RESUMO.
Em pacientes com Alzheimer, baixos níveis de aptidão física (AF) e estado cognitivo estão associados a altas taxas de depressão. Essa condição, no entanto, pode ser melhorada através do treinamento físico.
Objetivo:
O objetivo do presente estudo foi investigar o efeito do treinamento multimodal (TMM) de resistência aeróbica, força muscular, agilidade, equilíbrio dinâmico, estado cognitivo e sintomas depressivos em homens com doença de Alzheimer (DA) leve a moderada.
Métodos:
25 homens idosos com diagnóstico de DA leve a moderada foram divididos aleatoriamente em um grupo TMM ou controle. Os indivíduos do grupo TMM participaram de um programa de TMM de 12 semanas, três sessões/semana, que incluía exercícios de resistência, equilíbrio e aeróbicos, enquanto os participantes do grupo controle não realizaram nenhum treinamento regular de exercícios durante esse período. O estado cognitivo e os sintomas depressivos dos pacientes foram avaliados pelos questionários Mini-Mental State Examination (MMSE) e Geriatric Depression Scale-15 (GDS-15). Indicadores de AF, como resistência aeróbica, força muscular, agilidade e equilíbrio dinâmico, bem como estado cognitivo e sintomas depressivos, foram obtidos de todos os sujeitos antes e depois do TMM.
Resultados:
Os participantes do grupo TMM melhoraram a preensão manual e força de membros superiores e inferiores, agilidade, equilíbrio dinâmico e sintomas depressivos (p<0,05). A intervenção não teve efeito significativo na resistência aeróbica e no estado cognitivo (p>0,05).
Conclusões:
O TMM é uma estratégia eficaz para melhorar a força muscular, agilidade, equilíbrio dinâmico e sintomas depressivos em homens com DA leve a moderada. Recomenda-se que os pacientes com Alzheimer pratiquem esse tipo de exercício para reduzir as complicações da DA.
Palavras-chave:
Exercício Físico; Aptidão Física; Depressão, Doença de Alzheimer