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Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 44, Número: 3, Publicado: 2022
  • Routine Enquiry for Domestic Violence during Antenatal Care: An Opportunity to Improve Women’s Health Editorial

    Surita, Fernanda Garanhani; Sánchez, Odette del Risco
  • Interação do estresse oxidativo e da expressão dos genes das óxido nítrico sintases nas respostas cardiovasculares na pré-eclâmpsia Original Article

    Herur, Anita; Aithala, Manjunatha; Das, Kusal K.; Mallapur, Ashalata; Hegde, Rajat; Kulkarni, Suyamindra

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar a influência do estresse oxidativo na expressão genética das óxido nítrico sintases (nitric oxide synthases, NOS, em inglês; NOS 3 e NOS 2) e, consequentemente, nas respostas cardiovasculares na pré-eclâmpsia. Métodos Este foi um estudo caso-controle no qual pacientes com pré-eclâmpsia (grupo PE) e controles comgravidez normal (grupo GN) foramincluídos de acordo com as diretrizes do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). Foram estimados os níveis séricos de malondialdeído (MDA) da capacidade antioxidante total, e de óxido nítrico (nitric oxide, NO, em inglês). A frequência cardíaca e a pressão arterial média foram registradas. O perfil genético da NOS3 e da NOS2 foi feito por reação em cadeia de polimerase em tempo real (real-time polymerase chain reaction, RT-PCR, em inglês). A análise estatística foi feita utilizando-se o teste t de Student, e valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados Os níveis séricos de malondialdeído sérico estavam aumentados (p<0,0001), e a capacidade antioxidante total, reduzida no grupo PE (p=0,034), o que indicava estresse oxidativo. No grupo PE, a pressão arterial média era significativamente maior (p<0,0001), mas os níveis séricos de NO não demostraram redução estatisticamente significativa (p=0,20). O perfil de expressão genética da NOS3 e da NOS2 revelou uma regulação negativa no grupo PE de 8,49 e 51,05 vezes, respectivamente. Conclusão O estresse oxidativo pode levar à disfunção endotelial, o que pode resultar em aumento da pressão arterialmédia. O NO pode desempenhar umpapel neste mecanismo, mas as interações com outras substâncias vasoativas/biológicas não podem ser negligenciadas, uma vez que a expressão genética da NOS3 e da NOS2 foi reduzida.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To assess the influence of oxidative stress on the gene expression of nitric oxide synthases (NOS 3 and NOS 2) and, hence, the cardiovascular responses in preeclampsia. Methods This was a case control study in which patients with preeclampsia (PE group) and normal pregnancy controls (NP group) were included according to the guidelines of the American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG). The serum levels of malondialdehyde (MDA), total antioxidant capacity, and nitric oxide (NO) were estimated, and the heart rate andmean arterial pressure were recorded. The gene profiling of NOS3 and NOS2 was performed through real-time polymerase chain reaction (RT-PCR). The statistical analysis was performed using the Student t-test, and values of p<0.05 were considered statistically significant. Results The serum levels of malondialdehyde were increased (p<0.0001), and the total antioxidant capacity was reduced in the PE group (p=0.034), indicating oxidative stress. In the PE group, themean arterial pressure was significantly higher (p<0.0001), but the serum levels of NO did not show a statistically significant reduction (p=0.20). The gene expression profiling of NOS3 and NOS2 revealed a down regulation in the PE group by 8.49 and 51.05 times respectively. Conclusion Oxidative stress may lead to endothelial dysfunction, which could result in increased mean arterial pressure. Nitric oxide may play a role in this mechanism, but interactions with other vasoactive /biological substances cannot be overlooked, as the gene expression of NOS3 and NOS2 has been reduced.
  • Impacto do método de contagem de carboidratos em gestantes com diabetes mellitus prévio: Um ensaio clínico controlado Original Article

    Oliveira, Larissa Mello de; Belfort, Gabriella Pinto; Padilha, Patricia de Carvalho; Rosado, Eliane Lopes; Silva, Letícia Barbosa Gabriel da; Fagherazzi, Sanmira; Zajdenverg, Lenita; Zagury, Roberto Luís; Saunders, Claudia

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar o efeito do método de contagem de carboidratos no controle glicêmico, desfechos maternos e perinatais de gestantes com diabetes mellitus (DM) pré-gestacional. Métodos Ensaio clínico controlado não randomizado realizado com 89 gestantes com DM pré-gestacional atendidas em hospital público do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, entre 2009 e 2014, divididas emgrupo controle histórico e grupo intervenção. O grupo intervenção (n=51) recebeu orientação nutricional combase nométodo de contagem de carboidratos (CCM) e o grupo controle histórico (n=38) foi orientado pelo método tradicional (MT). Os testes de Mann-Whitney ou de Wilcoxon foram usados para comparar os desfechos intra- e intergrupos e, para avaliar a glicemia pós-prandial, análise de variância (ANOVA, na sigla em inglês) para medidas repetidas foi usada. Resultados Somente o grupo com método CCM apresentou redução da glicemia de jejum. A glicemia pós-prandial diminuiu no 2° (p=0,00) e 3° (p=0,00) trimestres gestacionais no grupo com método CCM, e no grupo com método tradicional, a redução ocorreu apenas no 2° trimestre (p=0,015). Para os resultados perinatais e distúrbios hipertensivos da gravidez, não houve diferenças entre os grupos. O parto cirúrgico foi realizado em 82% das gestantes e esteve associado a distúrbios hipertensivos gestacionais (p=0,047). Conclusão Ambos osmétodos de orientação nutricional contribuírampara a redução da glicemia pós-prandial e não foram observadas diferenças para os resultados maternos e perinatais. No entanto, o método CCM apresentou melhor efeito sobre a glicemia pós-prandial e foi o único que induziu redução da glicemia de jejum.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To evaluate the effect of the carbohydrate counting method (CCM) on glycemic control,maternal, and perinatal outcomes of pregnant women with pregestational diabetes mellitus (DM). Methods Nonrandomized controlled clinical trial performed with 89 pregnant women who had pregestational DMand received prenatal care in a public hospital in Rio de Janeiro, state of Rio de Janeiro, Brazil, between 2009 and 2014, subdivided into historic control group and intervention group, not simultaneous. The intervention group (n=51) received nutritional guidance from the carbohydrate counting method (CCM), and the historical control group (n=38), was guided by the traditionalmethod (TM). The Mann-Whitney test or the Wilcoxon test were used to compare intra- and intergroup outcomes andanalysis of variance (ANOVA) for repeated measures, corrected by the Bonferroni post-hoc test,was used to assess postprandial blood glucose. Results Only the CCM group showed a reduction in fasting blood glucose. Postprandial blood glucose decreased in the 2nd (p=0.00) and 3rd (p=0.00) gestational trimester in the CCM group, while in the TM group the reduction occurred only in the 2nd trimester (p=0.015). For perinatal outcomes and hypertensive disorders of pregnancy, there were no differences between groups. Cesarean delivery was performed in 82% of the pregnant women and was associated with hypertensive disorders (gestational hypertension or pre-eclampsia; p=0.047). Conclusion Both methods of nutritional guidance contributed to the reduction of postprandial glycemia of women and no differences were observed for maternal and perinatal outcomes. However, CCM had a better effect on postprandial glycemia and only this method contributed to reducing fasting blood glucose throughout the intervention. ReBEC Clinical Trials Database The present study was registered in the ReBEC Clinical Trials Database (Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos, number RBR-524z9n).
  • O tratamento com aspirina pode modificar a avaliação das artérias uterinas? Original Article

    Vallejo, Gabriela Marisol; Uriel, Montserrat; Porras-Ramírez, Alexandra; Romero, Ximena Carolina

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Analisar se a ingestão de acetilsalicílico (ASA) modifica o índice médio de pulsatilidade das artérias uterinas (UtA-PI) no 2° ou 3° trimestre em uma coorte de gestantes com média anormal de UtA-PI entre 11 e 14 semanas. Métodos Este é um estudo de coorte retrospectivo. Gravidezes únicas com média anormal de UtA-PI entre 11 e 14 semanas foram estudadas. As participantes foram divididas em 3 grupos: 1) Se a participante não tomou ASA durante a gravidez, 2) Se a participante tomou AAS antes das 14 semanas e 3) Se a participante tomou ASA após 14 semanas. A média do UtA-PI foi avaliada nos 2° e 3° trimestres e considerou-se que melhorava quando diminuía<95° percentil. Foram calculados a razão de prevalência (RP) e o número necessário para tratar (NNT). Resultados Foram avaliadas 72 participantes com média de UtA-PI>95° percentil no 1° trimestre de gravidez. Das 18 participantes que tomaram ASA, 8 participantes começaram antes de 14 semanas e 10 depois. Um total de 33,3% desses participantes melhoraram a média de UtA-PI nos 2° e 3° trimestres, embora não tenha sido estatisticamente significante (p=0,154). A razão de prevalência foi de 0,95 (intervalo de confiança [IC95%]: 0,31-1,89), mas entre os 1° e o 2° trimestres, a RP foi de 0,92 (IC95%: 0,21-0,99) e foi estatisticamente significativa. Conclusão O presente trabalho demonstra uma modificação da média de UtA-PI em participantes que faziam uso de ASA em comparação com aqueles que não faziam. É importante verificar se o ASA pode modificar os limites normais das artérias uterinas porque isso pode ter um impacto na vigilância.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To analyze whether acetylsalicylic (ASA) intake modifies the mean uterine arteries pulsatility index (UtA-PI) at the 2nd or 3rd trimester in a cohort of pregnant women with abnormal mean UtA-PI at between 11 and 14 weeks of gestation. Methods This is a retrospective cohort study. Singleton pregnancies with abnormal mean UtA-PI at between 11 and 14 weeks of gestation were studied. The participants were divided into 3 groups: 1) If the participant did not take ASA during pregnancy; 2) If the participant took ASA before 14 weeks of gestation; and 3) If the participant took ASA after 14 weeks of gestation. The mean UtA-PI was evaluated at the 2nd and 3rd trimesters, and it was considered to improve when it decreased below the 95th percentile. The prevalence ratio (PR) and the number needed to treat (NNT) werecalculated. Results A total of 72 participants with a mean UtA-PI>95th percentile at the 1st trimester of gestation were evaluated. Out of the 18 participants who took ASA, 8 participants started it before 14 weeks of gestation and 10 after. A total of 33.3% of these participants had improved the mean UtA-PI at the 2nd and 3rd trimesters of gestation, although it was not statistically significant (p=0.154). The prevalence ratio was 0.95 (95% confidence interval [CI]: 0.31-1.89), but between the 1st and 2nd trimesters of gestation, the PR was 0.92 (95%CI: 0.21-0.99) and it was statistically significant. Conclusion The present work demonstrates a modification of the mean UtA-PI in participants who took ASA compared with those who did not. It is important to check if ASA can modify the normal limits of uterine arteries because this could have an impact on surveillance.
  • Resultados clínicos históricos de crianças com mielomeningocele com critérios para cirurgia fetal: Um estudo de coorte retrospectivo de pacientes brasileiros Original Article

    Peixoto-Filho, Fernando Maia; Cervante, Tatiana Protzenko; Bellas, Antonio Rosa; Gomes Junior, Saint Clair; Lapa, Denise Araújo; Acácio, Gregório Lorenzo; Carvalho, Paulo Roberto Nassar de; Sá, Renato Augusto Moreira de

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Analisar os resultados clínicos históricos de crianças commielomeningocele (MMC) com critérios para cirurgia fetal,mas que foram submetidas a cirurgia pós-natal. Métodos Dados de crianças submetidas à correção deMMCpós-natal entre janeiro de 1995 e janeiro de 2015 foram coletados nos prontuários do Ambulatório de Neurocirurgia. Foram incluídas crianças se tivessem ≥ 1 ano de acompanhamento pósoperatório e atendessem os critérios para cirurgia fetal. As informações dessas crianças foram então estratificadas de acordo com se receberam ou não derivação do líquido cefalorraquidiano. O desfecho primário foi a mortalidade e os desfechos secundários foram atrasos educacionais, hospitalização, infecções recorrentes do trato urinário einsuficiência renal. Resultados Durante o período de 20 anos, 231 crianças com MMC foram acompanhadas. Com base nos dados clínicos registrados no momento do nascimento, 165 (71,4%) atendiam critérios para a cirurgia fetal. Dos 165 pacientes, 136 (82,4%) foram submetidos à colocação de derivação do líquido cefalorraquidiano. A taxa de mortalidade foi de 5,1% no grupo com derivação do líquido cefalorraquidiano e 0% no grupo sem risco relativo (RR) 3,28 (intervalo de confiança 95%, IC 95%, 0,19-55,9). Os RRs estatisticamente significativos para resultados adversos no grupo com derivação do líquido cefalorraquidiano foram 1,86 (IC 95%, 1,01-3,44) para infecção do trato urinário, 30 (IC 95%, 1,01-537) para insuficiência renal e 1,77 (IC 95%, 1,09-2,87) para hospitalizações. Conclusão Crianças com MMC com critérios para cirurgia fetal submetidas à colocação de derivação do líquido cefalorraquidiano eram mais propensas a ter infecções recorrentes do trato urinário, desenvolver insuficiência renal e serem hospitalizadas. Como aproximadamente metade dos procedimentos de derivação poderiam ser evitados por cirurgia fetal, há um benefício clínico e um possível benefício financeiro com a implementação dessa tecnologia em nosso meio.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To analyze the historical clinical outcomes of children with myelomeningocele (MMC) meeting the criteria for fetal surgery, but who underwent postnatal primary repair. Methods Data from children undergoing postnatal MMC repair between January 1995 and January 2015 were collected from the Neurosurgery Outpatient Clinic’s medical records. Children were included if they had ≥1 year of postoperative follow-up andmet the criteria for fetal surgery. The children’s data were then stratified according to whether they received a shunt or not. The primary outcome was mortality, and secondary outcomes were educational delays, hospitalization, recurrent urinary tract infections (UTIs), and renal failure. Results Over the 20-year period, 231 children with MMC were followed up. Based on clinical data recorded at the time of birth, 165 (71.4%) qualify of fetal surgery. Of the 165 patients, 136 (82.4%) underwent shunt placement. The mortality rate was 5.1% in the group with shunt and 0% in the group without, relative risk (RR) 3.28 (95% confidence interval, 95% CI, 0.19-55.9). The statistically significant RRs for adverse outcomes in the shunted group were 1.86 (95% CI, 1.01-3.44) for UTI, 30 (95% CI, 1.01-537) for renal failure, and 1.77 (95% CI, 1.09-2.87) for hospitalizations. Conclusion Children with MMC qualifying for fetal surgery who underwent shunt placement were more likely to have recurrent UTIs, develop renal failure, and be hospitalized. Since approximately half of the shunt procedures could be avoided by fetal surgery, there is a clinical benefit and a possible financial benefit to the implementation of this technology in our setting.
  • Prevenção da ovulação prematura por meio da administração de antagonismo de liberação de gonadotropismo no dia seguinte à ovulação Original Article

    Sik, Bulat Aytek; Ozolcay, Ozan; Aba, Yilda Arzu; Sismanoglu, Alper; Savas, Sifa; Oral, Serkan

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O objetivo do presente estudo retrospectivo foi investigar a eficácia da administração do antagonista do hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH) em dose única no dia seguinte ao desencadeamento da gonadotrofina coriônica humana (hCG) para a maturação final do oócito, na prevenção da luteinização prematura em pacientes com diminuição do ovário reserva em ciclos de fertilização in vitro (FIV). O objetivo secundário do estudo foi pesquisar o efeito deste protocolo nos resultados da gravidez. Métodos Trata-se de um estudo retrospectivo incluindo 267 pacientes inférteis que apresentam um único folículo antral visto por ultrassonografia no 2° ou 3° dia do ciclo menstrual antes de iniciar o tratamento de FIV. Nós randomizamos os pacientes em dois grupos. Os pacientes que receberam injeção de antagonista de GnRH em dose única no dia seguinte ao desencadeamento do hCG formaram o grupo caso, e os pacientes que receberam o regime de tratamento padrão formaram o grupo controle. Em ambos os grupos, os oócitos foram coletados 36 horas após a injeção de hCG. Resultados A taxa de ovulação prematura foi significativamente baixa no grupo caso em comparação com o grupo controle (6,86 versus 20,6% por ciclo programado) (p=0,022). Além disso, a taxa de recuperação de oócitos (93,14 versus 67,87% por ciclo programado) (p=0,013), a taxa de maturidade do oócito (79,42 versus 47,87%) (p=0,041), a taxa de fertilização (65,68 versus 34,54%) (p=0,018) e a taxa de transferência de embriões por ciclo programado (44,11 versus 18,78%) (p=0,003) foram maiores no grupo antagonista de GnRH do que no grupo controle. Conclusão A administração de antagonista de GnRH, no dia seguinte ao desencadeamento de hCG em tratamentos de FIV de pacientes com reserva ovariana diminuída permitiu uma redução significativa na taxa de ovulação precoce,mas não teve efeito na taxa de nascidos vivos.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The aim of the present retrospective study was to investigate the effectiveness of single-dose gonadotropin releasing hormone (GnRH) antagonist administration, the day after human chorionic gonadotropin (hCG) triggering for final oocyte maturation, on the prevention of premature luteinization in patients with diminished ovarian reserve in in-vitro fertilization (IVF) cycles. The secondary objective of the study was to search the effect of this protocol on pregnancy outcomes. Methods This is a retrospective study including 267 infertile patients who have single antral follicle seen with ultrasonography on the 2nd or 3rd day of the menstrual cycle before starting IVF treatment. We randomized patients into two groups. The case group comprised patients who had single-dose GnRH antagonist injection the day after hCG triggering formed, and the patients who had the standard treatment regime formed the control group. In both groups, the oocytes were collected 36 hours after hCG injection. Results The premature ovulation rate was significantly low in the case group compared with the control group (6.86 versus 20.6% per scheduled cycle) (p=0.022). Also, the oocyte retrieval rate (93.14 versus 67.87% per scheduled cycle) (p=0.013), the oocyte maturity rate (79.42 versus 47.87%) (p=0.041), the fertilization rate (65.68 versus 34.54%) (p=0.018), and the embryo transfer rate per scheduled cycle (44.11 versus 18.78%) (p=0.003) were higher in the GnRH antagonist group than in the control group. Conclusion The administration of GnRH antagonist the day after hCG trigger in IVF treatments of patients with diminished ovarian reserve enabled a significant decrease in the rate of premature ovulation but had no effect on live birth rate.
  • Cultura de tecido ovariano para preservação da fertilidade em pacientes transexuais masculinos após tratamento hormonal Original Article

    Bottini, Alessandra Leal; Reis, Vânia Marisia Santos Fortes dos; Capp, Edison; Silva, Ilma Simoni Brum da; Kliemann, Lúcia Maria; Corleta, Helena von Eye

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar as características reprodutivas e histológicas de tecido ovariano cultivado a fresco de pacientes transexuais masculinos. Métodos Estudo experimental in vitro e piloto, no qual amostras foram coletadas durante a cirurgia de redesignação de sexo para pacientes transexuais masculinos. O córtex ovariano foi cortado em fragmentos de 2mm, 3mm, e 4mm, e colocado em placa de 96 poços própria para cultivo nos dias 0, 2, 4, 6 e 8, quando a histologia foi analisada. Resultados Hiperplasia estromal foi observada em todas as amostras, e não esteve associada à obtenção de folículos primordiais ou primários. A redução periférica no número de células também foi um achado recorrente. Folículos primordiais e primários foramidentificados com padrão heterogêneo emfragmentos domesmo paciente e em fragmentos de pacientes diferentes, não sendo encontrados folículos em estágios mais avançados de desenvolvimento (secundários e antrais). Houve associação entre o diâmetro dos fragmentos ovarianos e a identificação dos folículos primários (p=0,036). O número de dias de cultura esteve associado a sinais histológicos de lesão tecidual nos fragmentos (p=0,002). O número total de folículos identificados nas amostras de 2mm de diâmetro foi significativamente menor do que nas de 4mm de diâmetro (p=0,031). Conclusão O diâmetro de 4mm parece ser mais adequado para a cultura de tecido ovariano com a vantagem de fácil manejo. Mesmo após exposição prolongada à testosterona, os fragmentos ovarianos apresentavam folículos primordiais e primários, e manteve a viabilidade ao longo dos dias de exposição à cultura. No futuro, o congelamento da cortical do ovário de pacientes transgêneros que se submeterão à cirurgia de redesignação sexual poderia ser uma opção interessante para a preservação da fertilidade.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To evaluate the reproductive and histological characteristics of fresh cultured ovarian tissue from transgender male patients. Methods An in vitro pilot study in which samples were collected during sex reassignment surgery for transgender male patients. The ovarian cortex was cut into fragments of 2 mm, 3mm, and 4 mm, and placed in a 96-well plate suitable for cultivation at days 0, 2, 4, 6, and 8, when the histology was analyzed. Results Stromal hyperplasia was observed in all samples, and it was not associated with the obtainment of primordial or primary follicles. Peripheral reduction in cell count was also a recurrent finding. Primordial and primary follicles were identified with a heterogeneous pattern in fragments from the same patient and from different patients, and follicles in more advanced stages of development (secondary and antral) were not found. There was an association between the diameter of the ovarian fragments and the identification of primary follicles (p=0.036). The number of days in culture was associated with histological signs of tissue damaging in the fragments (p=0.002). The total number of follicles identified in the samples with 2mm in diameter was significantly lower than in those that measured 4mm in diameter (p=0.031). Conclusion A diameter of 4mm is suitable for ovarian tissue culture with the benefit of ease of handling. Even after prolonged exposure to testosterone, the ovarian fragments presented primordial and primary follicles, maintaining viability throughout the days they were exposed to the culture. Freezing the ovarian cortex of transgender patients who will undergo surgery for gender reassignment would be an interesting option, in the future, for the preservation of fertility.
  • Características de uma população com incongruência de gênero assistida em ambulatório especializado em Ribeirão Preto Original Article

    Okano, Sérgio Henrique Pires; Franceschini, Silvio Antônio; Lerri, Maria Rita; Poli-Neto, Omero Benedicto; Brito, Luiz Gustavo Oliveira; Lara, Lúcia Alves da Silva

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Identificar o período da vida emque indivíduos indentificaram pela primeira vez sua incongruência de gênero (IG), e comparar os dados sociodemográficos de homens e mulheres transgêneros (trans) atendidos em um ambulatório. Métodos Estudo transversal realizado por meio de revisão dos prontuários de pessoas com IG em ambulatório especializado de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Resultados Foram avaliados 193 prontuários de 2010 a 2018, e 109 (56.5%) pacientes apresentavamIG desde a infância. Homens trans perceberam a IG na infância com mais frequência do que as mulheres trans (razão de probabilidades [RP]: 2.06, intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1.11-3.81). O uso de hormônio sem supervisão foi maior entre as mulheres trans (69.6% versus 32.3%; RP: 4.78; IC95%: 2.53-9.03). Todos as pessoas que estavam inseridas na prostituição ou que apresentavam algum diagnóstico de infecção sexualmente transmissível, incluindo o HIV, eram mulherestrans. Conclusão Apesar da percepção mais prevalente da IG na infância entre homens trans, os agravos sociais foram mais prevalentes entre as mulheres trans, o que pode ser resultado da marginalização social.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To identify the age when individuals first perceive gender incongruence (GI) and to compare sociodemographic data of female-to-male (FtM) and male-tofemale (MtF) transgender individuals assisted at an outpatient service. Methods The present cross-sectional study was conducted through a review of the medical records of individuals diagnosed with GI at a single specialized outpatient service in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo, Brazil. Results A total of 193 medical records from 2010 to 2018 were evaluated, and 109 (56.5%) patients had GI since childhood. The FtM transgender individuals perceived GI in childhood more often than the MtF transgender individuals (odds ratio [OR]: 2.06, 95% confidence interval [95%CI]: 1.11-3.81) Unattended hormone use was highest among the MtF group (69.6% versus 32.3%; OR: 4.78, 95%CI: 2.53-9.03). All of the individuals who were engaged in prostitution or were diagnosed with a sexuallytransmitted infection, including HIV, were in the MtF group. Conclusion Despite the more prevalent perception of GI in childhood among the FtM group, social issues were more prevalent among the MtF group, which may be the result of social marginalization.
  • Rastreamento do câncer do colo de útero com teste de HPV: Atualizações na recomendação Original Article

    Carvalho, Carla Fabrine; Teixeira, Julio Cesar; Bragança, Joana Froes; Derchain, Sophie; Zeferino, Luiz Carlos; Vale, Diama Bhadra

    Resumo em Português:

    Resumo Esta atualização é uma reavaliação das “Recomendações para o uso de testes de DNAHPV no rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil” (Zeferino et al., 2018),9 de acordo com as mudanças observadas nas novas recomendações internacionais, além das atualizações no conhecimento. As recomendações mais relevantes e recentes foram avaliadas. Questões referentes à prática clínica foram formuladas, e as respostas consideraram a perspectiva do sistema de saúde brasileiro, tanto público quanto privado. Esta revisão abrange estratégias baseadas em risco sobre idade para início e término de rastreamento, o uso da citologia e colposcopia para apoiar as condutas, tratamento, estratégias de seguimento, e rastreamento em grupos específicos, incluindo mulheres vacinadas. Esta atualização tem o objetivo de melhorar as estratégias de prevenção do câncer do colo de útero e reduzir o supertratamento e o uso incorreto dos testes de HPV.

    Resumo em Inglês:

    Abstract The present update is a reassessment of the 2018 ‘Guidelines for HPV-DNA Testing for Cervical Cancer Screening in Brazil’ (Zeferino et al.)9, according to the changes observed in new international guidelines and knowledge updates. The most relevant and recent guidelines were assessed. Questions regarding the clinical practice were formulated, and the answers considered the perspective of the public and private sectors of the Brazilian health system. The review addressed risk-based strategies regarding age to start and stop screening, the use of cytology and colposcopy to support management decisions, treatment, follow-up strategies, and screening in specific groups, including vaccinated women. The update aims to improve the prevention of cervical cancer and to reduce overtreatment and the misuse of HPV testing.
  • Quando não há benefício em realizar biópsia na suspeita de lesões intraepiteliais do colo uterino? Original Article

    Bonow, Marília Porto; Collaço, Luiz Martins; Percicote, Ana Paula; Zanine, Rita Maira

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar se a biópsia colpodirigida é necessária para aumentar a acurácia diagnóstica nas lesões intraepiteliais de colo uterino em relaçãoà colposcopia. Métodos Estudo retrospectivo, observacional, incluindo pacientes submetidas a colposcopia, biópsia colpodirigida, e procedimento cirúrgico (cirurgia de alta frequência ou conização a frio), no período de fevereiro de 2008 a fevereiro de 2018, no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Dados como número de quadrantes da lesão presentes na colposcopia, número de fragmentos retirados nas biópsias e diferenças por idade também foram analisados. Resultados Um total de 299 mulheres foram incluídas. Foi encontrada uma acurácia de 76,25% (intervalo de confiança [IC] 95% 71,4-81,1) entre a colposcopia e a conização, sendo 80,5% % (IC 95% 75.7-85.3) nas lesões de maior grau. A acurácia da biópsia foi de 79,6% (IC 95% 75-84,2), sendo 84,6% (IC 95% 80-89,1) nas lesões de maior grau. Pacientes com 1 quadrante acometido tiveram confirmação de 76,9% nas lesões de maior grau, enquanto as com 2 quadrantes acometidos apresentaram o mesmo resultado em 85% dos casos. A acurácia com a biópsia de 1 fragmento foi de 78% e com2 ou mais fragmentos 80%. Paramulheres com menos de 40 anos, a acurácia foi de 77,6% e 80,8% para colposcopia e biópsia, respectivamente. Para mulheres com 40 anos ou mais, a acurácia foi de 72,5% e 76,3% para colposcopia e biópsia, respectivamente. Conclusão Não há diferença entre a acurácia da colposcopia e a da biópsia colpodirigida no diagnóstico de lesões intraepiteliais cervicais em relação ao resultado da conização. As pacientes que tiveram o maior benefício quando a biópsia não foi realizada foram as que apresentaram lesão de alto grau na colposcopia e aquelas com menos de 40 anos, não existindo benefício emrealizar biópsia previamente a conização neste grupo de pacientes.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To evaluate whether colposcopy-directed biopsy is necessary to increase the accuracy of diagnosing cervical intraepithelial lesions in relation to colposcopy. Methods We performed a retrospective, observational study by analyzing medical records obtained fromHospital de Clínicas do Paraná fromFebruary 2008 to February 2018. Patients with results of Pap tests, colposcopy, colposcopy-directed biopsy, and surgical procedures (high-frequency surgery or cold conization) were included. Data such as quadrants involved during colposcopy and age differences were also analyzed. Results A total of 299 women were included. Colposcopy was found to have an accuracy rate of 76.25% (95% confidence interval [CI], 71.4-81.1). Among the highest-grade lesions, the accuracy rate was 80.5% (95% CI, 75.7-85.3). The accuracy rates for biopsy were 79.6% (95% CI, 75-84.2) and 84.6% (95% CI, 80-89.1) for the highest-grade lesions. High-grade lesions were accurately confirmed in 76.9% and 85% of patients with 1 and 2 or more affected quadrants, respectively. For women younger than 40 years, the accuracy rates were 77.6% and 80.8% for colposcopy and biopsy, respectively. For women 40 years or older, the accuracy rates were 72.5% and 76.3% for colposcopy and biopsy, respectively. Conclusion There is no difference between the accuracy of colposcopy and that of biopsy in diagnosing cervical intraepithelial lesions in relation with the result of conization. The patients who received the greatest benefit when biopsy was not performed were those with high-grade lesions at colposcopy, a lesion involving 2 or more quadrants, and those younger than 40 years.
  • HPV de alto risco e citologia em meio líquido de canal anal de mulheres brasileiras imunocompetentes com HPV genital de alto risco Original Article

    Melo, Karla Maria Rêgo Leopoldo; Eleutério Junior, José; Peixoto, Raquel Autran Coelho; Rebouças, Karinne Cisne Fernandes; Eleutério, Renata Mirian Nunes

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O objetivo deste estudo foi comparar a frequência de papilomavírus humano (HPV) de alto risco e citologia anal anormal em mulheres imunocompetentes com e sem lesões genitais induzidas por HPV. Métodos Este estudo transversal analítico e observacional foi realizado entre julho de 2017 e dezembro de 2018 em um ambulatório especializado de um hospital terciário em Fortaleza, CE. Cinquenta e sete mulheres imunocompetentes com e sem lesões intraepiteliais genitais foram avaliadas. Foram divididas em dois grupos: grupo 1, composto por mulheres com lesões genitais associadas ao HPV (n=26) e grupo 2, composto pormulheres sem lesões genitais associadas ao HPV (n=31). Amostras para citologia em meio líquido e testes de reação em cadeia da polimerase em tempo real para DNA-HPV de alto risco foram coletadas do colo do útero e do ânus. Todos os casos foram avaliados por anuscopia de alta resolução; sendo realizada biópsia quando necessária. Os testes exatos de Fisher e qui-quadrado foram aplicados para dados consolidados na tabela de contingência; o teste t de Student e o teste U de Mann-Whitney foram aplicados para variáveis independentes. Resultados As infecções anais por HPV de alto risco forammais frequentes no grupo 1 (razão de chances [RC], 4,95; intervalo de confiança [IC] de 95%, 1,34-18,3; p=0,012), assim como infecções concomitantes por HPV de alto risco em colo uterino e ânus (RC 18,8; IC de 95%, 2,20-160; p<0,001). A incidência de infecção de HPV cervical de alto risco foi associada à infecção de HPV anal de alto risco (RC, 4,95; IC de 95%, 1,34-18,3; p=0,012). Não houve diferença estatística em relação à citologia anal anormal ou anuscopia entre os grupos, e não houve caso de lesão intraepitelial anal em nenhum dos grupos. Conclusão Mulheres imunocompetentes com lesões genitais associadas ao HPV e com HPV cervical de alto risco foram mais propensas a ter HPV anal de alto risco.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The purpose of this study was to compare the frequency of the occurrence of high-risk human papillomavirus (HPV) and abnormal anal cytology in immunocompetent women with and without HPV-induced genital lesions. Methods This analytical cross-sectional, observational study was conducted between July 2017 and December 2018 in a specialized outpatient clinic of a tertiary hospital in Fortaleza, CE. Fifty-seven immunocompetent women with and without genital intraepithelial lesions were assessed; they were divided into two groups: group 1 was comprised of women with HPV-associated genital lesions (n=26), and group 2 was comprised of those without HPV-associated genital lesions (n=31). Samples for liquidbased cytology and high-risk DNA-HPV polymerase chain reaction real-time tests were collected from the cervix and anus. All cases were evaluated using high-resolution anoscopy; biopsies were performed when required. The Fisher exact and chi-squared tests were applied for consolidated data in the contingency table, and the Student ttest and Mann-Whitney U-test for independent variables. Results Anal high-risk HPV infections were more frequent in group 1 (odds ratio [OR], 4.95; 95% confidence interval [CI], 1.34-18.3; p=0.012), along with concomitant highrisk HPV infections in the uterine cervix and the anus (OR 18.8; 95% CI, 2.20-160; p<0.001). The incidence of high-risk cervical HPV infection was associated with highrisk anal HPV infection (OR, 4.95; 95% CI, 1.34-18.3; p=0.012). There was no statistical difference concerning abnormal anal cytology or anoscopy between the groups, and no anal intraepithelial lesion was found in either group. Conclusion Immunocompetent women with HPV-associated genital lesions and high-risk cervical HPV were more likely to have high-risk anal HPV.
  • Síndrome dos ovários policísticos e síndrome metabólica: Achados clínicos e laboratoriais e doença hepática gordurosa não alcoólica avaliada por elastografia Original Article

    Lavor, Claruza Braga Holanda; Viana Júnior, Antonio Brazil; Medeiros, Francisco das Chagas

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Avaliar a associação entre a síndrome do ovário policístico (SOP) e a síndrome metabólica (SM), agregando avaliação do fígado por elastografia e ultrassonografia, para correlação com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). A SM ocorre em cerca de 43% dasmulheres comSOP, e DHGNA é a expressão hepática da SM. Métodos Foramincluídas 100 mulheres, pareadas por idade (18-35 anos) e índice de massa corporal (IMC), 50 comSOP e 50 controles com sobrepeso e obesidade grau I, na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand, Brasil. Para o diagnóstico de SOP, adotamos os critérios de Rotterdam e, para o diagnóstico de SM, os critérios do National Cholesterol Education Program (NCEP/ATP III). Elastografia hepática e ultrassonografia foram realizadas para avaliar a rigidez e a ecotextura do fígado, respectivamente. Resultados As médias de idade foram de 29,1 (±5,3) e 30,54 (±4,39) anos para os grupos SOP e controle, respectivamente. Pacientes com SOP apresentaram risco 4 vezes maior de SM do que aquelas no grupo controle [[razão de chances (intervalo de confiança de 95%) = 4,14]. Mulheres com SOP tiveram maior média de circunferência abdominal (100,9±9,08cm vs 94,96±6,99 cm) e triglicérides (162±54,63 mg/dL vs 137,54±36,91 mg/dL) e menor média de colesterol HDL (45,66±6,88 mg/dL vs 49,78±7,05mg/dL), com diferença estatisticamente significativa. Esteatose hepática foi observada em ultrassonografias de mulheres com SOP, porém sem diferença estatisticamente significativa. Não houve mudança para DHGNA na elastografia em nenhum dos grupos. Conclusão Mulheres com SOP tiveram frequência quatro vezes maior de SM e mais esteatose hepática, sem diferença estatisticamente significativa. Não houve mudança na rigidez do fígado entre os grupos na elastografia. Os resultados podem ser estendidos apenas a populações com sobrepeso e obesidade grau 1, com SOP ou não. Eles não podem ser generalizados para outros grupos não testados.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To evaluate the association between polycystic ovary syndrome (PCOS) and metabolic syndrome (MetS), adding liver assessment through elastography and ultrasound, for correlation with non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD). Metabolic syndrome occurs in~43% of women with PCOS, and NAFLD is the hepatic expression of MetS. Methods One hundred women, 50 with PCOS and 50 controls, matched by age (18- 35 years) and body mass index (BMI) were included, restricted to patients with overweight and obesity grade 1, at the Assis Chateaubrian Maternity School, Universidade Federal do Ceará, Brazil. For the diagnosis of PCOS, we adopted the Rotterdam criteria, and for the diagnosis of MetS, the criteria of the National Cholesterol Education Program (NCEP/ATP III). Hepatic elastography and ultrasound were performed to assess liver stiffness and echotexture, respectively. Results The average ages were 29.1 (±5.3) and 30.54 (±4.39) years, for the PCOS and the control group, respectively. Patients with PCOS had a risk 4 times higher of having MetS, odds ratio (95% confidence interval)=4.14, than those in the control group. Women with PCOS had higher average of abdominal circumference (100.9±9.08 cm vs 94.96±6.99 cm) and triglycerides (162±54.63 mg/dL vs 137.54±36.91mg/dL) and lower average of HDL cholesterol (45.66±6.88 mg/dL vs 49.78±7.05 mg/dL), with statistically significant difference. Hepatic steatosis was observed on ultrasound in women with PCOS; however, with no statistically significant difference. There was no change to NAFLD at elastography in any group. Conclusion Women with PCOS had 4-fold higher frequency of MetS andmore hepatic steatosis, with no statistically significant difference. There was no change in liver stiffness between the groups at elastography. The results can be extended only to populations of overweight and obesity grade 1, with PCOS or not. They cannot be generalized to other untested groups.
  • Intervenção psicológica baseada na terapia cognitivocomportamental na endometriose: Uma revisão sistemática Review Article

    Donatti, Lilian; Malvezzi, Helena; Azevedo, Bruna Cestari de; Baracat, Edmund Chada; Podgaec, Sergio

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução A endometriose é uma doença inflamatória que afeta mulheres em idade reprodutiva, causando dor e possibilidade de infertilidade. A endometriose foi associada a baixa qualidade de vida e pesquisas mostram o impacto da endometriose emdiversas áreas da vida, justificando como tais pacientes têmmaior probabilidade de desenvolver depressão, ansiedade e estresse. Objetivo O objetivo da presente revisão sistemática foi explorar o campo da psicologia na endometriose, identificando estudos que usaram a técnica da terapia cognitiva comportamental como tratamento da endometriose e da dor pélvica crônica. Métodos As palavras chaves utilizadas foram Endometriose AND Terapia comportamental; Disciplinas e atividades comportamentais; Terapia cognitiva comportamental; Saúde mental; Técnicas psicológicas; Psicologia; Psicoterapia; Serviços de saúde mental, e a busca foi realizada nos bancos de dados PubMed / Medline, SCIELO, LILACS e CAPES. O estudo seguiu as diretrizes dos Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Metanálises (PRISMA, na sigla em inglês) e foram considerados todos os estudos cuja estratégia de intervenção utilizada estava relacionada à terapia cognitivocomportamental. Resultados Dos 129 artigos encontrados, somente 5 foram selecionados, e foi possível identificar que a intervenção psicológica cuja abordagem trouxe técnicas da terapia cognitivo-comportamental promoveu diminuição na sensação de dor, melhora nos escores de depressão e estresse e mudanças significativas em aspectos da qualidade de vida como vitalidade, funcionalidade física e social, bem-estar emocional, controle e autonomia. Conclusão A terapia cognitivo-comportamental pode ser muito promissora para o tratamento psicológico/emocional de quem tem endometriose. No entanto, a presente revisão sistemática destaca a necessidade de desenvolver estudos mais estruturados com métodos consistentes, claros e replicáveis para se chegar a um protocolo de intervenção psicológica para pacientes que convivem com esse quadro ginecológico-físico-emocional.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction Endometriosis is an inflammatory disease that affects women of reproductive age, causing pain and the possibility of infertility. Endometriosis was associated to low life quality and research shows the impact of endometriosis in several areas of life, justifying how these patients are more likely to develop depression, anxiety, and stress. Objective The aim of the present systematic review was to explore the field of psychology in endometriosis, identifying studies that used the cognitive behavioral therapy technique as a treatment for endometriosis and chronic pelvic pain. Methods The keywords used were Endometriosis and Behavioral Therapy; Behavioral Disciplines and Activities; Cognitive Behavioral Therapy; Mental Health; Psychological Techniques; Psychology; Psychotherapy; Mental Health Services; and the search was performed in the following databases: PubMed/Medline, Scielo, Lilacs, and Capes. The study followed the PRISMA guidelines and all studies whose intervention strategy used was related to cognitive-behavioral therapy were considered. Results Of the 129 articles found, only 5 were selected, and it was possible to identify that the psychological intervention whose approach brought cognitive-behavioral therapy techniques promoted a decrease in the sensation of pain, improvements in the scores of depression and stress, and significant changes in aspects of quality of life such as vitality, physical and social functioning, emotional well-being, control, and autonomy. Conclusion Cognitive-behavioral therapy can be very promising to take care of the emotional side of those who have endometriosis However, the present systematic review highlights the need to develop more structured studies with consistent, clear and replicablemethods to reach a psychological intervention protocol for patients who live with this gynecological-physical-emotional condition.
  • Uso de corticosteroides no tratamento pré-natal da malformação adenomatoide pulmonar congênita:Revisão integrativa Review Article

    Fortes, Isadora Macedo Lins Parentes; Bennini Junior, João Renato

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo Revisar os dados sobre o uso de corticoide no tratamento de fetos com malformação adenomatoide pulmonar congênita (MAPC) de alto risco. Métodos Revisão integrativa com base na literatura disponível no MEDLINE e LILACS, incluindo artigos publicados até novembro de 2020. Resultados A busca inicial resultou em 87 artigos, dos quais 4 foram selecionados para análise, todos tratando-se de estudos observacionais descritivos retrospectivos. No grupo de fetos que recebeu apenas um único ciclo de corticosteroide, a taxa de resolução da hidropsia foi de 70% e a taxa de sobrevida de 83,8%. Emfetos tratados com 2 ou mais ciclos de corticosteroides, houve melhora do quadro de hidropsia ou edema em um único compartimento corporal em 47% dos fetos e taxa de sobrevida de 81,8%. Conclusão O uso de corticosteroides para o tratamento pré-natal da MAPC de alto risco parece estar associado à melhora dos resultados perinatais.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective To review data on the use of corticosteroids for the treatment of fetuses with high-risk congenital pulmonary adenomatoid malformation (CPAM). Methods Integrative review based on the literature available onMEDLINE and LILACS, including articles published until November, 2020. Results The initial search resulted in 87 articles, 4 of which were selected for analysis, with all of them being retrospective descriptive observational studies. In the group of fetuses that received only a single corticosteroid cycle, the hydrops resolution rate was 70%, and the survival rate was 83.8%. In fetuses treated with 2 or more cycles of corticosteroids, there was an improvement in the condition of hydrops or edema in a single body compartment in 47%, and survival of 81.8% of the fetuses. Conclusion The use of corticosteroids for the prenatal treatment of high-risk CPAM appears to be associated with an improvement in perinatal outcomes.
  • Saúde do recém-nascido e amamentação durante a pandemia de COVID-19: Uma revisão da literatura Review Article

    Salvador-Pinos, Carmen Amelia; Martinez, Edson Zangiacomi; Dueñas-Matute, Susana Eulalia; Aguinaga, Rosa Romero de; Jácome, Juan Carlos; Michelena-Tupiza, Stephanie; Cárdenas-Morales, Valheria

    Resumo em Português:

    Resumo Objetivo O presente artigo apresenta uma revisão de literatura sobre amicrobiota do leite materno e a influência da epigenética na suscetibilidade à COVID-19. Métodos Revisão de literatura. Resultados A amamentação transfere microbiota, nutrientes, diversos glóbulos brancos, prebióticos, hormônios e anticorpos para o bebê, os quais proporcionam proteção imunológica de curto e longo prazo contra diversas doenças infecciosas, gastrointestinais e respiratórias. As poucas evidências disponíveis mostram que o leite materno transportamuito raramente o vírus SARS-CoV-2, emesmo nestes casos, ele foi descartado como fonte de contágio. Conclusão Os estudos revisados mostram evidências de um efeito benéfico da amamentação e destacam sua importância na atual pandemia devido ao reforço imunológico que ela proporciona. Os indivíduos amamentados mostraram melhor resposta clínica devido à influência sobre a microbiota, e à contribuição nutricional e imunológica proporcionada pelo leite materno, em comparação com aqueles que não o foram.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Objective The present article presents a literature review concerning the microbiota of breast milk and the influence of epigenetics in the susceptibility to COVID-19. Methods A literature review. Results Breastfeeding transfers microbiota, nutrients, diverse white blood cells, prebiotics, hormones, and antibodies to the baby, which provide short- and longterm immunological protection against several infectious, gastrointestinal, and respiratory illnesses. The little evidence available shows that breast milk very rarely carries the SARS-CoV-2 virus, and even in those cases, it has been discarded as the source of contagion. Conclusion The reviewed studies show evidence of a beneficial effect of breastfeeding and highlights its importance on the current pandemic due to the immune reinforcement that it provides. Breastfed individuals showed better clinical response due to the influence on the microbiota and to the nutritional and immune contribution provided by breast milk, compared with those who were not breastfed.
  • Genitourinary Syndrome of Menopause Febrasgo Position Statement

    Valadares, Ana Lúcia Ribeiro; Kulak Junior, Jaime; Paiva, Lúcia Helena Simões da Costa; Nasser, Elizabeth Jeha; Silva, Célia Regina da; Nahas, Eliana Aguiar Petri; Baccaro, Luiz Francisco Cintra; Rodrigues, Márcio Alexandre Hipólito; Albernaz, Marco Aurélio; Wender, Maria Celeste Osório; Mendes, Maria Célia; Dardes, Rita de Cassia de Maio; Strufaldi, Rodolfo; Bocardo, Rogerio Cesar; Pompei, Luciano de Melo
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
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