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O estresse por cobre afeta a germinação de sementes e o estabelecimento de plântulas de Schinus terebinthifolia Raddi

RESUMO

A poluição de cobre no meio ambiente, devido a atividades antropogênicas, industriais e automotivas é uma preocupação ambiental. O cobre é amplamente utilizado em diferentes formas como fertilizantes e fungicidas. Ainda são poucos os estudos que descrevem o efeito do cobre na germinação de sementes de espécies tropicais. Neste trabalho, objetivamos avaliar a germinação de sementes e o estabelecimento de mudas de Schinus terebinthifolia Raddi, popularmente conhecido como ‘pimenta brasileira’, submetidas a diferentes concentrações de cobre. Foram utilizados cinco tratamentos, com quatro repetições e 20 sementes por repetição, totalizando 400 sementes. Foi adicionado Cu (CuSO4.5H2O) ao substrato nas doses de 0, 60, 760, 2.100 ou 10.000 mg kg-1. Foram analisadas as variáveis ​​porcentagem, velocidade e tempo médio de germinação, bem como estabelecimento de mudas. Doses de Cu de 2,100 ou 10,000 mg kg-1 inibiram a formação de plântulas. A concentração de Cu de 10,000 mg kg-1 reduziu os valores finais de germinação e velocidade da germinação para cerca de um terço daqueles obtidos no tratamento controle. Comparado à germinação, o estabelecimento de mudas foi mais afetado pelo excesso de cobre para S. terebinthifolia. A espécie tolerou doses de até 760 mg kg-1 de cobre durante o estabelecimento de plântulas, o que indica que apresenta potencial para ser utilizada em programas de restauração ambiental de solos contaminados por cobre.

Palavras-chave:
aroeira; crescimento de mudas; estresse em plantas; fitotoxidade; metal pesado

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