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Uma contribuição à história linguística da língua geral amazônica

Este artigo mostra que as mudanças ocorridas na Língua Geral Amazônica durante 300 anos, embora esta língua tenha sido exposta a interferências externas do Português e de inúmeras línguas indígenas, foram graduais, sem que tenha havido interrupção em sua transmissão. Isso demonstra que sua origem foi genética, de acordo com os princípios que subjazem ao Método Histórico comparativo e de acordo com o modelo teórico proposto por Thomason and Kaufman (1988). Esta abordagem reúne evidências contra as visões de que a Língua Geral Geral Amazônica é uma língua crioula ou uma língua desenvolvida no século XVII pelos missionários jesuítas. Dessa forma, este artigo contribui para a visão de que a Língua Geral Amazônica é uma versão do Tupinambá, que se desenvolveu fora das aldeias Tupinambás, mas mantendo suas relações genéticas com o subramo III da família linguística Tupí-Guaraní, junto com o Tupinambá, com o Tupí Antigo e com a Língua Geral Paulista, como proposto por Rodrigues (1985) na sua classificação interna desta família linguística.

Língua Geral Amazônica; Mudanças históricas; Transmissão normal; Interferências externas; Família Tupí-Guaraní


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