 3º e 6º meses pós-operatórios, realizaram-se esfregaços vaginais e estudos histológicos dos implantes ovarianos.

RESULTADOS: Os animais de G1 ciclaram normalmente. As ratas de G2 permaneceram em diestro. No grupo G3, no sexto mês, duas ratas tiveram ciclos completos compatíveis com a fase estral; três apresentaram ciclos irregulares e as restantes permaneceram em diestro. No grupo G4, no sexto mês pós-operatório, três ratas apresentaram ciclos incompletos, cinco apresentaram ciclos estrais completos, e uma permaneceu em diestro. Estudo anatomopatológico confirmou viabilidade ovariana nos dois grupos de auto-implante, com melhores resultados para G4.

CONCLUSÃO: O auto-implante ovariano no retroperitônio na forma fatiada apresentou melhor preservação morfofuncional que o íntegro.

Descritores: Ovário. Transplante. Esfregaço vaginal. Ovariectomia. Ratos.

Perfil das vítimas de trauma motociclístico atendidas na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital João XXIII

Alvim, Bruno Reis (Acadêmico de Medicina); Pisoler, Lucas Timm (Acadêmico de Medicina); Andrade, Alexandre Barbosa (Acadêmico de Medicina); Coelho, Fernando Augusto de Abreu (Acadêmico de Medicina); Gonçalves, Anderson Ricelli Nunes (Acadêmico de Medicina); Sander, Frederico Haueisen(MD)

Unidade Pequenos Ferimentos - Hospital João XXIII — Belo Horizonte - MG

OBJETIVO: Caracterizar o perfil das vítimas de trauma motociclístico atendidas na Unidade de Pequenos Ferimentos (UPF) do Hospital João XXIII (HJXXIII) de Belo Horizonte.

MÉTODO: Foram coletados dados de 1317 pacientes atendidos na UPF-HJXXIII entre 20 de março e 03 de abril de 2003, segundo protocolo pré-estabelecido. A análise dos dados foi feita no programa EpiInfo.

RESULTADOS: Do total de dados coletados, 63 pacientes foram vítimas de acidentes motociclísticos, 46 eram provenientes de Belo Horizonte e 84,1% do sexo masculino. Os feodérmicos totalizaram 52,4%. 74,6% eram solteiros e 55,6% tinham entre 21 e 30 anos. 92,1% se acidentaram em vias públicas e 22,2% das vitimas ingeriram bebidas alcoólicas. 80,3% tiveram traumas superficiais e 71,4% apresentaram trauma múltiplo. As áreas mais atingidas foram os membros superiores bilateralmente (38,6%), cabeça e pescoço (27,3%) e membros inferiores bilateralmente (25%). Os tipos de ferida mais comuns foram: abrasivas (91,1%) e corto-contusas (44,4%). 54,8% tiveram alta e 45,2% foram encaminhados (32,1% para cirurgia geral; 28,6% para ortopedia; 10,7% para neurologia).

CONCLUSÃO: No grupo analisado prevaleceram pacientes de Belo Horizonte, do sexo masculino, solteiros. Os traumas foram, predominantemente, superficiais, múltiplos, atingindo cabeça e pescoço e membros em geral, com feridas abrasivas e corto-contusas.

Descritores: Trauma. Estatísticas hospitalares.

Perfil dos pacientes adolescentes na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital de Pronto Socorro João XXIII

Gomes, Samuel Henrique Corradi (Acadêmico de Medicina); Alvim, Bruno Reis (Acadêmico de Medicina); Coelho, Fernando Augusto de Abreu (Acadêmico de Medicina); Leite, Frederico Kneipp Soares (Acadêmico de Medicina); Pisoler, Lucas Timm (Acadêmico de Medicina); Sander, Frederico Haueisen (MD)

Unidade de Pequenos Ferimentos (UPF), Divisão de Emergência do Hospital João XXIII, Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG), Belo Horizonte, MG

OBJETIVO: Caracterizar o perfil dos traumatismos em pacientes adolescentes atendidos na UPF.

MÉTODO: Foram coletados dados de 1317 pacientes, obtidos através de prontuários e questionários, no período de 20/03/03 a 03/04/03. Foram considerados adolescentes as pessoas com idade variando de 12 anos completos até 21 anos incompletos. O EPIINFO foi utilizado para a análise dos resultados.

RESULTADOS: Dos 1317 pacientes atendidos, 243 eram adolescentes, 76.5% eram do sexo masculino. As principais lesões foram decorrentes de acidentes de transporte (23.1%), causados por bicicletas em 41.1%, motos em 28.6% e carros em 8.9%. As agressões (20.2%), foram causadas por arma branca em 25%, arma de fogo em 18.2%, agressões de outro tipo em 50% e por auto-agressão em 6.8% dos casos. Em 78.5% dos pacientes o trauma era superficial e em 76.1% era único. As principais localizações foram cabeça/pescoço (35.5%), membro superior único (34.9%) e membro inferior único (23.7%). O tipo prevalente de ferida era corto-contusa (54.9%). Os pacientes receberam alta, após serem atendidos na UPF em 71.4% dos casos.

CONCLUSÃO: Medidas preventivas devem ser direcionadas a esta faixa etária na tentativa de diminuir o índice de envolvimento em acidentes de transporte e agressões.

Descritores: Adolescente. Estatísticas hospitalares. Trauma.

Perfil do idoso traumatizado atendido na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital João XXIII

Alvim, Bruno Reis (Acadêmico de Medicina); Pisoler, Lucas Timm (Acadêmico de Medicina); Leite, Frederico Kneipp Soares (Acadêmico de Medicina); Andrade, Alexandre Barbosa (Acadêmico de Medicina); Gonçalves, Anderson Ricelli Nunes (Acadêmico de Medicina); Sander, Frederico Haueisen (MD)

Unidade Pequenos Ferimentos - Hospital João XXIII— Belo Horizonte - MG

OBJETIVO: Caracterizar o perfil do idoso traumatizado atendido na Unidade de Pequenos Ferimentos (UPF) do Hospital João XXIII (HJXXIII) de Belo Horizonte.

MÉTODO: Foram coletados dados de 1317 pacientes atendidos na UPF-HJXXIII entre 20 de março e 03 de abril de 2003, segundo protocolo pré-estabelecido. A análise dos dados foi feita no programa EpiInfo.

RESULTADOS: Do total de dados coletados, 50 eram idosos vítimas de trauma. 68% deles são residentes em BH, 56% do sexo feminino, 68% entre 65 e 75 anos e 46% são leucodermas. 87,2% são analfabetos ou tem 1o grau incompleto, 80,4% estão desempregados e 63,8% são aposentados. Os locais mais comuns de acidentes foram em casa (45,7%) e em via pública (28,3%). 79,2% dos traumas foram superficiais com 61,5% de feridas do tipo corto-contusas e a cabeça e pescoço sendo as áreas mais atingidas (50%). As principais causas de trauma foram: quedas (40,8%), acidentes domésticos (18,4%), acidentes de transporte (12,2%) e mordedura de cão (12,2%). 64% evoluíram com alta hospitalar.

CONCLUSÃO: Prevaleceram pacientes residentes em BH, com 65 a 75 anos de idade e analfabetos ou com 1o grau incompleto. Predominaram feridas superficiais, corto-contusas. A queda é a causa mais comum de trauma e a cabeça e o pescoço a região mais atingida.

Descritores: Trauma. Idoso. Estatísticas hospitalares.

O trauma por arma branca. Análise de 207 casos

Leite, Frederico Kneipp Soares (Acadêmico de Medicina); Pisoler, Lucas Timm (Acadêmico de Medicina); Coelho, Fernando A.; Corradi (Acadêmico de Medicina); Samuel; Alvim, Bruno Reis(Acadêmico de Medicina); Sander, Frederico Haueisen (MD)

Unidade de Pequenos Ferimentos - HPS— João XXIII - Belo Horizonte/MG

INTRODUÇÃO: Segundo estatísticas de trabalhos realizados no Hospital Pronto-socorro João XXIII, as lesões por arma branca constituem 29,5% dos traumas por agressões.

OBJETIVO: Analisar o trauma por arma branca e o paciente traumatizado atendido na Unidade de Pequenos Ferimentos do Hospital João XXIII.

MÉTODO: Foram analisados 207 pacientes, vítimas de trauma por arma branca atendidos no período de 20/03/03 à 03/04/03 através de um questionário com enfoques: sócio-econômico e sobre o trauma.

RESULTADOS: 75% dos pacientes pertenciam ao sexo masculino, 40% eram feodérmicos, 57,8% solteiros, 55% não completaram o primeiro grau escolar, 49,2% estavam desempregados, sendo a renda familiar de 89% dos pacientes inferior a 4 salários mínimos, ainda 59,4% dos pacientes haviam ingerido álcool e 3% outras drogas psicoativas momentos antes do incidente traumático, a faixa etária predominante foi de 21 a 30 anos de idade. Em relação ao trauma, 60,3% ocorreram em vias públicas, 65% foram superficiais, 46,3% localizavam-se na cabeça e/ou pescoço e as feridas predominantes foram corto-contusas, 54% dos casos.

CONCLUSÃO: O paciente em questão é um adulto jovem, do sexo masculino, solteiro, desempregado, pertencente a classes sociais menos favorecidas. Constatou-se ainda associação entre o uso de álcool e o trauma em questão e as vias públicas são os principais locais de ocorrência.

Descritores: Trauma. Epidemiologia. Agressão

Traumatismos da mão

Gonçalves, Anderson Ricelli Nunes (Acadêmico de Medicina); Costa, Raquel Rangel (Acadêmico de Medicina); Andrade, Alexandre Barbosa (Acadêmico de Medicina); De Almeida, Alexandre Eustáquio Ribeiro (MD)

Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e Hospital de Pronto Socorro João XXIII

INTRODUÇÃO: Os traumatismos da mão apresentam elevada freqüência, sendo responsáveis por até 30% dos traumas gerais em um serviço de emergência. As lesões envolvendo a mão possuem extrema importância devido à incapacidade física e psíquica que pode acarretar ao indivíduo acometido.

OBJETIVOS: Descrever dados epidemiológicos e a importância das lesões da mão e seu tratamento eficaz, assim como, técnicas adotadas durante o ato operatório necessárias ao bom prognóstico das mesmas.

MÉTODO: Foram realizadas revisões na literatura, aliadas à experiência em atendimento em clínica de cirurgia da mão do Hospital de Pronto Socorro João XXIII- FHEMIG em Belo Horizonte.

RESULTADOS: As lesões da mão são comuns em homens de idade produtiva e apresentam características próprias, que as diferenciam de outros tipos de trauma, elas não acarretam risco de vida aos pacientes, mas graves conseqüências funcionais e psíquicas, bem como um maior encargo à sociedade devido ao alto grau de debilitação.

CONCLUSÃO: Um primeiro tratamento adequado é crucial, para que o tempo cirúrgico instituído seja correto e o prognóstico da lesão seja o melhor para o paciente. Lesões de tendões, vasos, nervos e ossos devem ser reparadas usando de técnicas apropriadas para que o primeiro ato cirúrgico não represente um segundo acidente à tais estruturas.

Descritores: Trauma. Mão. Tendões. Vasos. Nervos. Ossos.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Jan 2004
  • Data do Fascículo
    2003
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