RESUMO
Objetivos:
Este artigo analisa a transição de carreira de profissionais de meia-idade, segundo três fatores: transição de identidade, condutores de transição e recursos desencadeados em transição.
Desígnio/metodologia/abordagem:
Pesquisa qualitativa, desenvolvida à partir de entrevistas semiestruturadas com profissionais entre 35 e 54 anos de idade. A análise de conteúdo foi utilizada nas categorias de avaliação e na definição das categorias de entrevista.
Resultados:
Demonstrou-se a construção, em parte dos entrevistados, de expectativas que alternavam a realização de um sonho, com ciclos de angústia, especialmente para os aspectos financeiros envolvidos. Os fatores subjetivos do processo de transição apareceram nas entrevistas, tanto pelo embate entre a busca da satisfação pessoal na nova carreira e o fluxo de segurança da anterior, quanto pelo complexo equilíbrio entre a vida pessoal e profissional durante a transição.
Limitações/implicações de pesquisa:
A amostragem não apresenta fundamentação matemática ou estatística, impedindo a generalização dos seus resultados. Recomenda-se um estudo quantitativo para compreender como ocorre a transição em profissionais de meia-idade, analisando um grande número de respondentes. Implicações práticas: Para profissionais da meia-idade, este estudo sugere a necessidade do planejamento na fase de transição de carreira e a assimilação da lógica da autogestão como dinâmica definitiva de carreira. Implicações sociais: Empresas devem reconhecer o impacto da transição de carreira na retenção dos profissionais.
Originalidade/valor:
Este artigo contribui na elucidação dos principais impulsionadores e recursos disponíveis para a transição de carreira de profissionais de meia-idade.
Palavras-chave:
Transição de carreira; profissional de meia-idade; identidade profissional