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MACHADO DE ASSIS: DOIS DEFUNTOS-AUTORES

MACHADO DE ASSIS: TWO DEAD-AUTHORS

Resumo

O presente estudo tem como objetivo construir um diálogo a partir dos narradores de Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, publicados por Machado de Assis, em 1881 e 1889, respectivamente. Para tanto, baseando-se nos estudos e na crítica construída entorno desses livros, em especial, nos textos de Souza (2006)SOUZA, Ronaldes Melo e. O romance tragicômico de Machado de Assis. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2006., Hansen (2008)HANSEN, João Adolfo. Dom Casmurro: simulacro & alegoria. In: GUIDIN, M. L.; GRANJA, L.; RICIERI, F. W. (Orgs.) Machado de Assis: ensaios da crítica contemporânea. São Paulo: Editora da Unesp, 2008. p. 143-177., Schwarz (2000)SCHWARZ, Roberto. Um mestre na periferia do capitalismo: Machado de Assis. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2000. e Caldwell (2008)CALDWELL, Helen. O Otelo brasileiro de Machado de Assis: um estudo de Dom Casmurro . Trad. de Fábio Fonseca de Melo. 2. ed. Cotia: Ateliê Editorial, 2008., a análise partirá das relações entre os narradores-protagonistas com as duas figuras femininas de maior destaque nos romances, respectivamente, Virgília e Capitu. Desse modo, ambas são aproximadas das musas da Antiguidade (HAVELOCK, 1996HAVELOCK, Eric A. A musa aprende a escrever: reflexões sobre a oralidade e a literacia da Antiguidade ao presente. Lisboa: Gradiva, 1996.; KRAUSZ, 2007KRAUSZ, Luis S. As musas: poesia e divindade na Grécia arcaica. São Paulo: Edusp, 2007.), uma vez que fazem desses "homens comuns" enunciadores de seus passados, reconstrutores de inúmeros fragmentos que compõem ambos os romances.

Palavras-chave:
Narrador; Dom Casmurro; Memórias póstumas de Brás Cubas

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