RESUMO
O golpe de Estado consumado na Argentina em 1976 foi o resultado de uma extensa conspiração que envolveu importantes frações da burguesia local. Este artigo pretende discutir este problema, pouco analisado nas ciências sociais, reconstruindo a ofensiva golpista iniciada em 1975. Após analisar os posicionamentos públicos, as ações de protesto e os vínculos políticos de diversas agrupações e corporações empresariais com os militares, o texto demonstra que as Forças Armadas não atuaram por conta própria ao efetivar o golpe, sendo pelo contrário o instrumento de uma ampla aliança social conformada para tal fim.
conflito social; classe dominante; poder político; ditadura; corporações empresariais