Os coelhos têm sido usados como modelo experimental em diferentes patologias e para estudos de toxicologia, farmacologia e cirurgia em várias universidades. Entretanto apesar de sua grande utilização, muitos aspectos de sua macroanatomia, em especial os que se referem ao sistema vascular arterial que irrigam as viscerais abdomino-pélvicas ainda carecem de uma descrição mais detalhada, pois os vasos arteriais apresentam grande variabilidade na sua distribuição e trajeto. Foram utilizados 30 coelhos, 13 machos e 17 fêmeas, pesando em media 2,5 kg e apresentando comprimento rostro-sacral em torno de 40cm. A artéria aorta torácica foi canulada e através da mesma foi feita à fixação com solução de formaldeído a 10% e repleções vasculares com solução de Petrolátex S65 corado. A artéria celíaca e suas ramificações proximais foram dissecadas ao longo do seu percurso, registrando com auxílio de um paquímetro seu comprimento e sua esqueletopia. A artéria celíaca teve sua emergência de forma única diretamente da artéria aorta abdominal em todos os animais dissecados. Emitiu inicialmente a artéria lienal e a seguir a artéria gástrica esquerda que se continuou como hepática em todos os 30 animais. A artéria celíaca teve sua origem entre a 12ªe 13ª vértebra torácica em 11 animais (36,7 %), na 13ª vértebra torácica em 6 (20 %), entre a 13ª vértebra torácica e a 1ª vértebra lombar em 12 (40 %) e na 1ª vértebra lombar em apenas 1 animal (3,3%). O comprimento médio da artéria celíaca foi de 0,5cm. Não foi observada relação entre o comprimento da artéria celíaca e o comprimento rostro-sacral dos coelhos. O número de artérias gástricas esquerdas, ramificações principais da artéria lienal, bem como a origem da artéria celíaca independeram do sexo do animal.
Anatomia; sistema vascular; artéria celíaca; modelo experimental; coelho Nova Zelândia
