Acessibilidade / Reportar erro

Algas planctônicas flageladas e cocoides verdes de um lago no Parque Beija-Flor, Goiânia, GO, Brasil

Planktonic flagellate and coccoid green algae in a lake of Parque Beija-Flor, Goiânia, Goiás State, Brazil

RESUMO

Os parques públicos de Goiânia apresentam importância socioambiental para a cidade, no entanto pouco se conhece sobre a sua qualidade e biodiversidade aquática. O presente estudo é focado nas Chlorophyceae e Trebouxiophyceae (Chlorophyta) em um lago de parque urbano localizado no município de Goiânia, GO, durante um curto período de chuva e de seca. As coletas foram realizadas semanalmente durante agosto de 2007 e janeiro de 2008, em três estações de amostragem, de acordo com as técnicas usuais para análises florísticas. Foram identificados 25 táxons infragenéricos: 16 Sphaeropleales, seis Chlorellales, um Chlamydomonales, um Chlorococcales e um táxon de Trebouxiophyceae de posição incerta. Pandorina morum, Lacunastrum gracillimum, Desmodesmus intermedius var. acutispinus e Pachycladella komarekii são registradas pela primeira vez para o Estado de Goiás.

Palavras-chave:
Chlorophyceae; Goiânia; Sphaeropleales; Trebouxiophyceae; lago urbano

ABSTRACT

The public parks of Goiânia are socioenvironmentally important to the city, however, little is known about their quality and aquatic biodiversity. This study is focused on the Chlorophyceae and Trebouxiophyceae (Chlorophyta) of a lake in an urban park located in the municipality of Goiânia, Goiás State, during a short period of rainfall and drought. Weekly samplings were carried out during August 2007 and January 2008 at three sampling sites, according to the usual techniques for floristic analysis. We identified 25 infrageneric taxa: 16 Sphaeropleales, six Chlorellales, one Chlamydomonales, one Chlorococcales, and one taxon of Trebouxiophyceae of uncertain position. Pandorina morum, Lacunastrum gracillimum, Desmodesmus intermedius var. acutispinus and Pachycladella komarekii represent new records for the State of Goiás.

Keywords:
Chlorophyceae; Goiânia; Sphaeropleales; Trebouxiophyceae; urban lake

Introdução

Chlorophyta é composta por diferentes tipos de organizações morfológicas, nas quais destacam-se organismos flagelados (Chlorophyceae) ou cocoides (Chlorophyceae e Trebouxiophyceae) presentes em diferentes ambientes lênticos urbanos (Komarek & Fott 1983Komárek, J. & Fott, B. 1983. Chorophyceae (Grünalgen), Ordiniung: Chlorococcales, : G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das Phytoplankton des Süsswaser: Systematik und Biologie Pt 7. E. Schwiezerbat'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart 1: 1-1044.), e segundo Paul et al. (2012)Paul, W.J, Hamilton, D.P., Ostrovsky, I., Miller, S., Zhang, A. & Muraoka, K. 2012. Catchment land use and trophic state impacts on phytoplankton composition: a case study from the Rotorua lakes' district, New Zealand. Hydrobiologia 698: 133-146. Chlorophyta tem correlação positiva com ambientes hídricos urbanos devido a influência do uso do solo.

No início do século 21, a sistemática de algas verdes cocoides passou por constantes modificações fundamentadas no estudo do DNA de várias espécies. Pröschold & Leliaert (2007)Pröschold, T. & Leliaert, F. 2007. Systematics of the green algae: conflict of classic and mondern approaches. In: J. Brodie & J. Lewis (eds.). Unravelling the algae: the past, present and future of algal systematics. CRC press, Boca Raton, pp. 123-153. apresentam uma retrospectiva dos arranjos taxonômicos das algas verdes com base na morfologia e na ultraestrutura, e ainda expõem informações da biologia molecular que até aquele momento haviam sido aceitas amplamente pelos taxonomistas. Estes autores fazem uma analogia entre o clássico e o moderno concluindo que como a maioria dos gêneros em Chlorophyta são polifiléticos seria necessário uma revisão robusta a luz do código internacional de botânica.

Como o grupo de algas verdes é muito amplo, existe no momento atual para Chlorophyta continentais um dos primeiros arranjos taxonômicos efetuados por Krienitz & Bock (2012)Krienitz, L. & Bock, C. 2012. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia 698: 295-326. com a síntese de dados morfológicos e moleculares, o que conduz uma abordagem da taxonomia polifásica. Os autores propuseram uma nova organização fundamentada nas principais linhagens de algas verdes e também apresentaram uma lista de táxons harmonizados para a Europa, na qual fazem uma análise filogenética molecular incluindo as antigas designações dos táxons confirmadas ou revistas informando os nomes genéricos atuais. Muito destes táxons também são de ocorrência cosmopolita e foram registrados nos ambientes tropicais. Posterior a este artigo destacam-se mais de forma específica e com a mesma tendência de abordagem os artigos de Bock et al. (2013)Bock, C., Luo, W., Kusber, W-H., Hegewald, E., Pazoutová, M. & Krienitz, L. 2013. Classification of crucigenoid algae: phylogenetic position of the reinstated genus Lemmermannia, Tetrastrum spp. Crucigenia tetrapedia, and Clauterbornii (Trebouxiophyceae, Chlorophyta). Journal of Phycology 49: 329-339., Hegewald et al. (2013), Krienitz et al. (2015) entre outros.

Observa-se que Chlorophyta flageladas e cocoides com formação de zoósporos estão inseridas em Chlorophyceae (Chlamydomonadales), enquanto que as demais cocoides com formação de autósporos no ciclo reprodutivos estão posicionadas tanto em Chlorophyceae como em Trebouxiophyceae (Pröschold & Leliaert 2007Pröschold, T. & Leliaert, F. 2007. Systematics of the green algae: conflict of classic and mondern approaches. In: J. Brodie & J. Lewis (eds.). Unravelling the algae: the past, present and future of algal systematics. CRC press, Boca Raton, pp. 123-153., Grahan et al. 2009, Krienitz & Bock 2012Krienitz, L. & Bock, C. 2012. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia 698: 295-326., Ruggiero et al. 2015Ruggiero, M.A., Gordon, D.P., Orrell, T.M., Bailly, N., Bourgoin, T., Brusca, R.C., Cavalier-Smith, T., Guiry, M.D. & Kirk, P.M. 2015. A Higher Level Classification of All Living Organisms. Plos One 10: 1-60.).

Em Chlorophyceae inclui-se espécies que possuem aparato flagelar do tipo diretamente oposto (DO) ou em sentido horário (CW) e estão distribuídas mundialmente podendo ser registradas em quase todos os habitats (Pröschold & Leliaert 2007Pröschold, T. & Leliaert, F. 2007. Systematics of the green algae: conflict of classic and mondern approaches. In: J. Brodie & J. Lewis (eds.). Unravelling the algae: the past, present and future of algal systematics. CRC press, Boca Raton, pp. 123-153., Krienitz & Bock 2012Krienitz, L. & Bock, C. 2012. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia 698: 295-326.).

Algas verdes flageladas estão inseridas em Prasynophyceae e Chlorophyceae, sendo esta última de maior distribuição em ambientes aquáticos continentais cuja ordem Chlamydomonadales apresenta organismos unicelulares ou coloniais com 2-4 flagelos apicais do tipo CW, células com ou sem papilas ou vacúolos pulsáteis, mas geralmente com estigmas (Ettl 1983Ettl, H. 1983. Chlorophyta I: H. Ettl, J. Gerloff, H. Heynig & D. Mollenhauer (ed.). Süsswasserflora von Mitteleuropa. Band 9, Gustav Fischer Verlag. Stuttgart., Grahan et al. 2009, Ruggiero et al. 2015Ruggiero, M.A., Gordon, D.P., Orrell, T.M., Bailly, N., Bourgoin, T., Brusca, R.C., Cavalier-Smith, T., Guiry, M.D. & Kirk, P.M. 2015. A Higher Level Classification of All Living Organisms. Plos One 10: 1-60.). Dentro desta ordem destacam-se as Volvocaceae que são caracterizadas por organismos cenobiais flagelados com ampla distribuição geográfica.

Chlorophyta cocoide tem como destaque em Chorophyceae as Sphaeropleales e para Trebouxiophyceae as Chlorellales cuja organização cocoides permite uma estratégia adaptativa ao plâncton e a manutenção em ecossistemas lênticos, preferencialmente enriquecidos (Komárek & Fott 1983Komárek, J. & Fott, B. 1983. Chorophyceae (Grünalgen), Ordiniung: Chlorococcales, : G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das Phytoplankton des Süsswaser: Systematik und Biologie Pt 7. E. Schwiezerbat'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart 1: 1-1044., Reynolds 2006Reynolds, C.S. 2006. The Ecology of Phytoplankton. Cambridge University Press, Cambridge.).

Sphaeropleales apresenta organismos unicelulares, filamentosos ou cenobiais com o aparato flagelar com corpos basais diretamente opostos (DO) (Buchheim et al. 2001Buchheim M.A., Michalopulos, E.A. & Buchheim, J.A. 2001. Phylogeny of the Chlorophyceae with special reference to the Sphaeropleales: a study of 18S and 26S rDNA data. Journal of Phycology 37: 819-835.). Chlorellales compreende indivíduos com organização morfológica em unicelulares, colôniais e aparato flagelar CCW (Krienitz & Bock 2012Krienitz, L. & Bock, C. 2012. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia 698: 295-326., Pröschold & Leliaert 2007Pröschold, T. & Leliaert, F. 2007. Systematics of the green algae: conflict of classic and mondern approaches. In: J. Brodie & J. Lewis (eds.). Unravelling the algae: the past, present and future of algal systematics. CRC press, Boca Raton, pp. 123-153.).

Chlorophyta cocoides e flageladas em ambientes de águas continentais, apresentam preferências ambientais presentes em pequenos lagos urbanos eutróficos (Padisák et al. 2009Padisák, J., Crossetti, L.O. & Naselli-Flores, L. 2009. Use and misuse in the application of the phytoplankton functional classification: a critical review with updates. Hydrobiologia 621: 1-19.). A biodiversidade em ambientes aquáticos urbanos é fortemente influenciada pela ação antropogênica associada à remoção de vegetação marginal (Hassall 2014Hassal, C. 2014. The ecology and biodiversity of urban ponds. WIREs Water 1:187-206.). No país, Nogueira & Leandro-Rodrigues (1999)Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395. apresentaram um panorama sobre registro de algas em lagos urbanos em diferentes regiões geográficas e Menezes et al. (2015)Menezes, M., Bicudo, C.E.M. & Moura, C.W.N. 2015. Update of the brazilian floristic list of algae and cyanobacteria. Rodriguésia 66: 1047-1062. proporcionam um cenário de algas epicontinentais de todo o Brasil. Desse período até o presente destacam-se os artigos de Giani et al. (1999)Giani, A., Figueredo, C.C. & Eterovick, P.C. 1999. Algas planctônicas do reservatório da Pampulha (MG): Euglenophyta, Chrysophyta, Pyrrophyta, Cyanobacteria. Revista Brasileira de Botânica 22: 107-116., Keppeler et al. (1999)Keppeler, E.C., Lopes, M.R.M. & Lima, C.S. 1999. Ficoflórula do Lago Amapá em Rio Branco-Acre, I: Euglenophyceae. Revista Brasileira de Biologia 59: 679-686., Silva (1999)Silva, L.H.S. 1999. Fitoplâncton de um reservatório estrófico (Lago Monte Alegre), Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Biologia 59: 281-303., Ferreira & Menezes (2000)Ferreira, A.C.S. & Menezes, M. 2000. Flora planctônica de um reservatório eutrófico, lagoa Guandu, município de Nova Iguaçu, RJ. Hoehnea 27: 45-76., Ramírez & Bicudo (2002)Ramírez, J.J.R. & Bicudo, C.E.M. 2002. Variation of climatic and physical co-determinants of phytoplankton community in four nictemeral sampling days shallow tropical reservoir, Southeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology 62: 1-14., Alves-da-Silva & Bridi (2004aAlves-da-Silva, S.M. & Hahn, A.T. 2004. Study of Euglenophyta in the Jacuí Delta State Park, Rio Grande do Sul, Brasil. 1. Euglena Ehr., Lepocinclis Perty. Acta Botanica Brasilica 18: 123-140., 2004bAlves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004b. Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Sul do Brasil. 3. Strombomonas Defl. Acta Botânica Brasilica 18: 555- 572.), Alves-da-Silva & Hahn (2001Alves-da-Silva, S.M. & Hahn, A.T. 2001. Lista das Euglenophyta registradas em ambientes de águas continentais e costeiras do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, série Botânica 55: 171-188., 2004)Alves-da-Silva, S.M. & Hahn, A.T. 2004. Study of Euglenophyta in the Jacuí Delta State Park, Rio Grande do Sul, Brasil. 1. Euglena Ehr., Lepocinclis Perty. Acta Botanica Brasilica 18: 123-140., Matsuzaki et al. (2004)Matsuzaki, M., Mucci, J.L.N. & Rocha, A.A. 2004. Comunidade fitoplanctônica de um pesqueiro na cidade de São Paulo. Revista Saúde Pública 38: 679-86, Ferraguiti et al. (2005), Lopes et al. (2005)Lopes, M.R.M., Bicudo, C.E.M. & Ferragut, C. 2005. Spatial and temporal variation of phytoplankton in a shallow tropical oligotrophic reservoir, southeast Brazil. Hydrobiologia 542: 235-247., Tucci et al. (2006)Tucci, A., Sant'anna, C.L., Gentil, R.C. & Azevedo, M.T.P. 2006. Fitoplâncton do Lago das Garças, São Paulo, Brasil: um reservatório urbano e eutrófico. Hoehnea 33: 147-175., Alves-da-Silva & Schüler-da-Silva (2007)Alves-da-Silva, S.M. & Schüler-da-Silva, A. 2007. Novos registros do gênero Trachelomonas Ehr. (Euglenophyceae) no Parque Estadual Delta do Jacuí e no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 21: 401-409., Dellamano-Oliveira et al. (2008)Dellamano-Oliveira, M.J., Vieira, A.A., Rocha, O., Colombo, V. & Sant'Anna, C.L. 2008. Phytoplankton taxonomic composition and temporal changes in a tropical reservoir, Brazil. Fundamental and Applied Limnology 171: 27-38., Gentil et al. (2008)Gentil, R.C., Tucci, A. & Sant'Anna, C.L. 2008. Dinâmica da comunidade fitoplanctônica e aspectos sanitários de um lago urbano eutrófico em São Paulo, SP. Hoehnea 35: 265-280., Nogueira et al. (2008)Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69., Nogueira & Oliveira (2009)Nogueira, I.S. & Oliveira, J.E. 2009. Chlorococcales e Ulothricales de hábito colonial de quatro lagos artificiais do município de Goiânia - GO. Iheringia, Série Botânica 64: 123-143., Nabout & Nogueira (2011)Nabout, J.C. & Nogueira, I.S. 2011. Variação temporal da comunidade fitoplanctônica em lagos urbanos eutróficos. Acta Scientiarum, Biological Sciences 33: 383-391., Rosini et al. (2012)Rosini, E.F., Sant'Anna, C.L. & Tucci, A. 2012. Chlorococcales (exceto Scenedesmaceae) de pesqueiros da região Metropolitana de São Paulo, SP, Brasil: levantamento florístico. Hoehnea 39: 11-38. e Rosini et al. (2013)Rosini, E.F., Sant'Anna, C.L. & Tucci, A. 2013. Scenedesmaceae (Chlorococcales, Chlorophyceae) de pesqueiros da Região Metropolitana de São Paulo, SP, Brasil: levantamento florístico. Hoehnea 40: 661-678..

No Brasil existem alguns estudos em ambientes aquáticos urbanos, porém observa-se um predomínio de algas flageladas e ou cocoides verdes planctônicos registrados em diferentes artigos de cunho florísticos ao longo do país, dos quais se destacam: Godinho et al. (2010)Godinho, L.R., Gonzáles, A.C. & Bicudo, C.E.M. 2010. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 30: Chlorophyceae (família Scenedesmaceae). Hoehnea 37: 513-553., Hentschke & Torgan (2010)Hentschke, G.S. & Torgan, L.C. 2010. Chlorococcales lato sensu (Chlorophyceae, excl. Desmodesmus e Scenedesmus) em ambientes aquáticos na Planície Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 65: 87-100., Menezes et al. (2011)Menezes, V.C., Bueno, N.C., Bortolini, J.C. & Godinho, L.R. 2011. Chlorococcales sensu lato (Chlorophyceae) em um lago artificial urbano, Paraná, Brasil. Iheringia, Série Botânica 66: 227-240., Bicudo (2012)Bicudo, C.E.M. 2012. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil: Algas, 33: Chlorophyceae (famílias Palmellaceae, Hormotilaceae e Dictyosphaeriaceae). Hoehnea 39: 565-575., Domingues & Torgan (2012)Domingues, C.D. & Torgan, L.C. 2012. Chlorophyta de um lago artificial hipereutrófico no sul do Brasil. Iheringia, Série Botânica 67: 75-91., Hentschke & Prado (2012)Hentschke, G.S. & Prado, J.F. 2012. Chlorococcales s. l. (Chlorophyceae) e Zygnematales (Zygnematophyceae) em um açude do Balneário do Lérmen, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 67: 59-74., Rosini et al. (2012)Rosini, E.F., Sant'Anna, C.L. & Tucci, A. 2012. Chlorococcales (exceto Scenedesmaceae) de pesqueiros da região Metropolitana de São Paulo, SP, Brasil: levantamento florístico. Hoehnea 39: 11-38., Alves et al. (2014)Alves, F.R.R., Gama Jr, W.A. & Nogueira, I.S. 2014. Planktonic Radiococcaceae Fott ex Komárek of the Tigres Lake system, Britânia, Goiás State, Brazil. Brazilian Journal of Botany 37: 519-530., Aquino et al. (2014)Aquino, C.A.N., Bueno, N.C. & Menezes, V.C. 2014. Chlorococcales sensu latu (Chlorophyceae) de um ecossistema lótico subtropical, Estado do Paraná, Brasil. Hoehnea 41: 431-451., Ramos et al. (2014Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., Góes-Neto, A. & Moura, C.W.N. 2014. New additions of coccoid green algae to the phycoflora of Brazil and the Neotropics. Acta Botanica Brasilica 28: 8-16.; 2015aRamos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., & Moura, C.W.N. 2015a. Scenedesmaceae (Chlorophyta, Chlorophyceae) de duas áreas do Pantanal dos Marimbus (Baiano e Remanso), Chapada Diamantina, Estado da Bahia, Brasil. Hoehnea 42: 549-566.; 2015b)Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., & Moura, C.W.N. 2015b. Novos registros de algas verdes cocoides (Chlorophyceae, Chlorophyta) para o estado da Bahia e para o Brasil. Sitientibus, série Ciências Biológicas, 15: 1-13., Riediger et al. (2014)Riediger, W., Bueno, N.C., Jati, S., Sebastien, N.Y. 2014. Fitoplâncton de lagoas de estabilização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no oeste do Paraná, Brasil: classes Chlorophyceae e Euglenophyceae. Iheringia, Série Botânica 69: 329-340. e Tucci et al. (2014)Tucci, A., Bento, N.R.M., Rosal, C. & Bicudo, C.E.M. 2014. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas 34: Chlorophyceae (Golenkiniaceae e Micractiniaceae). Hoehnea 41: 307-314..

Existem 12 trabalhos que apresentam para o Estado de Goiás informações de Chlorophyta flageladas e ou cocoides para ambientes aquáticos artificiais: Campos & Macedo-Saidah (1990)Campos, I.F.P. & Macedo-Saidah, F.F. 1990. Flórula da represa da escola de agronomia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. : Anais do XXXVI Congresso Nacional de Botânica de Curitiba, IBAMA/SBB, Brasília, pp. 839-857., Crispim et al. (1992)Crispim, W.M.C., Rebouças-Bessa, M.R. & Osório, N.B. 1992. Avaliação do comportamento de um sistema de lagoa de estabilização em série tratando esgotos domésticos, Região Centro-Oeste do Brasil. : V Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária AmbientalSESA, Lisboa, pp. 163-173., Brandão & Kravchenko (1997)Brandão, D. & Kravchenko, A. 1997. A biota do Campus Samambaia: história, situação e perspectivas Segraf-UFG, Goiânia., Bazza (1998)Bazza, E. L. 1998. Flutuações na estrutura da comunidade fitoplanctônica durante o período de enchimento do reservatório de Corumbá (GO). Monografia de Bacharelado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá., Nogueira & Leandro-Rodrigues (1999)Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395., Silva et al. (2001)Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290., Felisberto et al. (2001)Felisberto, S.A., Rodrigues, L. & Leandrini, J.A. 2001. Chlorococcales registradas na comunidade perifítica, no reservatório de Corumbá, Estado de Goiás, Brasil, antes e após o represamento das águas. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 275-282., Felisberto & Rodrigues (2002)Felisberto, S.A. & Rodrigues, L. 2002. Desmidiales (exceto o gênero Cosmarium) perifíticas no reservatório de Corumbá, Goiás, Brasil. Iheringia, Série Botânica 57: 75-97., Nogueira et al. (2002)Nogueira, I.S., Silva, K.D., Nabout, J.C. & Nascimento-Bessa, M.R.R.N. 2002. Cyanobacterias potencialmente tóxicas em diferentes mananciais do estado de Goiás - Brasil.: J.M.P Vieira, A.C. Rodrigues, A.C.C. Silva (org.). Uso sustentável da água Anais do 10º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Tema 5 - Gestão Ambiental e Saúde Pública, Braga., Nogueira et al. (2008)Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69., Nogueira & Oliveira (2009)Nogueira, I.S. & Oliveira, J.E. 2009. Chlorococcales e Ulothricales de hábito colonial de quatro lagos artificiais do município de Goiânia - GO. Iheringia, Série Botânica 64: 123-143. e Nabout & Nogueira (2011)Nabout, J.C. & Nogueira, I.S. 2011. Variação temporal da comunidade fitoplanctônica em lagos urbanos eutróficos. Acta Scientiarum, Biological Sciences 33: 383-391.. Sobre os lagos urbanos de Goiânia, destacam-se os trabalhos de Nogueira & Leandro-Rodrigues (1999)Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395., Nogueira et al. (2008)Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69., Nogueira & Oliveira (2009)Nogueira, I.S. & Oliveira, J.E. 2009. Chlorococcales e Ulothricales de hábito colonial de quatro lagos artificiais do município de Goiânia - GO. Iheringia, Série Botânica 64: 123-143. e Nabout & Nogueira (2011)Nabout, J.C. & Nogueira, I.S. 2011. Variação temporal da comunidade fitoplanctônica em lagos urbanos eutróficos. Acta Scientiarum, Biological Sciences 33: 383-391..

O município de Goiânia tem como um dos maiores atrativos os parques e bosques públicos que somam 191 unidades (Amma 2016Amma (Agência Municipal do Meio Ambiente). 2016. Parques e Bosques. Disponível em http://www.goiania.go.gov.br/shtml/amma/parquesebosques.shtml (acesso em 28-IX-2016).
http://www.goiania.go.gov.br/shtml/amma/...
) e observa-se que em cerca de 50% tem lagos urbanos artificiais. Estes começaram a ser construídos na década de 50 para interagirem a população nos mais diferentes tipos de lazer (Nardini & Nogueira 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.). No entanto, pouco se sabe da qualidade e da biodiversidade aquática. O presente estudo é parte do projeto de ficoflórula dos lagos urbanos de Goiânia, e buscou-se inventariar Chlorophyta flageladas e cocoides ocorrentes no Parque Beija-Flor (região norte) durante um curto período de seca e de chuva.

Material e métodos

O Parque Beija-Flor (49º13'W e 16º39'S) localiza-se na região norte do município de Goiânia, GO, construído em 2007 e encontra-se dentro de uma área urbanizada e residencial. Foram utilizadas as nascentes para a construção de pequenos lagos artificiais e as demais áreas foram drenadas (Amma 2004Amma (Agência Municipal do Meio Ambiente). 2004. Memorial Descritivo do Parque Beija-Flor. Goiânia, AMMA, Núcleo de Arquitetura e Engenharia.). Três pontos amostrais foram selecionados, sendo dois em lagos artificiais e um em canal de drenagem. O lago principal (ponto 1) possui área superficial de 4.393,22 m2 e perímetro de 337,94 m, o lago secundário (ponto 3) possui área superficial de 102 m2 e perímetro de 45 m e o canal de abastecimento (ponto 2) possui 166 m de comprimento e 1 m de largura (Amma 2004Amma (Agência Municipal do Meio Ambiente). 2004. Memorial Descritivo do Parque Beija-Flor. Goiânia, AMMA, Núcleo de Arquitetura e Engenharia.) (figura 1).

Figura 1
Parque Beija-Flor, município de Goiânia, GO, Brasil, com os pontos amostrais: lago principal (ponto 1), canal de abastecimento do lago principal (ponto 2) e lago secundário (ponto 3).
Figure 1
Beija-Flor Park, Goiânia city, Goiás State, Brazil, with sampling points: main lake (point 1), main lake supply channel (point 2) and secondary lake (point 3).

Amostras subsuperficiais foram coletadas semanalmente através de processos seletivos (rede de plâncton 25 µm) abrangendo um curto período de seca (agosto a setembro/2007) e chuva (janeiro a fevereiro/2008). Parte das amostras foi fixada com solução de Transeau (Bicudo & Menezes 2006Bicudo, C.E.M. & Menezes, M. 2006. Gênero de algas de água continentais do Brasil (chave para identificação e descrições). 2 ed. RiMa, São Carlos.) e outra parte mantida viva para estudo. As amostras foram examinadas em microscópio óptico Zeiss Axioscop 40, esquematizadas e microfotografadas.

O sistema de classificação adotado para as classes taxonômicas foi o de Krienitz & Bock (2012)Krienitz, L. & Bock, C. 2012. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia 698: 295-326. com ajustes de artigos posteriores. Para as Radiococcaceae adotou-se o sistema de Kostikov et al. (2002)Kostikovi, I., Darienko, T., Lukesová, A. & Hoffmann, L. 2002. Revision of the classification system of Radiococcaceae Fott ex Komárek (except the subfamily Dictyochlorelloideae) (Chlorophyta). Algological Studies 104: 23-58.. A literatura utilizada na identificação de morfoespécies de algas cocoides foi: Komárek & Fott (1983)Komárek, J. & Fott, B. 1983. Chorophyceae (Grünalgen), Ordiniung: Chlorococcales, : G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das Phytoplankton des Süsswaser: Systematik und Biologie Pt 7. E. Schwiezerbat'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart 1: 1-1044., Komárek (1983)Komárek, J. 1983. Contribution to the Chlorococcal algae of Cuba. Nova Hedwigia 37: 65-179., Comas (1996)Comas, A. 1996. Las chlorococcales dulciacuícolas de Cuba. Bibliotheca Phycologia 99:1-100., Hindák (1984Hindák, F. 1984. Studies on the chlorococcal algae (Chlorophyceae) III. Biologic Prace Slovensky 30: 1-308., 1988Hindák, F. 1988. Studies on the chlorococcal algae (Chlorophyceae ) IV. Biologic Prace Slovensky 34: 1-263., 1990)Hindák, F. 1990. Studies on the chlorococcal algae (Chlorophyceae ) V. Biologic Prace Slovensky 36: 1-225.; Ettl (1983)Ettl, H. 1983. Chlorophyta I: H. Ettl, J. Gerloff, H. Heynig & D. Mollenhauer (ed.). Süsswasserflora von Mitteleuropa. Band 9, Gustav Fischer Verlag. Stuttgart., com as devidas atualizações por Bock et al. (2010)Bock, C., Pröschold, T. & Krienitz, L. 2010. Two new Dictyosphaerium-morphotype lineages of the Chlorellaceae (Trebouxiophyceae): Heynigia gen. nov. and Hindakia gen. nov. European Journal of Phycology 45: 267-277., Hegewald et al. (2010)Hegewald, E., Wolf, M., Keller, A., Friedl, T. & Krienitz, L. 2010. ITS2 sequence-structure phylogeny in the Scenedesmaceae with special reference to Coelastrum (Chlorophyta, Chlorophyceae), including the new genera Comasiella and PectinodesmusPhycologia 49: 325-335., Krienitz et al. (2011aKrienitz, L., Bock, C., Dadheech, P.K., Pröschold, T. 2011a. Taxonomic reassessment of the genus Mychonastes (Chlorophyceae, Chlorophyta) including the description of eight new species. Phycologia 50: 89-106., 2011bKrienitz, L., Bock, C., Nozaki, H., Wolf, M. 2011b. SSU rRNA gene phylogeny of morphospecies affiliated to the bioassay alga ''Selenastrum capricornutum'' recovered the polyphyletic origin of crescent-shaped chlorophyta. Journal of Phycology 47: 880-893., 2012)Krienitz, L., Bock, C., Kotut, K., Pröschold, T. 2012. Genotypic diversity of Dictyosphaerium-morphospecies (Chlorellaceae, Trebouxiophyceae) in African inland waters, including the description of four new genera. Fottea, Olomouc 12: 231-253. e Bock et al. (2013)Bock, C., Luo, W., Kusber, W-H., Hegewald, E., Pazoutová, M. & Krienitz, L. 2013. Classification of crucigenoid algae: phylogenetic position of the reinstated genus Lemmermannia, Tetrastrum spp. Crucigenia tetrapedia, and Clauterbornii (Trebouxiophyceae, Chlorophyta). Journal of Phycology 49: 329-339..

A distribuição geográfica dos táxons registrados foi fornecida apenas para o Estado de Goiás.

Resultados e Discussão

Foi identificado um total de 25 táxons, dos quais 13 gêneros foram de Chlorophyceae e sete de Trebouxiophyceae. Em Chlorophyceae foram registrados um táxon na ordem Chlamydomonadales, um na Chlorococcales e 16 na Sphaeropleales. Em Trebouxiophyceae foram identificados cinco táxons em Chlorellales e um Trebouxiophyceae incertae sedis.

Os 13 gêneros de Chlorophyceae registrados foram distribuídos em quatro táxons infragenéricos de Desmodesmus, três de Kirchneriella e os demais gêneros com um táxon em cada (Pandorina, Treubaria, Lacunastrum, Radiococcus, Raphidocelis, Selenastrum, Comasiella, Pectinodesmus, Scenedesmus, Tetrallantos e Westella).

Os seis gêneros de Trebouxiophyceae registrados no Parque Beija-Flor foram identificados em dois táxons infragenéricos de Hindakia e nos demais apenas uma espécie em cada gênero (Pachycladella, Micractinium, Mucidosphaerium, Dicloster e Lemmermannia).

Ao longo do estudo as espécies com maior frequência observada nas amostras foram Desmodesmus communis (52% do total de amostras) seguido de Lacunastrum gracillimum (47%) e Mucidosphaerium pulchellum (42%).

  • Classe Chlorophyceae

    • Ordem Chlamydomonadales

      • Família Volvocaceae

        • Gênero Pandorina Bory 1824

Pandorina morum (O.F. Mueller) Bory. Bory in Lamouroux, Bory de Saint-Vincent & Deslongschamps, Pandorina, pp. 521-600. 1824. Figuras 2 e 3

Figuras 2-16
Espécies de Chlorophyta no Parque Beija-Flor, GO, Brasil. 2-3. Pandorina morum. 2. Indivíduo adulto. 3. Indivíduo com flagelos indicados pelas setas. 4. Treubaria schmidlei. 5. Lacunastrum gracillimum. 6. Radiococcus fottii. 7. Comasiella arcuata var. platydisca. 8. Desmodesmus brasiliensis. 9-10. D. communis. 11. D. intermedius. 12. D. intermedius var. acutispinus. 13. Scenedesmus ecornis. 14. Pectinodesmus javanensis var. javanensis. 15. Tetrallantos lagarheimii. 16. Westella botryoides. Escala = 10 µm.
Figures 2-16
Chlorophyta species in Parque Beija-Flor, Goiás State, Brazil. 2-3. Pandorina morum. 2. Adult individual. 3. Individual with flagella indicated by arrows. 4. Treubaria schmidlei. 5. Lacunastrum gracillimum. 6. Radiococcus fottii. 7. Comasiella arcuata var. platydisca. 8. Desmodesmus brasiliensis. 9-10. D. communis. 11. D. intermedius. 12. D. intermedius var. acutispinus. 13. Scenedesmus ecornis. 14. Pectinodesmus javanensis var. javanensis. 15. Tetrallantos lagarheimii. 16. Westella botryoides. Scale bar = 10 µm.

Colônia elipsoide ou esférica, 44 × 34 µm, mucilagem conspícua, 8-16 células distribuídas em camadas superpostas, extremamente compactas. Célula subpiramidal, monadoide, 11 × 10 µm, polos arredondados voltados para o lado interno da colônia, cada uma com 2 flagelos, conspícuo, localizado anteriormente a célula, parede celular lisa, hialina, estigma conspícuo e localizado na porção apical, cloroplasto urceolado, único, parietal, 1 pirenoide.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 2, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40243); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255).

Distribuição geográfica: Primeira citação da espécie para o Estado de Goiás.

  • Ordem Chlorococcales

    • Familia Treubariaceae

      • Gênero Treubaria Bernard 1908

Treubaria schmidlei (Schoder) Fott & Kovácik. Preslia 47: 309. 1975. Figura 4

Célula isolada, livre, tetraédrica, 10 × 9 µm de lado; 4 espinhos, hialinos, robustos, retos, 30 × 6 µm; parede celular lisa, hialina, tênue; protoplasma esférico, distanciado da parede celular, cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide. Reprodução por autósporos.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: lago das Rosas (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

  • Ordem Sphaeropleales

    • Família Hydrodityaceae

      • Gênero Lacunastrum H.McManus 2011

Lacunastrum gracillimum (West & G. S. West) H. McManus. Journal of Phycology47(1): 128-129, fig. 4. 2011. Figura 5

Cenóbio circular, plano, 65 × 60 µm, 16 células dispostas concentricamente, espaços intercelulares presentes, igual ou maior que o diâmetro da célula. Células marginais poligonais ou aproximadamente em H, parede celular lisa, as externas unidas entre si pela base, 15 × 9 µm, 2 processos cilíndrico-truncados livres, estreitos, mais longo que a largura da célula, no mesmo plano, as internas fixas pelas extremidades, 10 × 9 µm; cloroplasto único, parietal, ocupando todo processo. Reprodução por autósporo.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 2, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40240); Ponto 3, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40241); Ponto 2, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40243); Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 2, 9-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40249); Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: Primeira citação da espécie para o Estado de Goiás.

Família Radiococcaceae Fott & Komárek 1979

Gênero Radiococcus Schimidle 1902

Radiococcus fotti (Hindak) Kostikov, Darienko, Lukešová et Hoffmann. Arch. Hydrobiol. Suppl. 142 (Algol. Stud. 104): 39. 2002. Figura 6

Colônia arredondada, 24 µm de diâmetro, com 2 grupos de (2)-4-8 células dispostas em coroa, em dois planos paralelos, de modo que cada célula de um plano localiza-se sobre o espaço entre duas células do outro plano, em mucilagem hialina, conspícua. Células esféricas, 5-6 µm; cloroplasto único, parietal, poculiforme, 1 pirenoide basal. Reprodução por 4 autósporos, esféricos, dispostos em arranjo idênticos ao da colônia, liberados por dissolução da parede da célula-mãe.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257); Ponto 2, 7-II-2008, E.B. D'Alessandro (UFG40268).

Distribuição geográfica: citado como Eutetramorus fottii (Hind.) Kom. para o município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.), município de Goiânia: lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Bazza 1998Bazza, E. L. 1998. Flutuações na estrutura da comunidade fitoplanctônica durante o período de enchimento do reservatório de Corumbá (GO). Monografia de Bacharelado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá., Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69., Nogueira & Oliveira 2009Nogueira, I.S. & Oliveira, J.E. 2009. Chlorococcales e Ulothricales de hábito colonial de quatro lagos artificiais do município de Goiânia - GO. Iheringia, Série Botânica 64: 123-143.). Município de Britânia: lago dos Tigres (Alves et al. 2014Alves, F.R.R., Gama Jr, W.A. & Nogueira, I.S. 2014. Planktonic Radiococcaceae Fott ex Komárek of the Tigres Lake system, Britânia, Goiás State, Brazil. Brazilian Journal of Botany 37: 519-530.).

Família Scenedesmaceae

Gênero Comasiella E.Hegewald & M.Wolf, 2010Hegewald, E., Wolf, M., Keller, A., Friedl, T. & Krienitz, L. 2010. ITS2 sequence-structure phylogeny in the Scenedesmaceae with special reference to Coelastrum (Chlorophyta, Chlorophyceae), including the new genera Comasiella and PectinodesmusPhycologia 49: 325-335..

Comasiella arcuata var. platydisca (G.M.Smith) E.Hegewald & M.Wolf. Phycologia 49(4): 332-333. 2010. Figura 7

Cenóbio curvo, 1-2 fileiras de 4 células dispostas linearmente, justapostas e as fileiras unindo-se pelos ápices das células. Células reniformes, 12 × 7 µm; cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide, parede celular lisa, hialina. Reprodução por autósporo.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: represa Samambaia (Souza & Felisberto 2014Souza, D.B.S. & Felisberto, S.A. 2014. Comasiella, Desmodesmus, Pectinodesmus e Scenedesmus na comunidade perifítica em ecossistema lêntico tropical, Brasil Central. Hoehnea 41: 109-120.).

Gênero Desmodesmus An, Friedl & Hegewald, 1999.

Desmodesmus brasiliensis (Bohlin) E. Hegewald. Algological Studies 96: 7. 2000. Figura 8

Cenóbio reto, 2 células disposta linearmente. Células elípticas ou oblongas, unidas entre si em quase a totalidade do comprimento, 16 × 7 µm, 1 costela em cada face frontal, fusionando-se com os polos, formando 1 dente, parede celular lisa, cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide. Reprodução por autósporo.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosa, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.), represa Samambaia (Souza & Felisberto 2014Souza, D.B.S. & Felisberto, S.A. 2014. Comasiella, Desmodesmus, Pectinodesmus e Scenedesmus na comunidade perifítica em ecossistema lêntico tropical, Brasil Central. Hoehnea 41: 109-120.).

Desmodesmus communis (Hegew.) E. Hegewald. Algological Studies 96: 8. 2000. Figuras 9 e 10

Cenóbio reto, 4 células dispostas linearmente. Células oblongas, unidas entre si em quase a totalidade do comprimento, 12-20 × 5-8 µm, polos arredondados, os externos com 2 ou 1 espinhos longos de 10-13 µm de compr., cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide, parede celular hialina. Reprodução por autósporo.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 2, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40240); Ponto 3, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40241); Ponto 2, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40243); Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 2, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40246); Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 2, 9-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40249); Ponto 3, 9-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40250), Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257); Ponto 3, 7-II-2008, E.B. D'Alessandro (UFG40269).

Distribuição geográfica: Citado como Scenedesmus quadricauda (Turp.) Breb. Município de Goiânia: rio Meia Ponte (Macedo-Saidah et al. 1987Macedo-Saidah, F.E.M., Nascimento-Bessa, M.R.R. & Campos, I.F.P. 1987. O plâncton das águas do Rio Meia Ponte, Município de Goiânia, Goiás, Brasil. Nerítica 2: 105-117., represa Samambaia (Brandão & Kravchenko 1997Brandão, D. & Kravchenko, A. 1997. A biota do Campus Samambaia: história, situação e perspectivas Segraf-UFG, Goiânia., Souza & Felisberto 2014Souza, D.B.S. & Felisberto, S.A. 2014. Comasiella, Desmodesmus, Pectinodesmus e Scenedesmus na comunidade perifítica em ecossistema lêntico tropical, Brasil Central. Hoehnea 41: 109-120.). Citado como Scenedesmus quadricauda (Turpin) Brébisson sensu Chodat var. quadricauda. Município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Bazza 1998Bazza, E. L. 1998. Flutuações na estrutura da comunidade fitoplanctônica durante o período de enchimento do reservatório de Corumbá (GO). Monografia de Bacharelado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá., Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.), rio Corumbá (Felisberto et al. 2001Felisberto, S.A., Rodrigues, L. & Leandrini, J.A. 2001. Chlorococcales registradas na comunidade perifítica, no reservatório de Corumbá, Estado de Goiás, Brasil, antes e após o represamento das águas. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 275-282.).

Desmodesmus intermedius (R. Chod.) E. Hegewald. Archiv für Hydrobiologie, Suppl. 131 (Algological Studies) 96: 11. 2000. Figura 11

Cenóbio reto, 35,5 µm, 8 células dispostas levemente alternadas. Célula oblonga, 8-10 × 4-5 µm, polos arredondados, os externos com 1 espinho em cada, 7 µm de compr., cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide, parede celular hialina. Reprodução por autósporo.

As características métricas de D. intermedius geralmente citada na literatura é em torno de 5 µm de compr., no entanto Tsarenko & John (2011)Tsarenko, P.M. & John, D.M. 2011. Phylum Chlorophyta (GreenAlgae ) Order Sphaeropleales. In: D.M. John, B.A Whitton & A.J. Brook (eds.). The Freshwater Algal Flora of the British Isles. 2 ed. Cambridge University Press, Cambridge, pp. 461-465. apresentaram medidas de até 10 µm para esta espécie e Godinho et al. (2010)Godinho, L.R., Gonzáles, A.C. & Bicudo, C.E.M. 2010. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 30: Chlorophyceae (família Scenedesmaceae). Hoehnea 37: 513-553. teve os espécimes com características métricas de 12,8 µm de comprimento. No material analisado para Goiás os menores espécimes apresentaram-se com 8 µm, porém o arranjo dos cenóbios sempre constante na população foi suficiente para identificá-los como D. intermedius.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 2, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40240); Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 3, 9-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40250); Ponto 2, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40252); Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: lago do Jardim Botânico, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

Desmodesmus intermedius (R. Chod.) Hegewald var. acutispinus (Roll) Hegewald. Algological Studies 96: 11. 2000. Figura 12

Cenóbio reto, 20 µm, 4 células dispostas levemente alternadas. Célula oblonga, 9-12 × 5-7 µm, polos arredondados, os externos com 1-2 espinho em um dos polos diagonalmente oposto com o polo da outra célula externa, 8 µm de compr.; parede celular hialina, cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide. Reprodução por autósporo.

As populações de D. intermedius var. acutispinus analisadas neste estudo apresentaram células maiores do que aquelas registradas por Godinho et al. (2010)Godinho, L.R., Gonzáles, A.C. & Bicudo, C.E.M. 2010. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 30: Chlorophyceae (família Scenedesmaceae). Hoehnea 37: 513-553. para material de São Paulo. A presença de dois espinhos em um dos polos das células externas em alguns indivíduos já havia sido registrada por Nagy-Toth (1987)Nagy-Tóth, F. 1987. Notes on the pleomorphism of Scenedesmus intermedius Chod. Veröffentlichungen der Arbeitsgemeinschaft Donauforschung 7: 325-342. em estudo de culturas para a então espécie S. intermedius (= D. intermedius).

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40241); Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255).

Distribuição geográfica: primeira citação da variedade para o Estado de Goiás.

Pectinodesmus javanensis (Chodat) E.Hegewald, C.Bock & Krienitz var. javanensis. Fottea 14(2): 151. 2013. Figura 14

Cenóbio reto, 8 células dispostas em zigue-zague. Células lunadas, com 30 × 5 µm, sendo os polos internos de cada célula unidos à região mediana convexa da célula vizinha, as células centrais unindo-se pela região mediana convexa; cloroplasto único, parietal, com um pirenoide, parede celular lisa, hialina. Reprodução por autósporo.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: citado como Scenedesmus javanensis Chodat. Município de Goiânia: ribeirão João Leite (Saneago 1996Saneago (Saneamento de Goiás S.A). 1996. Relatório do Monitoramento do Ribeirão João Leite - Período 94-95. Goiânia.), lago do Jardim Botânico de Goiânia, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.). Município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.), rio Corumbá (Felisberto et al. 2001Felisberto, S.A., Rodrigues, L. & Leandrini, J.A. 2001. Chlorococcales registradas na comunidade perifítica, no reservatório de Corumbá, Estado de Goiás, Brasil, antes e após o represamento das águas. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 275-282.).

Scenedesmus ecornis (Ehrenberg) Chodat. Schweizerische Zeitschrift für Hydrologie 3: 170. 1926. Figura 13

Cenóbio reto, 4 células dispostas linearmente. Células obovadas 12 × 5,5 µm, margem das células externas retas a levemente convexas, parede celular lisa; cloroplasto único parietal, 1 pirenoide, parede celular lisa, hialina. Reprodução por autósporo.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255).

Distribuição geográfica: município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Bazza 1998Bazza, E. L. 1998. Flutuações na estrutura da comunidade fitoplanctônica durante o período de enchimento do reservatório de Corumbá (GO). Monografia de Bacharelado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá., Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.). Município de Goiânia: represa Samambaia (Souza & Felisberto 2014Souza, D.B.S. & Felisberto, S.A. 2014. Comasiella, Desmodesmus, Pectinodesmus e Scenedesmus na comunidade perifítica em ecossistema lêntico tropical, Brasil Central. Hoehnea 41: 109-120.).

Gênero Tetrallantos Teiling, 1916.

Tetrallantos lagerheimii Teiling. Svensk Botanisk Tidskrift 10: 62, figs. 1-7. 1916. Figura 15

Cenóbio de 4 células, duas delas no mesmo plano unidas em ambos os polos, formando um anel; cada região de união ligando-se a 1 polo de outra célula perpendicular ao anel; mucilagem hialina, inconspícua. Células lunadas, 18 × 7 µm, ápices arredondados parede celular lisa; cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide. Reprodução por 4 autósporos.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Bazza 1998Bazza, E. L. 1998. Flutuações na estrutura da comunidade fitoplanctônica durante o período de enchimento do reservatório de Corumbá (GO). Monografia de Bacharelado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá., Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.). Município de Goiânia: lago do Jardim Botânico, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

Gênero Westella De Wildemann, 1892.

Westella botryoides (W. West) De Wildemann. Bulletin de l'Herbier Boissier 5: 532. 1897. Figura 16

Cenóbio plano, quadrangular a raramente alongado, 4 células dispostas cruciadamente, espaços intercelulares ausentes ou retangulares, sincenóbios dispostos no mesmo plano ou sobrepostos intercaladamente. Células esféricas, 6 µm de diâm.; cloroplasto único, poculiforme, 1 pirenoide. Reprodução por autósporos organizados em 4 cenóbios-filhos dispostos nas células-esporangial, paralelamente ao cenóbio-mãe.

Das amostras estudadas, em uma única delas foi registrado presença de sincenóbios semelhantes ao material registrado por Nogueira (1991)Nogueira, I.S. 1991. Chlorococcales sensu lato (chlorophyceae) do Município do Rio de Janeiro e arredores, Brasil: inventário e considerações taxonômicas. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. para o Rio de Janeiro e por Ramos et al. (2014)Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., Góes-Neto, A. & Moura, C.W.N. 2014. New additions of coccoid green algae to the phycoflora of Brazil and the Neotropics. Acta Botanica Brasilica 28: 8-16. para espécimes da Bahia.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: ribeirão João Leite (Saneago 1996Saneago (Saneamento de Goiás S.A). 1996. Relatório do Monitoramento do Ribeirão João Leite - Período 94-95. Goiânia.), lago do Jardim Botânico de Goiânia, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira & Leandro-Rodrigues 1999Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395., Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

  • Família Selenastraceae

    • Gênero Kirchneriella Schmidle, 1893.

Kirchneriella aperta Teiling. Svensk Botanisk Tidskrift 6(2): 276, fig. 9. 1912. Figura 17

Figuras 17-28
Espécies de Chlorophyta no Parque Beija-Flor, GO, Brasil. 17. Kirchneriella aperta. 18. K. diane. 19. K. lunari.20. Raphidocelis danubiana. 21. Selenastrum rinoi. 22. Dicloster acuatus. 23. Hindakia fallax. 24. H. tetrachotomum. 25. Micractinium pusillum. 26. Mucidosphaerium pulchellum. 27. Pachycladella komarekii. 28. Lemmermannia tetrapedia. Escala = 10 µm.
Figures 17-28
Chlorophyta species in Parque Beija-Flor, Goiás State, Brazil. 17. Kirchneriella aperta. 18. K. diane. 19. K. lunari. 20. Raphidocelis danubiana. 21. Selenastrum rinoi. 22. Dicloster acuatus. 23. Hindakia fallax. 24. H. tetrachotomum. 25. Micractinium pusillum. 26. Mucidosphaerium pulchellum. 27. Pachycladella komarekii. 28. Lemmermannia tetrapedia. Scale bar = 10 µm.

Colônia alongada ou arredondada, 23,5 µm diâmetro, 4-8 células dispostas irregularmente em mucilagem hialina, inconspícua. Células lunadas, contorno circular, incisão mediana em forma de "V", 8 × 5 µm, 2 µm de distância entre os ápices; cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide inconspícuo. Reprodução por 4 autósporos.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 2, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40240); Ponto 2, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40243).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: ribeirão João Leite (Saneago 1996Saneago (Saneamento de Goiás S.A). 1996. Relatório do Monitoramento do Ribeirão João Leite - Período 94-95. Goiânia.), lago das Rosas (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

Kirchneriella diane (Bohlin) Comas var. diane. Acta bot. Cubana, 2: 4. 1980. Figura 18

Colônia arredondada até alongada, 49 µm de diâmetro, de 16-24-32 células agrupadas com ápices orientados para a periferia da colônia, mucilagem hialina, células lunadas com incisão mediana em forma de "U", 5-9 × 5-8 µm; cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide; parede celular lisa. Reprodução por 4 autósporos.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40241); Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: ribeirão João Leite (Saneago 1996Saneago (Saneamento de Goiás S.A). 1996. Relatório do Monitoramento do Ribeirão João Leite - Período 94-95. Goiânia.), lago do Jardim Botânico, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

Kirchneriella lunaris (Kirchner) Mobios. Abhandlungen der Senckenbergischen Naturforschenden Gesellschaft 18:331. 1894. Figura 19

Colônia arredonda, 17,3 µm de diâmetro, de 4 células agrupadas, com ápices acuminados, aproximadamente orientados para a periferia da colônia, mucilagem hialina, células lunadas, com incisão mediana em forma de "U", 9 × 5 µm; cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide; parede celular lisa. Reprodução por 4 autósporo.

Os espécimes de K. lunaris analisados tiveram proximidade morfológica do contorno celular daqueles ilustrados em Komarek & Fott (1983)Komárek, J. & Fott, B. 1983. Chorophyceae (Grünalgen), Ordiniung: Chlorococcales, : G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das Phytoplankton des Süsswaser: Systematik und Biologie Pt 7. E. Schwiezerbat'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart 1: 1-1044., a diferença deste táxon para K. dianae reside no tamanho e organização das células e a incisão.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255).

Distribuição geográfica: município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Bazza 1998Bazza, E. L. 1998. Flutuações na estrutura da comunidade fitoplanctônica durante o período de enchimento do reservatório de Corumbá (GO). Monografia de Bacharelado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá., Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.). Município de Goiânia: bosque dos Buritis (Nascimento-Bessa & Santos, 1995Nascimento-Bessa, M.R.R.N. & Santos, C.R.A. 1995. Fitoplâncton e fatores fisíco-químicos em lagos do Bosque dos Buritis no município de Goiânia, Goiás-Brazil. : Anais do Word-Wide Symposium Pollution in Large Cities, Science and Technology for Planning Environmental Quality. Venice, pp.17-26.), lago do Jardim Botânico, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.)

Gênero Raphidocelis (Hindák), Marvan, Komárek & Comas 1984.

Raphidocelis danubiana (Hindák), Marvan, Komárek & Comas. Arch. Hydrobiol. Suppl. 67: (Algological Studies 37) 386, fig. 9B: 9 a-e. 1984. Figura 20

Colônia arredondada, 28 µm, 4 grupos de 4 células, dispostas lado a lado, com o lado côncavo orientado para o centro da colônia. Células lunadas, 7 × 4 µm com ápices arredondados; cloroplasto único, parietal; pirenoide ausente, parede celular lisa. Reprodução por autósporos.

R. daubiana é um táxon pouco registrado no país, destacam-se o registro nos trabalhos de Nogueira & Leandro-Rodrigues (1999)Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395. e Ramos et al. (2014)Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., Góes-Neto, A. & Moura, C.W.N. 2014. New additions of coccoid green algae to the phycoflora of Brazil and the Neotropics. Acta Botanica Brasilica 28: 8-16.. Os espécimes analisados no Parque Beija-Flor apresentaram configurações morfológicas próximas àquelas registradas por este último trabalho para o Estado da Bahia.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: jardim botânico Chico Mendes (Nogueira & Leandro-Rodrigues 1999Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395.).

Selenastrum rinoi Komárek & Comas. Arch. Hydrobiol. Suppl., 63(3): 276, fig. 10. 1982. Figura 21

Colônia arredondada a alongada, 16-21 µm de diâmetro, 8-16-32-(64) células, dispostas de forma irregular, com lado convexo orientado para o centro da colônia. Células lunadas ou arqueadas, 6 × 2 µm, ápices gradualmente afilados, dispostos no mesmo plano; cloroplasto único, parietal, sem pirenoide. Reprodução por autósporos.

Selenastrum rinoi difere de Selenastrum capricornutum por apresentar células de menor largura, com ápices mais distanciados entre si e por exibirem disposição irregular destas na colônia. Krienitz et al. (2011b)Krienitz, L., Bock, C., Nozaki, H., Wolf, M. 2011b. SSU rRNA gene phylogeny of morphospecies affiliated to the bioassay alga ''Selenastrum capricornutum'' recovered the polyphyletic origin of crescent-shaped chlorophyta. Journal of Phycology 47: 880-893. indicaram a tendência da proximidade das características morfológica entre as espécies de S. rinoi, S. bribraianum e S. gracile. Estes autores consideraram necessário um estudo mais acurado de biologia molecular para delimitar a posição diagnóstica destes táxons. Silva et al. (2017)Silva, T.G., Bock, G., Sant'Anna, C.L., Bagatini, I.L., Wodniok, S. & Vieira, A.A.H. 2017. Selenastraceae (Sphaeropleales, Chlorophyceae): rbcL, 18S rDNA and ITS-2 secondary structure enlightens traditional taxonomy, with description of two new genera, Messastrum gen. novand Curvastrum gen. novFottea 17: 1-19. descreveu o gênero Messastrum T. S. Garcia cujo o tipo genérico foi Messastrum gracile (Basiônimo e Holotipo S. gracile Reinsch 1866). Com o estudo realizado por Silva et al. (2017)Silva, T.G., Bock, G., Sant'Anna, C.L., Bagatini, I.L., Wodniok, S. & Vieira, A.A.H. 2017. Selenastraceae (Sphaeropleales, Chlorophyceae): rbcL, 18S rDNA and ITS-2 secondary structure enlightens traditional taxonomy, with description of two new genera, Messastrum gen. novand Curvastrum gen. novFottea 17: 1-19. considera-se que iniciou a revisão taxonômica no gênero Selenastrum.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40241); Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: município de Goiânia: jardim botânico Chico Mendes, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas (Nogueira & Leandro-Rodrigues 1999Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395., Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

  • Classe Trebouxiophyceae

    • Ordem Chlorellales

      • Família Chlorellaceae

        • Gênero Dicloster Jao, Wei & Hu, 1976.

Dicloster acuatus Jao, Wei & Hu. Acta Hydrobiologica Sinica 6(1): 115. 1976. Figura 22

Cenóbio reto, 2 fileiras de 2 células dispostas de tal forma que a porção de união entre as células de uma fileira intercala-se com a outra. Células lunadas, 22 × 5 µm unidas na porção convexa; cloroplasto único, parietal, 2 pirenoides. Reprodução por autósporos.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247).

Distribuição geográfica: município de Goiânia, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

Gênero HindakiaBock, Proschold & Krienitz, 2010Bock, C., Pröschold, T. & Krienitz, L. 2010. Two new Dictyosphaerium-morphotype lineages of the Chlorellaceae (Trebouxiophyceae): Heynigia gen. nov. and Hindakia gen. nov. European Journal of Phycology 45: 267-277..

Hindakia fallax (Komárek) Bock, Proschold & Krienitz. European Journal of Phycology 45(3): 271, fig.6. 2010Bock, C., Pröschold, T. & Krienitz, L. 2010. Two new Dictyosphaerium-morphotype lineages of the Chlorellaceae (Trebouxiophyceae): Heynigia gen. nov. and Hindakia gen. nov. European Journal of Phycology 45: 267-277.. Figura 23

Colônia arredondada, 48-57 µm de diâmetro. Células agrupadas de 1-2-4-8-16 grupos 4 células conectadas por pedúnculo mucilaginoso, hialino. Células adultas obovado-alargada, 8 × 6 µm, cloroplasto único, poculiforme, com 1 pirenoide distinto; parede celular lisa, hialina. Células filhas idênticas às adultas. Reprodução por autósporos.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 2, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40240); Ponto 2, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40243); Ponto 2, 9-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40249); Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: citado como Dictyosphaerium tetrachotomum Printz var. fallax Komárek. Município de Goiânia: Lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis e lago do Jardim Botânico (Nogueira & Oliveira 2009Nogueira, I.S. & Oliveira, J.E. 2009. Chlorococcales e Ulothricales de hábito colonial de quatro lagos artificiais do município de Goiânia - GO. Iheringia, Série Botânica 64: 123-143.).

Hindakia tetrachotomum (Printz) Bock, Proschold & Krienitz. European Journal of Phycology 45(3): 270. 2010. Figura 24

Colônia arredondada, 36 µm e diâmetro. Células agrupadas 1, 2, 4 grupos de 4 células conectadas por pedúnculo mucilaginoso, hialino. Células adultas oblongas a oblongo-alargadas, 8 × 6 µm, cloroplasto único, poculiforme, com 1 pirenoide distinto; parede celular lisa, hialina. Células jovens idênticas às adultas. Reprodução por autósporos.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: citado como Dictyosphaerium tetrachotomum Printz. Município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.). Município de Goiânia: lago do Jardim Botânico de Goiânia, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

Gênero Micractinium Fresenius, 1858.

Micractinium pusillum Fresenius. Abhandlungen der Senckenbergischen Naturforschenden Gesellschaft 2: 236, pl. XI, figs. 46-49. 1858. Figura 25

Colônia tetraédrica, quadrática, ou células agregadas, 26-35 µm de diâmetro (incluindo os espinhos), com (2)-4-8-16-(32) células justapostas. Células esféricas, 6-7 µm, 2-3 espinhos retos, 11-33 µm, tênues, longos, dispostos na margem livre; cloroplasto único, poculiforme, 1 pirenoide esférico. Reprodução por 4 autósporos, esféricos, dispostos tetraedricamente.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253).

Distribuição geográfica: município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Bazza 1998Bazza, E. L. 1998. Flutuações na estrutura da comunidade fitoplanctônica durante o período de enchimento do reservatório de Corumbá (GO). Monografia de Bacharelado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá., Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.). Município de Goiânia: lago do Jardim Botânico, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.). Município de Inhumas: lagoa de estabilização (Crispin et al. 1992).

Gênero Mucidosphaerium Bock, Proschold & Krienitz, 2011

Mucidosphaerium pulchellum (Wood), Bock, Proschold & Krienitz. Journal of Phycology 47(3): 642. 2011. Figura 26

Colônia arredondada, 40-48,5 µm de diâmetro, 1-2-4-8 grupos de 4 células unidas entre si por pedúnculo mucilaginoso, hialino. Células adultas esféricas, 5-6 × 5 µm, cloroplasto único, poculiforme, com 1 pirenoide, parede celular hialina. Células jovens oblongas a ovais. Reprodução por autósporo.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 2, 20-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40240); Ponto 2, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40243); Ponto 3, 26-VIII-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40244); Ponto 3, 2-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40247); Ponto 3, 9-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40250); Ponto 3, 16-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40253); Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255); Ponto 3, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40257).

Distribuição geográfica: citado como Dictyosphaerium pulchellum Wood. Município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.). Município de Goiânia: lago do Jardim Botânico, lago do Parque Vaca Brava, lago das Rosas, lago do Bosque dos Buritis (Nogueira & Leandro-Rodrigues 1999Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395., Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

Família Oocytaceae

Gênero Pachycladella (G. M. Smith) Silva, 1970

Pachycladella komarekii (Fott & Kovác.) Reymond. Candollea 35: 66. 1980. Figura 27

Célula isolada, livre, tetraédrica ou esférica, 15 µm de diâmetro, 4 processos pontiagudos, hialinos, retos, 27 × 7 µm, parede celular lisa, hialina, distinta dos processos; protoplasma justaposto a parede celular; cloroplasto único, parietal, 1 pirenoide. Reprodução por autósporos.

Pachycladella komarekii (Fott & Kovác.) Reymond ainda não foi registrado na litertura brasileira. Fazendo uma análise das medias métricas observadas na população estudada, notou-se que foram constates e apresentaram-se maiores tanto em diâmetro da célula quanto no comprimento dos processo. No entanto as demais caracteristicas foram condizentes com aquelas registradas em Komárek & Fott (1983)Komárek, J. & Fott, B. 1983. Chorophyceae (Grünalgen), Ordiniung: Chlorococcales, : G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das Phytoplankton des Süsswaser: Systematik und Biologie Pt 7. E. Schwiezerbat'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart 1: 1-1044.. Pachycladella difere da Treubaria somente pela análise morfológica da região de conexão dos espinhos ou processos e do distanciamento do citoplasma da parede celular. Em Treubaria os espinhos hialinos são indistintos da parede e apresenta o protoplasma centralizado e afastado da parede. Em Pachycladella os processos são nitidamente distintos da parede celular e apresenta o conteúdo protoplasmático adjacente a este envoltório celulósico.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 3, 23-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40255).

Distribuição geográfica: Primeira citação da espécie para o Estado de Goiás.

Família Trebouxiophyceae incertae sedis

Gênero Lemmermannia Chodat 1900

Lemmermannia tetrapedia (Kirchner) Lemmermann. Arkiv för Botanik, Uppsala 2 (2): 157. 1904. Figura 28

Cenóbio reto, cruciado, quadrático, espaço intercelular ausente, 4 células triangulares, 5 × 7 µm, cloroplasto único, parietal, situado no lado externo da célula, pirenoide ausente; parede celular lisa. Reprodução por autósporo.

Material examinado: BRASIL. GOIÁS: Goiânia, Parque Beija-Flor, Ponto 1, 30-IX-2007, E.B. D'Alessandro (UFG40256).

Distribuição geográfica: citado como Crucigenia tetrapedia (Kirch.) West & G.S. West. Município de Caldas Novas: reservatório de Corumbá (Silva et al. 2001Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.), lago das Rosas (Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

Considerações finais

No Brasil, estudos florísticos do fitoplâncton deparam-se com problemas relacionados ao posicionamento taxonômico de muitas espécies. Diante disto, as publicações nesta linha de pesquisa ficaram limitadas a identificação dos táxons de Chlorophyta em famílias e gêneros de tradicional posicionamento fundamentado no sistema de Komárek & Fott (1983)Komárek, J. & Fott, B. 1983. Chorophyceae (Grünalgen), Ordiniung: Chlorococcales, : G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das Phytoplankton des Süsswaser: Systematik und Biologie Pt 7. E. Schwiezerbat'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart 1: 1-1044.. O sistema proposto por Krienitz & Bock (2012)Krienitz, L. & Bock, C. 2012. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia 698: 295-326. reposiciona os gêneros em afinidades filogenéticas, mas encontra-se ainda em desenvolvimento tendo como barreira o posicionamento destes em diferentes famílias. Com isso, Chlorophyta de água doce presente na flora brasileira está tendo sérios problemas no que tange as identidades de gênero e de espécies.

Artigos como os de Rodrigues et al. (2010)Rodrigues, L.L., Sant'anna, C.L. & Tucci, A. 2010. Chlorophyceae das represas Billings (Braço Taquacetuba) e Guarapiranga, SP, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 33: 247-264., Ramos et al. (2014)Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., Góes-Neto, A. & Moura, C.W.N. 2014. New additions of coccoid green algae to the phycoflora of Brazil and the Neotropics. Acta Botanica Brasilica 28: 8-16., Aquino et al. (2014)Aquino, C.A.N., Bueno, N.C. & Menezes, V.C. 2014. Chlorococcales sensu latu (Chlorophyceae) de um ecossistema lótico subtropical, Estado do Paraná, Brasil. Hoehnea 41: 431-451., Ramos et al. (2016)Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., Goes-Neto, A. & Moura, C.W.N. 2016. Hydrodictyaceae (Chlorophyceae, Chlorophyta) do Pantanal dos Marimbus, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Iheringia, Série Botânica 71: 13-21. dentre outros trazem à flora brasileira melhor expressão de atualização dos nomes científicos, porém alguns ainda mantiveram uma adaptação do sistema de Komárek & Fott (1983)Komárek, J. & Fott, B. 1983. Chorophyceae (Grünalgen), Ordiniung: Chlorococcales, : G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das Phytoplankton des Süsswaser: Systematik und Biologie Pt 7. E. Schwiezerbat'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart 1: 1-1044. com o de Krienitz & Bock (2012)Krienitz, L. & Bock, C. 2012. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia 698: 295-326.. Considerando que Chlorophyta de água doce tem maior representatividade em ecossistemas artificiais no país, o mesmo ocorre no Estado de Goiás (Nogueira & Leandro-Rodrigues 1999Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395., Nogueira & Oliveira 2009Nogueira, I.S. & Oliveira, J.E. 2009. Chlorococcales e Ulothricales de hábito colonial de quatro lagos artificiais do município de Goiânia - GO. Iheringia, Série Botânica 64: 123-143., Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.).

O Parque Beija-Flor compostos por 3 ambientes artificiais, cujo posicionamento geográfico é próximo apresenta nos três pontos amostrais uma composição florística muito semelhante (ponto 2 e ponto 3). O baixo número de espécies de Chlorophyta cocoides e flageladas provavelmente esteja relacionado às condições do período amostral coincidir ainda com a instalação deste ecossistema artificial. Do total de táxon identificados, 92% foi registrado no ponto 3, que por ser um corpo d'água menor, proporcionou maior concentração das algas (64% dos táxons). O efeito diluidor das chuvas resultou em menor riqueza taxonômica (6%) neste período, enquanto que na seca foi observada a maior riqueza (96% dos táxons). Radiococcsu fottii e Desmodesmus communis foram as únicas espécies presentes nos dois períodos climáticos.

Como em 2007 o Parque Beija-Flor era um ambiente novo, o ponto 1 (maior extensão e volume de água) apresentou baixa representatividade de Chlorophyta (4%), cujos táxons foram exclusivos do período de seca. Durante estas amostragens outros grupos algais foram mais representativos como, por exemplo, diatomáceas. Observa-se que em lagos artificiais mais antigos foram registradas maior riqueza taxonômica de Chlorophyta cocoides devido a estabilidade e a disponibilidade de nutrientes acumulados nestes ambientes, como pode-se notar em vários artigos nacionais (Tucci et al. 2006Tucci, A., Sant'anna, C.L., Gentil, R.C. & Azevedo, M.T.P. 2006. Fitoplâncton do Lago das Garças, São Paulo, Brasil: um reservatório urbano e eutrófico. Hoehnea 33: 147-175., Nogueira & Oliveira 2009Nogueira, I.S. & Oliveira, J.E. 2009. Chlorococcales e Ulothricales de hábito colonial de quatro lagos artificiais do município de Goiânia - GO. Iheringia, Série Botânica 64: 123-143., Nogueira et al. 2008Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69., Menezes et al. 2011Menezes, V.C., Bueno, N.C., Bortolini, J.C. & Godinho, L.R. 2011. Chlorococcales sensu lato (Chlorophyceae) em um lago artificial urbano, Paraná, Brasil. Iheringia, Série Botânica 66: 227-240., Tucci et al. 2015Tucci, A., Sawatani, M., Rosini, E.F., Lopes, R.I. & Bicudo, C.E.M. 2015. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil. Algas 41: Chlorophyceae (Oocystaceae). Hoehnea 42: 603-614., entre outros).

Provavelmente com o passar do tempo poderá observar o incremento de Chlorophyta nos corpos hídricos do Parque Beija-Flor, o qual está inserido em uma linha de pesquisa continua sobre lagos artificiais urbanos de Goiás. Esse trabalho apresentou os táxons Pandorina morum, Lacunastrum gracillimum, Desmodesmus intermedius var. acutispinus e Pachycladella komarekii como primeira citação de ocorrência para o Estado de Goiás.

  • 1
    . Parte do Trabalho de Conclusão de Curso do primeiro Auto

Literatura citada

  • Alves-da-Silva, S.M. & Hahn, A.T. 2001. Lista das Euglenophyta registradas em ambientes de águas continentais e costeiras do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, série Botânica 55: 171-188.
  • Alves-da-Silva, S.M. & Hahn, A.T. 2004. Study of Euglenophyta in the Jacuí Delta State Park, Rio Grande do Sul, Brasil. 1. Euglena Ehr., Lepocinclis Perty. Acta Botanica Brasilica 18: 123-140.
  • Alves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004a. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringheim) Pochman. Iheringia, série Botânica 59: 75-96.
  • Alves-da-Silva, S.M. & Bridi, F.C. 2004b. Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Sul do Brasil. 3. Strombomonas Defl. Acta Botânica Brasilica 18: 555- 572.
  • Alves-da-Silva, S.M. & Schüler-da-Silva, A. 2007. Novos registros do gênero Trachelomonas Ehr. (Euglenophyceae) no Parque Estadual Delta do Jacuí e no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 21: 401-409.
  • Alves, F.R.R., Gama Jr, W.A. & Nogueira, I.S. 2014. Planktonic Radiococcaceae Fott ex Komárek of the Tigres Lake system, Britânia, Goiás State, Brazil. Brazilian Journal of Botany 37: 519-530.
  • Amma (Agência Municipal do Meio Ambiente). 2004. Memorial Descritivo do Parque Beija-Flor. Goiânia, AMMA, Núcleo de Arquitetura e Engenharia.
  • Amma (Agência Municipal do Meio Ambiente). 2016. Parques e Bosques. Disponível em http://www.goiania.go.gov.br/shtml/amma/parquesebosques.shtml (acesso em 28-IX-2016).
    » http://www.goiania.go.gov.br/shtml/amma/parquesebosques.shtml
  • Aquino, C.A.N., Bueno, N.C. & Menezes, V.C. 2014. Chlorococcales sensu latu (Chlorophyceae) de um ecossistema lótico subtropical, Estado do Paraná, Brasil. Hoehnea 41: 431-451.
  • Bazza, E. L. 1998. Flutuações na estrutura da comunidade fitoplanctônica durante o período de enchimento do reservatório de Corumbá (GO). Monografia de Bacharelado, Universidade Estadual de Maringá, Maringá.
  • Bicudo, C.E.M. 2012. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil: Algas, 33: Chlorophyceae (famílias Palmellaceae, Hormotilaceae e Dictyosphaeriaceae). Hoehnea 39: 565-575.
  • Bicudo, C.E.M. & Menezes, M. 2006. Gênero de algas de água continentais do Brasil (chave para identificação e descrições). 2 ed. RiMa, São Carlos.
  • Bock, C., Luo, W., Kusber, W-H., Hegewald, E., Pazoutová, M. & Krienitz, L. 2013. Classification of crucigenoid algae: phylogenetic position of the reinstated genus Lemmermannia, Tetrastrum spp. Crucigenia tetrapedia, and Clauterbornii (Trebouxiophyceae, Chlorophyta). Journal of Phycology 49: 329-339.
  • Bock, C., Pröschold, T. & Krienitz, L. 2010. Two new Dictyosphaerium-morphotype lineages of the Chlorellaceae (Trebouxiophyceae): Heynigia gen. nov. and Hindakia gen. nov. European Journal of Phycology 45: 267-277.
  • Brandão, D. & Kravchenko, A. 1997. A biota do Campus Samambaia: história, situação e perspectivas Segraf-UFG, Goiânia.
  • Buchheim M.A., Michalopulos, E.A. & Buchheim, J.A. 2001. Phylogeny of the Chlorophyceae with special reference to the Sphaeropleales: a study of 18S and 26S rDNA data. Journal of Phycology 37: 819-835.
  • Campos, I.F.P. & Macedo-Saidah, F.F. 1990. Flórula da represa da escola de agronomia da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil. : Anais do XXXVI Congresso Nacional de Botânica de Curitiba, IBAMA/SBB, Brasília, pp. 839-857.
  • Comas, A. 1996. Las chlorococcales dulciacuícolas de Cuba. Bibliotheca Phycologia 99:1-100.
  • Crispim, W.M.C., Rebouças-Bessa, M.R. & Osório, N.B. 1992. Avaliação do comportamento de um sistema de lagoa de estabilização em série tratando esgotos domésticos, Região Centro-Oeste do Brasil. : V Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária AmbientalSESA, Lisboa, pp. 163-173.
  • Dellamano-Oliveira, M.J., Vieira, A.A., Rocha, O., Colombo, V. & Sant'Anna, C.L. 2008. Phytoplankton taxonomic composition and temporal changes in a tropical reservoir, Brazil. Fundamental and Applied Limnology 171: 27-38.
  • Domingues, C.D. & Torgan, L.C. 2012. Chlorophyta de um lago artificial hipereutrófico no sul do Brasil. Iheringia, Série Botânica 67: 75-91.
  • Ettl, H. 1983. Chlorophyta I: H. Ettl, J. Gerloff, H. Heynig & D. Mollenhauer (ed.). Süsswasserflora von Mitteleuropa. Band 9, Gustav Fischer Verlag. Stuttgart.
  • Felisberto, S.A. & Rodrigues, L. 2002. Desmidiales (exceto o gênero Cosmarium) perifíticas no reservatório de Corumbá, Goiás, Brasil. Iheringia, Série Botânica 57: 75-97.
  • Felisberto, S.A., Rodrigues, L. & Leandrini, J.A. 2001. Chlorococcales registradas na comunidade perifítica, no reservatório de Corumbá, Estado de Goiás, Brasil, antes e após o represamento das águas. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 275-282.
  • Ferragut, C., Lopes, M.R.M., Bicudo, D.C., Bicudo, C.E.M. & Vercelino, I.S. 2005. Ficoflórula perifítica e planctônica (exceto Bacillariophyceae) do Lago do IAG, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo. Hoehnea 32: 137-184.
  • Ferreira, A.C.S. & Menezes, M. 2000. Flora planctônica de um reservatório eutrófico, lagoa Guandu, município de Nova Iguaçu, RJ. Hoehnea 27: 45-76.
  • Gentil, R.C., Tucci, A. & Sant'Anna, C.L. 2008. Dinâmica da comunidade fitoplanctônica e aspectos sanitários de um lago urbano eutrófico em São Paulo, SP. Hoehnea 35: 265-280.
  • Giani, A., Figueredo, C.C. & Eterovick, P.C. 1999. Algas planctônicas do reservatório da Pampulha (MG): Euglenophyta, Chrysophyta, Pyrrophyta, Cyanobacteria. Revista Brasileira de Botânica 22: 107-116.
  • Godinho, L.R., Gonzáles, A.C. & Bicudo, C.E.M. 2010. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 30: Chlorophyceae (família Scenedesmaceae). Hoehnea 37: 513-553.
  • Graham L.E., Graham, J. & Wilcox, L.W. 2009. Algae. 2 ed. Benjamin Cummings Press, San Francisco.
  • Hassal, C. 2014. The ecology and biodiversity of urban ponds. WIREs Water 1:187-206.
  • Hegewald, E., Wolf, M., Keller, A., Friedl, T. & Krienitz, L. 2010. ITS2 sequence-structure phylogeny in the Scenedesmaceae with special reference to Coelastrum (Chlorophyta, Chlorophyceae), including the new genera Comasiella and PectinodesmusPhycologia 49: 325-335.
  • Hentschke, G.S. & Torgan, L.C. 2010. Chlorococcales lato sensu (Chlorophyceae, excl. Desmodesmus e Scenedesmus) em ambientes aquáticos na Planície Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 65: 87-100.
  • Hentschke, G.S. & Prado, J.F. 2012. Chlorococcales s. l. (Chlorophyceae) e Zygnematales (Zygnematophyceae) em um açude do Balneário do Lérmen, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 67: 59-74.
  • Hindák, F. 1984. Studies on the chlorococcal algae (Chlorophyceae) III. Biologic Prace Slovensky 30: 1-308.
  • Hindák, F. 1988. Studies on the chlorococcal algae (Chlorophyceae ) IV. Biologic Prace Slovensky 34: 1-263.
  • Hindák, F. 1990. Studies on the chlorococcal algae (Chlorophyceae ) V. Biologic Prace Slovensky 36: 1-225.
  • Keppeler, E.C., Lopes, M.R.M. & Lima, C.S. 1999. Ficoflórula do Lago Amapá em Rio Branco-Acre, I: Euglenophyceae. Revista Brasileira de Biologia 59: 679-686.
  • Komárek, J. 1983. Contribution to the Chlorococcal algae of Cuba. Nova Hedwigia 37: 65-179.
  • Komárek, J. & Fott, B. 1983. Chorophyceae (Grünalgen), Ordiniung: Chlorococcales, : G. Huber-Pestalozzi (ed.). Das Phytoplankton des Süsswaser: Systematik und Biologie Pt 7. E. Schwiezerbat'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart 1: 1-1044.
  • Kostikovi, I., Darienko, T., Lukesová, A. & Hoffmann, L. 2002. Revision of the classification system of Radiococcaceae Fott ex Komárek (except the subfamily Dictyochlorelloideae) (Chlorophyta). Algological Studies 104: 23-58.
  • Krienitz, L. & Bock, C. 2012. Present state of the systematics of planktonic coccoid green algae of inland waters. Hydrobiologia 698: 295-326.
  • Krienitz, L., Bock, C., Kotut, K., Pröschold, T. 2012. Genotypic diversity of Dictyosphaerium-morphospecies (Chlorellaceae, Trebouxiophyceae) in African inland waters, including the description of four new genera. Fottea, Olomouc 12: 231-253.
  • Krienitz, L., Bock, C., Dadheech, P.K., Pröschold, T. 2011a. Taxonomic reassessment of the genus Mychonastes (Chlorophyceae, Chlorophyta) including the description of eight new species. Phycologia 50: 89-106.
  • Krienitz, L., Bock, C., Nozaki, H., Wolf, M. 2011b. SSU rRNA gene phylogeny of morphospecies affiliated to the bioassay alga ''Selenastrum capricornutum'' recovered the polyphyletic origin of crescent-shaped chlorophyta. Journal of Phycology 47: 880-893.
  • Lopes, M.R.M., Bicudo, C.E.M. & Ferragut, C. 2005. Spatial and temporal variation of phytoplankton in a shallow tropical oligotrophic reservoir, southeast Brazil. Hydrobiologia 542: 235-247.
  • Macedo-Saidah, F.E.M., Nascimento-Bessa, M.R.R. & Campos, I.F.P. 1987. O plâncton das águas do Rio Meia Ponte, Município de Goiânia, Goiás, Brasil. Nerítica 2: 105-117.
  • Matsuzaki, M., Mucci, J.L.N. & Rocha, A.A. 2004. Comunidade fitoplanctônica de um pesqueiro na cidade de São Paulo. Revista Saúde Pública 38: 679-86
  • Menezes, V.C., Bueno, N.C., Bortolini, J.C. & Godinho, L.R. 2011. Chlorococcales sensu lato (Chlorophyceae) em um lago artificial urbano, Paraná, Brasil. Iheringia, Série Botânica 66: 227-240.
  • Menezes, M., Bicudo, C.E.M. & Moura, C.W.N. 2015. Update of the brazilian floristic list of algae and cyanobacteria. Rodriguésia 66: 1047-1062.
  • Nabout, J.C. & Nogueira, I.S. 2011. Variação temporal da comunidade fitoplanctônica em lagos urbanos eutróficos. Acta Scientiarum, Biological Sciences 33: 383-391.
  • Nagy-Tóth, F. 1987. Notes on the pleomorphism of Scenedesmus intermedius Chod. Veröffentlichungen der Arbeitsgemeinschaft Donauforschung 7: 325-342.
  • Nardini, M.J. & Nogueira, I.S. 2008. Processo antrópico de um lago artificial e o desenvolvimento da eutrofização e floração de algas azuis em Goiânia, Goiás, Brasil. Estudos 35: 23-52.
  • Nascimento-Bessa, M.R.R.N. & Santos, C.R.A. 1995. Fitoplâncton e fatores fisíco-químicos em lagos do Bosque dos Buritis no município de Goiânia, Goiás-Brazil. : Anais do Word-Wide Symposium Pollution in Large Cities, Science and Technology for Planning Environmental Quality. Venice, pp.17-26.
  • Nogueira, I.S. 1991. Chlorococcales sensu lato (chlorophyceae) do Município do Rio de Janeiro e arredores, Brasil: inventário e considerações taxonômicas. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
  • Nogueira, I.S. & Leandro-Rodrigues, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59: 377-395.
  • Nogueira, I.S., Nabout, J.C., Oliveira, J.E. & Silva, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35: 55-69.
  • Nogueira, I.S. & Oliveira, J.E. 2009. Chlorococcales e Ulothricales de hábito colonial de quatro lagos artificiais do município de Goiânia - GO. Iheringia, Série Botânica 64: 123-143.
  • Nogueira, I.S., Silva, K.D., Nabout, J.C. & Nascimento-Bessa, M.R.R.N. 2002. Cyanobacterias potencialmente tóxicas em diferentes mananciais do estado de Goiás - Brasil.: J.M.P Vieira, A.C. Rodrigues, A.C.C. Silva (org.). Uso sustentável da água Anais do 10º Simpósio Luso-Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Tema 5 - Gestão Ambiental e Saúde Pública, Braga.
  • Padisák, J., Crossetti, L.O. & Naselli-Flores, L. 2009. Use and misuse in the application of the phytoplankton functional classification: a critical review with updates. Hydrobiologia 621: 1-19.
  • Paul, W.J, Hamilton, D.P., Ostrovsky, I., Miller, S., Zhang, A. & Muraoka, K. 2012. Catchment land use and trophic state impacts on phytoplankton composition: a case study from the Rotorua lakes' district, New Zealand. Hydrobiologia 698: 133-146.
  • Pröschold, T. & Leliaert, F. 2007. Systematics of the green algae: conflict of classic and mondern approaches. In: J. Brodie & J. Lewis (eds.). Unravelling the algae: the past, present and future of algal systematics. CRC press, Boca Raton, pp. 123-153.
  • Ramírez, J.J.R. & Bicudo, C.E.M. 2002. Variation of climatic and physical co-determinants of phytoplankton community in four nictemeral sampling days shallow tropical reservoir, Southeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology 62: 1-14.
  • Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., Góes-Neto, A. & Moura, C.W.N. 2014. New additions of coccoid green algae to the phycoflora of Brazil and the Neotropics. Acta Botanica Brasilica 28: 8-16.
  • Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., & Moura, C.W.N. 2015a. Scenedesmaceae (Chlorophyta, Chlorophyceae) de duas áreas do Pantanal dos Marimbus (Baiano e Remanso), Chapada Diamantina, Estado da Bahia, Brasil. Hoehnea 42: 549-566.
  • Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., & Moura, C.W.N. 2015b. Novos registros de algas verdes cocoides (Chlorophyceae, Chlorophyta) para o estado da Bahia e para o Brasil. Sitientibus, série Ciências Biológicas, 15: 1-13.
  • Ramos, G.J.P., Bicudo, C.E.M., Goes-Neto, A. & Moura, C.W.N. 2016. Hydrodictyaceae (Chlorophyceae, Chlorophyta) do Pantanal dos Marimbus, Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Iheringia, Série Botânica 71: 13-21.
  • Riediger, W., Bueno, N.C., Jati, S., Sebastien, N.Y. 2014. Fitoplâncton de lagoas de estabilização da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no oeste do Paraná, Brasil: classes Chlorophyceae e Euglenophyceae. Iheringia, Série Botânica 69: 329-340.
  • Reynolds, C.S. 2006. The Ecology of Phytoplankton. Cambridge University Press, Cambridge.
  • Rodrigues, L.L., Sant'anna, C.L. & Tucci, A. 2010. Chlorophyceae das represas Billings (Braço Taquacetuba) e Guarapiranga, SP, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 33: 247-264.
  • Rosini, E.F., Sant'Anna, C.L. & Tucci, A. 2012. Chlorococcales (exceto Scenedesmaceae) de pesqueiros da região Metropolitana de São Paulo, SP, Brasil: levantamento florístico. Hoehnea 39: 11-38.
  • Rosini, E.F., Sant'Anna, C.L. & Tucci, A. 2013. Scenedesmaceae (Chlorococcales, Chlorophyceae) de pesqueiros da Região Metropolitana de São Paulo, SP, Brasil: levantamento florístico. Hoehnea 40: 661-678.
  • Ruggiero, M.A., Gordon, D.P., Orrell, T.M., Bailly, N., Bourgoin, T., Brusca, R.C., Cavalier-Smith, T., Guiry, M.D. & Kirk, P.M. 2015. A Higher Level Classification of All Living Organisms. Plos One 10: 1-60.
  • Saneago (Saneamento de Goiás S.A). 1996. Relatório do Monitoramento do Ribeirão João Leite - Período 94-95. Goiânia.
  • Silva, C.A., Train, S. & Rodrigues, L.C. 2001. Estrutura e dinâmica da comunidade fitoplanctônica a jusante e montante do reservatório de Corumbá, Caldas Novas, Estado de Goiás, Brasil. Acta Scientiarum, Biological Science 23: 283-290.
  • Silva, L.H.S. 1999. Fitoplâncton de um reservatório estrófico (Lago Monte Alegre), Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Biologia 59: 281-303.
  • Silva, T.G., Bock, G., Sant'Anna, C.L., Bagatini, I.L., Wodniok, S. & Vieira, A.A.H. 2017. Selenastraceae (Sphaeropleales, Chlorophyceae): rbcL, 18S rDNA and ITS-2 secondary structure enlightens traditional taxonomy, with description of two new genera, Messastrum gen. novand Curvastrum gen. novFottea 17: 1-19.
  • Souza, D.B.S. & Felisberto, S.A. 2014. Comasiella, Desmodesmus, Pectinodesmus e Scenedesmus na comunidade perifítica em ecossistema lêntico tropical, Brasil Central. Hoehnea 41: 109-120.
  • Tsarenko, P.M. & John, D.M. 2011. Phylum Chlorophyta (GreenAlgae ) Order Sphaeropleales. In: D.M. John, B.A Whitton & A.J. Brook (eds.). The Freshwater Algal Flora of the British Isles. 2 ed. Cambridge University Press, Cambridge, pp. 461-465.
  • Tucci, A., Bento, N.R.M., Rosal, C. & Bicudo, C.E.M. 2014. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas 34: Chlorophyceae (Golenkiniaceae e Micractiniaceae). Hoehnea 41: 307-314.
  • Tucci, A., Sant'anna, C.L., Gentil, R.C. & Azevedo, M.T.P. 2006. Fitoplâncton do Lago das Garças, São Paulo, Brasil: um reservatório urbano e eutrófico. Hoehnea 33: 147-175.
  • Tucci, A., Sawatani, M., Rosini, E.F., Lopes, R.I. & Bicudo, C.E.M. 2015. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil. Algas 41: Chlorophyceae (Oocystaceae). Hoehnea 42: 603-614.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2017

Histórico

  • Recebido
    28 Set 2016
  • Aceito
    02 Maio 2017
Instituto de Pesquisas Ambientais Av. Miguel Stefano, 3687 , 04301-902 São Paulo – SP / Brasil, Tel.: 55 11 5067-6057, Fax; 55 11 5073-3678 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: hoehneaibt@gmail.com