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Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Volume: 33, Número: 3, Publicado: 2021
  • Desafios da pandemia de coronavírus para os intensivistas brasileiros: presente e futuro Comentário

    Lobo, Suzana Margareth; Mello, Patrícia M. Veiga de Carvalho
  • Pesquisa em sepse pediátrica em países de baixa e média renda: superando desafios Comentário

    Souza, Daniela Carla de; Oliveira, Cláudio Flauzino de; Lanziotti, Vanessa Soares
  • Fatores de risco para embolia pulmonar em pacientes com COVID-19 anticoagulados na unidade de terapia intensiva submetidos à angiografia por tomografia computadorizada Artigo Original

    Briceño-Mayorga, Gonzalo Patricio; Gutiérrez, Rocío; Sotomayor, Celine; Ebner, Matías; Allende, Felipe; Assar, Rodrigo

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar a incidência de embolia pulmonar, seu relacionamento com os níveis de dímero D e outros possíveis fatores associados, além dos efeitos adversos da anticoagulação e meios de contraste. Métodos: Conduziu-se um estudo de coorte retrospectiva em um hospital público chileno. Foram incluídos os pacientes com idade acima de 18 anos com COVID-19, mecanicamente ventilados na unidade de terapia intensiva, admitidos entre março e junho de 2020. Todos os pacientes receberam tromboprofilaxia com heparina, que foi aumentada até uma dose de anticoagulação com níveis de dímero D acima de 3µg/mL. Resultados: Foram acompanhados 127 pacientes, dos quais 73 foram submetidos à angiografia por tomografia computadorizada (média de idade de 54 ± 12 anos; 49 homens). Sessenta e dois dos 73 pacientes (84,9%) receberam anticoagulação total antes da angiografia por tomografia computadorizada. Além disso, 18 dos 73 pacientes tiveram embolia pulmonar (24,7%). Na comparação entre pacientes com e sem embolia pulmonar, não se observaram diferenças significantes em termos de idade, sexo, obesidade, tabagismo, escores de Wells e Genebra revisado, dímero D ou mortalidade. O uso de anticoagulantes foi similar em ambos os grupos. O número de dias desde o início da anticoagulação até a angiografia por tomografia computadorizada foi significantemente menor no grupo com embolia pulmonar (p = 0,002). Três pacientes tiveram lesão renal aguda após o contraste (4,1%), e um paciente teve sangramento importante. Conclusão: Apesar da anticoagulação, um em cada quatro pacientes com COVID-19 submetidos à ventilação mecânica e avaliados com angiografia por tomografia computadorizada apresentou embolia pulmonar. Com uma maior demora para realização da angiografia por tomografia computadorizada após início de anticoagulação empírica, identificou-se um número significantemente menor de embolias

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective: To assess pulmonary embolism incidence, its relationship with D-dimer levels and other possible associated factors in addition to anticoagulation and contrast medium adverse effects. Methods: A retrospective observational cohort study at a Chilean public hospital was performed. Intensive care unit mechanically ventilated COVID-19 patients older than 18 years old between March and June 2020 were included. All patients received heparin thromboprophylaxis, which was increased to the anticoagulation dose with D-dimer greater than 3µg/mL. Results: A total of 127 patients were followed up, of whom 73 underwent pulmonary computed tomography angiography (mean age, 54 ± 12 years; 49 men). Sixty-two of the 73 patients (84.9%) received full anticoagulation before computed tomography angiography. In addition, 18 of the 73 patients had pulmonary embolism (24.7%). When comparing patients with and without pulmonary embolism, no significant differences were observed in age, sex, obesity, smoking, Wells and revised Geneva scores, D-dimer or mortality. Anticoagulant use was similar in both groups. Days from the start of anticoagulation until computed tomography angiography were significantly lower in the pulmonary embolism group (p = 0.002). Three patients presented post contrast-acute kidney injury (4.1%), and one patient had major bleeding. Conclusion: Despite anticoagulation, one in four COVID-19 patients connected to mechanical ventilation and evaluated with pulmonary computed tomography angiography had pulmonary embolism. With a longer the delay in performing computed tomography angiography once empirical anticoagulation was started, significantly less pulmonary embolism was identified.
  • Early Rehabilitation Index: tradução, adaptação transcultural para o português do Brasil e Early Rehabilitation Barthel Index: validação para o uso na unidade de terapia intensiva Artigo Original

    Reis, Nair Fritzen dos; Biscaro, Roberta Rodolfo Mazzali; Figueiredo, Fernanda Cabral Xavier Sarmento; Lunardelli, Elizabeth Cristiane Buss; Silva, Rosemeri Maurici da

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Traduzir, adaptar transculturalmente para o português do Brasil o instrumento Early Rehabilitation Index e validar para uso na unidade de terapia intensiva o instrumento Early Rehabilitation Barthel Index, para avaliação do estado funcional. Métodos: Foram executadas as seguintes etapas: preparação, tradução, reconciliação, tradução reversa, revisão, harmonização, pré-teste e avaliação psicométrica. Após esse processo inicial, a versão em português foi aplicada por dois avaliadores em pacientes que permaneciam pelo menos 48 horas internados na unidade de terapia intensiva. Verificou-se a confiabilidade da escala por meio da consistência interna, da confiabilidade entre avaliadores e do efeito piso e teto. Para a validade de constructo, correlacionou-se o Early Rehabilitation Barthel Index com instrumentos que usualmente são utilizados para avaliação do estado funcional na unidade de terapia intensiva. Resultados: Participaram 122 pacientes com mediana de idade de 56 [46,8 - 66] anos. O Early Rehabilitation Barthel Index teve confiabilidade adequada com coeficiente alfa de Cronbach de 0,65. A confiabilidade entre avaliadores foi excelente, com coeficiente de correlação intraclasse de 0,94 (IC95% 0,92 - 0,96) e moderado a excelente com índice de concordância de kappa de 0,54 a 1,0. Os efeitos piso e teto foram mínimos. Observou-se a validade do Early Rehabilitation Barthel Index por meio das correlações com o escore total do Perme Escore (rô = 0,72), da Escala de Estado Funcional em UTI (rô = 0,77), do Physical Function in Intensive Care Test-score (rô = 0,69), do Medical Research Council sum score (rô = 0,58), além das dinamometrias de preensão palmar (rô = 0,58) e manual de coxa (rô = 0,55), todos com p < 0,001. Conclusão: A versão adaptada do Early Rehabilitation Index para o português brasileiro e na sua totalidade, Early Rehabilitation Barthel Index é confiável e válida para avaliação do estado funcional dos pacientes na alta da unidade de terapia intensiva.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To translate and cross-culturally adapt the Early Rehabilitation Index to Brazilian Portuguese and validate the Early Rehabilitation Barthel Index for use in the intensive care unit to assess functional status. Methods: The following steps were performed: preparation, translation, reconciliation, back-translation, revision, harmonization, pretesting, and psychometric evaluation. After this initial process, the Portuguese version was applied by two evaluators to patients hospitalized in the intensive care unit for at least 48 hours. The reliability of the scale was assessed by internal consistency, interrater reliability, and floor and ceiling effects. To measure construct validity, the Early Rehabilitation Barthel Index was correlated with instruments typically used to assess functional status in the intensive care unit. Results: A total of 122 patients with a median age of 56 (46.8 - 66) years participated in the study. The Early Rehabilitation Barthel Index had adequate reliability, with a Cronbach’s alpha coefficient of 0.65. The interrater reliability was excellent, with an intraclass correlation coefficient of 0.94 (95%CI 0.92 - 0.96), and agreement was moderate to excellent, with a kappa agreement index of 0.54 to 1.0. The floor and ceiling effects were minimal. The validity of the Early Rehabilitation Barthel Index was observed through its correlations with the total Perme score (rho = 0.72), the Functional Status Score for the ICU (rho = 0.77), the Physical Function in the Intensive Care Test score (rho = 0.69), and the Medical Research Council sum score (rho = 0.58), in addition to handgrip strength (rho = 0.58) and knee extensor strength measured by hand-held dynamometry (rho = 0.55), all with p < 0.001. Conclusion: The adapted versions of the Early Rehabilitation Index for Brazilian Portuguese and, in its entirety, the Early Rehabilitation Barthel Index are reliable and valid for assessing the functional status of patients at discharge from the intensive care unit.
  • Ventilación no invasiva versus oxigenoterapia convencional tras fracaso de la extubación en pacientes de alto riesgo en una unidad de cuidados intensivos: un ensayo clínico pragmático Artigo Original

    Belenguer-Muncharaz, Alberto; Mateu-Campos, Maria-Lidón; Vidal-Tegedor, Bárbara; Ferrándiz-Sellés, María-Desamparados; Micó-Gómez, Maria-Luisa; Altaba-Tena, Susana; Arlandis-Tomás, María; Álvaro-Sánchez, Rosa; Rodríguez-Martínez, Enver; Rodríguez-Portillo, Jairo

    Resumo em Espanhol:

    RESUMEN Objetivo: Determinar la efectividad de la ventilación no invasiva frente a oxigenoterapia convencional en pacientes con insuficiencia respiratoria aguda tras fracaso de la extubación. Métodos: Ensayo clínico pragmático realizado una unidad de cuidados intensivos de marzo de 2009 a septiembre de 2016. Se incluyeron pacientes sometidos a ventilación mecánica > 24 horas, y que desarrollaron insuficiencia respiratoria aguda tras extubación programada, siendo asignados a ventilación no invasiva u oxigenoterapia convencional. El objetivo primario fue reducir la tasa de reintubación. Los objetivos secundarios fueron: mejora de los parámetros respiratorios, reducción de las complicaciones, de la duración de la ventilación mecánica, de la estancia en unidad de cuidados intensivos y hospitalaria, así como de la mortalidad en unidad de cuidados intensivos, hospitalaria y a los 90 días. También se analizaron los factores relacionados con la reintubación. Resultados: De un total de 2.574 pacientes, se analizaron 77 (38 en el grupo de ventilación no invasiva y 39 en el grupo de oxigenoterapia convencional). La ventilación no invasiva redujo la frecuencia respiratoria y cardíaca más rápidamente que la oxigenoterapia convencional. La reintubación fue menor en el grupo de ventilación no invasiva [12 (32%) versus 22(56%) en grupo oxigenoterapia convencional, RR 0,58 (IC95% 0,34 - 0,97), p = 0,039], el resto de los parámetros no mostró diferencias significativas. En el análisis multivariante, la ventilación no invasiva prevenía la reintubación [OR 0,17 (IC95% 0,05 - 0,56), p = 0,004], mientras que el fracaso hepático previo a la extubación y la incapacidad para mantener vía aérea permeable predisponían a la reintubación. Conclusión: El empleo de la ventilación no invasiva en pacientes que fracasa la extubación podría ser beneficiosa frente a la oxigenoterapia convencional.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To determine the effectiveness of noninvasive ventilation versus conventional oxygen therapy in patients with acute respiratory failure after extubation failure. Methods: A pragmatic clinical trial was conducted in an intensive care unit from March 2009 to September 2016. Patients on mechanical ventilation > 24 hours who developed acute respiratory failure after scheduled extubation were included and were assigned to noninvasive ventilation or conventional oxygen therapy. The primary objective was to reduce the reintubation rate. The secondary objectives were to improve respiratory parameters and reduce complications, the duration of mechanical ventilation, the intensive care unit stay, the hospital stay, and mortality in the intensive care unit, in the hospital, and 90 days after discharge. Factors correlated with reintubation were also analyzed. Results: Of a total of 2,574 patients, 77 were analyzed (38 in the noninvasive ventilation group and 39 in the conventional oxygen therapy group). Noninvasive ventilation reduced the respiratory and cardiac rates more rapidly than conventional oxygen therapy. Reintubation was less common in the noninvasive ventilation group [12 (32%) versus 22 (56%) in the conventional oxygen therapy group, relative risk 0.58 (95%CI 0.34 - 0.97), p = 0.039]. The rest of the parameters did not show significant differences. In the multivariate analysis, noninvasive ventilation protected against reintubation [OR 0.17 (95%CI 0.05 - 0.56), p = 0.004], while liver failure before extubation and the inability to maintain airway patency predisposed patients to reintubation. Conclusion: The use of noninvasive ventilation in patients who failed extubation could be beneficial compared to conventional oxygen therapy.
  • O Teste de Caminhada de 6 Minutos prevê a melhora física em longo prazo de sobreviventes à unidade de terapia intensiva: um estudo de coorte prospectiva Artigo Original

    Rosa, Regis Goulart; Dietrich, Camila; Valle, Enio Luiz Tschiedel do; Souza, Denise; Tagliari, Luciana; Mattioni, Mariana; Tonietto, Túlio Frederico; Rosa, Rosa da; Barbosa, Mirceli Goulart; Lovatel, Gisele Agustini; Lago, Pedro Dal; Oliveira, Eubrando Silvestre; Sganzerla, Daniel; Andrade, Juliana M. S.; Berto, Paula; Cardoso, Paulo Ricardo; Sanchez, Evelin Carneiro; Falavigna, Maicon; Maccari, Juçara G.; Rech, Gabriela; Robinson, Caroline; Schneider, Daniel; Leon, Patrícia de; Biason, Lívia; Teixeira, Cassiano

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar a capacidade do Teste de Caminhada de 6 Minutos para predizer a melhora do estado funcional físico em longo prazo de pacientes sobreviventes à unidade de terapia intensiva. Métodos: Foram avaliados, de forma prospectiva, entre fevereiro de 2017 e agosto de 2018, em um ambulatório pós-unidade de terapia intensiva, 32 sobreviventes à unidade de terapia intensiva. Foram inscritos consecutivamente os pacientes com permanência na unidade de terapia intensiva acima de 72 horas (para admissões emergenciais) ou acima de 120 horas (para admissões eletivas) que compareceram ao ambulatório pós-unidade de terapia intensiva 4 meses após receberem alta da unidade de terapia intensiva. A associação entre a distância percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos realizado na avaliação inicial e a evolução do estado funcional físico foi avaliada durante 8 meses, com utilização do Índice de Barthel. Resultados: A distância média percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos foi significantemente mais baixa nos sobreviventes à unidade de terapia intensiva do que na população geral (405m versus 557m; p < 0,001). A idade (β = -4,0; p < 0,001) e a fraqueza muscular (β = -99,7; p = 0,02) se associaram com a distância percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos. A distância percorrida no Teste de Caminhada de 6 Minutos se associou com melhora do estado funcional físico no período de 8 meses de acompanhamento desses pacientes (razão de chance para cada 10m: 1,07; IC95% 1,01 - 1,16; p = 0,03). A área sob a curva Característica de Operação do Receptor para predição da melhora funcional física pelo Teste de Caminhada de 6 Minutos foi de 0,72 (IC95% 0,53 - 0,88). Conclusão: O Teste de Caminhada de 6 Minutos, realizado 4 meses após a alta da unidade de terapia intensiva, predisse com precisão moderada a melhora do estado funcional físico de sobreviventes à unidade de terapia intensiva.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To evaluate the ability of the 6-Minute Walk Test to predict long-term physical functional status improvement among intensive care unit survivors. Methods: Thirty-two intensive care unit survivors were prospectively evaluated from February 2017 to August 2018 in a post-intensive care unit outpatient clinic in Brazil. Individuals with intensive care unit stays > 72 hours (emergency admissions) or > 120 hours (elective admissions) attending the post-intensive care unit clinic four months after intensive care unit discharge were consecutively enrolled. The association between the 6-Minute Walk Test distance at baseline and physical functional status was assessed over 8 months using the Barthel Index. Results: The mean 6-Minute Walk Test distance was significantly lower in intensive care unit survivors than in the general population (405m versus 557m; p < 0.001). Age (β = -4.0; p < 0.001) and muscle weakness (β = -99.7; p = 0.02) were associated with the 6-Minute Walk Test distance. A 6-Minute Walk Test distance was associated with improvement in physical functional status over the 8-month follow-up (odds ratio for each 10m of 1.07; 95%CI 1.01 - 1.16; p = 0.03). The area under the Receiver Operating Characteristic curve for the 6-Minute Walk Test prediction of physical functional status improvement was 0.72 (95%CI 0.53 - 0.88). Conclusion: The 6-Minute Walk Test performed 4 months after intensive care unit discharge predicted long-term physical functional status among intensive care unit survivors with moderate accuracy.
  • Práticas clínicas relacionadas a cânulas nasais de alto fluxo em terapia intensiva pediátrica no Brasil em comparação com as de outros países: um inquérito brasileiro Artigo Original

    Colleti Júnior, José; Kawaguchi, Atsushi; Araujo, Orlei Ribeiro de; Garros, Daniel

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Descrever as práticas clínicas atuais relacionadas à utilização de cânula nasal de alto fluxo por intensivistas pediátricos brasileiros e compará-las com as de outros países. Métodos: Para o estudo principal, foi administrado um questionário a intensivistas pediátricos em países das Américas do Norte e do Sul, Ásia, Europa e Austrália/Nova Zelândia. Comparou-se a coorte brasileira com coortes dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Índia. Resultados: Responderam ao questionário 501 médicos, dos quais 127 eram do Brasil. Apenas 63,8% dos participantes brasileiros tinham disponibilidade de cânula nasal de alto fluxo, em contraste com 100% dos participantes no Reino Unido, no Canadá e nos Estados Unidos. Coube ao médico responsável a decisão de iniciar a utilização de uma cânula nasal de alto fluxo segundo responderam 61,2% dos brasileiros, 95,5% dos localizados no Reino Unido, 96,6% dos participantes dos Estados Unidos, 96,8% dos médicos canadenses e 84,7% dos participantes da Índia; 62% dos participantes do Brasil, 96,3% do Reino Unido, 96,6% dos Estados Unidos, 96,8% do Canadá e 84,7% da Índia relataram que o médico responsável era quem definia o desmame ou modificava as regulagens da cânula nasal de alto fluxo. Quando ocorreu falha da cânula nasal de alto fluxo por desconforto respiratório ou insuficiência respiratória, 82% dos participantes do Brasil considerariam uma tentativa com ventilação não invasiva antes da intubação endotraqueal, em comparação com 93% do Reino Unido, 88% dos Estados Unidos, 91,5% do Canadá e 76,8% da Índia. Mais intensivistas brasileiros (6,5%) do que do Reino Unido, Estados Unidos e Índia (1,6% para todos) afirmaram utilizar sedativos com frequência concomitantemente à cânula nasal de alto fluxo. Conclusão: A disponibilidade de cânulas nasais de alto fluxo no Brasil ainda não é difundida. Há algumas divergências nas práticas clínicas entre intensivistas brasileiros e seus colegas estrangeiros, principalmente nos processos e nas tomadas de decisão relacionados a iniciar e desmamar o tratamento com cânula nasal de alto fluxo.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To describe current clinical practices related to the use of high-flow nasal cannula therapy by Brazilian pediatric intensivists and compare them with those in other countries. Methods: A questionnaire was administered to pediatric intensivists in North and South America, Asia, Europe, and Australia/New Zealand for the main study. We compared the Brazilian cohort with cohorts in the United States of America, Canada, the United Kingdom, and India Results: Overall, 501 physicians responded, 127 of which were in Brazil. Only 63.8% of respondents in Brazil had a high-flow nasal cannula available, in contrast to 100% of respondents in the United Kingdom, Canada, and the United States. The attending physician was responsible for the decision to start a high-flow nasal cannula according to 61.2% respondents in Brazil, 95.5% in the United Kingdom, 96.6% in the United States, 96.8% in Canada, and 84.7% in India. A total of 62% of respondents in Brazil, 96.3% in the United Kingdom, 96.6% in the United States, 96.8% in Canada, and 84.7% in India reported that the attending physician was responsible for the decision to wean or modify the high-flow nasal cannula settings. When high-flow nasal cannula therapy failed due to respiratory distress/failure, 82% of respondents in Brazil would consider a trial of noninvasive ventilation before endotracheal intubation, compared to 93% in the United Kingdom, 88% in the United States, 91.5% in Canada, and 76.8% in India. More Brazilian intensivists (6.5%) than intensivists in the United Kingdom, United States, and India (1.6% for all) affirmed using sedatives frequently with high-flow nasal cannulas. Conclusion: The availability of high-flow nasal cannulas in Brazil is still not widespread. There are some divergences in clinical practices between Brazilian intensivists and their colleagues abroad, mainly in processes and decision-making about starting and weaning high-flow nasal cannula therapy.
  • Uso do SAPS 3 no escore NUTrition RIsk in the Critically ill modificado tem precisão preditiva comparável ao uso do APACHE II como marcador de gravidade Artigo Original

    Pasinato, Valeska Fernandes; Franzosi, Oellen Stuani; Loss, Sérgio Henrique; Nunes, Diego Silva Leite; Foletto, Kelly Carraro; Salazar, Gabriela Soranço; Vieira, Silvia Regina Rios

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar o Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3) como substituto do Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) como marcador de gravidade na versão modificada do escore NUTrition RIsk in the Critically ill (mNUTRIC; sem interleucina 6), com base em uma análise de sua capacidade discriminativa para predição de mortalidade hospitalar. Métodos: Este estudo de coorte retrospectiva avaliou 1.516 pacientes adultos internados em uma unidade de terapia intensiva de um hospital geral privado entre abril de 2017 e janeiro de 2018. A avaliação de desempenho incluiu as análises Kappa de Fleiss e correlação de Pearson. A capacidade discriminativa para estimar a mortalidade hospitalar foi avaliada com a curva Característica de Operação do Receptor. Resultados: A amostra foi dividida aleatoriamente em dois terços para o desenvolvimento do modelo (n = 1.025; idade 72 [57 - 83]; 52,4% masculino) e um terço para avaliação do desempenho (n = 490; idade 72 [57 - 83]; 50,8 % masculino). A concordância com o mNUTRIC foi Kappa de 0,563 (p < 0,001), e a correlação entre os instrumentos foi correlação de Pearson de 0,804 (p < 0,001). A ferramenta mostrou bom desempenho para prever a mortalidade hospitalar (área sob a curva de 0,825 [0,787 - 0,863] p < 0,001). Conclusão: A substituição do APACHE II pelo SAPS 3 como marcador de gravidade no escore mNUTRIC mostrou bom desempenho para predizer a mortalidade hospitalar. Esses dados fornecem a primeira evidência sobre a validade da substituição do APACHE II pelo SAPS 3 no mNUTRIC como marcador de gravidade. São necessários estudos multicêntricos e análises adicionais dos parâmetros de adequação nutricional.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To evaluate the substitution of Acute Physiology and Chronic Health Evaluation II (APACHE II) by Simplified Acute Physiology Score 3 (SAPS 3) as a severity marker in the modified version of the NUTrition RIsk in the Critically ill score (mNUTRIC); without interleukin 6) based on an analysis of its discriminative ability for in-hospital mortality prediction. Methods: This retrospective cohort study evaluated 1,516 adult patients admitted to an intensive care unit of a private general hospital from April 2017 to January 2018. Performance evaluation included Fleiss’ Kappa and Pearson correlation analysis. The discriminative ability for estimating in-hospital mortality was assessed with the Receiver Operating Characteristic curve. Results: The sample was randomly divided into two-thirds for model development (n = 1,025; age 72 [57 - 83]; 52.4% male) and one-third for performance evaluation (n = 490; age 72 [57 - 83]; 50.8% male). The agreement with mNUTRIC was Kappa of 0.563 (p < 0.001), and the correlation between the instruments was Pearson correlation of 0.804 (p < 0.001). The tool showed good performance in predicting in-hospital mortality (area under the curve 0.825 [0.787 - 0.863] p < 0.001). Conclusion: The substitution of APACHE II by SAPS 3 as a severity marker in the mNUTRIC score showed good performance in predicting in-hospital mortality. These data provide the first evidence regarding the validity of the substitution of APACHE II by SAPS 3 in the mNUTRIC as a marker of severity. Multicentric studies and additional analyses of nutritional adequacy parameters are required.
  • Percepção de pacientes sobre a comunicação médica e suas necessidades durante internação na unidade de cuidados intensivos Artigo Original

    Corrêa, Marlon; Castanhel, Flávia Del; Grosseman, Suely

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Conhecer a percepção de pacientes sobre a comunicação médica, bem como suas necessidades durante internação na unidade de cuidados intensivos. Métodos: Estudo transversal descritivo e qualitativo exploratório, com 103 pacientes internados ou com alta recente da unidade de cuidados intensivos de quatro hospitais da Grande Florianópolis (SC). Foram estudadas variáveis sociodemográficas e clínicas dos pacientes, sua nota para qualidade da comunicação médica pelo Quality of Communication Questionnaire, seus comentários espontâneos com reflexões ou justificativas para as notas dadas e suas respostas sobre como se sentiam e que ajuda complementar gostariam de receber. Os dados quantitativos foram analisados com estatística descritiva e analítica e os qualitativos com análise de conteúdo temática. Resultados: A média do Quality of Communication Questionnaire foi 5,1 (desvio-padrão - DP = 1,3), sendo 8,6 (DP = 1,3) na subescala de comunicação geral e 2,1 (DP =1,8) na de terminalidade de vida. A linguagem médica teve compreensão variável. Alguns médicos pareciam “apressados”, segundo alguns pacientes. Outros pacientes gostariam de informações mais frequentes e detalhadas e/ou serem respeitados e levados “mais a sério” quando referiam sentir dor. Ansiedade, tristeza e/ou medo estavam entre os sentimentos referidos. Outras necessidades abrangeram silêncio, mais tempo para visitas, presença de acompanhante, atenção psicológica e de serviço social, banheiro que pudessem usar e melhor qualidade da comida na unidade de cuidados intensivos. Conclusão: A qualidade da comunicação médica com os pacientes é boa e poderia melhorar com maior disponibilidade de tempo do médico e da equipe para ela. Outras necessidades sentidas incluem respeito, alívio da dor e adaptações na dinâmica e no ambiente da unidade de cuidados intensivos.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To understand the perception of patients about medical communication as well as their needs during hospitalization in the intensive care unit. Methods: This study was cross-sectional descriptive and qualitative exploratory including 103 patients admitted to or recently discharged from the intensive care units of four hospitals in Greater Florianópolis, Santa Catarina state, Brazil. The patients’ sociodemographic and clinical variables were studied, as were the score they gave to the quality of medical communication through the Quality of Communication Questionnaire and their spontaneous comments with reflections or justifications for the scores given, and their responses on how they felt and what complementary help they would have liked to receive. The quantitative data were analyzed by descriptive and analytical statistics, and the qualitative data were analyzed by thematic content analysis. Results: The mean Quality of Communication Questionnaire score was 5.1 (standard deviation - SD = 1.3), with 8.6 (SD = 1.3) on the general communication subscale and 2.1 (SD = 1.8) on the end-of-life communication subscale. The patients had a variable understanding of medical language. Some physicians seemed to be “rushed”, according to some patients. Other patients would like to receive more frequent and detailed information and/or be respected and taken “more seriously” when they reported pain. Anxiety, sadness, and fear were among the reported feelings. Other needs included silence, more time for visits, the presence of a companion, psychological and social-work care, a bathroom that they could use, and better food in the intensive care unit. Conclusion: The quality of medical communication with patients is good but could improve if physicians and the healthcare team had more time for patients. Other felt needs included respect, pain relief, and adjustments in the intensive care unit dynamics and environment.
  • Identificação da velocidade anormal da dilatação de pupila como biomarcador de lesão cerebral em pacientes neurocríticos Artigo Original

    Singh, Prachi; Stutzman, Sonia E.; Venkatachalam, Aardhra; Olson, DaiWai M.; Barnes, Arianna; Atem, Folefac D.

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Calcular as velocidades médias da dilatação de pupila para classificar a gravidade da lesão derivada da escala de coma de Glasgow, estratificada por variáveis de confusão. Métodos: Neste estudo, analisaram-se 68.813 exames das pupilas para determinar a velocidade normal de dilatação em 3.595 pacientes com lesão cerebral leve (13 - 15), moderada (9 - 12) ou grave (3 - 8), segundo a escala de coma de Glasgow. As variáveis idade, sexo, raça, tamanho da pupila, tempo de permanência na unidade de terapia intensiva, pressão intracraniana, uso de narcóticos, classificação pela escala de coma de Glasgow e diagnóstico foram consideradas confundidoras e controladas para análise estatística. Empregou-se regressão logística com base em algoritmo de classificação com aprendizado de máquina para identificar os pontos de corte da velocidade de dilatação para as categorias segundo a escala de coma de Glasgow. Resultados: As razões de chance e os intervalos de confiança desses fatores se mostraram estatisticamente significantes em sua influência sobre a velocidade de dilatação. A classificação com base na área sob a curva mostrou que, para o grau leve, na escala de coma de Glasgow, o limite da velocidade de dilatação foi de 1,2mm/s, com taxas de falsa probabilidade de 0,1602 e 0,1902 e áreas sob a curva de 0,8380 e 0,8080, respectivamente, para os olhos esquerdo e direito. Para grau moderado na escala de coma de Glasgow, a velocidade de dilatação foi de 1,1mm/s com taxas de falsa probabilidade de 0,1880 e 0,1940 e áreas sob a curva de 0,8120 e 0,8060, respectivamente, nos olhos esquerdo e direito. Mais ainda, para o grau grave na escala de coma de Glasgow, a velocidade de dilatação foi de 0,9mm/s, com taxas de falsa probabilidade de 0,1980 e 0,2060 e áreas sob a curva de 0,8020 e 0,7940, respectivamente, nos olhos esquerdo e direito. Esses valores foram diferentes dos métodos prévios de descrição subjetiva e das velocidades de dilatação previamente estimadas. Conclusão: Observaram-se velocidades mais lentas de dilatação pupilar em pacientes com escores mais baixos na escala de coma de Glasgow, indicando que diminuição da velocidade pode indicar grau mais grave de lesão neuronal.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To calculate mean dilation velocities for Glasgow coma scale-derived injury severity classifications stratified by multiple confounding variables. Methods: In this study, we examined 68,813 pupil readings from 3,595 patients to determine normal dilation velocity with brain injury categorized based upon a Glasgow coma scale as mild (13 - 15), moderate (9 - 12), or severe (3 - 8). The variables age, sex, race, pupil size, intensive care unit length of stay, intracranial pressure, use of narcotics, Glasgow coma scale, and diagnosis were considered as confounding and controlled for in statistical analysis. Machine learning classification algorithm-based logistic regression was employed to identify dilation velocity cutoffs for Glasgow coma scale categories. Results: The odds ratios and confidence intervals of these factors were shown to be statistically significant in their influence on dilation velocity. Classification based on the area under the curve showed that for the mild Glasgow coma scale, the dilation velocity threshold value was 1.2mm/s, with false probability rates of 0.1602 and 0.1902 and areas under the curve of 0.8380 and 0.8080 in the left and right eyes, respectively. For the moderate Glasgow coma scale, the dilation velocity was 1.1mm/s, with false probability rates of 0.1880 and 0.1940 and areas under the curve of 0.8120 and 0.8060 in the left and right eyes, respectively. Furthermore, for the severe Glasgow coma scale, the dilation velocity was 0.9mm/s, with false probability rates of 0.1980 and 0.2060 and areas under the curve of 0.8020 and 0.7940 in the left and right eyes, respectively. These values were different from the previous method of subjective description and from previously estimated normal dilation velocities. Conclusion: Slower dilation velocities were observed in patients with lower Glasgow coma scores, indicating that decreasing velocities may indicate a higher degree of neuronal injury.
  • O balanço hídrico pós-extubação se associa com falha da extubação: um estudo de coorte Artigo Original

    Santos, Priscila Albrecht dos; Ribas, Alexandre; Quadros, Thiele Cabral Coelho; Blattner, Clarissa Netto; Boniatti, Márcio Manozzo

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar se há associação entre o balanço hídrico nas 48 horas após a extubação e a falha da extubação. Métodos: Este é um estudo de coorte prospectiva que incluiu os pacientes admitidos à unidade de terapia intensiva de um hospital terciário no sul do Brasil entre março e dezembro de 2019. Incluíram-se os pacientes que necessitaram de ventilação mecânica por pelo menos 24 horas e foram extubados durante o período do estudo. O desfecho primário foi falha da extubação, considerada como necessidade de reintubar dentro das primeiras 72 horas após a extubação. O desfecho secundário foi um desfecho combinado de falha da extubação ou necessidade de ventilação não invasiva terapêutica. Resultados: Foram incluídos 101 pacientes. Observou-se falha da extubação em 29 (28,7%) deles. Na análise univariada, pacientes com balanço hídrico negativo acima de 1L no período de 48 horas após a extubação tiveram menor taxa de falha da extubação (12,0%), em comparação a pacientes com balanço hídrico negativo nas 48 horas após a extubação menor que 1L (34,2%; p = 0,033). A duração da ventilação mecânica e o balanço hídrico negativo nas 48 horas após a extubação inferior a 1L se associaram com falha da extubação na análise multivariada quando corrigido pelo Simplified Acute Physiology Score 3. Quando avaliou-se o desfecho combinado, apenas o balanço hídrico nas 48 horas pós-extubação inferior a 1L manteve associação, quando corrigido pelo Simplified Acute Physiology Score 3 e duração da ventilação mecânica. Conclusão: O balanço hídrico nas 48 horas após a extubação se associa com falha da extubação. São necessários mais estudos para avaliar se evitar um balanço hídrico positivo nesse período poderia melhorar os desfechos do desmame.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To assess whether there is an association between 48-hour postextubation fluid balance and extubation failure. Methods: This was a prospective cohort study that included patients admitted to the intensive care unit of a tertiary hospital in southern Brazil from March 2019 to December 2019. Patients who required mechanical ventilation for at least 24 hours and who were extubated during the study period were included. The primary outcome was extubation failure, considered as the need for reintubation in the first 72 hours after extubation. The secondary outcome was a combined outcome with extubation failure or the need for therapeutic noninvasive ventilation. Results: A total of 101 patients were included. Extubation failure was observed in 29 (28.7%) patients. In univariate analysis, patients with a negative 48-hour postextubation fluid balance higher than one liter had a lower rate of extubation failure (12.0%) than patients with a negative 48-hour postextubation fluid balance lower than 1L (34.2%; p = 0.033). Mechanical ventilation duration and negative 48-hour postextubation fluid balance lower than one liter were associated with extubation failure when corrected for Simplified Acute Physiology Score 3 in multivariate analysis. When we evaluated the combined outcome, only negative 48-hour postextubation lower than 1L maintained an association when corrected for for Simplified Acute Physiology Score 3 and mechanical ventilation duration. Conclusion: The 48-hour postextubation fluid balance is associated with extubation failure. Further studies are necessary to assess whether avoiding positive fluid balance in this period might improve weaning outcomes.
  • Uma análise de custo-efetividade de propofol versus midazolam para sedação de pacientes adultos admitidos à unidade de terapia intensiva Artigo Original

    Andrade, Teresa Raquel; Salluh, Jorge Ibrain Figueira; Garcia, Raphaela; Farah, Daniela; Silva, Paulo Sérgio Lucas da; Bastos, Danielle F.; Fonseca, Marcelo Cunio Machado

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Construir um modelo de custo-efetividade para comparar o uso de propofol com o de midazolam em pacientes críticos adultos sob uso de ventilação mecânica. Métodos: Foi construído um modelo de árvore decisória para pacientes críticos submetidos à ventilação mecânica, o qual foi analisado sob a perspectiva do sistema privado de saúde no Brasil. O horizonte temporal foi o da internação na unidade de terapia intensiva. Os desfechos foram custo-efetividade por hora de permanência na unidade de terapia intensiva evitada e custo-efetividade por hora de ventilação mecânica evitada. Foram obtidos os dados do modelo a partir de metanálise prévia. Assumiu-se que o custo da medicação estava incluído nos custos da unidade de terapia intensiva. Conduziram-se análises univariada e de sensibilidade probabilística. Resultados: Pacientes mecanicamente ventilados em uso de propofol tiveram diminuição de sua permanência na unidade de terapia intensiva e na duração da ventilação mecânica, respectivamente, em 47,97 horas e 21,65 horas. Com o uso de propofol, ocorreu redução média do custo de U$2.998,971 em comparação ao uso do midazolam. A custo-efetividade por hora de permanência na unidade de terapia intensiva evitada e por hora de ventilação mecânica evitada foi dominante, respectivamente, em 94,40% e 80,8% do tempo. Conclusão: Ocorreu diminuição significante do custo associado ao uso de propofol, no que se refere à permanência na unidade de terapia intensiva e à duração da ventilação mecânica para pacientes críticos adultos.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To build a cost-effectiveness model to compare the use of propofol versus midazolam in critically ill adult patients under mechanical ventilation. Methods: We built a decision tree model for critically ill patients submitted to mechanical ventilation and analyzed it from the Brazilian private health care system perspective. The time horizon was that of intensive care unit hospitalization. The outcomes were cost-effectiveness per hour of intensive care unit stay avoided and cost-effectiveness per hour of mechanical ventilation avoided. We retrieved data for the model from a previous meta-analysis. We assumed that the cost of medication was embedded in the intensive care unit cost. We conducted univariate and probabilistic sensitivity analyses. Results: Mechanically ventilated patients using propofol had their intensive care unit stay and the duration of mechanical ventilation decreased by 47.97 hours and 21.65 hours, respectively. There was an average cost reduction of US$ 2,998.971 for propofol when compared to midazolam. The cost-effectiveness per hour of intensive care unit stay and mechanical ventilation avoided were dominant 94.40% and 80.8% of the time, respectively. Conclusion: There was a significant reduction in costs associated with propofol use related to intensive care unit stay and duration of mechanical ventilation for critically ill adult patients.
  • Avaliação de dor do recém-nascido durante punção arterial: estudo observacional analítico Artigo Original

    Alberice, Rayanne Marques Costa; Silva, Silvia Cristina Oliveira da; Leite, Anna Caroline Costa; Manzo, Bruna Figueiredo; Simão, Delma Aurélia da Silva; Marcatto, Juliana de Oliveira

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar a intensidade de dor durante a punção arterial realizada em recém-nascidos internados em uma unidade de cuidados progressivos neonatais e avaliar a percepção do profissional em relação à dor neonatal. Métodos: Estudo observacional analítico, em que foram observadas 62 punções arteriais realizadas em 35 neonatos. Avaliou-se a dor durante a coleta pela escala Premature Infant Pain Profile. Os profissionais responsáveis pela coleta avaliaram a dor pela escala numérica verbal de zero a dez. Os dados foram submetidos à análise estatística descritiva por meio do programa Statistical Package for the Social Science. Resultados: Entre os recém-nascidos, 30,6% (n = 19) não tiveram dor ou tiveram dor leve (0 - 6), 24,2% (n = 15) apresentaram dor leve a moderada (7 - 11) e 45,2% (28) dor intensa (12 - 21). Constatou-se que os profissionais identificam a dor durante o procedimento. Conclusão: A punção arterial é considerada um procedimento doloroso e pode resultar em dor leve a intensa, sendo necessária a adoção de estratégias sistematizadas de avaliação, possibilitando a intervenção terapêutica adequada.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To evaluate pain intensity during arterial puncture performed in newborns admitted to a neonatal progressive care unit and to evaluate the perception of health professionals regarding neonatal pain. Methods: This was an observational analytical study in which 62 arterial punctures were performed in 35 neonates. Pain was assessed during collection using the Premature Infant Pain Profile scale. The health professionals responsible for collection evaluated pain using a verbal numerical scale ranging from zero to ten. The data were subjected to descriptive statistical analysis using the Statistical Package for the Social Science software. Results: Among the newborns, 30.6% (n = 19) had no pain or mild pain (0 - 6), 24.2% (n = 15) had mild to moderate pain (7 - 11) and 45.2% (28) had severe pain (12 - 21). It was found that health professionals identified pain during the procedure. Conclusion: Arterial puncture is considered a painful procedure that can result in mild to severe pain. The adoption of systematic evaluation strategies is necessary to enable appropriate therapeutic intervention.
  • Eficácia do topiramato como terapia adicional em pacientes com estado epiléptico refratário: uma breve revisão sistemática Artigo De Revisão

    Welling, Leonardo Christiaan; Rabelo, Nícollas Nunes; Yoshikawa, Marcia Harumy; Telles, João Paulo Mota; Teixeira, Manoel Jacobsen; Figueiredo, Eberval Gadelha

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Identificar evidências atuais sobre topiramato para o estado de mal epiléptico refratário. Métodos: Foi revisada a literatura para investigar a eficácia do topiramato no tratamento de estado de mal epiléptico refratário. Os termos de busca utilizados foram: “status epilepticus”, “refractory”, “treatment” e “topiramate”. Não se empregaram restrições. Resultados: A busca identificou 487 artigos que descreviam o uso de topiramato para tratamento de estado de mal epiléptico refratário e seus resultados. Relatos de caso, revisões e experimentos em animais foram excluídos. Após exclusão de duplicatas e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, restaram nove estudos. Realizaram-se análises descritivas e qualitativas, com os seguintes resultados: as taxas de resposta, definidas como término de crises até 72 horas após administração de topiramato, variaram entre 27% e 100%. A mortalidade variou de 5,9% a 68%. Desfechos funcionais positivos, definidos como alta hospitalar, volta à funcionalidade basal ou reabilitação, foram documentados por sete estudos, e as taxas variaram entre 4% e 55%. A maioria dos estudos reportou apenas efeitos colaterais leves ou ausentes. Conclusão: Topiramato foi efetivo em abortar estado de mal epiléptico refratário, apresentando baixa mortalidade e boa tolerabilidade. Portanto, topiramato poderia ser uma boa opção como terceira linha para estado de mal epiléptico refratário, porém mais estudos são necessários.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Objective: To identify current evidence on the use of topiramate for refractory status epilepticus. Methods: We reviewed the literature to investigate the efficacy of topiramate in the treatment of refractory status epilepticus. The search terms used were “status epilepticus”, “refractory”, “treatment” and “topiramate”. No restrictions were used. Results: The search yielded 487 articles that reported using topiramate as a treatment for refractory status epilepticus and its outcomes. Case reports, review articles, and animal experiments were excluded. After excluding duplicates and applying inclusion and exclusion criteria, nine studies were included for analyses. Descriptive and qualitative analyses were performed, and the results were as follows: response rates (defined as termination in-hospital until 72 hours after the administration of topiramate) varied from 27% to 100%. The mortality rate varied from 5.9% to 68%. Positive functional long-term outcomes, defined as discharge, back to baseline or rehabilitation, were documented by seven studies, and the rates ranged between 4% and 55%. Most studies reported no or mild adverse effects. Conclusion: Topiramate was effective in terminating refractory status epilepticus, presented relatively low mortality and was well tolerated. Therefore, topiramate could be a good option as a third-line therapy for refractory status epilepticus, but further studies are necessary.
  • Pico de fluxo da tosse para predizer o resultado da extubação: uma revisão sistemática e metanálise Artigo De Revisão

    Ferreira, Natália de Araújo; Ferreira, Arthur de Sá; Guimarães, Fernando Silva

    Resumo em Português:

    RESUMO Objetivo: Avaliar a utilidade do pico de fluxo da tosse para predizer o desfecho da extubação em pacientes que obtiveram sucesso no teste de respiração espontânea. Métodos: A busca cobriu as bases de dados científicos MEDLINE, Lilacs, Ibecs, Cinahl, SciELO, Cochrane, Scopus, Web of Science e literatura cinzenta. Utilizaram-se os critérios Quality Assessment of Diagnostic Accuracy Studies para avaliar a qualidade da metodologia e o risco de viés dos estudos. A heterogeneidade estatística da razão de verossimilhança (LR) e razão de chance diagnóstica (RCD) do diagnóstico foram avaliadas com utilização de gráficos em floresta, teste Q de Cochran e um gráfico crosshair summary Receiver Operating Characteristic, utilizando um modelo com múltiplos pontos de corte. Resultados: Inicialmente obteve-se, nas bases de dados, um total de 3.522 referências; dentre estas, selecionaram-se para análise qualitativa 12 estudos que incluíram 1.757 participantes. Muitos estudos apresentavam um risco de viés incerto em termos da seleção de pacientes e do fluxo e tempo. Dentre os 12 estudos incluídos, sete tinham alto risco e cinco risco incerto para o item padrão de referência. O desempenho diagnóstico do pico de fluxo da tosse para o resultado da extubação foi baixo a moderado quando se consideram os resultados de todos os estudos incluídos, com +LR de 1,360 (IC95% 1,240 - 1,530), -LR de 0,218 (IC95% 0,159 - 0,293) e razão de chance diagnóstica de 6,450 (IC95% 4,490 - 9,090). Uma análise de subgrupos que incluiu somente estudos com valores de corte entre 55 e 65 L/minuto demonstrou desempenho ligeiramente melhor, porém ainda moderado. Conclusão: A avaliação do pico de fluxo da tosse, considerando valor de corte entre 55 e 65 L/minuto, pode ser útil como medida complementar antes da extubação. São necessários estudos com melhor delineamento para elucidar o melhor método e equipamento para registrar o pico de fluxo da tosse, assim como o melhor ponto de corte.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective: This systematic review was designed to assess the usefulness of cough peak flow to predict the extubation outcome in subjects who passed a spontaneous breathing trial. Methods: The search covered the scientific databases MEDLINE, Lilacs, Ibecs, Cinahl, SciELO, Cochrane, Scopus, Web of Science and gray literature. The Quality Assessment of Diagnostic Accuracy Studies was used to assess the methodological quality and risk of study bias. The statistical heterogeneity of the likelihood (LR) and diagnostic odds ratios were evaluated using forest plots and Cochran’s Q statistic, and a crosshair summary Receiver Operating Characteristic plot using the multiple cutoffs model was calculated. Results: We initially retrieved 3,522 references from the databases; among these, 12 studies including 1,757 subjects were selected for the qualitative analysis. Many studies presented an unclear risk of bias in the “patient selection” and “flow and time” criteria. Among the 12 included studies, seven presented “high risk” and five “unclear risk” for the item “reference standard.” The diagnostic performance of the cough peak flow for the extubation outcome was low to moderate when we considered the results from all included studies, with a +LR of 1.360 (95%CI 1.240 - 1.530), -LR of 0.218 (95%CI 0.159 - 0.293) and a diagnostic odds ratio of 6.450 (95%CI 4.490 - 9.090). A subgroup analysis including only the studies with a cutoff between 55 and 65 L/minute showed a slightly better, although still moderate, performance. Conclusion: A cough peak flow assessment considering a cutoff between 55 and 65L/minute may be useful as a complementary measurement prior to extubation. Additional well-designed studies are necessary to identify the best method and equipment to record the cough peak flow as well as the best cutoff.
  • Síndrome da encefalopatia posterior reversível em paciente com COVID-19 submetida à oxigenação por membrana extracorpórea Relato De Caso

    Martins, João Francisco; Cruz, Luis Rito; Pereira, Daniela Jardim; Sousa, Jose Eduardo; Martins, Paulo

    Resumo em Português:

    RESUMO Uma mulher com 63 anos de idade compareceu ao pronto-socorro com história aguda de febre, prostração e dispneia. Recebeu diagnóstico de quadro grave da COVID-19 e síndrome do desconforto respiratório agudo. Apesar de suporte clínico intensivo, cumpriu os critérios para ser submetida à oxigenação venovenosa por membrana extracorpórea. No dia 34, após 7 dias de desmame da sedação com evolução positiva de seu quadro neurológico, apresentou uma crise tônico-clônica generalizada limitada, não relacionada com desequilíbrio hidroeletrolítico ou metabólico, que levou à necessidade de investigação diagnóstica. Seus exames de imagem cerebral revelaram síndrome da encefalopatia posterior reversível. Este caso enfatiza a questão das complicações neurológicas em pacientes com COVID-19 grave e a importância do diagnóstico e suporte precoces.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT A 63-year-old woman presented to the emergency department with an acute history of fever, prostration and dyspnea. She was diagnosed with severe COVID-19 acute respiratory distress syndrome and, despite optimized critical care support, met the indications for veno-venous extracorporeal membrane oxygenation. On day 34, after 7 days of wean sedation with a positive evolution of neurologic status, she presented a limited generalized tonic-clonic seizure not related to hydroelectrolytic or metabolic imbalance, which led to a diagnostic investigation; her brain imaging tests showed a posterior reversible encephalopathy syndrome. This case emphasizes the issue of neurological complications in patients with severe COVID-19 infection and the importance of early diagnosis and support.
  • Lesão pulmonar autoinflingida: é possível identificar o risco? Relato de caso Relato De Caso

    Pérez, Joaquín; Dorado, Javier Hernán; Navarro, Emiliano; Accoce, Matías

    Resumo em Português:

    RESUMO A respiração espontânea pode ser prejudicial para pacientes com pulmões previamente lesados, especialmente na vigência de síndrome do desconforto respiratório agudo. Mais ainda, a incapacidade de assumir a respiração totalmente espontânea durante a ventilação mecânica e a necessidade de voltar à ventilação mecânica controlada se associam com mortalidade mais alta. Existe uma lacuna no conhecimento em relação aos parâmetros que poderiam ser úteis para predizer o risco de lesão pulmonar autoinflingida pelo paciente e detecção da incapacidade de assumir a respiração espontânea. Relata-se o caso de um paciente com lesão pulmonar autoinflingida e as correspondentes variáveis, básicas e avançadas, de monitoramento da mecânica do sistema respiratório, além dos resultados fisiológicos e clínicos relacionados à respiração espontânea durante ventilação mecânica. O paciente era um homem caucasiano com 33 anos de idade e história clínica de AIDS, que apresentou síndrome do desconforto respiratório agudo e necessitou ser submetido à ventilação mecânica invasiva após falha do suporte ventilatório não invasivo. Durante os períodos de ventilação controlada, adotou-se estratégia de ventilação protetora, e o paciente mostrou evidente melhora, tanto do ponto de vista clínico quanto radiográfico. Contudo, durante cada período de respiração espontânea sob ventilação com pressão de suporte, apesar dos parâmetros iniciais adequados, das regulagens rigorosamente estabelecidas e do estrito monitoramento, o paciente desenvolveu hipoxemia progressiva e piora da mecânica do sistema respiratório, com deterioração radiográfica claramente correlacionada (lesão pulmonar autoinflingida pelo paciente). Após falha de três tentativas de respiração espontânea, o paciente faleceu por hipoxemia refratária no 29° dia. Neste caso, as variáveis básicas e avançadas convencionais não foram suficientes para identificar a aptidão para respirar espontaneamente ou predizer o risco de desenvolver lesão pulmonar autoinflingida pelo paciente durante a ventilação de suporte parcial.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Spontaneous breathing can be deleterious in patients with previously injured lungs, especially in acute respiratory distress syndrome. Moreover, the failure to assume spontaneous breathing during mechanical ventilation and the need to switch back to controlled mechanical ventilation are associated with higher mortality. There is a gap of knowledge regarding which parameters might be useful to predict the risk of patient self-inflicted lung injury and to detect the inability to assume spontaneous breathing. We report a case of patient self-inflicted lung injury, the corresponding basic and advanced monitoring of the respiratory system mechanics and physiological and clinical results related to spontaneous breathing. The patient was a 33-year-old Caucasian man with a medical history of AIDS who developed acute respiratory distress syndrome and needed invasive mechanical ventilation after noninvasive ventilatory support failure. During the controlled ventilation periods, a protective ventilation strategy was adopted, and the patient showed clear clinical and radiographic improvement. However, during each spontaneous breathing period under pressure support ventilation, despite adequate initial parameters and a strictly adjusted ventilatory setting and monitoring, the patient developed progressive hypoxemia and worsening of respiratory system mechanics with a clearly correlated radiographic deterioration (patient self-inflicted lung injury). After failing three spontaneous breathing assumption trials, he died on day 29 due to refractory hypoxemia. Conventional basic and advanced monitoring variables in this case were not sufficient to identify the aptitude to breathe spontaneously or to predict the risk and development of patient self-inflicted lung injury during partial support ventilation.
  • Uso de um método não invasivo no monitoramento da pressão intracraniana em unidade de terapia intensiva para melhorar a neuroproteção em pacientes no pós-operatório de cirurgia cardíaca após circulação extracorpórea Relato De Caso

    Rojas, Salomón Soriano Ordinola; Ordinola, Amanda Ayako Minemura; Veiga, Viviane Cordeiro; Souza, Januário Manoel de

    Resumo em Português:

    RESUMO Desde a instituição da circulação extracorpórea, há cinco décadas, a lesão cerebral decorrente desse procedimento durante cirurgias cardiovasculares tem sido uma complicação frequente. Não existe uma causa única de lesão cerebral pelo uso de circulação extracorpórea, porém se sabe que acomete cerca de 70% dos pacientes submetidos a esse procedimento. A avaliação da pressão intracraniana é um dos métodos que podem orientar os cuidados com os pacientes submetidos a procedimentos associados com distúrbios neurológicos. Este artigo descreve dois casos de pacientes submetidos à cirurgia cardiovascular com circulação extracorpórea, para os quais os procedimentos de neuroproteção na fase pós-operatória foram guiados pelos achados relacionados ao formato das ondas de pressão intracraniana, obtidos por meio de um método não invasivo de monitoramento.

    Resumo em Inglês:

    ABSTRACT Brain injury caused by extracorporeal circulation during cardiovascular surgical procedures has been a recurring complication since the implementation of extracorporeal circulation five decades ago. There is no unique cause of brain injury due to the use of extracorporeal circulation, but it is known that brain injury affects about 70% of patients who undergo this procedure. Intracranial pressure assessment is one method that can guide the management of patients undergoing procedures associated with neurological disturbances. This study describes two cases of patients who underwent cardiovascular surgery with extracorporeal circulation in whom clinical protocols for neuroprotection in the postoperative phase were guided by intracranial pressure waveform findings obtained with a novel noninvasive intracranial pressure monitoring method.
  • Percepção dos profissionais das unidades de pacientes críticos sobre morte encefálica Carta Ao Editor

    Knihs, Neide da Silva; Paim, Sibele Maria Schuantes
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