Este trabalho analisa a emergência e o funcionamento da Guarda Urbana (GU) da cidade de Buenos Aires, (2004 e 2007), como policia comunitária resultante do reordenamento da autonomia do governo local. Este processo gerou um modelo dual de policiamento na cidade, representado, pela (GU) em contraposição às forças de segurança do nacionais, mais verticalizadas e centralistas. O artigo investiga as implicações da GU na disputa pelo poder da polícia na cidade e uma forma histórica particular de construção da segurança: a segurança cidadã. Esta dualidade representa uma solução de compromisso possível entre os interesses nacionais e os da cidade. O artigo conclui com reflexões sobre a crise desse modelo dual, a redefinição do problema da segurança e as demandas de uma "Polícia própria", no âmbito local. Destaca que é na dualidade da segurança que se concebe uma Guarda Urbana, como policiamento de proximidade, que complementa, mas não substitui a antiga polícia.
governamentabilidade; poder de policía; seguridad ciudadana; poder local; Buenos Aires
