Neste trabalho, avaliou-se a disponibilidade de nutrientes minerais e elementos tóxicos em cafés produzidos pelas agriculturas orgânica, tradicional e tecnológica no sudoeste da Bahia, Brasil. Os nutrientes minerais foram determinados em amostras de solos e tecidos de café por espectrometria de absorção atômica com chama (FAAS) e os elementos tóxicos (Cr, Ni, Cd e Pb) por espectrometria de emissão ótica por plasma indutivamente acoplado (ICP OES). A aplicação de métodos estatísticos (análises de agrupamento e de componentes principais) aos resultados analíticos confirmou a importância do "período de conversão", durante o processo de mudança do manejo da cafeicultura tradicional para orgânica. Os resultados possibilitam inferir que o Cd, Cu, Zn e outros elementos tóxicos contidos nos fertilizantes inorgânicos (utilizados na cafeicultura tradicional e tecnológica), e os níveis relativamente elevados de Cu e Zn presentes nos adubos orgânicos (utilizados na cafeicultura orgânica) podem causar aumentos dos níveis desses elementos nos solos agrícolas, podendo assim, passar para a cadeia alimentar através dos cultivos.