Acessibilidade / Reportar erro

Análise térmica da interface músculo-osso em corpos de prova após utilização de ultrassom terapêutico

Resumo

Introdução

O ultrassom utilizado em terapias diatérmicas visa atingir temperaturas entre 40 e 45 °C, sabendo-se que temperaturas acima de 45 °C podem causar necrose tecidual e queimaduras. Muitas pesquisas têm sido realizadas para estudar o efeito do ultrassom terapêutico na presença de implantes metálicos, utilizando phantoms (corpos de prova) e animais in vivo e ex vivo. Na maioria dessas pesquisas, o cabeçote ultrassônico está fixo em uma área, enquanto que na prática clínica recomenda-se que ele seja movimentado para evitar eventuais sobreaquecimentos locais.

Objetivo

Analisar o campo térmico na interface músculo-osso em phantoms na presença ou ausência de implantes metálicos após a aplicação do ultrassom terapêutico.

Métodos

Foram elaborados phantoms compostos de camadas simuladoras de gordura e músculo e de uma camada de osso de costela bovina, sendo esta com e sem implante metálico de titânio. O experimento envolveu diferentes intensidades (1.0, 1.5 e 2.0 W/cm2) e tempos de exposição (5 e 10 minutos) comuns em clínica, com varredura linear do cabeçote.

Resultados

Os experimentos indicaram que a interface músculo/implante aqueceu menos do que a interface músculo/osso, especialmente nas intensidades de 1.5 e 2.0 W/cm2, após 5 e 10 minutos de tratamento.

Conclusão

Os resultados obtidos apontam para a possibilidade de utilização do ultrassom terapêutico em pacientes com implantes metálicos, incentivando pesquisas futuras para desenvolver protocolos baseados em evidências e recomendações seguras na fisioterapia.

Palavras-chave
Implantes artificiais; Aquecimento; Ultrassom terapêutico

Pontifícia Universidade Católica do Paraná Rua Imaculada Conceição, 1155 - Prado-Velho -, Curitiba - PR - CEP 80215-901, Telefone: (41) 3271-1608 - Curitiba - PR - Brazil
E-mail: revista.fisioterapia@pucpr.br