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Retratos do cotidiano em Manguinhos

Portraits of everyday activities at Manguinhos

Resumo

O texto aqui comentado reconstitui o cotidiano no Instituto Oswaldo Cruz no começo do século XX com base em depoimentos de antigos funcionários. “Os escravos são as mãos e os pés do senhor do engenho” – escreveu Antonil em 1711. Cada laboratório do instituto era como um pequeno engenho onde as mãos e os pés dos pesquisadores eram seus serventes, que executavam desde as tarefas mais desqualificadas até operações bem delicadas da pesquisa científica, atualmente confiadas a técnicos formados em escolas próprias. As habilidades dos primitivos técnicos, muitos recrutados ainda meninos nas oficinas da instituição, eram adquiridas empiricamente. O instituto era moderno por suas atividades, mas as relações de trabalho traziam as marcas de uma sociedade agrária e patriarcal, recém-egressa da escravidão.

Attílio Romulo Borriello (1905-?); Francisco José Rodrigues Gomes (1911-1991); Hamlet William Aor (1910-1986); José Cunha (1911-?); Venâncio Bonfim (1916-?)

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