UTILIZAÇÃO DE MUDAS DE EUCALYPTUS GRANDIS MELHORA A CRIAÇÃO DO PREDADOR BRONTOCORIS TABIDUS (HET.: PENTATOMIDAE) EM LABORATÓRIO

USE OF EUCALYPTUS GRANDIS IMPROVES THE RAISING OF THE PREDATOR BRONTOCORIS TABIDUS (HET.: PENTATOMIDAE) IN THE LABORATORY

RESUMO

Predadores generalistas são importantes para o controle biológico de pragas por se alimentarem de muitas espécies de insetos, especialmente daquelas em maior abundância, e por se manterem em diferentes agroecossistemas, mesmo em períodos de escassez de presa, tendo sido registrados em surtos de Lepidoptera desfolhadores em plantações de eucalipto. Foram estudados a longevidade e os parâmetros reprodutivos do predador Brontocoris tabidus (Signoret) (Heteroptera: Pentatomidae) a 26 ± 2° C, 65 ± 10% de U.R. e fotofase de 12 horas, alimentado com Tenebrio molitor L. (Coleoptera: Tenebrionidae) (T1) ou com esta presa e mudas de Eucalyptus grandis (T2). A longevidade de machos e fêmeas foi de 27,4 ± 4,4 e 39,6 ± 3,4 dias e de 27,0 ± 4,6 e 34,5 ± 3,1 dias, respectivamente. As fêmeas foram sempre mais pesadas que os machos, com 141,1 e 104,9 mg apenas com T. molitor, e 148,8 e 108,3mg com essa presa e mudas de E. grandis, respectivamente. A viabilidade dos ovos, o número de ovos/fêmea e a longevidade de B. tabidus foram maiores no tratamento com essa presa e mudas de E. grandis.

PALAVRAS-CHAVE
Brontocoris tabidus ; controle biológico; predador

ABSTRACT

Generalist predators are important for the biological control of pests by feeding on many insect pests, especially those occurring in larger abundance. For this reason, they can maintain their populations in different ecosystems, even during periods of prey shortage, and they are found in outbreaks of Lepidoptera defoliators in eucalyptus plantations. The longevity and reproductive parameters of the predatorBrontocoris tabidus (Signoret) (Heteroptera: Pentatomidae) were studied at 26 ± 2° C, 65 ± 10% relative humidity and 12 hours photophase with Tenebrio molitor L. (Coleoptera: Tenebrionidae) (T1) pupae or with this prey and seedlings of Eucalyptus grandis (T2). The longevity of males and females of this predator were 27.4 ± 4.4 and 39.6 ± 3.4 days and 27.0 ± 4.6 and 34.5 ± 3.1 days, respectively. Females were always heavier than males, with 141.1 and 104.9 mg only with T. molitor and 148.8 and 108.3 mg with this prey and E. grandis seedlings, respectively. The viability and number of eggs/female and the longevity of B. tabidus had higher values in the treatment with T. molitor pupae and seedlings of E. grandis.

KEY WORDS
Brontocoris tabidus ; Eucalyptus grandis ; Tenebrio molitor

INTRODUÇÃO

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) visa reduzir problemas como a resistência de pragas e o impacto dos pesticidas sobre inimigos naturais (ZANUNCIO et al., 1990; GONRING et al., 2003; LEMOS et al., 2003). O controle biológico constitui tática importante em programas de MIP pela manipulação de patógenos e artrópodes, incluindo pentatomídeos predadores em áreas reflorestadas (LACERDA et al., 2004), onde as defesas das plantas podem ser benéficas ( RUBERSON et al., 1986), maléficas ou não terem efeito (VIVAN et al., 2003) sobre esses inimigos naturais.

A taxa reprodutiva de predadores é maior com abundância de alimento e tende a diminuir à medida que a deficiência alimentar aumenta para beneficiar a sobrevivência, sendo relatado que percevejos predadores melhor alimentados aumentam o ganho de peso, a freqüência de ataque às presas, a postura e se desenvolvem mais rapidamente (OLIVEIRA et al., 2004).

Verificou-se que Supputius cincticeps (Stal) (Heteroptera: Pentatomidae) teve menor período ninfal e fêmeas mais pesadas quando foi alimentado com pupas de T. molitor e sobre mudas de Eucalyptus urophylla S.T.Blake (Myrtaceae) (ASSIS JUNIOR et al., 1998; ZANUNCIO et al., 2005). Podisus nigrispinus Dallas (Heteroptera: Pentatomidae) teve menor duração dos estádios com Bombyx mori L., 1758 (Lepidoptera: Bombycidae) (FERNANDES et al., 1996) e resultados semelhantes, exceto no quarto estádio, quando alimentado em plantas de algodoeiro ou tomateiro e presas que, apenas, com presas (OLIVEIRA et al., 2002). Além disso, a disponibilidade do algodoeiro e de plantas daninhas reduziu o impacto da escassez parcial de presas na duração, viabilidade dos estádios e da fase ninfal desse predador, mas ele não alcançou a maturação sexual e não ovipositou sem presa (EVANGELISTA JUNIOR et al., 2003; EVANGELISTA JUNIOR, 2004).

Fêmeas de Podisus connexivus Bergroth (= P. nigrispinus) (Heteroptera: Pentatomidae) apresentaram maior ganho de peso com E. urophylla e presa. Podisus maculiventris (Say) (Heteroptera: Pentatomidae) apresentou maior sobrevivência e menores períodos de pré-oviposição e ninfal com presas e folhas de batata (RUBERSON et al., 1986).

A longevidade de P. nigrispinus foi semelhante para ambos os sexos, com machos apresentando maior longevidade com presas e plantas de algodoeiro (OLIVEIRA et al., 2002). Além disso, o tipo de alimento não afetou a longevidade de adultos de Podisus sculptus Distant (1889) (Heteroptera: Pentatomidae) com diferença, apenas, entre sexos (NASCIMENTO et al., 1997). Fêmeas de P. maculiventris apresentaram maior sobrevivência com plantas de batata ou de tomateiro que, apenas, com água até o 35º dia de vida, com valores de 31,9; 28,8 e 27,1 dias, com plantas de batata, tomate ou, apenas, água, respectivamente (VALICENTE; O‘NEIL, 1995). A disponibilidade da presa com plantas de algodoeiro aumentou a longevidade de P. nigrispinus, com 30,3 ± 10,53 dias para fêmeas e de 43,8 ± 17,70 para machos, contra 16,0 ± 19,93 e 11,4 ± 4,56 dias para fêmeas e machos desse predador, respectivamente, apenas, com presa (OLIVEIRA et al., 2002). A habilidade de predadores em obter umidade e nutrientes de plantas pode ser considerada uma adaptação por melhorar a sobrevivência desses em períodos de escassez de presas (DE CLERCQ; DEGHEELE, 1992; COLL; GUERSHON, 2002).

O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito da associação de mudas de Eucalyptus grandis Hill Ex Maiden (Myrtaceae) e pupas de T. molitor sobre a reprodução e a longevidade de B. tabidus.

MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Controle Biológico de Insetos do Instituto de Biotecnologia Aplicada a Agropecuária (BIOAGRO) da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, MG, a 26 ± 2º C, U.R. de 65 ± 10% e fotofase de 12 horas.

Os tratamentos foram: T1= B. tabidus alimentado com pupas de T. molitor, e T2= B. tabidus com pupas de T. molitor e mudas de E. grandis, em delineamento inteiramente casualizado com 14 repetições. Cada parcela teve um casal de B. tabidus, em uma garrafa de plástico transparente de dois litros (ASSIS JUNIOR et al., 1998), com o fundo cortado para permitir o encaixe de uma tampa de copo plástico (500 mL) furado no centro, onde foi inserido um tubete com uma muda de E. grandis e fixado à garrafa com fita adesiva. Uma abertura circular com, aproximadamente, 4 cm de diâmetro foi feita na sua extremidade superior, onde foi colocado um copo com o fundo coberto por organza com as presas. Água destilada foi fornecida aos percevejos por um furo no terço superior do copo, em um tubo plástico tipo anestésico fechado com algodão na extremidade apenas. As tampas dos copos do tratamento com presa tiveram um furo central. As posturas de B. tabidus foram acondicionadas em placas de Petri (9,0 cm x 1,5 cm) com um chumaço de algodão umedecido com água destilada. Diariamente, pupas predadas de T. molitor eram trocadas e completava-se a água dos tubos, sendo as mudas de E. grandis irrigadas, diariamente, e trocadas a cada três dias.

Os adultos de B. tabidus foram pesados logo após a emergência, sexados de acordo com a genitália externa (MOURÃO et al., 2003; LEMOS et al., 2005) e transferidos para os recipientes do teste. As posturas desse predador foram acondicionadas em placas de Petri (9,0 cm x 1,5 cm) com algodão umidecido em água destilada. Os parâmetros biológicos: mortalidade e longevidade dos adultos, dia de acasalamento, número de ovos por postura e por fêmea, viabilidade dos ovos e períodos de incubação, pré-oviposição, oviposição e pós-oviposição foram avaliados diariamente. Os dados foram submetidos à análise de variância, sendo os números de posturas, de ovos/fêmea e de ovos/postura transformados em $\sqrt{x+0,5}$.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os períodos de oviposição e pós-oviposição de B. tabidus foram de 13,1 ± 2,0 e 16,2 ± 2,6, e 14,6 ± 2,2 e 11,9 ± 2,1 dias com presa e presa e planta, respectivamente, valores semelhantes aos desse predador com larvas de Muscadomestica L. (Diptera: Muscidae) (JUSSELINO FILHO et al., 2003), mas maiores que com B. mori (BARCELOS et al., 1991; FERNANDES et al., 1996). No entanto, esses parâmetros podem ser afetados por outros fatores, pois fêmeas desse predador com peso corporal de 95 a 150 mg e de 160 a 220 mg apresentaram maior período de pré-oviposição (16,53 ± 3,33 e 16,09 ± 2.57 dias, respectivamente) (OLIVEIRA et al., 2005) que os do presente trabalho. O período de oviposição desse predador foi de 5,7 a 10,4 dias com pupas de T. molitor, M. domestica e a combinação de ambas, respectivamente (JUSSELINO FILHO et al., 2003). O período de oviposição de fêmeas de B. tabidus foi de 61,6 e 35,0 dias com lagartas vivas ou previamente congeladas de B. mori, respectivamente (BARCELOS et al., 1994), o que pode ser devido a melhor qualidade nutricional dessa última presa. No entanto, isso difere entre espécies de predadores, pois o período de oviposição de fêmeas de S. cincticeps, pesadas e leves, foi de 25,61 ± 6,79 e 29,10 ± 3,56 dias (OLIVEIRA et al., 2003) e o de Podisus distinctus (Stal) (Heteroptera: Pentatomidae) de 15,00 ± 7,40 com B. mori; 11,28 ± 9,40 com T. molitor e 7,60 ± 1,00 com M. domestica (LACERDA et al., 2004). Novamente, os valores elevados para esse período mostram a melhor qualidade nutricional de B. mori como presa para esse predador (LEMOS et al., 2003; LEMOS et al., 2005).

O período de pós-oviposição de B. tabidus foi de 14,6 e 11,9 dias, apenas, com presa e presa e planta, respectivamente (Tabela 1), valores semelhantes aos desse predador com lagartas de B. mori(BARCELOS etal., 1994). Períodos mais longos de pós-oviposição podem permitir às fêmeas de B. tabidus se alimentarem e contribuírem para o sucesso do controle biológico (ASSIS JUNIOR et al., 1998). O número de posturas e de ovos/postura de B. tabidus com T. molitor ou esta presa e mudas de E. grandis foi de 1,9 e 2,3 e de 20,5 e 27,6, respectivamente (Tabela 1).

Tabela 1
Parâmetros reprodutivos, peso e longevidade de Brontocoris tabidus (Heteroptera: Pentatomidae) alimentado com Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae) (T1) ou com T. molitor e mudas de Eucalyptus grandis (T2) (T = 26 ± 2°C; UR = 60 ± 10% e fotofase de 12 horas).

		T1	T2
Períodos	Pré-oviposição	5,9 ± 1,3a	8,0 ± 1,3a
	Oviposição	13,1 ± 2,0a	16,2 ± 2,6a
	Pós-oviposição	14,6 ± 2,2a	11,9 ± 2,1a
	Incubação	5,9 ± 0,1a	5,7 ± 0,2a
Viabilidade dos Ovos (%)	41,3%a	67,9%b
Números de	Posturas	1,9 ± 0,5a	2,3 ± 0,5a
	Ovos por Fêmea	67,0 ± 19,1a	97,0 ± 23,9b
	Ovos por Postura	20,5 ± 5,5a	27,6 ± 5,2b
Intervalo entre Posturas	5,4 ± 0,5a	6,6 ± 1,5a
Pesos (mg)	Machos	104,9 ± 4,0a	108,3 ± 3,7a
	Fêmeas	141,1 ± 5,4a	148,8 ± 5,8a
Longevidade	Machos	27,4 ± 4,4a	39,6 ± 3,4b
	Fêmeas	27,0 ± 4,6a	34,5 ± 3,1b

• Valores seguidos de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si pelo teste Kruskal-Wallis (P < 0,05)

O número de ovos/fêmea de B. tabidus com presa e planta foi maior que, apenas, com pupas de T. molitor, de forma semelhante aos 26,5 ± 8,10 ovos/ postura de P. nigrispinus com T. molitor (OLIVEIRA et al., 2002). Fêmeas mais longevas de predadores podem ovipositar mais vezes e permanecer no campo durante maior período de tempo (ASSIS JUNIOR et al., 1998), mas podem ser afetadas pelo tipo de alimento, pois fêmeas de P. maculiventris e Podisus sagitta (F.) (Heteroptera: Pentatomidae) (= P. nigrispinus) não ovipositaram, quando alimentados, apenas, com vagem de feijão ou folhas de batata, necessitando de presas para reprodução (DE CLERCQ; DEGHEELE, 1992).

O período de incubação de ovos de B. tabidus foi de 5,9 e 5,7 dias com pupas de T. molitor e com essa presa e mudas de E. grandis, respectivamente (Tabela 1), semelhante ao desse predador com larvas de M. domestica (JUSSELINO FILHO et al., 2003), e aos 5,7 e 5,5 dias com lagartas de B. mori vivas ou previamente congeladas (BARCELOS et al., 1994), mostrando que essa característica não deve ser afetada pelo tipo de presa ou pela inclusão de planta à dieta com presa desse predador.

A viabilidade dos ovos de B. tabidus foi de 41,3% e 67,9% com presa e presa e planta, respectivamente (Tabela 1), inferiores aos 75,4% para fêmeas de B. tabidus com pupas de T. molitor; aos 78,8% e 77,0% para esse predador com lagartas vivas ou previamente congeladas de B. mori (BARCELOS et al., 1994) e aos 85,19% e 79,25% para P. nigrispinus com Spodoptera frugiperda (J. E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) e T. molitor, respectivamente (OLIVEIRA et al., 2004).

O intervalo entre posturas de B. tabidus foi de 5,4 e 6,6 dias com pupas de T. molitor ou essa presa e mudas de E. grandis, respectivamente (Tabela 1). Entretanto, menores valores desse parâmetro são desejáveis por permitir a produção de maior número de ovos em menor período de tempo.

O peso de machos e fêmeas de B. tabidus foi de 104,9 e de 141,1mg, apenas, com T. molitor e de 108,3 e 148,8mg com presa e mudas de E. grandis, respectivamente (Tabela 1). O maior ganho de peso das fêmeas está relacionado à necessidade de adquirirem reservas nutricionais e energia para suprir as exigências de esforços reprodutivos (OLIVEIRA et al., 2005).

A longevidade de machos e fêmeas de B. tabidus foi de 27,4 e 27,0 e de 39,6 e 34,5 dias com pupas de T. molitor e esta presa e planta, respectivamente (Tabela 1), mostrando a importância de presa e planta para a longevidade desse predador (ZANUNCIO et al., 1997; ZANUNCIO et al., 2001).

Brontocoris tabidus deve ser criado com presas e mudas de eucalipto para se reduzir a mortalidade e aumentar a longevidade e o número de ovos e ninfas produzidos por fêmea desse predador (ZANUNCIO et al., 2000). Isto mostra que B. tabidus pode obter nutrientes de presas e de plantas, como relatado para outros predadores (LEMOS et al., 2001).

Maiores longevidade de fêmeas e número de ovos de B. tabidus com T. molitor e mudas de E. grandis são importantes por melhorarem o potencial desse predador para o controle biológico. Entretanto, apenas o tipo de presa pode não afetar a longevidade de percevejos predadores, pois machos e fêmeas acasalados de S. cincticeps apresentaram longevidade semelhante, de 19,2 ± 3,3 e 21,2 ± 2,7 dias e de 29,2 ± 6,1 e 30,7 ± 4,1 dias, quando alimentados com M. domestica e T. molitor, respectivamente.

CONCLUSÕES

A associação de E. grandis à dieta de B. tabidus é benéfica para esse predador, pelos aumentos no número de posturas, ovos/fêmea, ovos/postura e viabilidade dos ovos desse predador. Porém, o intervalo entre posturas de B. tabidus aumentou em 22,2% com presa e planta de eucalipto, talvez devido aos seus compostos. Entretanto, para emprego desse predador no controle biológico em plantações de eucalipto, esse intervalo deve ser menor, aumentando o número de insetos atuando e tornando o controle mais efetivo no menor tempo.

O aumento do peso e da longevidade de machos e fêmeas de B. tabidus alimentados apenas com T.molitor em planta de eucalipto pode ser devido ao elevado investimento de recursos e energia da fêmea na reprodução. A adição de plantas pode reduzir a taxa de mortalidade de predadores e contribuir para melhorar a sobrevivência de B. tabidus no campo, mesmo em períodos de escassez de presas, e aumentar seu desempenho no controle de insetos-praga de eucalipto.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).

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Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  16 Jul 2021
• Data do Fascículo
  Apr-Jun 2008

Histórico

• Recebido
  25 Abr 2007
• Aceito
  14 Abr 2008