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Abdome aberto ou fechado pós-laparotomia para controle de sepse de foco intra-abdominal severa: uma análise de sobrevivência

RESUMO

Introdução:

a sepse abdominal grave, com peritonite difusa, é um grande desafio para o cirurgião geral, sendo muito frequente as reintervenções cirúrgicas e complicações desta doença, que apresenta morbimortalidade elevada. A proposta do abdome aberto, aplicando-se a terapia por pressão negativa (TPN), reduz o tempo operatório da primeira abordagem cirúrgica, reduz o acúmulo de secreções e mediadores inflamatórios no sítio abdominal, diminui a possibilidade de síndrome compartimental abdominal e suas complicações. A outra técnica é a síntese primária, quando é optado por fechar a parede por completo.

Métodos:

o objetivo do estudo foi realizar uma análise de sobrevivência comparando os tratamentos de sepse intra-abdominal severa com Abdome Aberto e Fechado após laparotomia em um hospital universitário no sul do Brasil. As variáveis foram obtidas a partir de prontuários eletrônicos de pacientes submetidos à intervenção cirúrgica e realizou-se uma análise descritiva e de sobrevivência usando a curva de Kaplan-Meier e o teste de log-rank.

Resultados:

a amostra incluiu 75 laparotomias em 5 anos (40 TPN e 35 sínteses primárias), com mortalidade de 55%. A sobrevida entre os métodos de fechamento não demonstrou significância estatística, mesmo após a divisão em um grupo de análise de cada técnica.

Conclusão:

recentes publicações destacam resultados favoráveis do abdome aberto, enfatizando a necessidade urgente de uma sistematização na assistência de pacientes com sepse abdominal complicada grave.

Palavras-chave:
Sepse; Tratamento de Abdome Aberto; Tratamento de Ferimentos com Pressão Negativa

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