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LEPTOSPIROSE SUÍNA

SWINE LEPTOSPIROSIS: A REVIEW

RESUMO

A leptospirose suína é uma importante causa de prejuízos em rebanhos de reprodução, e ocorre em de todas as partes do mundo. A leptospirose suína pode se apresentar basicamente nas formas aguda e crônica. Na forma aguda, pode ocorrer febre, mastite focal e leptospirúria em animais adultos. Na forma crônica é comum a infertilidade, com a ocorrência de abortamentos, natimortos e nascimento de leitões fracos. Os sorovares Canicola, Pomona e Icterohaemorrhagiae são os mais importantes na epidemiologia da doença. Apesar das várias técnicas disponíveis e as que estão sendo desenvolvidas para o diagnóstico da leptospirose, a soroaglutinação microscópica ainda é a mais praticada, principalmente em suínos, sendo um teste considerado sorogrupo específico e a sua interpretação é complexa. O controle da leptospirose suína é baseado na imunização de suscetíveis, nas ações sobre as fontes de infecção, visando a diminuição da quantidade de leptospiras lançadas no ambiente e na identificação e eliminação dos fatores que ampliam a sobrevivência do agente. As vacinas anti-leptospirose suína são constituídas de bactérias íntegras inativadas polivalentes. Os sorovares comumente presentes são: Canicola, Icterohaemorrhagiae, Copenhageni, Pomona, Grippotyphosa e Bratislava. As proteínas, especialmente as de membrana externa e de superfície das leptospiras patogênicas, são antígenos efetivos para a produção de vacinas anti-leptospirose e têm se tornado um dos maiores pontos de interesse para o desenvolvimento de vacinas anti-leptospirose.

PALAVRAS-CHAVE
Leptospirose suína; epidemiologia; patogenia; diagnóstico; controle; prevenção

ABSTRACT

Swine leptospirosis is an important cause of economic loss in reproductive herds, and it occurs all over the world. Swine l eptospirosis can be presented in basically the two types acute and chronic. Fever, focal mastitis and leptospiruria are observed in the acute infection of adult animals. In the chronic type, infertility, abortions, stillborn and weak piglets are common. The serovars Canicola, Pomona and Icterohaemorrhagiae are the most important in the epidemiology of this disease. Although there are many available diagnostic techniques and others which are being developed, the microscopic agglutination test is the most commonly used, especially in swine and it is considered a serogroup specific test with a complex interpretation. Swine leptospirosis control is based on the immunization of susceptible swine in conjunction with actions related to infection sources, in order to reduce the quantity of leptospiras spread to the environment and to identify and eliminate factors which amplify the pathogenic agent’s survival. Swine anti-leptospira polyvalent vaccines are composed of whole inactivated bacteria. The most frequently used serovars are: Canicola, Icterohaemorrhagiae, Copenhageni, Pomona, Grippotyphosa and Bratislava. Proteins from external membrane and from the surface of pathogenic leptospiras are effective antigens for anti-leptospira vaccine production and have become particularly interesting for the development of new anti-leptospira vaccines.

KEY WORDS
Swine leptospirosis; epidemiology; pathogeny; diagnosis; control; prevention

Etiologia

A etiologia da leptospirose foi demonstrada inicialmente em 1915 no Japão e na Alemanha. Posteriormente, Nogushi criou o gênero Leptospira (do grego Lepto = delgado, spira = novelo). Desde 1915 até 1989, a classificação foi apenas sorológica, onde o gênero Leptospira foi dividido em duas espécies, a Leptospira interrogans, que compreende todas as estirpes patogênicas; e Leptospira biflexa, reunindo as estirpes saprófitas isoladas do ambiente. Para a Leptospira biflexa foram descritos mais de 60 sorovares e para a Leptospira interrogans mais de 200 (FAINE, 1994FAINE, S. Leptospira and Leptospirosis . Boca Raton: CRC, 1994. 353p.; LEVETT, 2001LEVETT, P.N. Leptospirosis. Clinical Microbiology Veterinary, v.14, p.296-326, 2001.). Recentemente, por genotipagem, as leptospiras foram reclassificadas em 16 genomespécies, não correspondendo às duas espécies anteriores, já que os sorovares patogênicos e não patogênicos podem ocorrer dentro de uma mesma espécie. As genomespécies aceitas são: Leptospira interrogans senso stricto, Leptospira nogushi, Leptospira santarosai, Leptospira meyeri, Leptospira wolbachii, Leptospira biflexa, Leptospira fainei, Leptospira borgpetersenii, Leptospira kirschneri, Leptospira weilli, Leptospira inadai, Leptospira parva e Leptospira alexanderi (LEVETT, 2001LEVETT, P.N. Leptospirosis. Clinical Microbiology Veterinary, v.14, p.296-326, 2001.).

Durante os últimos anos do século XX, a taxonomia de bactérias sofreu grandes mudanças. Novas categorias de informações de valor taxonômico potencial se tornaram disponíveis (quimiotaxonomia, composição de bases de DNA, hibridização DNA-DNA, ribotipagem), possibilitando a diferenciação de organismos antes alocados em grupos heterogêneos, permitindo a revelação de dissimilaridades antes não detectadas. Outro fator importante foram os avanços recentes em técnicas de análises filogenéticas. A filogenia é uma base importante na classificação de bactérias e o uso integrado de características fenotípicas e genotípicas, denominado taxonomia polifásica, está tornando possível o avanço na classificação de bactérias, como as leptospiras (CANHOS et al., 1989CANHOS, V.P.; SOUZA, S.; CANHOS, D.A.L. (Ed.). Catálogo naci-onal de linhagens – Bactérias. Campinas: Fundação Tropical de Pesquisas e Tecnologia “André Tosello”, 1989. v.1.).

O desenvolvimento de novas técnicas de detecção e caracterização de microrganismos com a metodologia de PCR, incluindo a detecção e classificação de seqüências de rRNA 16S amplificadas do DNA/RNA extraído de comunidades microbianas e do emprego de técnicas de hibridização com sondas grupo-específicas, permitiu grandes avanços na detecção e caracterização taxonômica dos microrganismos (CANHOS et al., 1989CANHOS, V.P.; SOUZA, S.; CANHOS, D.A.L. (Ed.). Catálogo naci-onal de linhagens – Bactérias. Campinas: Fundação Tropical de Pesquisas e Tecnologia “André Tosello”, 1989. v.1.)

A taxonomia tradicional não deve prevalecer, pois a identificação de espécies não é meramente uma questão de denominar uma espécie bacteriana, mas de situá-la, sobretudo em seu contexto ecológico (CANHOS et al., 1989CANHOS, V.P.; SOUZA, S.; CANHOS, D.A.L. (Ed.). Catálogo naci-onal de linhagens – Bactérias. Campinas: Fundação Tropical de Pesquisas e Tecnologia “André Tosello”, 1989. v.1.)

Os sorovares de leptospiras mais comumente encontrados, infectando e causando a doença em suínos são: Pomona, Icterohaemorrhagiae, Tarassovi, Canicola, Gryppotyphosa, Bratislava e Muenchen. Dessas, os quatro primeiros já foram isolados de suínos no Brasil (SOBESTIANSKY et al., 1999SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N.; CARVALHO, L.F.; OLIVEIRA, S. Clínica e patologia suína. 2.ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1999. 464p.).

Em ausência de parasitismo, as condições ótimas de sobrevivência das leptospiras são umidade, temperatura de 28° C e pH neutro ou levemente alcalino (PERRY; HEARDY, 2000PERRY, G.; HEARDY, R. A Scientific Review of Leptospirosis and implications for quarentene policy. Austrália: Editora Canberra, 2000. 115p.). Registros experimentais confirmam até 180 dias de viabilidade de leptospiras nestas condições (BLENDEN, 1976BLENDEN, D.C. Aspectos epidemiológicos de la leptospirosis. In: REUNION INTERAMERICANA SOBRE EL CONTROLE DE LA FIEBRE AFTOSA Y OTRAS ZOONOSIS, 8., 1975, Guatemala. Washington, Organizacion Panamericana de La Salud, 1976, p.160-168. (Publicacion Científica, 316).). O sorovar Pomona pode persistir até seis meses em solos saturados de umidade, sobrevivendo apenas trinta minutos em solo seco. Exposição a temperaturas acima de 50° C causa a morte das leptospiras, que também são sensíveis a detergentes e desinfetantes comuns (SOBESTIANSKY et al., 1999SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N.; CARVALHO, L.F.; OLIVEIRA, S. Clínica e patologia suína. 2.ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1999. 464p.).

Caracterização da leptospirose suína

A leptospirose suína está classificada como uma doença da lista B, no Office International dês Épizooties, grupo ao qual pertencem as doenças transmissíveis de grande importância do ponto de vista sócio-econômico e/ou sanitário, com considerável repercussão no comércio internacional de animais e produtos de origem animal (BLAHA, 1989BLAHA, T. Applied veterinary epidemiology. Amsterdam: Elsevier, 1989. p.95-103.; PERRY; HEARDY, 2000PERRY, G.; HEARDY, R. A Scientific Review of Leptospirosis and implications for quarentene policy. Austrália: Editora Canberra, 2000. 115p.).

A leptospirose suína é uma importante causa de prejuízos em rebanhos de reprodução e ocorre em suínos de todas as partes do mundo. No entanto, o impacto econômico da doença está restrito a criações industriais do hemisfério Norte, Nova Zelândia, Argentina e Brasil (CLARK, 1996CLARK, L.K. Epidemiology and management of selected swine reproductive diseases. Animal Reproduction Science, v.42, n.1/4, p.447-454, 1996.; MAILLOUX, 2001MAILLOUX, M. Leptospiroses=Zoonoses. International Journal of Zoonoses, v.78, n.12, p.1158-1159, 2001.). No Brasil, a leptospirose em suínos tem sido uma das principais causas de falhas reprodutivas em vários estados, principalmente nas regiões sul e sudeste do país (LANGONI et al., 1995LANGONI, H.; CABRAL, K.S.M.; JACOBI, H. Inquérito soroepidemiológico para leptospirose suína. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS, 7., 1995, Blumenal. Anais. Blumenal, 1995. p.153.).

Isolamentos de leptospiras em suínos no mundo e no Brasil

Um dos primeiros isolamentos dos sorovares Pomona e Tarassovi em suínos, no mundo, foi realizado na Austrália por JOHNSON (1939)JOHNSON, D.W. Leptospirosis in Australia. In: PACIFIC SCIENCE CONGRESS, 4., 1939, Sydnei, Australia. Proceedings. Sydnei: 1939. v.5, p.33.. BABUDIERI (1941)BABUDIERE, B. Ztschr Immuni tatsforch. Therapie, v.99, p.442-450, 1941. na Itália; SAVINO; RENELLA (1948)SAVINO, E.; RENELLA, E. Estudios sobre leptospiras. VI leptospirasuis (n.sp?) y leptospira hyos (n.sp?) aislada en credos de la Republica Argentina. Revista de Instituto de Bacteriologia, v.13, p.662-665, 1948. na Argentina; GOCHENOUR; JOHNSTON (1952)GOCHENOUR, W.S.; JOHNSTON, R.H.Y. Porcine leptospiroses. American Journal Veterinary Research, v.13, p.158-160, 1952. nos Estados Unidos; SIPPEL; ATWOOD (1952)SIPPEL, L.; ATWOOD, M.B. Leptospirosis in swine. School Medicine Science Public, v.1, p.143-151, 1952. na Rússia; AZEVEDO et al. (1956)AZEVEDO, J.F.; F ARO, M.M.C.; PALMEIRO, M.M. Ação patogênica sobre os porcos da estirpe patogênica de L. pomona. Annual Instituto Medicina Tropical, v.13, p.563-568, 1956. em Portugal; e ERBER; MAILLOUX (1960)ERBER, K.B.; MAILLOUX, M. Les leptospirosis en Franceseconde enquête et isolement de L. pomona. Annails Institute Pasteur, v.99, p.359-375, 1960. na França isolaram o sorovar Pomona de suínos. HIDALGO; HIDALGO (1970)HIDALGO, L.J.; HIDALGO, R.R. Leptospirosis em el ganado y matarifes de Tumbes, Peru. Boletin de la Oficina Sanitária Panamericana, v.68, n.4, p.297-305, 1970. isolaram os sorovares Pomona e Tarasasovi de suínos aparentemente saudáveis na América do Sul. Nos Estados Unidos, HANSON et al. (1971)HANSON, L.E.; REYNOLDS, H.A.; EVANS, L.B. Leptospirosis in swine caused by serotype grippotyphosa. American Journal Veterinary Research, v.32, n.6, p.855-860, 1971., através de cultivo da urina de fêmeas que pariram leitões fracos ou natimortos, isolaram o sorovar Grippotyphosa de nove das quinze fêmeas examinadas. Há uma diversidade de sorovares da leptospirose suína isolados em países como a Venezuela e Peru, sendo estes: San Martini, Pomona, Icterohaemorrhagiae e Canicola de rins de suínos sadios (JELAMBI et al., 1976JELAMBI, F.; PENA, A.P.C.; IVANOV, N.P.J.E. La leptospirosis de los animales domésticos em Venezuela. Veterinária Tropical, v.1, n.1, p.63-71, 1976.; MASEDO; CHERNUKHA, 1979MASEDO, A.C.; CHERNUKHA, Y. Kklassifikatsii leptospira, vydelennykhv Peru. Zhurnal Mikrobiologii Epidemiologii i Immunobiologii, n.2, p.77-81, 1979.).

Na Europa, HATHAWAY (1985)HATHAWAY, S.C. Porcine leptospirosis. Pig News and Information, v.6, n.1, p.31-34, 1985. e HATHAWAY; LITTLE (1981)HATHAWAY, S.C.; LITTLE, T.W. A. Prevalence and clinical significance of leptospiral antibodies in pigs in England. The Veterinary Record, v.108, n.11, p.224-228, 1981. isolaram os sorovares Pomona e Tarassovi também dos rins de suínos. HIDALGO; MEJIA (1981)HIDALGO, L.J.; MEJIA, D.E. Leptospirosis em Iquitos. Departamento de Loreto, Perú. Boletin de la Oficina Sanitária Panamericana, v.90, n.2, p.152-159, 1981. isolaram este mesmo sorovar na América do Sul e WALDMANN (1990)WALDMANN, K.H. Progression and control of leptospirosis in a sow herd. Dtsch Tierarztl Wochenschr, n.1, p.39-42, 1990. (Abstract). na Alemanha. ELLIS et al. (1985)ELLIS, W.A.; PARLAND, P.J.; BRYSON, D.G.; MC NULTY, M.S. Leptospires in pig urogenital tracts and fetuses. Veterinary Research, v.117, n.3, p.66-67, 1985. isolaram os sorovares Bratislava e Kennewicki de rins de suínos sadios abatidos em Matadouro do Estado de Valdívia, no Chile. ELLIS & THIERMANN (1986)ELLIS, W.A.; THIERMANN, A.B. Isolation of Leptospira interrogans serovar bratislava from sows in Iowa. American Journal of Veterinary Research, v.47, n.7, p.1458-1460, 1986., em Iowa (EUA), analisaram amostras de soro, rins e trato reprodutivo de dez fêmeas suínas de abate. Foram isoladas leptospiras do trato urogenital de duas fêmeas e a amostra foi tipificada para o sorovar Bratislava.

BACKER et al. (1989)BACKER, T.F.; MCEWEN, S.A.; PRESCOTT, J.F.; MEEK, A.H. The prevalence of leptospirosis and its association with mutifocal interstitial nephrits in swine at slaughter. Canadian Journal Veterinary Research, v.53, n.3, p.290-294, 1989. e REHMTHULA et al. (1992)REHMTULA, A.J.; THOMSON, R.J.; STEVENSON, R.J. Leptospira bratislava infection in aborted pigs in Ontario.Canadian Veterinary Journal, v.33, n.5, p.345, 1992., no Canadá, analisando rins de 197 suínos abatidos com nefrite, encontraram o sorovar Bratislava em 32% dos animais e Pomona em 2,5%. Estas leptospiras foram identificadas como o genótipo Kennewicki e foram isoladas de seis culturas de um total de 61 rins cultivados.

Em Cuba e Portugal o sorovar Mosdok foi isolado de rins de suínos (ESPINO et al., 1989ESPINO, R.; MALAJOV, Y.A.; COMIDE, R.I.; SUPLICO, A.N. Position taxonomica de cepa de leptospira aisladas de bovinos, porcinos y roedores sinantrópicos de la Republica de Cuba. Revista Cubana de Ciências Veterinárias, v.1, n.20, p.89-94, 1989.; ROCHA, 1990ROCHA, T. Isolation of Leptospirainterrogans serovar mozdok from aborted swine fetuses in Portugal. Veterinary Research, v.126, n.24, p.602, 1990.). Nos EUA, BOLIN; CASSELIS (1990)BOLIN, C.A.; CASSELLS, J.A. Isolation of Leptospirainterrogans serovar bratislava from stillborn and weak pigs in Iowa. Journal American Veterinary Medical Association, v.196, n.10, p.1601-1604, 1990. e ZAMORA et al. (1990)ZAMORA, J.; RIEDEMANN, S.; FRÍAS, M. Infeccion por Leptospira interrogans serogrupo Pomona serovar kennewicki en porcinos. Archives Medicine Veterinary, v.20, n.2, p.134-135, 1988. isolaram o sorovar Bratislava. No Chile,VALDIVIA et al. (1991)VALDIVIA, P.S.S.; TERAN, D.M.; WINDSOR, R.S. Leptospira interrogans serovar canicola: a causal agent of sows abortions in Arequipo, Peru. Tropical Animal Health Production, v.4, n.23, p.233-240, 1991. isolaram os sorovares: San Martini, Pomona, Icterohaemorrhagiae e Canicola. Na Alemanha, SCHONBERG et al. (1992)SCHONBERG, A.; HAHNHEY, B.; KAMPE, U.; SCHMIDT, K.; ELLIS, W. A. The isolation and identification of Leptospira interrogans serovar Bratislava from a pig in Germany. Zentralbl Veterinarmed B, v.5, n.39, p.362-368, 1992. isolaram o sorovar Bratislava de rins de suínos.

KAVANAGH (1991)KANAVAGH, N. La experiência irlandesa y la investigación indican que la descarga vulvar y la L. bratislava se relacionan. International Pigg Letter, v.11, n.4, p.13-14, 1991., na Irlanda, examinou fêmeas suínas descartadas por infertilidade, em granjas com elevados índice de descargas vulvares. Utilizou o teste de imunofluorescência para detectar leptospiras do sorovar Bratislava nos ovidutos e obteve resultados positivos, confirmados pelo isolamento em cultivo.

No continente Asiático, BAHAMAN et al. (1997)BAHAMAN, A.R.; IBRAHIM, A.L.; ADAM, H. Serological prevalence of leptospiral infection in domestic animals in West Malasya. Epidemiology and Infection, v.99, n.2, p.379-392, 1997. isolaram os sorovares Pomona e Tarassovi de suínos. Na Austrália há uma diversidade de leptospiras infectando suínos. Já foram isoladas e identificadas, neste país, os sorovares: Pomona, Tarassovi, Bratislava e Hurstbridge (PERRY; HEARDY, 2000PERRY, G.; HEARDY, R. A Scientific Review of Leptospirosis and implications for quarentene policy. Austrália: Editora Canberra, 2000. 115p.).

No Brasil, GUIDA (1948)GUIDA, V.O. Sobre a presença de leptospira em suínos no Brasil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.18, p.285-287, 1947. examinou 50 rins de suínos normais procedentes de várias localidades do interior do Estado de São Paulo e isolou três amostras de leptospiras, obtidas de um lote de seis suínos procedentes do Município de Rio Claro. Pelas características de cultura e de patogenicidade, as três amostras foram idênticas, mas diferiram sorologicamente dos sorovares Canicola e Icterohaemorrhagiae, esta última isolada de Rattus norvergicus.

Com a colaboração do Instituto Adolfo Lutz, da Cidade de São Paulo, GUIDA (1958)GUIDA, V.O. Identificação sorológica de amostras de Leptospira (L. hyos), isoladas de suínos. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.25, p.73-75, 1958. isolou o sorovar Hyos, proveniente de rins de suínos do Estado de São Paulo. GUIDA (1958)GUIDA, V.O. Identificação sorológica de amostras de Leptospira (L. hyos), isoladas de suínos. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.25, p.73-75, 1958. isolou leptospiras dos rins de suínos aparentemente normais, procedentes do Município de Rio Claro, Estado de São Paulo, com reação sorológica para os sorovares: Grippotyphosa, Australis, Ballum, Canicola, Icterohaemorrhagiae e Tarassovi. GUIDA et al. (1959)GUIDA, V.O.; CINTRA, M.L.; SANTA ROSA, C.A.; CALDAS, A.D. Leptospirose suína provocada pela L. canicola em São Paulo. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.26, p.49-54, 1959. investigaram surto de leptospirose suína em uma granja no Município de São Paulo, com a confirmação do sorovar Canicola através de teste de isolamento em cobaias e prova de SAM com a inoculação de líquido peritoneal, torácico e do estômago e também fragmentos do fígado e rins de um feto abortado.

SANTA ROSA et al. (1962)SANTA ROSA, C.A.; CASTRO, A.F.P.; TROISE, C. Isolamento de Leptospira pomona de suíno em São Paulo. Arquivosdo Instituto Biológico, São Paulo, v.29, n.3, p.165-174, 1962. isolaram o sorovar Pomona da urina de uma fêmea suína que havia abortado. SANTA ROSA et al. (1962)SANTA ROSA, C.A.; PESTANA DE CASTRO, A.F.; TROISE, C. Isolamento de leptospira Icterohaemorrhagiae e leptospira hyos de suínos abatidos em matadouro. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.29, p.285-291, 1962., a partir de 283 amostras de rins de suínos, aparentemente normais e abatidos para consumo humano em matadouro do Estado de São Paulo, isolaram cinco estirpes de leptospiras, sendo um sorovar Icterohaemorrhagiae e 4 pertencentes ao sorovar Hyos.

CASTRO et al. (1962)CASTRO, A.F.P.; SANTA ROSA, C.A.; CALDAS, A.D. Isolamento de L. canicola de suínos abatidos em matadouro. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.29, p.193-197, 1962. isolaram no Brasil o sorovar Canicola de rim suíno aparentemente normal, proveniente do Estado de São Paulo.

Originário de fetos suínos por abortamento em criações dos Estados de São Paulo e Paraná, foi isolado o sorovar Pomona (SANTA ROSA et al., 1973SANTA ROSA, C.A.; CAMPEDELI, O.; CASTRO, A.F.P. Suínos como reservatórios de leptospiras no Brasil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.3, n.40, p.243-246, 1973.).

OLIVEIRA et al. (1980)OLIVEIRA, S. J.; PIANTA, C.; SITYA, J. Abortos em suínos causados por Leptospira pomonano Rio Grande do Sul. Boletim do Instituto de Pesquisas Veterinárias “Desidério Finamor”, n.7, p.47-49, 1980. isolaram o sorovar Pomona de fetos abortados em granjas de suínos no Rio Grande do Sul e este tem sido reportado como causa de surtos de abortos.

OLIVEIRA et al. (1983)OLIVEIRA, S.J.; FALLAVENA, L.C.; PIANTA, C. Leptospirose em suínos no Rio Grande do Sul: Isolamento e caracterização dos agentes. Estudos em suínos abatidos em frigorífico e granjas com problemas de reprodução. Arquivo Brasileiro da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.35, n.5, p.641-650, 1983. realizaram cultivos e exames histológicos de 604 rins de suínos colhidos aleatoriamente em frigoríficos no Rio Grande do Sul e encontraram cinco culturas positivas de leptospira, todas as quais foram confirmadas como pertencentes ao sorovar Pomona. Neste mesmo estado, o sorovar Pomona novamente foi isolado de fetos abortados (OLIVEIRA, 1988OLIVEIRA, S.J. Infecções no trato urinário em suínos. Boletim do Instituto de Pesquisas Veterinárias “Desidério Finamor”, n.10, p.71-85, 1988.). Apesar do não isolamento de Leptospira spp., por LARSSON et al. (1984)LARSSON, C.E.; YASUDA, P.H.; SANTA ROSA, C.A.; COSTA, E.O. Leptospirose suína. Inquérito sorológico e bacteriológico em municípios dos Estados de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina. Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, v.21, n.1, p.43-50, 1984. a partir de rins de suínos, diferentes sorovares têm sido isolados de fluidos e tecidos corporais de fetos suínos abortados.

FREITAS et al. (2004)FREITAS, J.C.; SILVA, F.G.; OLIVEIRA, R.C.; DELBEM, A.C.B.; MÜLLER, E.E.; ALVES, L.A.; TELES, P.S. Isolation of Leptospiraspp. from dogs, bovine and swine naturally infected. Ciência Rural, v.34, n.3, p.853-856, 2004., em Londrina, Estado do Paraná, isolaram a leptospira sorovar Canicola em duas amostras de fígado, obtidos em abatedouro, de 36 fêmeas suínas naturalmente infectadas. SHIMABUKURO (2003)SHIMABUKURO, F.H. Pesquisa de suínos portadores renais de leptospiras pelo isolamento microbiano e reação em cadeia pela polimerase em amostras de rins de animais sorologicamente positivos e negativos para leptospirose. Botucatu. 2003. 62 p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu, Botucatu, 2003., a partir de 88 amostras de rins de suínos abatidos em frigorífico localizado na região de Botucatu, Estado de São Paulo, apesar de não ter feito tipificação, suspeitou por sorologia do isolamento dos sorovares Icterohaemorrhagiae e Autumnalis. MIRAGLIA (2005)MIRAGLIA, F. Pesquisa de leptospiras no aparelho reprodutor, fígado, rim e urina de fêmeas suínas abatidas no período de abril de 2003 a agosto de 2004, em matadouro localizado no Estado de São Paulo. 2005. 126f. Tese (Doutorado) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005. isolou cinco estirpes do fígado, órgãos reprodutivos e rins de 137 fêmeas suínas abatidas em frigorífico provenientes de granjas do Estado de São Paulo tipificadas como pertencentes ao sorogrupo Pomona.

Inquéritos sorológicos para leptospirose suína no mundo e no Brasil

VAN DER HOEDEN (1956)VAN DER HOEDEN, J. Leptospirosis canicolaris in pigs and its probable transfer to human beings. Journal Infecty Diseases, v.98, n.1, p.33-38, 1956., em inquéritos sorológicos para a leptospirose suína, em Israel, evidenciou títulos para o sorovar Canicola em quatro criações daquele país.

MICHINA; CAMPBELL (1969), na Escócia, investigaram 91 propriedades de criações de suínos onde examinaram, pela SAM, 695 animais, nos quais houve o predomínio para o sorovar Canicola (73,3%). Em 14 propriedades houve 79 reatores para o sorovar Icterohaemorrhagiae. MICHINA; CAMPBELL (1969)MICHNA, S.W.; CAMPBELL, R.S.F. Leptospirosis in pigs: epidemiology, microbiology and pathology. The Veterinary Record, v.84, n.6, p.135-138, 1969. afirmaram que os sorovares de maior freqüência de registro na espécie suína no mundo são: Pomona, Tarassovi, Canicola e Icterohaemorrhagiae.

PARLOV et al. (1971)PARLOV, F.N.; KHAIBRAKHIMANOVA, R.K.; ILIN, K.I.; UTEKAEVA, F.S. Epidemiology of leptospirosis. Veterinariya, n.4, p.56-57, 1971., em Bashkir, na Rússia, detectaram pela SAM em 347 suínos de granjas comerciais os sorovares Pomona, Tarassovi, Bataviae, Grippotyphosa e Saxkoebing. Os sorovares Pomona e Tarassovi estavam envolvidos em 83% das amostras reagentes.

Na Europa, a infecção por leptospiras em suínos, pelo sorovar Australis, foi um problema emergente em alguns países como: Alemanha, Itália, França e Holanda (HATHAWAY; LITTLE, 1981HATHAWAY, S.C.; LITTLE, T.W. A. Prevalence and clinical significance of leptospiral antibodies in pigs in England. The Veterinary Record, v.108, n.11, p.224-228, 1981.; HARTMANN, et al., 1984HARTMANN, E.G.; VAN HOUTEN, M.; FRIK, J.F. Humoral immune reponse of dogs after vaccination against Leptospirosis measured by an IgMan IgGspecific ELISA. Veterinary Immunology Immunopathology, v.7, p.245-254, 1984.).

Nos EUA, Estado do Alabama, JENKINS et al. (1979)JENKINS, E.M.; HARRINGTON, R.; GBADAMOSI, S.G.; BRAYE, E.T. Survey of leptospiral agglutinins in the sera of swine of southeastern Alaban. American Journal Veterinary Research, v.40, n.7, p.1019-1021, 1979. realizaram sorologia para a leptospirose suína em 627 animais com 19,3% de sororeagentes e os sorovares mais freqüentes foram: Icterohaemorrhagiae, Canicola, Hardjo e Grippotyphosa. Foram identificados também, em menor número, os sorovares: Ballum, Autumnalis, Pyrogenes e Bataviae.

Na Escócia foram detectadas altas taxas de amostras reagentes para o sorovar Icterohaemorrhagiae, no entanto, o sorovar Canicola foi reportado na Irlanda e também na Escócia (HATHAWAY; LITTLE, 1981HATHAWAY, S.C.; LITTLE, T.W. A. Prevalence and clinical significance of leptospiral antibodies in pigs in England. The Veterinary Record, v.108, n.11, p.224-228, 1981.).

MILLER et al. (1990)MILLER, D.A.; WILSON, M.A.; OWEN, W.J.; BERAN, G.W. Porcine leptospirosis in Iowa. Journal Veterinary Dentistry, v.2, n.3, p.171-175, 1990., nos EUA, no Estado de Iowa, em 578 casos de falhas reprodutivas de fêmeas suínas, evidenciaram sorologias positivas para Leptospira interrogans em 78% dos animais, os sorovares mais freqüentes foram Kennewicki e Grippotyphosa.

Em levantamento sorológico conduzido com matrizes suínas no sul do Vietnã em 1990, as variantes de leptospiras prevalentes foram: Autumnalis, Akiyama, Bratislava, Jez, Icterohaemorrhagiae, Kantorowicz, Pomona, Borgpetersenii Tarassovi, Kirschneri e Grippotyphosa. Variações na soroprevalência foram encontradas para os sorovares Bratislava e Icterohaemorrhagiae (BOQUIST et al., 2005BOQUIST, S.; HOTHI, U.T.; MAGNUSSON, A. Annual variations in Leptospira seroprevalence among sows in Southern Vietnam. Tropical Animal Health Production, v.6, n.37, p.443-449, 2005.).

VAN TIL; DOHOO (1991)VAN TIL, L.D.; DOHOO, I.R. A serological survey of leptospirosis in Prince Edward Island swine herds and its association with infertility. Canadian Journal Veterinary Research, v.4, n.55, p.352-355, 1991., na Islândia, investigaram a associação entre títulos de anticorpos de leptospira e índices reprodutivos em fêmeas suínas, encontrando a predominância dos sorovares: Icterohaemorrhagiae, Bratislava, Autumnalis e Pomona, nas respectivas proporções de 57,1%, 35,1%, 3,4% e 1,5%.

No Peru, o sorovar Canicola foi incriminado por evidências sorológicas como o de maior freqüência na criação suína (PAZ-SOLDAN et al., 1991PAZ-SOLDAN, S.V.; DIANDERAS, M.T.; WINDSOR, R.S. Leptospira interrogans serovar canicola: a casual agent of sow abortations in Arequipa, Peru. Tropical Animal Health Production, v.43, n.4, p.233-240, 1991.).

PEREA et al. (1994)PEREA, A.; GARCIA, R.; MALDONADO, A.; TARRADAS, M.C.; LUQUE, I.; ASTORGA, R.; ARENAS, A. Prevalence of antibodies to different Leptospira interrogans serovar in pigs on large farms. Zentralbl Veterinarmed Bulletin, v.41, n.7/ 8, p.512-516, 1994., em inquérito sorológico para a leptospirose suína, examinaram 521 fêmeas originárias de 28 granjas da região sudoeste da Espanha, Província de Badajoz, encontrando 10,56% de animais sororeagentes em um total de 39,28% de criações afetadas, com a presença dos sorovares: Pomona (6,53%), Castellonis (1,15%), Sejroe (1,15%), Grippotyphosa (0,96%), Australis (0,38%), Icterohaemorrhagiae (0,19) e Hebdomadis (0,19%).

Na Austrália, CHAPPEL (1998)CHAPELL, R.J. Prevalence and geographic origin of pigs with serological evidence of infection withLeptospira interrogans serovar Pomona slaughtered in abattoir in Victória, Australian. Veterinary Microbiology, v.62, n.3, p.235-242, 1998. examinou 10.440 soros de suínos abatidos em Victória e encontrou a prevalência de 3,7 % sororeagentes para o sorovar Pomona. Neste país, em suínos selvagens, do total de 195 animais examinados, 20% soroconverteram para a leptospirose. Destes, 63% foram reagentes para o sorovar Pomona e somente dois de 195 animais reagiram para o sorovar Hardjo. O restante dos animais soroconverteram para: Canicola, Copenhageni, Grippotyposa, Szwajizak, Tarassovi e Zanoni (MASON et al., 1998MASON, R.J.; F LEMING, P.J.S.; SMYTE, L.D.Leptospira interrogans antibodies in feral pigs from New South Wales. Journal Wildl Diseases, v.4, n.34, p.738-743, 1998.).

No Japão, KAZAMI et al. (2002)KAZAMI, A.; WATANABE, H.; HAYASHI, T.; KOBAYASHI, K.; OGAWA, Y.; YAMAMOTO, K.; ADACHI, Y. Serological survey of leptospirosis in sows with premature birth and stillbirth in Chiba and Gunma prefectures of Japan. Journal Veterinary Medical Science, v.64, n.8, p.735-737, 2002. investigaram a soropositividade em fêmeas suínas de dois criatórios das cidades de Gnuma e Chiba com nascimento de leitões fracos, prematuros e natimortos. Os resultados revelaram elevados títulos para os sorovares Copenhageni, Canicola e Icterohaemorrhagiae.

No Brasil, no Estado de São Paulo, SANTA ROSA et al. (1969)SANTA ROSA, C.A.; CASTRO, A.F.P.; SILVA, A.S.; TERUYA, J.M. Nove anos de leptospirose no Instituto Biológico de São Paulo. Revista do Instituto Adolfo Lutz, v.29/30, p.19-27, 1969/1970. e SANTA ROSA et al. (1970)SANTA ROSA, C.A.; GIORGI, W.; SILVA, A.S.; TERUYA, J.M. Aborto em suínoisolamento conjunto de Leptospira, sorotipo icterohaemorrhagiae e Brucella suis. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.37, p.9-13, 1970. constataram o predomínio de suínos sororeatores para o sorovar Pomona. SANTA ROSA et al. (1973)SANTA ROSA, C.A.; CAMPEDELI, O.; CASTRO, A.F.P. Suínos como reservatórios de leptospiras no Brasil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.3, n.40, p.243-246, 1973. identificaram aglutininas para os sorovares Pomona, Guidae, Canicola, Icterohaemorrhagiae e Tarassovi em suínos dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Anticorpos para o sorovar Pomona foram constatados por OLIVEIRA (1977)OLIVEIRA, S. J. Presença de aglutininas antileptospiras em suínos e bovinos com e sem sinais de infecção. Boletim do Instituto de Pesquisas Veterinárias “Desidério Finamor”, v.4, p.57-64, 1977., no Rio Grande do Sul e Santa Catarina; RAMOS; LILENBAUM (2002)RAMOS, A.C.F.; LILENBAUM, W. Fatores que influenciam na ocorrência de aglutininas anti-Leptospira em suínos de criação tecnificada do Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, v.24, n.2, p.20-29, 2002., no Rio de Janeiro; e GIORGI et al. (1981)GIORGI, W.; TERUYA, J.M.; SILVA, A.S.; GENOVEZ, M.E. Leptospirose: resultados das soroaglutinações realizadas no Instituto Biológico de São Paulo durante os anos de 1974/1980. Biológico, São Paulo, v.47, n.11, p.299-309, 1981., no Estado de São Paulo. LARSSON et al. (1984)LARSSON, C.E.; YASUDA, P.H.; SANTA ROSA, C.A.; COSTA, E.O. Leptospirose suína. Inquérito sorológico e bacteriológico em municípios dos Estados de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina. Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, v.21, n.1, p.43-50, 1984., em 500 suínos abatidos provenientes dos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, verificaram 8,40% de animais soro positivos para os sorovares Icterohaemorrhagiae e Pomona. OLIVEIRA (1988)OLIVEIRA, S.J. Leptospirose em suínos. Hora Veterinária, v.7, n.41, p.5-8, 1988., no Rio Grande do Sul, encontrou predomínio de animais sororeatores para os sorovares Icterohaemorrhagiae e Pomona. FARIA et al. (1989)FARIA, E.J.; RIBEIRO, M.F.B.; SANTOS, J.L.; DALE, R.; SALCEDO, J.H.P. Freqüência de aglutininas anti-leptospiras em soros sanguíneos de suínos das microrregiões de Viçosa e Ponte Nova – MG. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.41, n.5, p.381-388, 1989. observaram 7,70% de animais soro positivos, com prevalência do sorovar Pomona entre 610 matrizes, provenientes de 63 granjas tecnificadas de microrregiões do Estado de Minas Gerais.

No Rio Grande do Sul, OLIVEIRA et al. (1993)OLIVEIRA, S.J.; BOROWSKI, S.M.; BARCELOS, D.E.S.N.; BRASIL, J.N. Evidências de infecção por L. bratislava em casos de transtornos reprodutivos em suínos. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS, ABRAVES, 11., 1993, Goiânia, GO. Anais. Goiânia, 1993. p.115. e OLIVEIRA et al. (1995)OLIVEIRA, S.J.; LIMA, P.C.R.; BARCELLOS, D.E.S.N.; BOROWSKI, S.M. Sorologia para diagnóstico de leptospirose em suínos no Rio Grande do Sul: Resultados obtidos de granjas com e sem problemas de reprodução. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, v.1, n.4, p.263-267, 1995. verificaram maior freqüência de suínos reatores para os sorovares Bratislava e Icterohaemorrhagiae. LIMA (1996)LIMA, P.C.R. Diagnóstico de leptospirose em suínos no Rio Grande do Sul: exames laboratoriais em fêmeas suínas descartadas em frigoríficos e em reprodutores de granjas com e sem problemas de reprodução, durante o período de um ano. Arquivos da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, v.24, n.1, p.119-121, 1996., no Rio Grande do Sul, constatou 42,2% de reatores para a leptospirose suína com 1.545 suínos provenientes de 83 granjas. Destas, 31 propriedades apresentaram transtornos reprodutivos, os sorovares predominantes foram Bratislava e Icterohaemorrhagiae.

LANGONI et al. (1995)LANGONI, H.; CABRAL, K.S.M.; JACOBI, H. Inquérito soroepidemiológico para leptospirose suína. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS, 7., 1995, Blumenal. Anais. Blumenal, 1995. p.153. encontraram 27,30% de positividade para a leptospirose em suínos de diferentes procedências do Estado de São Paulo, com predominância do sorovar Icterohaemorrhagiae.

SOUZA (2000)SOUZA, A.S. Estudo da prevalência de Leptospira interrogans em reprodutores suínos em produção e aspectos epidemiológicos da infecção em Goiás. 2000. 74p. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de Goiás. Escola de Veterinária, Goiânia, Goiás, 2000., em estudo da prevalência de Leptospira interrogans em reprodutores suínos no Estado de Goiás, identificou como sorovares mais importantes: Icterohaemorrhagiae, Bratislava, Grippotyphosa, Djasiman, Autumnalis, Pomona, Hardjo, Tarassovi, Pyrogenes, Canicola e Australis, nesta ordem.

FÁVERO et al. (2002)FAVERO, A.C.M.; PINHEIRO, S.R.; VASCONCELLOS, S.A.; MORAIS, Z.M.; FERREIRA, F.; FERREIRA NETO, J.S. Sorovares de leptospiras predominantes em exames sorológicos de bubalinos, ovinos, caprinos, eqüinos, suínos e cães de diversos estados brasileiros. Ciência Rural, v.32, n.4, p.613-619, 2002., em estudo retrospectivo de exames sorológicos efetuados em suínos com suspeita clínica em amostras colhidas no período de 1983 a 1987, identificaram como predominantes os sorovares Grippotyphosa e Icterohaemorrhagiae, em Minas Gerais; Pomona, no Rio Grande do Sul; Pomona e Icterohaemorrhagiae, em Pernambuco e Rio de Janeiro; Autumnalis, no Ceará; e Icterohaemorrhagiae em Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.

RAMOS; LILENBAUM (2002)RAMOS, A.C.F.; LILENBAUM, W. Fatores que influenciam na ocorrência de aglutininas anti-Leptospira em suínos de criação tecnificada do Estado do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Medicina Veterinária, v.24, n.2, p.20-29, 2002., em 18 criações de suínos tecnificadas localizadas no Estado do Rio de Janeiro, encontraram a predominância dos sorovares: Icterohaemorragiae (28,48%), Pomona (11,97%), Copenhageni (9,69%), Tarassovi (6,55%), Hardjo (4,56%), Bratislava (2,56%) e Wolffi (2,28%).

SHIMABUKURO (2003)SHIMABUKURO, F. H.; DOMINGUES, P. F.; LANGONI, H. Searching of swine leptospiral carrier by microbial isolation and polymerase chain reaction in kidney samples from serologically positive and negative animals. Brazilian Journal Veterinary Research and Animal Science, v.40, n.4, p.243-253, 2003. considerou uma maior importância epidemiológica no Brasil para os sorovares: Icterohaemorrhagiae, Autumnalis, Djasiman e Hebdomadis, considerados não adaptados aos suínos, portanto, oriundos de infecção acidental (ELLIS, 1992ELLIS, W.A. Leptospirosis in pig. Pig Veterinary Journal, v.28, p.24-34, 1992.).

No Estado de São Paulo, AZEVEDO et al. (2006)AZEVEDO, S.S.; SOTO, F.R.M.; MORAIS, Z.M.; PINHEIRO, S.R.; VUADEN, E.R.; BATISTA, C.S.A.; SOUZA, G.O.; DELBEM, A.C.B.; GONÇALES, A.P.; VASCONCELLOS, S.A. Frequency of anti leptospires agglutinins in sows from a swine herd in the Ibiúna Municipality, State of São Paulo, Brazil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.73, n.1, p.97-100, 2006., em uma granja de suínos com 164 fêmeas, encontraram 16,5% soropositivas para pelo menos um sorovar de uma coleção de 24 testados, e os mais freqüentes foram: Hardjo (Hardjobovis), com 54.2% aos animais sororeagentes. Outros sorovares reagentes e suas respectivas freqüências foram: Shermani 16,6%, Bratislava 12,5%, Autumnalis 12,5% e Icterohaemorrhagiae 4,2%.

Patogenia da leptospirose suína

A suscetibilidade do suíno em contrair a infecção por leptospiras foi conhecida em 1944, quando Gsell, na Suíça, demonstrou a etiologia da meningite em leitões (SANTA ROSA et al., 1962SANTA ROSA, C.A.; PESTANA DE CASTRO, A.F.; TROISE, C. Isolamento de leptospira Icterohaemorrhagiae e leptospira hyos de suínos abatidos em matadouro. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.29, p.285-291, 1962.).

A penetração das leptospiras nos suínos ocorre basicamente pela pele lesada e mucosas. O período de incubação é de 2 a 5 dias, ocorrendo disseminação hematógena com localização e proliferação em órgãos parenquimatosos, particularmente, fígado, rins, baço e, algumas vezes, as meninges (ROSE, 1966ROSE, G.W. Mechanism of tissue cell penetration by Leptospira pomona: active, penetration studies in vitro. American Journal Veterinary Research, n.27, p.1461-1471, 1966.). A leptospiremia dura, em geral, de dois a três dias, há uma fase febril discreta e, já no quarto dia, as leptospiras estão presentes nos rins onde localizam-se no lúmen dos túbulos proximais, causando nefrite intersticial (CORREA; CORREA, 1992CORRÊA, W.M.; CORRÊA, C.N.M. Enfermidades infecciosas dos mamíferos domésticos. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora Médica Científica, 1992. 843p.). Também penetram e multiplicam-se nos fetos, podendo levar à morte e reabsorção fetal, abortamento ou prole fraca. Embora existam muitos sorovares de leptospiras, somente alguns são usualmente endêmicos em determinadas regiões. As leptospiras tendem a persistir em lugares como túbulos renais, olhos e útero, onde a atividade de anticorpos é mínima (BASTOS, 2006BASTOS, M. Leptospirose. Disponível em:<http://www.cca.ufes.br/caklbacteri.htm>. Acesso em: 14 mar. 2006.
http://www.cca.ufes.br/caklbacteri.htm...
; SARAZÁ; VAZCAÍNO, 2002SARAZÁ, M.L.; SÁNCHEZ-VAZCAÍNO, J.M. Mecanismo de infeccion de lãs enfermidades animales. Porcine, n.68, p.13-26, 2002.).

ELLIS et al. (1986)ELLIS, W.A.; MCPARLAND, P.J.; BRYSON, D.G.; THIERMANN, A.B.; MONTGOMERY, J. Isolation of leptospiroses from the genital tract and kidneys of aborted sows. Veterinary Research, v.118, n.11, p.294-295, 1986. constataram a persistência de leptospiras em fêmeas suínas que abortaram, confirmando a presença da bactéria nos rins e tecidos genitais em até 147 dias após o abortamento. Quando a infecção acontece durante o terceiro trimestre de gestação, pode ocorrer produção de anticorpos específicos que, ocasionalmente, superam a manifestação da doença (BASTOS, 2006BASTOS, M. Leptospirose. Disponível em:<http://www.cca.ufes.br/caklbacteri.htm>. Acesso em: 14 mar. 2006.
http://www.cca.ufes.br/caklbacteri.htm...
; BORDIN, 1992BORDIN, E.L. Contribuição ao diagnóstico em patologia suína. 2.ed. São Paulo: Editora Roca, 1992. 192p.; CORREA; CORREA, 1992; DANNEMBERG et al., 1975DANNEMBERG, H.D.; RICHTER, W.; WESCHE, W.D. Schweinekrankheiten . Berlin: Veb Deutscher Landwirtschaftsverlag, Berlin, 1975. 465p.; EDWARDS, 1979EDWARDS, J.D.; DAINES, D.A Leptospirosis outbreak in a piggery. New Zealand Veterinary Journal, v.27, n.11, p.247-248, 1979.; ELLIS, 1999ELLIS, W.A. Leptospirosis. In: STRAW, B.E.; D´ALLAIRE, S.; MENGELING, W.L.; TAYLOR, D.J.; LEMAN, A.D. (Ed.). Diseases of swine. 7.ed. Ames: Iowa State University, 1999. p.483-493.; FAINE, 1982FAINE, S. Guidelines for the control of leptospirosis, Geneva: World Health Organization, 1982. 171p.(WHO off set publication, 67).; ROSE, 1966ROSE, G.W. Mechanism of tissue cell penetration by Leptospira pomona: active, penetration studies in vitro. American Journal Veterinary Research, n.27, p.1461-1471, 1966.). SOTO et al. (2006)SOTO, F.R.M.; AZEVEDO, S.S.; MORAIS, Z.M.; PINHEIRO, S.R.; DELBEM, A.C.B.; MORENO, A.M.; PAIXÃO, R.; VUADEN, E.R.; VASCONCELLOS, S.A. Detection of leptospires in clinically healthy piglets born from sows experimentally infected with Leptospira interrogans serovar Canicola. Brazilian Journal Microbiology, v.37, p.582-586, 2006., em fêmeas suínas desafiadas com Leptospira interrogans, sorovar Canicola, relataram a transmissão vertical da leptospirose suína com o nascimento de leitões saudáveis e identificação da positividade pela técnica de PCR em diversos órgãos destes animais.

Os leitões que morrem por leptospirose apresentam anemia, às vezes, icterícia; petéquias e sufusões subserosas e submucosas; esplenomegalia; aumento do volume hepático e áreas amareladas irregulares; rins congestos aumentados de volume, com hemorragias corticais em casos bem recentes, e com focos necróticos acinzentados, quando o período de estado passou de sete a dez dias, porém sem aderência de cápsula renal. Em poucos casos mais graves, há também petéquias pleurais e hepatização vermelha, em alguns lóbulos pulmonares, e petéquias epi e endocárdicas. Os linfonodos costumam estar aumentados de volume e edematosos (BORDIN, 1992BORDIN, E.L. Contribuição ao diagnóstico em patologia suína. 2.ed. São Paulo: Editora Roca, 1992. 192p.; CORREA; CORREA, 1992CORRÊA, W.M.; CORRÊA, C.N.M. Enfermidades infecciosas dos mamíferos domésticos. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora Médica Científica, 1992. 843p.).

A leptospirose nos suínos pode se apresentar basicamente nas formas aguda e crônica. Na forma aguda, pode ocorrer febre e mastite focal não supurativa e leptospirúria em animais adultos. Em suínos jovens, principalmente leitões, pode ocorrer febre, anorexia, icterícia, hemoglobinúria e alta mortalidade, principalmente de recém-nascidos. Geralmente, o sorovar associado com este quadro é o Icterohaemorrhagiae. Também nos animais jovens, durante a fase de aleitamento, podem ocorrer casos de encefalite caracterizados por incoordenação motora e acessos convulsivos com movimentos de pedalamento (FAINE, 1982FAINE, S. Guidelines for the control of leptospirosis, Geneva: World Health Organization, 1982. 171p.(WHO off set publication, 67).).

Na forma crônica da leptospirose suína, comum nos animais adultos, pode ocorrer a leptospiruria, geralmente com o sorovar Pomona, sendo os suínos considerados hospedeiros de manutenção. A infertilidade, com a ocorrência de abortamentos e natimortos, é comum aos sorovares Canicola, Pomona e Icterohaemorrhagiae (BASTOS, 2006BASTOS, M. Leptospirose. Disponível em:<http://www.cca.ufes.br/caklbacteri.htm>. Acesso em: 14 mar. 2006.
http://www.cca.ufes.br/caklbacteri.htm...
; ELLIS, 1999ELLIS, W.A. Leptospirosis. In: STRAW, B.E.; D´ALLAIRE, S.; MENGELING, W.L.; TAYLOR, D.J.; LEMAN, A.D. (Ed.). Diseases of swine. 7.ed. Ames: Iowa State University, 1999. p.483-493.).

A ocorrência da leptospirose em uma criação de suínos no setor de gestação resulta em elevado aumento da infertilidade das fêmeas reprodutoras como retornos de cio acíclicos, anestro e ocorrência de abortamentos, prejudicando a taxa de parto do plantel (EDWARDS, 1979EDWARDS, J.D.; DAINES, D.A Leptospirosis outbreak in a piggery. New Zealand Veterinary Journal, v.27, n.11, p.247-248, 1979.). O número de abortamentos em fêmeas recém-infectadas pode chegar a alguns casos em mais de 20%, geralmente nas jovens e recém-adquiridas. As fêmeas mais velhas geralmente ficam imunes. Entretanto, na primeira ocorrência da doença no plantel, todas as faixas etárias de fêmeas podem abortar. As fêmeas abortam somente uma vez, desenvolvendo suas gestações posteriores normalmente (DANNEMBERG et al., 1975DANNEMBERG, H.D.; RICHTER, W.; WESCHE, W.D. Schweinekrankheiten . Berlin: Veb Deutscher Landwirtschaftsverlag, Berlin, 1975. 465p.). No setor de maternidade, são comuns os partos distócicos, leitegadas pequenas, baixo número de nascidos totais, mumificação fetal, natimortalidade e nascimento de leitões fracos que não sobreviverão, aumentando significativamente o índice de mortalidade destes animais e reduzindo o número de leitões desmamados por porca/ ano (EDWARDS, 1979EDWARDS, J.D.; DAINES, D.A Leptospirosis outbreak in a piggery. New Zealand Veterinary Journal, v.27, n.11, p.247-248, 1979.). Estes dados foram confirmados por FERREIRA NETO et al. (1997)FERREIRA NETO, J.S.; VASCONCELLOS, S.A.; ITO, F.H.; MORETTI, A.S.; CAMARGO, C.A.; SAKAMOTO, S.M.; MARANGON, S.; TURILLI, C.; MARTINI, M. Leptospira interrogans serovar Icterohaemorrhagiae seropositivity and the reproductive performance of sows. Preventive Veterinary Medicine, v.31, p.87-93, 1997. em que também relataram um número elevado de nascimento de leitões debilitados de fêmeas suínas sororeagentes para o sorovar Icterohaemorrhagiae.

Importância da leptospirose suína em saúde pública

A primeira referência encontrada na literatura sobre leptospirose em suínos é de Wagener em 1942 (GUIDA, 1948GUIDA, V.O. Sobre a presença de leptospira em suínos no Brasil. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.18, p.285-287, 1947.) que descreveu na Alemanha a transmissão da doença ao homem. No Brasil, um dos primeiros relatos de uma possível transmissão da leptospirose suína ao homem foi feito por GUIDA et al. (1959)GUIDA, V.O.; CINTRA, M.L.; SANTA ROSA, C.A.; CALDAS, A.D. Leptospirose suína provocada pela L. canicola em São Paulo. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.26, p.49-54, 1959. em um surto de leptospirose suína numa granja da cidade de São Paulo, onde dois tratadores dos suínos desta criação apresentaram títulos de aglutininas de 1:400 e 800 para o sorovar Canicola, sem, no entanto, referirem sintomas característicos da leptospirose.

A leptospirose é considerada doença de risco ocupacional, atingindo diferentes categorias profissionais, como trabalhadores em arrozais e canaviais, minas, abatedouros e saneamento, além de tratadores de animais. Essas atividades geralmente são executadas na ausência de recursos tecnológicos e de equipamentos de segurança, por mão-de-obra desqualificada e mal remunerada, o que aumenta ainda mais o risco da infecção ser contraída (ALMEIDA et al., 1994ALMEIDA, L.P.; MARTINS, L.F.S.; BROD, C.S. Levantamento soroepidemiológico de leptospirose em trabalhadores do serviço de saneamento ambiental em localidade urbana da região sul do Brasil. Revista de Saúde Pública, v.28, n.1, p.76-81, 1994.).

CAMPAGNOLO et al. (2000)CAMPAGNOLO, E.R.; WARWICK, M.C.; MARX, H.L.; COWART, R.P.; DONNEL, H.D.; GAJANI, M.D.; BRAGG, S.L.; ESTEBAN, J.E.; ALT, D.P.; TAPPERO, J.W.; BOLIN, C.A.; ASHFORD, D.A. Analysis of the 1998 outbreak of leptospirosis in Missouri in humans exposed to infected swine.Journal American Veterinary Medical Association, v.216, p.676-682, 2000. analisaram um surto de leptospirose com 240 habitantes no Missouri (EUA), associado com 1.700 suínos infectados pela doença e concluíram que a leptospirose representou um risco para os produtores e funcionários que abatem suínos. Procedimentos como higiene adequada das instalações, saneamento e educação em saúde dos funcionários foram medidas essenciais para a redução do risco de exposição por leptospiras.

Os produtores e funcionários que trabalham diretamente no abate de suínos têm risco ocupacional de adquirirem a leptospirose suína (BASTOS, 2006BASTOS, M. Leptospirose. Disponível em:<http://www.cca.ufes.br/caklbacteri.htm>. Acesso em: 14 mar. 2006.
http://www.cca.ufes.br/caklbacteri.htm...
; MÉRIEN; ARTHARID, 2005aMÉRIEN, F.; ARTHARID, A.B. Leptospirosis a zoonotic under monitoring in New Caledinia and in the Pacific. Preventive Veterinary Medicine, v. 200, n.374, p.45-50, 2005a.).

URIBE et al. (2003)URIBE, A.O.; LÉON, G.G.; ARANGO, B.R.; PRADA, V. Leptospirosis en personas de riesgo de quinze explotaciones porcinas y de la central de sacrifício de Manizales, Colômbia. Archivos de Medicina Veterinária, v.35, n.2, p.205-213, 2003, na cidade de Manizales, Colômbia, examinaram 51 trabalhadores de granjas de suínos e 45 magarefes de abatedouro de suínos e constataram 3,9% dos funcionários das granjas reagentes para os sorovares Canicola, Icterohaemorrgiae e Hardjopratjino. Para os trabalhadores do abatedouro, 9,8% foram sororeagentes para o sorovar Hardjopratjino.

GIRIO et al. (1987)GIRIO, R.J.S.; MATHIAS, L.A.; CASTANIA, V.A.; CARVALHO, A.C.F.B. Ocorrência de surtos de leptospirose suína e humana em três propriedades do Município de Viradouro SP. Ciência Veterinária, v.1, n.2, p.52-53, 1987. examinaram 191 soros sanguíneos de suínos e 18 de tratadores destes animais, com o objetivo de estudar surtos de leptospirose suína que ocorreram no período de outubro de 1986 a julho de 1987, em 3 granjas produtoras de suínos, localizadas no Município de Viradouro, Estado de São Paulo, Brasil. Os resultados laboratoriais, através da técnica de SAM, revelaram 7 tratadores e 147 suínos reagentes para os sorovares Pomona e Icterohaemorrhagiae. Os 7 tratadores apresentaram sintomas característicos de leptospirose como: febre, mialgia, cefaléia, anorexia e icterícia. Nas três granjas, os surtos de leptospirose humana e suína foram correlacionados aos partos distócicos, o que geralmente levou o tratador a auxiliar no trabalho de parto com a realização de toque nas fêmeas suínas, muitas vezes, sem proteção para as mãos e braços. Em todas as propriedades também havia infestação por roedores.

Diagnóstico da leptospirose suína

O diagnóstico da leptospirose suína pode ser realizado através de sinais epidemiológicos da doença, clínicos dos animais e confirmados por diferentes métodos laboratoriais baseados na detecção direta ou indireta do agente (FAINE et al., 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and leptospirosis. 2.ed. Melbourne: Australia, MediSci, 1999. 272p.).

Para a determinação da ocorrência da leptospirose suína em um rebanho, indica-se a associação de meios diagnósticos, ou seja, a combinação de provas sorológicas e bacteriológicas (LARSSON et al., 1984LARSSON, C.E.; YASUDA, P.H.; SANTA ROSA, C.A.; COSTA, E.O. Leptospirose suína. Inquérito sorológico e bacteriológico em municípios dos Estados de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina. Revista da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, v.21, n.1, p.43-50, 1984.).

Diagnóstico epidemiológico

A epidemiologia da leptospirose suína está estreitamente vinculada a fatores ambientais que dão lugar a um foco de infecção amplo, ou seja, uma estrutura ecológica que alimenta a perpetuação do agente. As leptospiras estão muito distantes de serem microrganismos de vida independente. É sabido que alguns sorovares se adaptam a uma vida parasitária, e estas leptospiras podem persistir e até multiplicar-se em um meio ambiente favorável durante vários meses. São microorganismos muito delicados e muito sensíveis às adversidades do ambiente: como desinfetantes, luz solar, temperaturas elevadas ou muito baixas. São conhecidos múltiplos sorovares, cuja patogenicidade e metabolismo tendem a variar ligeiramente, porém são comuns a todos a necessidade de umidade e extrema sensibilidade ao meio ambiente. A umidade passa a ser então um fator de grande importância epidemiológica na leptospirose suína. Como as leptospiras saem do corpo do hospedeiro, principalmente pela urina, a transmissão exige exposição à água, fomites e outros materiais do ambiente contaminados pela urina dos animais infectados (SZYFRES, 1976SZYFRES, B. La leptospirosis como problema de salud humana y animal em America Latina y el area del Caribe In: REUINÃO INTERAMERICANA SOBRE EL CONTROL DE LA FIEBRE AFTOSA Y OTRAS ZOONOSIS, 7., 1976, Guatemala. Annales. Guatemala: Organizacion Panamericana de la Salud, 1976. 189p. (Publicación Científica n° 316).).

Como a existência da leptospirose suína está determinada pelo grau de umidade, os fatores climáticos como estação de chuvas, de temperatura, de vento e umidade relativa do ar influem de maneira importante na epidemiologia da doença. Ecologicamente, as regiões tropicais e subtropicais são mais favoráveis para a doença do que as regiões temperadas, secas e frias (FAINE, 1982FAINE, S. Guidelines for the control of leptospirosis, Geneva: World Health Organization, 1982. 171p.(WHO off set publication, 67).).

Quando a relação hospedeiro-agente oferece uma saída a este segundo, como a urina na leptospirose suína, o hospedeiro se converte em reservatório. Este é uma entidade epidemiológica de grande importância no ciclo da infecção (SZYFRES, 1976SZYFRES, B. La leptospirosis como problema de salud humana y animal em America Latina y el area del Caribe In: REUINÃO INTERAMERICANA SOBRE EL CONTROL DE LA FIEBRE AFTOSA Y OTRAS ZOONOSIS, 7., 1976, Guatemala. Annales. Guatemala: Organizacion Panamericana de la Salud, 1976. 189p. (Publicación Científica n° 316).).

A idade dos suínos e a sua categoria, principalmente as fêmeas suínas, influem profundamente na presença da leptospirose em uma granja. A gama de espécies susceptíveis, sejam mamíferos ou não, parece interminável. No caso dos suínos, os roedores, muito comuns nas granjas devido à abundância de alimento e abrigo, são importantes reservatórios de diversos sorovares de leptospiras. Através da anamnese e investigação no local realizada com os funcionários e/ou proprietários das granjas de suínos, para avaliar a taxa de ação de roedores, são informações importantes que podem auxiliar no diagnóstico epidemiológico da leptospirose (FAINE, 1982FAINE, S. Guidelines for the control of leptospirosis, Geneva: World Health Organization, 1982. 171p.(WHO off set publication, 67).; SIMÕES, 1986SIMÕES, M.L.N. Investigação de foco de leptospirose. In: ENCONTRO NACIONAL EM LEPTOSPIROSE, 1., 1986, Salvador. Anais. v.1, p.25.).

A densidade da população de animais, em geral bastante alta nas criações de suínos tecnificadas, assume característica epidemiológica fundamental que influi na presença da leptospirose suína. À medida que aumenta o número de indivíduos por unidade de superfície, acrescenta-se o risco de exposição por contato direto a fonte comum. Um pequeno número de portadores em um ambiente úmido pode contaminar rapidamente todo o meio, tornando-se difícil que um individuo escape da exposição (SZYFRES, 1976SZYFRES, B. La leptospirosis como problema de salud humana y animal em America Latina y el area del Caribe In: REUINÃO INTERAMERICANA SOBRE EL CONTROL DE LA FIEBRE AFTOSA Y OTRAS ZOONOSIS, 7., 1976, Guatemala. Annales. Guatemala: Organizacion Panamericana de la Salud, 1976. 189p. (Publicación Científica n° 316).).

Na suinocultura, assume grande importância a aquisição de fêmeas reprodutoras, oriundas de granjas ou de exposições de animais, onde a leptospirose pode estar presente. A introdução destes animais em novas unidades favorecerá a disseminação das leptospiras. Veículos e visitantes também podem ser meios de transmissão da leptospirose suína (MORES, 1999MORES, N. Cuidados com a leitoa de reposição. Instrução Técnica para o Suinocultor, n.14, p.1-2, 1999.; SOBESTIANSKY et al., 1999SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N.; CARVALHO, L.F.; OLIVEIRA, S. Clínica e patologia suína. 2.ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1999. 464p.).

Diagnóstico clínico

Geralmente a leptospirose suína, na sua forma clínica, passa despercebida pelos tratadores, principalmente nos animais adultos. Em suínos jovens, os sinais clínicos como febre, anorexia, icterícia e hemoglobinúria podem ser sugestivos da doença (CORREA; CORREA, 1992BORDIN, E.L. Contribuição ao diagnóstico em patologia suína. 2.ed. São Paulo: Editora Roca, 1992. 192p.). Nas fêmeas suínas, os sinais clínicos afetam a esfera reprodutiva com a ocorrência de abortamentos, partos distócicos, leitegadas pequenas, baixo número de nascidos totais, mumificação fetal, natimortalidade e nascimento de leitões fracos que não sobreviverão, aumentando significativamente o índice de mortalidade (EDWARDS, 1979EDWARDS, J.D.; DAINES, D.A Leptospirosis outbreak in a piggery. New Zealand Veterinary Journal, v.27, n.11, p.247-248, 1979.). Outras patologias como a brucelose, parvovirose, peste suína e pseudoraiva também podem determinar quadros semelhantes (SOBESTIANSKY et al., 1999SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N.; CARVALHO, L.F.; OLIVEIRA, S. Clínica e patologia suína. 2.ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1999. 464p.).

Diagnóstico laboratorial

O diagnóstico laboratorial da leptospirose suína pode ser realizado por diferentes métodos laboratoriais na detecção direta ou indireta do agente ou do seu material genético (FAINE et al., 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and leptospirosis. 2.ed. Melbourne: Australia, MediSci, 1999. 272p.; SANTA ROSA et al., 1970SANTA ROSA, C.A.; GIORGI, W.; SILVA, A.S.; TERUYA, J.M. Aborto em suínoisolamento conjunto de Leptospira, sorotipo icterohaemorrhagiae e Brucella suis. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.37, p.9-13, 1970.).

Com a observação de sintomas e lesões de leptospirose suína, duas formas principais de diagnóstico laboratorial direto podem ser utilizadas: a primeira por colheita de sangue heparinizado e urina, para exame ao campo escuro ou contraste de fase. O sangue é examinado a fresco entre lâmina e lamínula; a urina é submetida a exame direto e após enriquecimento por centrifugação a 5.000 rpm por meia hora, decantando e examinando o sedimento. Este teste é limitado porque possui baixa sensibilidade, necessidade de observador experiente, eliminação intermitente de leptospira pela urina e lise pelo pH ácido da urina (BOLIN et al., 1989BOLIN, C.A.; THIERMANN, A.B.; HANDSAKER, A.L.; FOLEY, J.W. Effect of vaccination with the a pentavalent leptospiral vaccine on Leptospira interrogans serovar hardjo type hardjo bovis infection of pregnant catlle. American Journal Veterinary Research, v.50, p.161-165, 1989.; THIERMANN, 1980THIERMANN, A. B. Canine leptospirosis in Detroit. American Journal of Veterinary Research, v.41, n.10, p.1659-1661, 1980.; VASCONCELLOS, 1979VS, S. A. Diagnóstico laboratorial da leptospirose. Comunicação Cientifica Faculdade Medicina Veterinária Zootecnia. Universidade São Paulo, v.3, n.3/4, p.189-195, 1979.). A segunda forma pode ser o cultivo do agente em meio bacteriológico como o de Fletcher, ou por inoculação em cobaias e hamsters (CORREA; CORREA, 1992CORRÊA, W.M.; CORRÊA, C.N.M. Enfermidades infecciosas dos mamíferos domésticos. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora Médica Científica, 1992. 843p.). A cultura de leptospira de fluidos corporais é a forma mais adequada, mas esta técnica pode levar mais de seis meses (OLIVEIRA, 1988OLIVEIRA, S.J. Leptospirose em suínos. Hora Veterinária, v.7, n.41, p.5-8, 1988.), é muito laboriosa, com uma baixa taxa de isolamento. O diagnóstico post mortem pode falhar, pois as leptospiras podem morrer antes da inoculação no meio de cultura (SHIMABUKURO et al., 2003SHIMABUKURO, F.H. Pesquisa de suínos portadores renais de leptospiras pelo isolamento microbiano e reação em cadeia pela polimerase em amostras de rins de animais sorologicamente positivos e negativos para leptospirose. Botucatu. 2003. 62 p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu, Botucatu, 2003.). Contudo, o método que permite o diagnóstico definitivo é o isolamento do microrganismo, pois propicia a identificação do sorovar infectante que é necessário para a condução de estudos epidemiológicos e profiláticos da doença (FAINE et al., 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and leptospirosis. 2.ed. Melbourne: Australia, MediSci, 1999. 272p.; VASCONCELLOS, 1987VASCONCELLOS, S.A. O papel dos reservatórios na manutenção da leptospirose na natureza. Comunicações Científicas da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.11, n.1, p.17-24, 1987.).

A técnica de PCR é específica, sensível e rápida para o diagnóstico da leptospirose suína, sendo um importante meio de diagnóstico, bem como para investigações epidemiológicas (BAL et al., 1994BAL, A.E.; GRAVEKAMP, C.; HARTSKEERL, R.A.; MEZA, B.J.; KURVER, H.; TERPSTRA, W.J. Detection of leptospires in urine by PCR for early diagnosis of leptospirosis. Journal of Clinical Microbiology, v.32, n.8, p.1894-1898, 1994.; KEE et al., 1994KEE, S.H.; KIM, I.S.; CHOI, M.S.; CHANG, W.H. Detection of Leptospiral DNA by PCR. Journal of Clinical Microbiology, v.32, n.4, p.1035-1039, 1994.; MÉRIEN et al., 1995MÉRIEN, F.; BARANTON, G.; PEROLAT, P. Comparison of polimerase chain reaction with microagglutination test and culture for diagnosis of leptospirosis. Journal Infection Diseases, v.172, n.1, p.281-285, 1995.; RAMADASS et al., 1997RAMADASS, P.; JARVIS, B.D.; CORNER, R.J.; PENNY, D.; MARSHALL, R.B. Rapid diagnosis of leptospirosis by polymerase chain reaction. The Indian Veterinary Journal, v.74, n.6, p.457-460, 1997.; SENTHILKUMAR; RAMADASS, 2001SENTHIL KUMAR, A.; RAMADASS, P. Rapid DNA isolation from the leptospiral cultures using high salt method. The Indian Veterinary Journal, v.78, n.12, p.1158-1159, 2001.).

As técnicas de biologia molecular estão ocupando lacunas de sensibilidade e praticidade das outras provas diagnósticas utilizadas na pesquisa de leptospiras. O DNA, uma molécula muito estável, pode ser facilmente detectado mesmo em amostras autolisadas e/ou contaminadas, viabilizando o diagnóstico rápido e sensível, particularmente nos casos em que outras provas seriam inviáveis (LANGONI, 1999LANGONI, H. Leptospirose: aspectos de saúde animal e de saúde pública. Revista Educação Continuada, v.2, n.1, p.52-58, 1999.).

A análise de fragmentos de restrição e variações da técnica de PCR, como Arbitrarily Primed PCR, Low Stringency PCR, IS 1533 Based PCR e Ligase Mediated PCR, tem permitido a identificação e caracterização de leptospiras isoladas, para diagnóstico e propósitos epidemiológicos (BROWN; LEVETT, 1997BROWN, P.D.; LEVETT, P.N. Differentiation of Leptospira species and serovars by PCRrestriction endonuclease analysis, arbitrarily primed PCR and lowstringency PCR. Journal Medical Microbiology, v.46, n.2, p.173-181, 1997.; LETOCART et al., 1997LETOCART, M.; BARANTON, G.; PEROLAT, P. Rapid identification of pathogenic Leptospira species (Leptospira interrogans, L. borgepetersenii, and L. kirschneri) with speciesspecific DNA probes produced by Arbitrarily Primed PCR. Journal Clinical Microbiology, v.35, n.1, p.248-253, 1997.; LEVETT, 2004LEVETT, P.N. Leptospirosis: a forgotten zoonosis? Clinical and Apllied Imunology Reviews, v.4, n.6, p.435-448, 2004.; PALANIAPPAN et al., 2005PALANIAPPAN, R.U.; CHANG, Y.F.; CHANG, C.F.; PAN, M.J.; YANG, C.W.; HARPENDING, P.; MCDONOUGH, S.P.; DUBOVI, E.; DIVERS, T.; QU, J.; ROE, B. Evaluation of lig – based conventional and real time PCR for the detection of pathogenic leptospires. Molecular and Cellular Probes, v.19, n.2, p.111-117, 2005.; REDSTONE; WOODARD, 1996REDSTONE, J.S.; WOODWARD, M. J. The development of ligase mediated PCR with the potential for the differentiation of serovars within Leptospira interrogans. Veterinary Microbiology, v.51, n.3/4, p.351-362, 1996.; ZUERNER et al., 1995ZUERNER, R.L.; ALT, D.; BOLIN, C.A. IS1533-Based PCR assay for identification of Leptospira interrogans sensu lato serovars. Journal Clinical Microbiology, v.33, n.12, p.3284-3289, 1995.)

Apesar das várias técnicas disponíveis e as que estão sendo desenvolvidas para o diagnóstico da leptospirose, a SAM ainda é a mais praticada, principalmente em suínos. A SAM é o método de referência preconizado pela Organização Mundial da Saúde (FAINE et al., 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and leptospirosis. 2.ed. Melbourne: Australia, MediSci, 1999. 272p.). A SAM é um teste considerado sorogrupo específico e a sua interpretação é complexa devido às reações cruzadas que acontecem entre sorogrupos distintos, principalmente na fase aguda da doença (FAINE, 1994FAINE, S. Leptospira and Leptospirosis . Boca Raton: CRC, 1994. 353p.; RENTKO; CLARK; ROSS, 1992RENTKO, V.T.; CLARK, N.; ROSS, L.A. Canine leptospirosis. A retrospective study of 17 cases. Journal Veterinary International Medical, v.6, p.235-244, 1992.; MÉRIEN; ARTHARID, 2005aMÉRIEN, F.; ARTHARID, A.B. Polymerase chain reaction for detection of Leptospira spp. in clinical samples. Journal of Clinical Microbiology, v.30, n.9, p.2219-2224, 2005b.). A interferência no diagnóstico também tem ocorrido com o uso de vacinas polivalentes (OLIVEIRA, 1999OLIVEIRA, S.J. Nova ameaça à reprodução em suínos, além da leptospirose? Hora Veterinária, v.19, n.111, p.87-90, 1999.). Considera-se importante para a interpretação dos resultados o histórico do uso de vacinas contra a leptospirose suína nas reprodutoras que podem apresentar títulos de anticorpos vacinais. A vacina estimula a formação, principalmente, de IgG, mas por um período inicial também é produzido a IgM, a qual é detectada prioritariamente no teste de SAM. No entanto, os títulos vacinais detectáveis no teste da SAM não ultrapassam a 1:400 e tendem a diminuir até atingir níveis não perceptíveis a SAM em, aproximadamente, dois meses. Isso não impede que o suíno esteja protegido pelo período de até seis meses, através da formação de IgG estimulado pela vacinação (SOBESTIANSKY et al., 1999SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N.; CARVALHO, L.F.; OLIVEIRA, S. Clínica e patologia suína. 2.ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1999. 464p.).

A técnica de ELISA apresenta como vantagens a utilização apenas de frações bacterianas, não necessitando de antígenos vivos, além da possibilidade de detectar especificamente anticorpos da classe IgM e IgG, e permitir a correlação entre os resultados e o tempo da infecção (HARTMAN et al., 1984HARTMANN, E.G.; VAN HOUTEN, M.; FRIK, J.F. Humoral immune reponse of dogs after vaccination against Leptospirosis measured by an IgMan IgGspecific ELISA. Veterinary Immunology Immunopathology, v.7, p.245-254, 1984.; THIERMAN, 1984THIERMANN, A. B. Canine leptospirosis in Detroit. American Journal of Veterinary Research, v.41, n.10, p.1659-1661, 1980.; YAN et al., 1999YAN, K.T.; ELLIS, W.A.; MACKIE, D.P.; TAYLOR, M.J.; MCDONNEL, S.W.J.; MONTGOMERY, J.M. Development of an ELISA to detect antibody to protective lipopolysaccharide fraction of Leptospira borgpetersenii serovar hardjo in cattle. Veterinary Microbiology, v.69, p.173-187, 1999.).

O método de ELISA, apesar de não ser praticado na rotina do diagnóstico da leptospirose, foi desenvolvido e adaptado por MENDONZA; PRESCOTT (1992)MENDONZA, L.; PRESCOTT, J.F. Serodiagnosis of leptospirosis in pigs using an axial filament enzyme-linked imunosorbent assay. Veterinary Microbiology, v.31, n.1, p.55-70, 1992. que empregaram o filamento axial da Leptospirainterrogans, sorovar Canicola para a aplicação da técnica.

Diversos testes de diagnóstico laboratorial mais sensíveis e específicos que os testes convencionais em uso têm sido estudados, como a técnica de diagnóstico precoce que utilizou anticorpos fluorescentes dirigidos contra uma proteína de membrana (LipL32) existente somente em sorovares patogênicos (LUDTKE et al., 2002LUDTKE, C.B.; COUTINHO, M.L.; JOUGLARD, S.D.; FERNANDES, C.P.H.; KRAHL, M.; BROD, C.S.; KO, A.I.; DELLAGOSTIN, O.A.; ALEIXO, J.A.G. Produção de conjugado específico para o diagnóstico de leptospirose por imunofluorescência. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ESPECIALIDADES EM MEDICINA VETERINÁRIA, 1., 2002, Curitiba, Paraná. Anais. Curitiba: 2002. p.152.).

GENOVEZ et al. (2001)GENOVEZ, M.E.; YASUDA, P.H.; VASCONCELLOS, S.A.; SCARCELLI, E.; CARDOSO, M.V.; GIRIO, R.J.S. Avaliação da reação de contraimunoeletroforese como teste sorológico para diagnóstico da leptospirose suína. Brazilian Journal Microbiology, v.32, n.2, p.147-152, 2001. avaliaram a reação de contraimunoeletroforese como teste gênero-específico para diagnóstico da leptospirose suína. O procedimento apresentou segurança, rapidez e facilidade de execução com baixo custo, sendo ideal para a análise de grande número de amostras.

Cadeia epidemiológica da leptospirose suína

Os suínos são considerados reservatórios de leptospiras, inclusive para outras espécies e para o homem, por apresentarem algumas particularidades como:

  • quando infectados, apresentam prolongado período de leptospiremia, que não é acompanhado de sintomas;

  • a urina, aos 20-30 dias após a infecção, contém alta concentração de leptospiras viáveis;

  • podem eliminar leptospiras na urina por período superior a um ano (SOBESTIANSKY et al.,1999).

A aquisição de fêmeas e machos para reprodução originários de outras granjas assume um importante papel na transmissão da leptospirose suína, com o risco de serem adquiridos animais portadores da doença (MORES, 1999MORES, N. Cuidados com a leitoa de reposição. Instrução Técnica para o Suinocultor, n.14, p.1-2, 1999.).

Ambientes por onde circulam roedores são constantemente contaminados também por leptospiras eliminadas pela urina destes animais (SANTA ROSA et al., 1980SANTA ROSA, C.A.; SULZER, C.R.; YANAGUITA, R.M.; SILVA, A.S. Leptospirosis in wildlife in Brazil: isolation of sorovars canicola, pyrogenes, and grippotyphosa. International Journal of Zoonoses, v.7, p.40-43, 1980.). O Rattus norvegicus ocupa uma posição de destaque na transmissão da leptospirose suína, sendo uma importante fonte de infecção (VASCONCELLOS, 1987VASCONCELLOS, S.A. O papel dos reservatórios na manutenção da leptospirose na natureza. Comunicações Científicas da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.11, n.1, p.17-24, 1987.).

Os suínos infectam-se através do contato com água ou alimentos contaminados, com urina, fetos abortados e descargas uterinas de animais portadores. A infecção pode ocorrer pela vias oral, venérea, pele lesada, conjuntiva ou outras mucosas (SANTA ROSA et al., 1980SANTA ROSA, C.A.; SULZER, C.R.; YANAGUITA, R.M.; SILVA, A.S. Leptospirosis in wildlife in Brazil: isolation of sorovars canicola, pyrogenes, and grippotyphosa. International Journal of Zoonoses, v.7, p.40-43, 1980.).

Entre 30 e 60 dias após a infecção, a urina de um suíno infectado pode conter grande quantidade de leptospiras que contribuirão para a disseminação do agente numa granja. Os portadores podem eliminar leptospiras intermitentemente, até vários meses após a infecção (SOBESTIANSKY et al., 1999SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N.; CARVALHO, L.F.; OLIVEIRA, S. Clínica e patologia suína. 2.ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1999. 464p.).

Assume importância na suscetibilidade da leptospirose suína as primíparas ou marrãs, originárias da própria granja ou recém-adquiridas, que podem abortar. Na primeira entrada da leptospirose suína em uma granja, fêmeas mais velhas podem também ser afetadas, com quadros de abortamento, elevada taxa de mumificação fetal, natimortalidade e leitões com escassa vitalidade. Os leitões lactantes infectados por leptospiras apresentam debilidade geral. Animais mais velhos, principalmente na fase de recria e terminação, são pouco susceptíveis à doença (DANNEMBERG et al., 1975DANNEMBERG, H.D.; RICHTER, W.; WESCHE, W.D. Schweinekrankheiten . Berlin: Veb Deutscher Landwirtschaftsverlag, Berlin, 1975. 465p.).

Controle e prevenção da leptospirose suína

O controle da leptospirose suína é baseado na imunização de suscetíveis, nas ações sobre as fontes de infecção, visando a diminuição da quantidade de leptospiras lançadas no ambiente e na identificação e eliminação dos fatores que ampliam a sobrevivência do agente em ausência de parasitismo. (GUIMARÃES, 1983GUIMARÃES, M.C. Epidemiologia e controle da leptospirose bovina. Importância do portador renal e do seu controle terapêutico. Comunicações Científicas da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, v.6/7, n.1/4, p.21-34, 1983.).

A prevenção da leptospirose suína é largamente dependente de medidas de saneamento da granja e de diagnóstico da doença, que muitas vezes são difíceis de serem implementadas principalmente em regiões onde a suinocultura não é tecnificada (DELBEM et al., 2004bDELBEM, A.C.B.F.; SILVA, R.L.F.; SILVA, C.A.; MÜLLER, E.E.; DIAS, R.A.; NETO, J.S.F.; FREITAS, J.C. Fatores de risco associados a soropositividade para leptospirose em matrizes suínas. Ciencia Rural, v.34, n.3, p.847-852, 2004b.). Partindo do conceito que as leptospiras são sensíveis a diversos detergentes e desinfetantes, programas de desinfecção na granja com a realização de vazio sanitário no sistema “all in all out”, “tudo dentro, tudo fora” são medidas importantes na eliminação de leptospiras presentes nas instalações das granjas suinícolas (SOBESTIANSKY et al., 1999SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N.; CARVALHO, L.F.; OLIVEIRA, S. Clínica e patologia suína. 2.ed. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1999. 464p.). Dentro das ações de saneamento, PIFFER et al. (1998)PIFFER, I.A.; PERDOMO, C.C.; SOBESTIANSKY, J. Efeitos de fatores ambientais na ocorrência de doenças. In: Suinocultura Intensiva: produção, manejo e saúde do rebanho. Brasília: Embrapa-SPI, 1998. cap.13. p.257-274. afirmaram que uma granja de suínos oferece múltiplas formas para a viabilidade, permanência e transmissão da leptospirose através de características favoráveis do ambiente, do manejo e das instalações. DELBEM et al. (2004b)DELBEM, A.C.B.F.; SILVA, R.L.F.; SILVA, C.A.; MÜLLER, E.E.; DIAS, R.A.; NETO, J.S.F.; FREITAS, J.C. Fatores de risco associados a soropositividade para leptospirose em matrizes suínas. Ciencia Rural, v.34, n.3, p.847-852, 2004b. relataram que as leptospiras são lançadas ao meio ambiente principalmente através da urina de roedores, e que os microrganismos encontram nas coleções de águas paradas, representadas por áreas alagadiças, bebedouros do tipo canaleta e reservatórios de água não higienizados periodicamente, condições para sobreviver e meios para alcançar um suíno suscetível. Assim sendo, a sugestão de intervenção seria a drenagem das áreas alagadiças próximas às instalações dos suínos, a substituição dos bebedouros do tipo canaleta pelos automáticos e a higienização periódica dos reservatórios de água. Quando não for possível a troca por bebedouros automáticos, sugere-se um programa de higienização periódica dos bebedouros do tipo canaleta, pois tal prática parece ter sido eficiente para os reservatórios de água. Adicionalmente, recomenda-se a adoção de programa de controle roedores. Neste último item, as ações de combate incluem a modificação ambiental, as medidas preventivas (construções a prova de roedores), as medidas ofensivas, uso técnico de raticidas e a educação em saúde que pressupõe a introdução de novos hábitos culturais. A presença de estirpes de roedores geneticamente resistentes à warfarina já foi confirmada no Brasil (CARVALHO NETO, 1986CARVALHO NETO, C. Estudos sobre a resistência a warfarina em roedores da cidade de São Paulo, SP. 1986, 74p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1986.).

Em granjas de suínos positivas para a leptospirose, a erradicação da doença é difícil. Programas de descarte de fêmeas acima de seis partos e comprovadamente sororeagentes para a leptospirose suína podem contribuir para a diminuição das fontes de infecção (SOTO et al., 2006SOTO, F.R.M.; AZEVEDO, S.S.; MORAIS, Z.M.; PINHEIRO, S.R.; DELBEM, A.C.B.; MORENO, A.M.; PAIXÃO, R.; VUADEN, E.R.; VASCONCELLOS, S.A. Detection of leptospires in clinically healthy piglets born from sows experimentally infected with Leptospira interrogans serovar Canicola. Brazilian Journal Microbiology, v.37, p.582-586, 2006.). Quando da instalação de um surto de leptospirose, o tratamento inicial com estreptomicina (ALT; BOLIN, 1996ALT, D.P.; BOLIN, C.P. Preliminary evaluation of antimicrobial agents for treatment of Leptospira interrogans serovar Pomona infection in hamsters and swine. American Journal Veterinary Research, v.1, n.57, p.59-62, 1996.) é medida capaz de prevenir quadros de abortamento. O uso subseqüente de antibiótico à base de oxitetracicilina, principalmente, misturado à ração dos animais, tem provocado pequena modificação favorável no quadro da infecção (EDWARDS; DAINES, 1979EDWARDS, J.D.; DAINES, D.A Leptospirosis outbreak in a piggery. New Zealand Veterinary Journal, v.27, n.11, p.247-248, 1979.). Outros antibióticos têm sido ensaidos para o tratamento da leptospirose. SANTOS et al. (2001)SANTOS, G.O.; CARDOSO, S.A.; VASCONCELLOS, S.A.; MORAIS, Z.M.; CORTEZ, A.; FÁVERO, A.C.M.; MIRÁGLIA, F.; PINHEIRO, S.R.; AMOS, C.A.A. Emprego do ceftiofur sódico ou da estreptomicina para a terapia da leptospirose em hamsters experimentalmente infectados com o sorovar pomona. Arquivos do Instituto Biológico, São Paulo, v.68, n.1, p.1-8, 2001. detectaram resultados satisfatórios em hamsters tratados com uma única aplicação de 25 mg/kg de peso vivo do ceftiofur sódico, a infecção renal foi eliminada em 48 dos 50 animais infectados com diferentes concentrações de leptospiras. Apesar deste resultado satisfatório, a estreptomicina ainda persiste como antibiótico de eleição para o tratamento da leptospirose animal.

Emprego de vacinas no controle da leptospirose suína

As doenças só ocorrem como conseqüência do desequilíbrio da relação defesa do hospedeiro e agente infectante. Nos sistemas intensivos de criação de suínos, a microbiota dos animais varia grandemente e, conseqüentemente, também varia a resistência dos indivíduos contra as doenças. Após a aplicação de uma vacina, espera-se que os animais desenvolvam imunidade suficiente para não adoecerem quando do contacto com o agente infeccioso. Eventualmente, a vacinação não impede o desenvolvimento da doença, mas ela apresenta uma evolução menos severa e não determina prejuízos econômicos (CARVALHO, 2005CARVALHO, L.F.O.S. Vacinas e vacinações em suinocultura intensiva. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE AVES E SUÍNOS AVESUI, SUINOCULTURA: SAÚDE E MEIO AMBIENTE, 4., 2005, Florianópolis, SC. Anais. Florianópolis: 2005. 14p.).

As vacinas anti-leptospirose suína disponíveis no mercado brasileiro são constituídas de bactérias íntegras inativadas polivalentes. Os sorovares comumente presentes são: Canicola, Icterohaemorrhagiae, Copenhageni, Pomona, Grippotyphosa e Bratislava. O esquema de vacinação preconizado baseia-se na aplicação de duas doses nas marrãs ou primíparas, sendo a primeira aos 28 e, a segunda, 14 dias da cobertura, respectivamente. Para matrizes acima de um parto, a vacinação deve ocorrer durante a lactação, aproximadamente 14 dias antes da cobertura ou na primeira semana de lactação. Para os machos, a vacinação deve ser semestral após a aplicação das duas doses iniciais da vacina (CARVALHO, 2005CARVALHO, L.F.O.S. Vacinas e vacinações em suinocultura intensiva. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE AVES E SUÍNOS AVESUI, SUINOCULTURA: SAÚDE E MEIO AMBIENTE, 4., 2005, Florianópolis, SC. Anais. Florianópolis: 2005. 14p.).

Mesmo com risco para a saúde pública e reversão da doença, FISH; KINGSCOTE (1973)FISH, N.A.; KINGSCOTE, B. Protection of gilts against leptospirosis by use of a live vaccine. Canadian Veterinary Journal, v.1, n.14, p.5-12, 1973. avaliaram a proteção de uma vacina viva em marrãs.

DOBSON; DAVOS (1975)DOBSON, K.J.; DAVOS, D.E. Leptospiral titres in pigs after vaccination. Australian Veterinary Journal, v.9, n.51, p.443-444, 1975. avaliaram a persistência de títulos de aglutininas pós-vacinação por quatro meses após a aplicação de vacinas comerciais. HODGES (1977)HODGES, R.T. Leptospira interrogans serotype pomona infection in pigs: prevention of leptospirurie by immunization before exposure to a natural infection. New Zealand Veterinary Journal, v.25, n.1/2, p.33-35, 1977. trabalhou com 24 suínos, sendo que 14 foram imunizados com aplicações repetidas de bacterinas de leptospiras do sorovar Pomona, durante um período de três semanas, e dez foram grupo controle. Após cinco dias da última dose da vacina, todos os animais vacinados e o grupo controle foram expostos a infecção natural de leptospiras durante 12 semanas. Não foi observado quadro de leptospiruria e lesões nos rins dos animais vacinados, porém, no grupo controle, todos apresentaram leptospiruria.

Vacinas anti-leptospirose utilizadas em seres humanos demonstraram que os títulos de anticorpos foram muito menores que os desenvolvidos na infecção natural, e a soronconversão ocorreu com freqüência entre 20 e 60% nos indivíduos vacinados (FUKUMURA, 1984FUKUMURA, K. Epidemiological studies on the leptospirosis in Okinawa Part 1. Prevalence of the leptospirosis in Izena Island and the prevention by vaccination. Yamaguchi Igaku, n.33, p.257-268, 1984.). Entretanto, a proteção foi reportada como alta em algumas populações e as taxas de eficácia da vacina ficaram entre 60 e 100% (MARTINEZ et al., 1998MARTÍNEZ, S.R.; OBREGÓN, A.M.; PÉREZ, S.A.; BALY, G.A.; DÍAZ, G.M.; BARÓ, S.M. The reactogenecity and immunogenecity of the first Cuban vaccine against human leptospirosis. Revista Cubana Medicina Tropical, v.50, p.159-166, 1998.; NOMURA et al., 1971NOMURA, S.; KISHIE, B.; YOSHIKAWA, H.; NORO, M.; SAKURAI, N.; AKATSUKA, Y. Case reports on Weil’s disease in Kumano district, Mie prefecture and vaccination (Japanese in original). Media-Circle, n.140, p.16-25, 1971.; SANCHEZ et al., 2002SÁNCHEZ, R.M.; SIERRA, A.P.; FUENTES, A.M.; GONZÁLEZ, I.R.; GIL, A.B.; SUÁREZ, M.B. Reactogenecity and immunogenecity of Cuban trivalent inactivated vaccine against human leptospirosis in different vaccination schedules. Revista Cubana Medicina Tropical, v.54, p.37-43, 2002.; TORTEN et al., 1973TORTEN, M.; SHENBERG, E.; GERICHTER, C.B.; NEUMAN, P.; KLINGBERG, M.A. A new leptospiral vaccine for use in man. II. Clinical and serologic evaluation of a field trial with volunteers. Journal Infection Disease, n.128, p.647-651, 1973.).

WHYTE et al. (1982)WHYTE, P.B.; RATCCLIFF, R.M.; CARGILL, C.; DOBSON, K.J. Protection of pregnant swine by vaccination against leptospira infection. Australian Veterinary Journal, v.2, n.59, p.41-45, 1982. observaram uma significativa queda na taxa de abortamento e de mortalidade fetal em suínos vacinados com duas vacinas comerciais contra a leptospirose suína.

Apesar das limitações das vacinas contra a leptospirose, FRANTZ et al. (1989)FRANTZ, J.C.; HANSON, L.E.; BROWN, A.L. Effect of vaccination with a bacteria containing Leptospira interrogans serovar bratislava on the breeding performance of swine herds. American Journal Veterinary Research, v.7, n.50, p.1044-1047, 1989. relataram redução na taxa de natimortos em rebanhos de suínos tratados com bacterinas contendo cinco ou seis sorovares. BEY; JOHNSON (1993)BEY, R.F.; JOHNSON, R.C. Leptospiral vaccines: immunogenicity of protein free medium cultivated whole cell bacterians in swine. American Journal Veterinary Research, v.12, n.44, p.2299-2301, 1993. encontraram títulos de anticorpos protetores satisfatórios em suínos tratados com bacterinas pentavalentes. NGUYEN et al. (1998)NGUYEN, V.P.; WONG, C.W.; HINCH, G.N.; SINGH, D.; COLDITZ, I.G. Variation in the immune status of two Australian pig breeds. Australian Veterinary Journal, v.76, n.9, p.613-617, 1998. detectaram diferenças significativas na produção de aglutininas em leitões vacinados contra a leptospirose suína associando esta variação da resposta imunológica às diferenças raciais dos animais.

É sabido que as vacinas contra a leptospirose em suínos previnem a doença. Entretanto, a especificidade dos sorovares limita a eficiência de vacinas mortas com células integras (KOIZUMI; WATANABE, 2005KOIZUMI, N.; WATANABE, H. Leptospirosis vaccines: past, present and future. Journal Postgrad Medicine, v.3, n.51, p.210-214, 2005.).

No Brasil, no Município de Santa Cruz do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, LOBO et al. (2004)LOBO, E.A.; TAUTZ, S.M.; CHARLIER, C.F.; CONCEIÇÃO, A.; NETO, J.A.S.P. Estudo comparativo do padrão sorológico de animais domésticos potencialmente transmissores de leptospirose no Município de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, entre os nos de 2002 e 2003. Caderno de PesquisaSérie Biologia, v.16, n.2, p.47-64, 2004. admitiram que a alteração observada na predominância nos sorovares de leptospiras predominantes em testes sorológicos efetuados em suínos deveu-se da prática da vacinação.

Perspectivas de novas vacinas contra a leptospirose suína

Existe o consenso de que a proteção conferida por bacterinas anti-leptospira é sorovar específica (PRESCOTT et al., 1991PRESCOTT, J.F.; FERRIER, R.L.; NICHOLSON, V.M.; JOHNSTON, K.M.; HOFF, B. Is canine leptospirosis underdiagnosed in sosuthern Ontario? A case report and serological survey. Canadian Veterinary Journal, n.32, p.481-486, 1991.), no entanto, já foi observada a proteção cruzada entre representantes de um mesmo sorogrupo (COSTA et al., 1998COSTA, M.C.R.; MOREIRA, E.C.; LEITE, R.C.; MARTINS, N.R.S. Avaliação da imunidade cruzada entre Leptospira hardjo e L. wolffi. Arquivos Brasileiros de Medicina Veterinária e Zootecnia, v.50, n.1, p.11-17, 1998.; TABATA et al., 2002TABATA, R.; SCANAVINI NETO, H.; ZUANAZE, M.A.F.; OLIVEIRA, E.M.D.; DIAS, R.A.; MORAIS, Z.M.; ITO, F.H.; VASCONCELLOS, S.A. Cross neutralizing antibodies in hamsters vaccinated with leptospiral bacterins produced with three serovars of serogroup sejroe. Brazilian Journal of Microbiology, v.33, p.267-270, 2002.).

GONZALEZ et al. (2005)GONZALEZ, A.; RODRIGUES, Y.; BATISTA, N.; VALDES, Y.; NUNEZ, J. F.; MIRABAL, M.; GONZALEZ, M. Immunogenicity and protectivecapacityofleptospiralwholecellmonovalent serogrup Ballun vaccines in hamsters.Revista Argentina de Microbiologia, v.4, n.37, p.169-175, 2005., em Cuba, detectaram resultados de proteção satisfatórios com a utilização de bacterinas formuladas com Leptospira interrogans, sorovar Ballum, isolada de casos clínicos.

As proteínas, especialmente as de membrana externa e de superfície das leptospiras patogênicas, são antígenos efetivos para a produção de vacinas antileptospirose. A identificação destas proteínas que podem ser conservadas por longos períodos e promover proteção cruzada contra vários sorovares tem se tornado um dos maiores pontos de interesse para o desenvolvimento de vacinas anti-leptospirose no mundo (HAAKE et al., 1991HAAKE, D.A.; WALKER, E.M.; BLANCO, D.R.; BOLIN, C.A.; MILLER, M.N.; LOVETT, M.A. Changes in the surface of Leptospira interrogans serovar grippotyphosa during in vitro cultivation. InfectionImmunology, v.59,p.1131-1140,1991.; HAAKE et al., 1993HAAKE, D.A.; CHAMPION, C.I.; MARTINICH, C.; SHANG, E.S.; BLANCO, D.R.; MILLER, J.N. Molecular cloning and sequence analysis of the gene encoding OmpL1, a transmembrane outer membrane protein of pathogenic Leptospira spp. Journal Bacteriology, n.175, p.4225-4234, 1993.; SHANG et al., 1998SHANG, E.S.; SUMMERS, T.A.; HAAKE, D.A. Molecular cloning and sequence analysis of the gene encoding LipL41, a surface-exposed lipoprotein of pathogenicLeptospira species. Infection Immunology, n.64, p.2322-2330, 1996.).

A proteína 1 de leptospira é um componente de grande virulência da bactéria e estimulador do sistema imunológico (BRANGER, 2001BRANGER, C. Protection contre la leptospirose, étude de deux gènes d’intérêt: hap1 et ompL1 codant respectivement une hémolysine et une porine. 2001. 200p. Thesis (Ph. D.) Nantes University, Nantes, France, 2001.; LEE et al., 2000LEE, S.H.; KIM, K.A.; PARK, Y.G.; SEONG, I.Y.; KIM, M.J.; LEE, Y.G. Identification and partial characterization of a novel hemolysin from Leptospira interrogans. Gene, n.254, p.19-28, 2000.; ZUERNER et al., 1991ZUERNER, R.L.; KNUDTSON, W.; BOLIN, C.A.; TRUEBA, G. Characterization of outer membrane md secreted proteins of Leptospira interrogans serovar Pomona. Microbiology and Pathogen, n.10, p.311-322, 1991.). Esta proteína é uma secreção extracelular das leptospiras e indutora de produção de anticorpos monoclonais envolvidos diretamente com a proteção contra a leptospirose (FAINE, 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and leptospirosis. 2.ed. Melbourne: Australia, MediSci, 1999. 272p.; SEGERS et al., 1990SEGERS, R.P.A.; VAN DER DRIFT, A.; NIJS, P.; CORCIONE, B.A.; VAN DER, Z.; GAASTRA, W. Molecularanalysisofasphingomyelinase C gene from Leptospirainterrogans serovar hardjo. Infection and Immunity, n.58, p.2177-2185, 1990.).

BRANGER (2001)BRANGER, C. Protection contre la leptospirose, étude de deux gènes d’intérêt: hap1 et ompL1 codant respectivement une hémolysine et une porine. 2001. 200p. Thesis (Ph. D.) Nantes University, Nantes, France, 2001. constatou que o extrato da proteína 1 da Leptospira interrogans sorovar Autumnalis determinou proteção cruzada em hamsters frente a outros sorovares heterólogos; destacando que a utilização da proteína 1 poderá representar uma nova geração de vacinas contra a leptospirose.

A utilização de proteínas de membrana da leptospira como a LipL32 é um caminho promissor na confecção de vacinas, pois esta é uma das proteínas mais abundantes na bactéria com grande imunogenicidade, induzindo exuberante produção de aglutininas em vários sorovares de leptospiras patogênicas (KOIZUMI; WATANABE, 2005KOIZUMI, N.; WATANABE, H. Leptospirosis vaccines: past, present and future. Journal Postgrad Medicine, v.3, n.51, p.210-214, 2005.).

Dentro de uma concepção de vacinas antileptospirose a partir de LPS, há uma diversidade de antígenos de leptospiras patogênicas (FAINE et al., 1999FAINE, S.; ADLER, B.; BOLIN, C.; PEROLAT, P. Leptospira and leptospirosis. 2.ed. Melbourne: Australia, MediSci, 1999. 272p.). Entretanto, soros de indivíduos vacinados com vacinas compostas por LPS podem reagir com antígenos de leptospiras não patogênicas como a Leptospira biflexa sorovar Patoc (ADAMIANO; BARBUDIERI, 1968ADDAMIANO, L.; BABUDIERI, B. Water strains of Leptospira in the serodiagnosis of human and animal leptospirosis. Bulletim World Health Organisms, v.39, p.925-934, 1968.). A reação cruzada, conferindo proteção a partir de soros de indivíduos vacinados com a vacina de LPS, é a base do seu desenvolvimento (TURNER, 1968TURNER, L.H. Leptospirosis. II. Serology. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, n.62, p.880-899, 1968.).

MIDWINTER et al. (1990)MIDWINTER, A.; FAINE, S.; ADLER, B. Vaccination of mice with lipopolysaccharide (LPS) and LPS-derived immunoconjugates from Leptospirainterrogans. Journal Medical Microbiology, v.33, n.3, p.199-204, 1990. detectaram resposta imunológica em hamsters com a utilização de vacinas anti-leptospirose compostas por LPS de leptospiras dos sorovares Pomona e Hardjo associadas a imunoconjugado com a ocorrência de produção máxima de títulos aglutinantes entre 6 e 10 semanas após a aplicação da vacina.

As vacinas de subunidade de leptospiras são uma opção para a realização de investigações, pois normalmente são constituídas por antígenos que estimulam a imunidade como os LPS e seus glicolipídios, lipoproteínas, proteínas de membrana, fosfolipideos (FL), e o peptidoglicano (PG) (CINCO et al., 1996CINCO, M.; VECILE, E.; MURGIA, R.; DOBRINA, P.; DOBRINA, A. Leptospira interrogans and Leptospira peptidoglycans induce the release of tumor necrosis factor “ from human monocytes. FEMS, Microbiology, v.138, p.211-214, 1996.).

SONRIER et al. (2000)SONRIER, C.; BRANGER, C.; NICHEL, V.; RUVOËN, J. P.; GANIÉRE, G.; FONTAINE, A. Evidence of crossprotection within Leptospira interrogans in an experimental model. Vaccine, v.19, n.1, p.89-94, 2000., em hamsters tratados com LPS de leptospiras, observaram proteção completa contra sorovares homólogos e proteção parcial para sorovares heterólogos.

KOIZUMI; WATANABE (2004)KOIZUMI, N.; WATANABE, H. Leptospiral immunoglobulinlike protein elicit protective immunity. Vaccine, v.22, n.29, p.1545-1552, 2004. desenvolveram uma nova vacina contra a leptospirose com a identificação de duas lipoproteínas imunogênicas homólogas, a Lig A e a Lig B, obtidas da Leptospira interrogans sorovar Manilae, estirpe UP- MMC- NIID. Estas lipoproteínas estimularam a produção de anticorpos anti Lig A e Lig B, conferindo proteção em hamsters contra sorovares heterólogos.

DELBEM (2004a)DELBEM, A.C.B. Purificação,caracterizaçãoeavaliaçãodacapacidade imunogênica do lipolissacarídeo (LPS ) de Leptospira spp. isoladanoBrasilassociadoaohidróxidodealumíniooumonofosforil lipídio A como adjuvantes. 2004, 117f. Tese (Doutorado) Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004a. comprovou em hamsters que a subunidade de LPS do sorovar Canicola associada ao monofosforil lipídio A, extraído da bactéria nas concentrações de 0,1 e 1,0 nmol, protegeu os animais desafiados com a estirpe homóloga. Os animais sobreviventes ao desafio não apresentaram leptospiras nos rins no período de observação empregado.

Geralmente, a imunidade protetora conferida é sorovar específica, devido à grande variação dos antígenos LPS presentes nos diversos sorovares de leptospira (HAAKE; MATSUNAGA, 2005HAAKE, D.A.; MATSUNAGA, J. Leptospiral membrane proteinsvariations on a theme? Indian Journal Medical, v.121, p.143-145, 2005.).

Acredita-se que, em breve tempo, vacinas antileptospirose constituídas por LPS da bactéria poderão ser utilizadas e comercializadas para seres humanos e animais domésticos (HAAKE; MATSUNAGA, 2005HAAKE, D.A.; MATSUNAGA, J. Leptospiral membrane proteinsvariations on a theme? Indian Journal Medical, v.121, p.143-145, 2005.).

A habilidade dos novos conhecimentos da pesquisa científica para determinar a seqüência do genoma das bactérias está abrindo um novo caminho para o desenho de novas vacinas, que poderão ser relevantes para o tratamento e prevenção de infecções bacterianas, incluindo-se a leptospirose (PLOTKIN, 2005PLOTKIN, S.A. Six revolutions in vaccinology. Pediatric Infection Diseases Journal, n.24, p.1-9, 2005.; YOU et al., 1998YOU, Z.; DAI, B.; CHEN, Z.; YAN, H.; FANG, Z.; LI, S.; LIU, J. Immunogenicity and immunoprotection of a leptospiral DNA vaccine. Hua Xi Yi Ke Da Xue Bao, v.30, n.2, p.128-132, 1998.).

YOU et al. (1998)YOU, Z.; DAI, B.; CHEN, Z.; YAN, H.; FANG, Z.; LI, S.; LIU, J. Immunogenicity and immunoprotection of a leptospiral DNA vaccine. Hua Xi Yi Ke Da Xue Bao, v.30, n.2, p.128-132, 1998. desenvolveram vacinas antileptospirose a partir do DNA plasmídial de Leptospira interrogans, sorovar Lai e encontraram elevada produção de anticorpos específicos. A imunoproteção contra a leptospirose foi conferida também em mini suínos (YOU et al. 1998YOU, Z.; DAI, B.; CHEN, Z.; YAN, H.; FANG, Z.; LI, S.; LIU, J. Immunogenicity and immunoprotection of a leptospiral DNA vaccine. Hua Xi Yi Ke Da Xue Bao, v.30, n.2, p.128-132, 1998.).

GAMBERINI et al. (2005)GAMBERINI, M.; GOMEZ, R.M.; ATZINGEN, M.V.; MARTINS, E.A.; VASCONCELLOS, S.A.; ROMERO, E.L.; LEITE, L.C.; HO, P.L.; NASCIMENTO, A.L. Whole-genome analysis ofLeptospira interrogans to identify potential vaccine candidate against Leptospirosis. FEMS Microbiology Lett, v.2, n.244, p.305-313, 2005. trabalharam com a seqüência de genes de Leptospira interrogans, sorovar Copenhageni que codificam as proteínas de membrana de superfície da bactéria. A produção destas proteínas, utilizando a bactéria E. coli como microrganismo responsável pela clonagem, é fundamental para o desenvolvimento de uma vacina contra a leptospirose, com custo acessível.

Na China, YAN (2005)YAN, J. Advances in research on pathogenic mechanism the prospect of genusspecific genetic engineering vaccine of Leptospira interrogans. Zhejiang Da Xue Xu, e Bao Yi Xue Ban, n.34, p.1-3, 2005. tem apresentado avanços no entendimento dos mecanismos de genes específicos responsáveis pela patogenicidade da Leptospira interrogans. O conhecimento destes genes também possibilitará o desenvolvimento de novas vacinas.

BRANGER et al. (2005)BRANGER, C.; CHATRERRET, B.; GAUVRIT, A.; AVIAT, F.; AUBERT, A.; BACH, J.M.; FONTAINE, G.A. Protection againstLeptospira interrogans Sensu Lato, Challenge by DNA Immunization with the Gene Encoding Hemolysin – Associated Protein 1. Infection and Immunity, v.7, n.73, p.4062-4069, 2005. utilizaram o DNA da Leptospira interrogans sorovar Canicola com indução pelo adenovirus para a codificação da proteína 1 da leptospira, facilitando assim a desenho e a produção de novas vacinas contra a leptospirose. A utilização do DNA poderá representar também redução de custo para a sua confecção. A seqüência de genomas de leptospira tem sido usada para a identificação de vacinas (KOIZUMI; WATANABE, 2005KOIZUMI, N.; WATANABE, H. Leptospirosis vaccines: past, present and future. Journal Postgrad Medicine, v.3, n.51, p.210-214, 2005.).

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Jan 2022
  • Data do Fascículo
    Oct-Dec 2007

Histórico

  • Recebido
    13 Nov 2006
  • Aceito
    08 Nov 2007
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