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SOROPREVALÊNCIA DE LEPTOSPIROSE EM FÊMEAS BOVINAS EM IDADE REPRODUTIVA NO ESTADO DA BAHIA

SEROPREVALENCE OF LEPTOSPIROSIS IN REPRODUCTIVE-AGE BOVINE FEMALES IN THE STATE OF BAHIA, NORTHEASTERN BRAZIL

RESUMO

O objetivo do presente trabalho foi determinar a soroprevalência da leptospirose em fêmeas bovinas em idade reprodutiva no Estado da Bahia. A amostragem foi delineada para a determinação da prevalência de propriedades positivas (focos) e de animais soropositivos para a leptospirose. O Estado foi dividido em quatro regiões ou estratos amostrais, nos quais foram examinadas 10.823 fêmeas bovinas com idade ≥ 24 meses distribuídas em 1.414 propriedades. A reação de Soroaglutinação Microscópica (SAM), empregando 23 sorovares de Leptospira spp. como antígenos, foi utilizada como teste diagnóstico. O rebanho foi considerado foco quando apresentou pelo menos um animal soropositivo. As prevalências de foco e de animais soropositivos no Estado foram de 77,93% [IC 95% = 75,73% – 79.99%] e 45,42% [IC 95% = 42,00% – 48,88%], respectivamente.

PALAVRAS-CHAVE
Leptospira spp.; bovinos; prevalência; epidemiologia (controle)

ABSTRACT

The aim of this work was to determine the seroprevalence of leptospirosis in reproductive-age bovine females in Bahia State, Northeastern Brazil. The sampling was delineated for the determination of the prevalence of seropositive animals as well as herds positive for bovine leptospiroses (foci). The state was divided into 4 regions or sampling strata in which 10,823 bovine females aged ≥ 24 months allocated in 1,414 herds were sampled. The microscopic agglutination test (MAT), using 23 Leptospira spp. serovars as antigens, was employed as a diagnostic test. The herd was considered positive if at least one animal was seropositive. The prevalences of positive herds and seropositive animals in the state were 77.93% [75.73%–79.99%] and 45.42% [42.00%–48.88%], respectively. Serovar Hardjo (Hardjoprajitno) was the most frequent, with 34.49% [31.93%–37.14%] of positive herds and 14.95% [12.59%–17.67%] of seropositive animals in the different regions.

KEY WORDS
Leptospira spp.; bovine; prevalence; epidemiology (control)

INTRODUÇÃO

A leptospirose é uma zoonose de curso agudo a crônico que afeta diversas espécies de animais domésticos, silvestres e os seres humanos, que assume considerável importância em todo o mundo tanto como problemas econômicos como de saúde pública (FAINE et al., 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and Leptospirosis. 2nd ed. Melbourne: MedSci, 1999. 272p.).

A leptospirose apresenta distribuição geográfica cosmopolita, porém a sua ocorrência é maior em países de clima tropical e subtropical nos quais favorecem a sobrevivência das leptospiras. Apresenta-se usualmente na forma endêmica com morbidade alta em todos os países em que tem sido estudada. Os sorovares envolvidos podem variar de região para região dependendo das espécies animais de contato, dos sorovares existentes, das condições ambientais e climáticas, além do manejo e das oportunidades de infecção direta ou indireta (ELLIS, 1984ELLIS, W.A. Bovine leptospirosis in the tropics: prevalence, pathogenesis and control. Preventive Veterinary Medicine, v.2, p.411-421, 1984.). A manutenção de leptospiras na natureza é assegurada pelos animais portadores domésticos e silvestres (FAINE et al., 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and Leptospirosis. 2nd ed. Melbourne: MedSci, 1999. 272p.).

O sorovar de Leptospira spp. mais frequentemente encontrado em bovinos é o Hardjo, do qual os bovinos são hospedeiros primários de manutenção. Dois tipos do sorovar Hardjo sorologicamente idênticos, mas geneticamente distintos, são aceitos: Leptospira interrogans sorovar Hardjo tipo Hardjoprajitno e Leptospira borgpetersenii sorovar Hardjo tipo Hardjobovis. O sorovar Hardjo tipo Hardjobovis é comum em populações de bovinos de muitas regiões do mundo. O tipo Hardjoprajitno foi isolado primeiramente em bovinos no Reino Unido (GROOMS, 2006GROOMS, D.L. Reproductive losses caused by bovine viral diarrhea virus and leptospirosis. Theriogenology, v.66, p.624-628, 2006.).

Os sinais clínicos da leptospirose em bovinos são muito variados, incluindo febre, diarreia, anemia, icterícia e hemoglobinúria. As infecções agudas resultam em infertilidade, abortamentos, natimortalidade, nascimento de bezerros fracos e mastite (ELLIS, 1994ELLIS, W.A. Leptospirosis as a cause of reproductive failure. Veterinary Clinics of North America: Food Animal Practice, v.10, p.463-478, 1994.). ELLIS et al. (1985)ELLIS, W.A.; O’BRIEN, J.J.; CASSELLS, J.A.; NEILL, S.D.; HANNA, J. Excretion of Leptospira Interrogans serovar hardjo following calving or abortion. Research veterinary science, v.39, p.296-298, 1985. relataram que vacas infectadas podem requerer até seis coberturas para conceber. Abortos subsequentes podem ocorrer devido a persistência do agente no trato genital (ELLIS et al., 1985ELLIS, W.A.; O’BRIEN, J.J.; CASSELLS, J.A.; NEILL, S.D.; HANNA, J. Excretion of Leptospira Interrogans serovar hardjo following calving or abortion. Research veterinary science, v.39, p.296-298, 1985.). Em vacas com aptidão leiteira, pode haver a infecção da glândula mamária e o quadro clínico é o de mastite atípica, com sensível diminuição da secreção láctea em até 80% ou mais do volume, retornando a produção normal em 10 a 15 dias, úbere flácido e leite manchado por coágulos de sangue (FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE, 1995FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE (Brasil). Centro Nacional de Epidemiologia. Coordenadoria de Controle de Zoonoses e Animais Peçonhentos. Manual de leptospirose. Brasília, 1995. 98p.).

O controle da leptospirose animal consiste em integração de medidas profiláticas instituídas simultaneamente nos três níveis da cadeia de transmissão: fontes de infecção (vertebrados infectados), vias de transmissão (água, solo e fômites contaminados) e susceptíveis (vertebrados não infectados e não imunizados) (FAINE et al., 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and Leptospirosis. 2nd ed. Melbourne: MedSci, 1999. 272p.).

Considerando-se que aproximadamente 40% da população bovina no Nordeste (11.385.723 animais) (IBGE, 2007IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA. Pesquisa Pecuária Municipal, 2007. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=73&z=t&o=20>. Acesso em: 5 out. 2009.
http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/...
) está no Estado da Bahia, é importante o conhecimento da ocorrência e distribuição espacial das doenças transmissíveis que acometem a eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos do Estado, dentre as quais se destaca a leptospirose. De fato, com a obtenção da informação das variantes sorológicas presentes e da sua distribuição espacial, será possível o direcionamento de um programa de controle regionalizado e dirigido para as respectivas sorovariedades predominantes. Deste modo, o presente trabalho foi delineado com o objetivo de determinar a soroprevalência de leptospirose em fêmeas bovinas em idade reprodutiva no Estado da Bahia.

MATERIAL E MÉTODOS

População estudada

Foi utilizado o banco de soro oriundo do estudo da situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado da Bahia, realizado como parte do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (ALVES, 2007ALVES, A.J.S. Caracterização da Brucelose Bovina no Estado da Bahia. 2007. 87p. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.) e planejado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em colaboração com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado da Bahia (ADAB). Nesse estudo foram analisados 10.823 soros de fêmeas bovinas com idade igual ou superior a 24 meses, provenientes de 1.414 propriedades, sorteadas dentro de quatro estratos amostrais (Fig. 1) do Estado. Em propriedades com até 99 fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses foram amostradas 10 delas e naquelas com 100 ou mais foram amostradas 15 delas.

Fig.1
Mapa do Estado da Bahia com a subdivisão em quatro estratos amostrais.

Diagnóstico sorológico da leptospirose

O diagnóstico da leptospirose foi realizado pela técnica de soroaglutinação microscópica SAM, de acordo com GALTON et al. (1965)GALTON, M.M.; SULZER, C.R.; SANTA ROSA, C.A.; FÍELDS, M.J. Application of a microtechnique to the agglutination test for leptospiral antibodies. Applied Microbiology, v.13, n.l, p.81-85, 1965. e COLE et al. (1973)COLE J.R.; SULZER, C.R.; PURSELL, A.R. Improved microtechnique for the leptospiral microscopic agglutination test. Applied Microbiology, v.25, n.6, p.976-980, 1973., com uma coleção de antígenos vivos que incluiu os sorovares: Australis, Bratislava, Autumnalis, Butembo, Castellonis, Bataviae, Canicola, Whitcombi, Cynopteri, Grippotyphosa, Hebdomadis, Copenhageni, Icterohaemorrhagiae, Javanica, Panamá, Pomona, Pyrogenes, Hardjo, Wolffi, Shermani, Tarassovi, Patoc e Sentot.

Os soros foram triados na diluição de 1:100 e os que apresentaram 50% ou mais de aglutinação foram titulados pelo exame de uma série de diluições geométricas de razão dois. O título do soro foi a recíproca da maior diluição que apresentou resultado positivo. Os antígenos foram examinados ao microscópio de campo escuro, previamente aos testes, a fim de verificar a mobilidade e a presença de autoaglutinação ou de contaminantes.

Cálculo da soroprevalência

O provável sorovar infectante foi considerado aquele que apresentou maior título. Na ocorrência de cruzada entre dois ou mais sorovares, o animal foi desconsiderado da análise. Na propriedade, o provável sorovar infectante foi o que apresentou o maior título e o maior número de reações positivas. Uma propriedade foi considerada positiva quando nela foi encontrado pelo menos um animal soropositivo.

Foi calculada a prevalência de propriedades positivas e de animais soropositivos para qualquer sorovar e para os sorovares individuais, no Estado da Bahia e por estrato amostral.

O delineamento amostral para o cálculo da prevalência de animais soropositivos para a leptospirose bovina no Estado da Bahia empregou uma amostra de grupo estratificada em dois estágios, e em cada estrato amostral, uma amostra de grupo em dois estágios (THRUSFIELD, 1995THRUSFIELD, M. Veterinary epidemiology. 2 ed. Cambridge: Blackwell Science, 1995. 479p.), onde cada propriedade foi considerada um grupo. Os parâmetros utilizados foram: (a) condição do animal (soropositivo ou soronegativo); (b) região (estrato amostral) a qual pertencia o animal; (c) código do rebanho (para identificar cada grupo); e (d) peso estatístico. O peso estatístico foi calculado conforme (DEAN, 1994DEAN, A.G. EpiInfo version 6: a word-processing, database, and statistic program for public health on IBM-compatible microcomputers. Atlanta: Center for Diseases Control and Prevention, 1994. 601p.)1 1 P e s o   =   f ê m e a s   ≥   24   m e s e s   n a   r e g i ã o f ê m e a s   ≥   24   m e s e s   n a s   p r o p r .   a m o s t r a d a s × f ê m e a s   ≥   24   m e s e s   n a   p r o p r . f ê m e a s   ≥   24   m e s e s   a m o s t r a d a s   n a   p r o p r .

Para o cálculo da prevalência de propriedades positivas, o delineamento amostral empregou a amostra aleatória estratificada (THRUSFIELD, 1995THRUSFIELD, M. Veterinary epidemiology. 2 ed. Cambridge: Blackwell Science, 1995. 479p.). Os parâmetros necessários foram: (a) condição da propriedade (rebanho reagente ou não reagente); (b) região (estrato amostral) a qual pertencia a propriedade; e (c) peso estatístico. O peso estatístico foi determinado segundo (DEAN, 1994DEAN, A.G. EpiInfo version 6: a word-processing, database, and statistic program for public health on IBM-compatible microcomputers. Atlanta: Center for Diseases Control and Prevention, 1994. 601p.)2 2 P e s o   =   n º   d e   p r o p r i e d a d e s   n a   r e g i ã o n º   d e   p r o p r i e d a d e s   a m o s t r a d a s   n a   r e g i ã o

RESULTADOS

Das 10.823 fêmeas bovinas do Estado da Bahia, examinadas no período de março a setembro de 2004, 4.253 foram reagentes na SAM para pelo menos um dos sorovares de Leptospira spp., resultando em uma soroprevalência de 45, 42% (IC 95% = 42, 00% – 48, 88%), com títulos variando de 100 a 12800. A região 2 foi a que apresentou a maior prevalência de animais reagentes (48, 6%; IC 95% = 43, 68% – 53, 56%), seguida pelas regiões 1, 3 e 4 (Tabela 1).

Tabela 1
Soroprevalência para qualquer sorovar de Leptospira spp. em fêmeas bovinas em quatro estratos amostrais no Estado da Bahia, durante o período de março a setembro de 2004.

O sorovar Hardjo (Hardjoprajitno) foi o predominante do total de animais examinados (14, 95%; IC 95% = 12, 59% 17, 67%), seguido pelos sorovares Shermani, Wolffi (Tabela 2).

Tabela 2
Sorovares de Leptospira spp. prevalentes nas amostras de fêmeas bovinas reagentes em relação ao total de animais positivos do Estado da Bahia, durante o período de março a setembro de 2004.

Dentre as 1.414 propriedades investigadas, 1076 (77, 93%; IC 95% = 75, 73% – 79, 99%) apresentaram pelo menos um animal reagente na SAM para qualquer sorovar (Tabela 3). A maior frequência de propriedades positivas ocorreu na região 2 (88, 10%; IC 95% = 84, 16% 91, 15%), seguida das regiões 3, 4 e 1. O sorovar Hardjo (Hardjoprajitno), com 34, 49% (IC 95% = 31, 93% – 37, 14%) de propriedades positivas, foi o sorovar mais prevalente, seguido pelos sorovares Shermani e Wolffi (Tabela 4 e Fig. 2).

Tabela 3
Frequência de propriedades com pelo menos um animal soropositivo para Leptospira spp. nos quatro estratos amostrais no Estado da Bahia, durante o período de março a setembro de 2004.
Tabela 4
Sorovares de Leptospira spp. prevalentes nas propriedades reagentes em relação ao total de propriedades positivas do Estado da Bahia, durante o período de março a setembro de 2004.
Fig. 2
Mapa temático do Estado da Bahia, com a distribuição espacial dos sorovares de Leptospira spp., predominantes nas propriedades de acordo com o estrato amostral. Detalhe superior destacando a localização do Estado da Bahia no Brasil.

DISCUSSÃO

A aplicação da SAM para detecção dos anticorpos anti-Leptospiras spp. em 10.823 soros de fêmeas bovinas em idade reprodutiva, provenientes de 1.414 propriedades permitiu a visualização da abrangência e da distribuição de animais soropositivos para Leptospira spp. no Estado da Bahia e as sorovariedades predominantes. De fato, foram encontrados animais soro reatores para Leptospiras spp. em todas as quatro regiões em que o Estado da Bahia foi subdividido, com uma soroprevalência de 45, 42% em fêmeas bovinas com idade igual ou superior a 24 meses, e em 77, 93% das propriedades examinadas. No Estado de São Paulo, CASTRO et al. (2008)CASTRO, V.; AZEVEDO, S.S.; GOTTI, T.B.; BATISTA, C.S.A.; GENTILI, J.; MORAIS, Z.M.; SOUZA, G.O.; VASCONCELLOS, S.A.; GENOVEZ, M.E. Soroprevalência da leptospirose em fêmeas bovinas em idade reprodutiva no Estado de São Paulo, Brasil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.75, n.1, p.311, 2008. encontraram 49% de soroprevalência em fêmeas bovinas com idade igual ou superior a 24 meses e 71, 3% das propriedades examinadas com pelo menos um animal soropositivo.

No presente estudo, 23 de 24 sorovares contidos na coleção de antígenos foram detectados nas fêmeas bovinas examinadas e 23 foram evidenciados nas quatro regiões, sendo que o menor número de sorovares detectado nas propriedades pela SAM ocorreu nas regiões 3 e 4 (19 sorovares) e o maior (20 sorovares), nas regiões 1 e 2. Em São Paulo, CASTRO et al. (2008)CASTRO, V.; AZEVEDO, S.S.; GOTTI, T.B.; BATISTA, C.S.A.; GENTILI, J.; MORAIS, Z.M.; SOUZA, G.O.; VASCONCELLOS, S.A.; GENOVEZ, M.E. Soroprevalência da leptospirose em fêmeas bovinas em idade reprodutiva no Estado de São Paulo, Brasil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.75, n.1, p.311, 2008. detectaram 19 de 22 sorovares incluídos na coleção antigênica utilizada no diagnóstico sorológico da leptospirose em fêmeas bovinas e 17 sorovares foram encontrados nas sete regiões em que o Estado de São Paulo foi subdividido.

O sorovar Hardjo (Hardjoprajitno) foi o mais frequente (14, 95%) no total de animais examinados, seguido pelo Shermani e Wolffi. Similarmente, nas 1.414 propriedades amostradas, os sorovares Hardjo (Hadjoprajitno) (34, 49%) foi o mais frequente, seguido pelos sorovares Shermani e Wolffi, discordando dos achados de CALDAS (1991)CALDAS, E.M. Comportamento de estirpes apatogênicas no diagnóstico sorológico de leptospirose em animais. Arquivos da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia, v.14, n.1, p.324, 1991., na Bahia, que encontrou 62, 8% de soropositividade para o sorovar Wolffi e de CASTRO et al. (2008)CASTRO, V.; AZEVEDO, S.S.; GOTTI, T.B.; BATISTA, C.S.A.; GENTILI, J.; MORAIS, Z.M.; SOUZA, G.O.; VASCONCELLOS, S.A.; GENOVEZ, M.E. Soroprevalência da leptospirose em fêmeas bovinas em idade reprodutiva no Estado de São Paulo, Brasil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.75, n.1, p.311, 2008., em São Paulo, que evidenciaram 46% de soropositividade para o sorovar Hardjo. Flutuações na soropositividade no decorrer do tempo podem ser atribuídas a diversos fatores, como as espécies animais de contato, os sorovares existentes, as condições ambientais e climáticas, além do manejo e das oportunidades de infecção direta ou indireta (ELLIS, 1984ELLIS, W.A. Bovine leptospirosis in the tropics: prevalence, pathogenesis and control. Preventive Veterinary Medicine, v.2, p.411-421, 1984.).

CALDAS et al. (1979)CALDAS, E M.; SAMPAIO, M.B.; COSTA, E.; MIRANDA, G. Estudo epidemiológico de surto de leptospirose ocorrido na cidade do Salvador, Bahia, em maio e junho de 1978. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v.39, n.1, p.85-94, 1979., CALDAS et al. (1995/96)CALDAS, E.M.; VIEGAS, E.A.; VIEGAS, S.A.R.A.; REIS, R.S. Aglutininas anti-leptospira em hemosoro de animais domésticos no estado da bahia. Arquivos da Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia, v.18, n.1, p.268-280, 1995/1996. e VIEGAS et al. (2001)VIEGAS, S.A.R.A.; CALDAS, E.M.; OLIVEIRA, E.M.D. Aglutininas anti-leptospira em hemosoro de animais domésticos de diferentes espécies, no Estado da Bahia, 1997/1999. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v.1, p.1-6, 2001. verificaram predomínio de reatividade sorológica para os sorovares Wolffi, Icterohaemorragiae e Autumnalis, respectivamente, em bovinos no Estado da Bahia. Contudo, nas coleções de antígenos empregadas por eles, não estava incluído o sorovar Hardjo. Inquéritos sorológicos para a leptospirose bovina, realizados em outros estados do Brasil, apontam o sorovar Hardjo (Hardjoprajtino) como o mais frequente em bovinos. De fato, MADRUGA et al. (1980)MADRUGA, C.R.; AYCARDI, E.; PUTT, N. Frequencia de aglutininas anti-leptospira em bovinos de corte da região sul de cerrado do Estado do Mato Grosso. Arquivos da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, v. 2, n.2, p.245-249, 1980., no Mato Grosso do Sul, MOREIRA et al. (1979)MOREIRA, E.C.; SILVA, J.A; VIANA, F.C.; SANTOS, W.L.M.; ANSELMO, F.P.; LEITE, R.C. Leptospirose bovina I: Aglutininas anti-leptospira em soros sanguíneos de bovinos de Minas Gerais. Arquivos da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, v.31, n.3, p.375-388, 1979., ALMEIDA et al. (1988)ALMEIDA, S.C.A.; SILVA, P.L.; BARBOSA, F.C.; GOUVEIA, M.A.V.; OLIVEIRA, P.R.; MANEDE, D.O. Levantamento sorológico em dois surtos de leptospirose bovina, em Uberlândia, Triangulo Mineiro. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.40, n.6, p.415-423, 1988. e ARAUJO et al. (2005)ARAUJO, V E.M.; MOREIRA, E.C.; NAVEDA, L.A.B.; SILVA, J.A.; CONTRERAS, R.L. Frequência de aglutininas antiLeptospira interrogans em soros sanguíneos de bovinos em Minas Gerais, de 1980 a 2002. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.57, n.4, p.430-435, 2005., em Minas Gerais, BROD et al. (1994)BROD, C.S.; MARTINS, L.F.S.; NUSSBAUN, J.R.; FEHLBERG, M.F.B.; FURTADO, L.R.I.; ROSADO, R.L.I. Leptospirose bovina na região sul do Estado do Rio Grande do Sul. A Hora Veterinária, v.14, p.15-20, 1994. no Rio Grande do Sul, OLIVEIRA et al. (2001)OLIVEIRA, A.A.; MOTA, R.A.; PEREIRA, G.C.; LANGONI, H.; SOUZA, M.I.; NAVEGANTES, W.A.; SA, M.E. Seroprevalence of bovine leptospirosis in Garanhuns municipal district, Pernambuco State, Brazil. Onderstepoort Journal of Veterinary Research., v.68, n.4, p.275-279, 2001. no Estado de Pernambuco, HOMEM et al. (2001)HOMEM, V.S.F.; HEINEMANN, M.B.; MORAES, Z.M.; VASCONCELLOS, S.A.; FERREIRA, F.; FERREIRA NETO, J.S. Estudo epidemiológico da leptospirose bovina e humana na Amazônia oriental brasileira. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v.34, n.2, p.173-180, 2001. na Amazônia Oriental, e LILENBAUM; SOUZA (2003)LILENBAUM, W.; SOUZA, G.N. Factors associated with bovine leptospirosis in Rio de Janeiro, Brazil. Research in Veterinary Science, v.75, p.249-251, 2003. no Rio de Janeiro referiram esta condição.

Além da presença do sorovar Hardjo (Hardjoprajitno), cuja transmissão usualmente ocorre entre bovinos, em alguns rebanhos ou regiões poderiam estar ocorrendo infecções acidentais por outros sorovares, cuja transmissão indireta está associada ao contato com o meio ambiente contaminado por leptospiras oriundas de espécies silvestres ou de outras espécies domésticas. Cervídeos, capivaras e outras espécies silvestres podem atuar como reservatórios de Leptospiras spp. para os rebanhos ao encontrar o habitat satisfatório (CASTRO et al., 2008CASTRO, V.; AZEVEDO, S.S.; GOTTI, T.B.; BATISTA, C.S.A.; GENTILI, J.; MORAIS, Z.M.; SOUZA, G.O.; VASCONCELLOS, S.A.; GENOVEZ, M.E. Soroprevalência da leptospirose em fêmeas bovinas em idade reprodutiva no Estado de São Paulo, Brasil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.75, n.1, p.311, 2008.). Sorovares acidentais como Hebdomadis e Pyrogenes, detectados nesse estudo e cujas descrições são relacionadas com animais silvestres (SANTA ROSA et al., 1975SANTA ROSA, C.A.; SULZER, C.R.; GIORGI, W.; SILVA, A.S. da; YANAGUITA, R.M.; LOBÃO, A.O. Leptospirosis in wildlife in Brazil: isolation of a new serotype in pyrogenes group. American Journal of Veterinary Research, v.36, p.1363-1365, 1975.; SANTA ROSA et al., 1980SANTA ROSA, C.A.; SULZER, C.R.; YANAGUITA, R.M.; SILVA, A.S. da Leptospirosis in wildlife ibn Brazil: isolation of serovars Canicola, Pyrogenes and Grippotyphosa. International Journal of Zoonosis, v.7, p.40-43, 1980.), levantam a suspeita do envolvimento dessas espécies da fauna como reservatórios destes sorovares para os bovinos.

O sorovar Shermani, que aparece como o segundo mais freqüente, reforça a importância da ampla composição da coleção de antígenos. Este sorovar foi isolado pela primeira vez de um roedor (Proechimys semispinosus) no Panamá em 1982 (SULZER et al., 1982SULZER, K.; POPE, V.; ROGERS, F. New leptospiral serotypes (serovars) from the Western Hemisphere isolated during 1964 through 1970. Revista Latinoamericana de Microbiologia, v.24, p.15-17, 1982.). No Brasil, há relato de isolamento deste sorovar de roedores no Mato Grosso (LINS; SANTA ROSA, 1976LINS, Z.C.; SANTA ROSA, C.A. Investigações epidemiológicas preliminaries sobre leptospiroses em Humboldt, Aripuanã, Mato Grosso. Acta Amazônica, v.6, n.4, p.46-53, 1976.). Em Rondônia, AGUIAR (2006)AGUIAR, D.M.; GENNARI, S.M.; CAVALCANTE, G.T.; LABRUNA, M.B.; VASCONCELLOS, S.A.; RODRIGUES, A.A.R.; MORAIS, Z.M.; CAMARGO, L.M.A. Seroprevalence of Leptospira spp. in cattle from Monte Negro municipality, western Amazon. Pesquisa Veterinaria Brasileira, v.26, n.2, p.102-104, 2006. evidenciou na SAM o sorovar Shermani como o terceiro mais frequente, precedido pelos sorovares Hardjo e Wolffi.

Em resumo, o presente trabalho levanta a hipótese de disseminação de Leptospira spp. por todo o Estado da Bahia, com o sorovar Hardjo (Hardjoprajitno) sendo o mais prevalente em fêmeas bovinas em idade reprodutiva, reforçando os achados clássicos de que esse sorovar é o mais comumente envolvido nas infecções por Leptospira spp. nos rebanhos bovinos brasileiros à semelhança do que ocorre mundialmente.

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    P e s o   =   f ê m e a s     24   m e s e s   n a   r e g i ã o f ê m e a s     24   m e s e s   n a s   p r o p r .   a m o s t r a d a s × f ê m e a s     24   m e s e s   n a   p r o p r . f ê m e a s     24   m e s e s   a m o s t r a d a s   n a   p r o p r .
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    P e s o   =   n º   d e   p r o p r i e d a d e s   n a   r e g i ã o n º   d e   p r o p r i e d a d e s   a m o s t r a d a s   n a   r e g i ã o

Agradecimentos

Agradecemos ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e à Agência de Defesa Agropecuária do Estado da Bahia pela colheita, georreferenciamento e autorização para a utilização dos soros de bovinos destinados ao PNCBET.

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Jun 2021
  • Data do Fascículo
    Oct-Nov 2009

Histórico

  • Recebido
    19 Abr 2009
  • Aceito
    06 Out 2009
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