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Uso da membrana amniótica na trabeculectomia para o tratamento do glaucoma: estudo piloto

OBJETIVO: Comparar a eficácia e a segurança do uso da membrana amniótica (MA) na trabeculectomia para o tratamento cirúrgico do glaucoma primário de ângulo aberto. MÉTODOS: Estudo prospectivo aberto, randomizado, grupos paralelos de tratamento. Trinta e dois pacientes com indicação de tratamento cirúrgico para glaucoma foram selecionados e aleatoriamente divididos em dois grupos. O primeiro grupo foi submetido a trabeculectomia com o uso intra-operatório da membrana amniótica (grupo estudo) e o segundo grupo foi submetido a trabeculectomia sem o uso da membrana amniótica (grupo controle) comparando o efeito redutor da pressão intra-ocular, número de medicações e aparência da bolha filtrante. Trinta e dois pacientes divididos em dois grupos de 16 pacientes foram acompanhados por 12 meses. RESULTADOS: A média das pressões pós-operatórias no grupo da membrana amniótica 12,81± 2,48 e no grupo controle 15,19±3,33 não apresentaram diferença estatisticamente significante no seguimento de um ano (p=0,297). O número de medicações pós-operatórias diminuiu nos dois grupos (p<0,001 e p=0,007 grupo estudo e grupo controle respectivamente). No final de 12 meses de pós-operatório nove olhos (56,25%) apresentaram bolhas finas e avasculares no grupo estudo comparando com apenas um olho (6,25%) do grupo controle. CONCLUSÃO: A trabeculectomia com membrana amniótica e a trabeculectomia simples mostraram redução da pressão intra-ocular no pós-operatório, embora a diferença entre elas não seja estatisticamente significante.

Glaucoma de ângulo aberto; Trabeculectomia; Pressão intra-ocular; Curativos biológicos; Complicações pós-operatórias


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