RESUMO
Objetivo:
Avaliar o custo mensal das medicações anti-glaucomatosas disponíveis no mercado brasileiro.
Material e Métodos:
Vinte apresentações de medicações anti-glauco-matosas foram obtidas junto aos laboratórios que as manufaturam ou adquiridas em farmácias de Campinas (SP). Realizou-se levantamento de preço destas medicações em dez diferentes redes de farmácia, calculando-se o preço médio de cada apresentação. Cinco frascos de cada colírio foram utilizados. De cada frasco, cinco gotas foram instiladaseseus volumes foramavaUados isoladamente com micropipeta por um único examinador. Os volumes médios foram obtidos. Com base nestes, no volume total das apresentações, na posologia sugerida e no custo médio dos frascos, calcularam-se: duração em dias do frasco, preço por gota, número de gotas por frasco e custo mensal das medicações. A única medicação em comprimidos (Diamox(r)) teve seus cálculos com base no número de cápsulas por caixa.
Resultados:
Entre os betabloqueadores, a apresentação do Betoptic S(r) teve maior custo mensal (R$ 9,78/olho) e as do Timolol 0,25%(r), Timoptol 0,25 % (r)e 0,50% (r) tiveram menor custo mensal (R$ 2,10/olho). Entre as novas drogas, o Alphagan(r), o lopidine(r) e o Trusopt(r) apresentaram custo mensal entre R$ 13,02 e R$ 15,60/olho quando utilizados 2 vezes por dia, e de R$ 19,53 a R$ 23,40/olho quando instilados 3 vezes por dia. O Xalatan(r) apresentou custo mensal de R$ 20,60 por olho.
Conclusões:
Os custos das medicações são influenciados por outros fatores que não apenas o custo dos frascos e caixas, como a posologia, o tamanho da gota e o volume do frasco. Algumas associações de drogas têm custo elevado se comparados ao salário mínimo de referência no país.
Palavras-chave:
Custo mensal; Medicações; Glaucoma; Terapêutica