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PLANTAS HOSPEDEIRAS DE DÍPTEROS MINADORES EM POMAR DE CITROS EM MONTENEGRO, RS

HOST PLANTS OF DIPTERA LEAFMINERS IN CITRUS ORCHARD IN MONTENEGRO, RS, BRAZIL

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo verificar a associação do "minador-das-folhas-dos-citros", Phyllocnistis citrella Stainton, 1856 (Lepidoptera: Gracillariidae), com outras plantas hospedeiras, presentes em pomar de citros, a fim de esclarecer aspectos da sua sobrevivência fora dos fluxos de brotação de Citrus spp. e fazer um levantamento de insetos minadores que habitam o pomar. O trabalho foi conduzido em Montenegro, RS, em um pomar orgânico de tangoreiro Murcott. Realizaram-se amostragens quinzenais, de maio de 2003 a maio de 2004, coletando-se em cada ocasião, todas as folhas com minas, contidas na área delimitada por um aro de 0,28 m2, que era jogado nas linhas e nas entrelinhas de 30 árvores sorteadas. Durante o estudo, não foi registrada a presença de P. citrella nas plantas espontâneas do pomar, comprovando-se a sua preferência por espécies de Citrus. Entretanto, registraram-se 15 espécies de dípteros minadores e 15 espécies de plantas hospedeiras, distribuídas em três famílias.

PALAVRAS-CHAVE
Agromyzidae; Asteraceae; Amaranthaceae; Commelinaceae; Convolvulaceae; Lamiaceae

ABSTRACT

This study aimed to verify the association of the "citrus leafminer", Phyllocnistis citrella Stainton, 1856 (Lepidoptera: Gracillariidae) with other host plants that exist in organiccitrus orchard, in order to explain aspects of its survival out of the Citrus spp flush season , and also to undertake a survey of leafminers present in the orchard. The work was carried out in Montenegro, RS, in an organic orchard grown with the hybrid Murcott. Samplings were taken every other week, from May 2003 to May 2004,by collecting on each occasion all themined leaves found in an area delimited by a 0.28 m2 circle thrown in and between the rows of 30 randomly chosen trees. During the study, the presence of P. citrella was notreportedon spontaneous growing plants in the orchard, and clearly shows its preference for Citrus species. However, 15 species of Diptera leafminers and 15 species of host plants belonging to three botanical families were recorded.

KEY WORDS
Agromyzidae; Asteraceae; Amaranthaceae; Commelinaceae; Convolvulaceae; Lamiaceae

INTRODUÇÃO

Com uma produção de aproximadamente 19 milhões de toneladas métricas na safra de 2003, o Brasil é o maior produtor mundial de frutas cítricas (FAO, 2004). O Rio Grande do Sul é o quinto maior produtor de laranja do país e o quarto maior de limão (BELING et al., 2004BELING, R.R.; SANTOS, C.; KIST, B.B.; REETZ, E.; CORRÊA, S.; SCHEMBRI , M. Anuário brasileiro da fruticultura 2004. Santa Cruz do Sul: Editora Gazeta, 2004. 136p.). Em relação às tangerinas é o terceiro maior produtor, responsável por mais de 13% da produção nacional (FUNDAÇÃO IBGE, 2002FUNDAÇÃO IBGE (Brasil). Produção agrícola municipal: culturas temporárias e permanentes 2002. Brasília, 2002. 88p.; BELING et al., 2004BELING, R.R.; SANTOS, C.; KIST, B.B.; REETZ, E.; CORRÊA, S.; SCHEMBRI , M. Anuário brasileiro da fruticultura 2004. Santa Cruz do Sul: Editora Gazeta, 2004. 136p.). As variedades de tangerineiras Poncã (Citrus reticulata Blanco), Montenegrina (Citrus deliciosa Tenore) e o tangoreiro Murcott (Citrus sinensis (L.) Osbeck x Citrus reticulata Blanco) ocupam a maior parte da área plantada do Rio Grande do Sul (SOUZA, 2001SOUZA, A.C. Frutas cítricas: singularidades do mercado. Preços Agrícolas, p.8-10, 2001.). Estas três variedades estão entre as que apresentam maior tendência à alternância de ciclos de produção, podendo apresentar ciclos descontínuos e alterações nas brotações, possibilitando o desenvolvimento de doenças e pragas (SPÓSITO et al., 1998SPÓSITO, M.B.; CASTRO, P.R.; AGUSTI, M. Alternância de produção em citros. Laranja, v.19, n.2, p.285-292, 1998.).

Uma das principais pragas da citricultura em vários países é Phyllocnistis citrella Stainton, 1856 (Lepidoptera, Gracillariidae), conhecida popularmente como "minador-das-folhas-dos-citros" (HEPPNER, 1993HEPPNER, J.B. Citrus leafminer, Phyllocnistis citrella, in Florida (Lepidoptera: Gracillariidae: Phyllocnistinae). Tropical Lepidoptera, v.4, n.1, p.49-64, 1993.; CÔNSOLI et. al., 1996). Este inseto ataca folhas novas das brotações de plantas de citros, ocasionando danos diretos pela redução da área fotossintética (SCHAFFER et al., 1997SCHAFFER, B.; PEÑA, J.E.; COLLS, A.M.; HUNSBERGER, A. Citrus leafminer (Lepidoptera: Gracillariidae) in lime: assessment of leaf damage and effects on photosynthesis. Crop Protection , v.16, n.4, p.337-343, 1997.) e danos indiretos pelo favorecimento da entrada de bactérias, especialmente, a causadora do cancro cítrico, Xanthomonas citri pv. citri (Hasse) Dowson (HEPPNER, 1993HEPPNER, J.B. Citrus leafminer, Phyllocnistis citrella, in Florida (Lepidoptera: Gracillariidae: Phyllocnistinae). Tropical Lepidoptera, v.4, n.1, p.49-64, 1993.; CHAGAS et al., 2001CHAGAS, M.C.M. DAS.; PARRA, J.R.P.; NAMEKATA, T.; HARTUNG, J.S.; YAMAMOTO, P.T. Phyllocnistis citrella Stainton (Lepidoptera: Gracillariidae) and its relationship with the citrus canker bacterium Xanthomonas axonopodis pv. citri in Brazil. Ecology, Behavior and Bionomics. Neotropical Entomology, v.30, n.1, p.55-59, 2001.).

Phyllocnistis citrella ataca preferencialmente espécies de Citrus (Rutaceae) (HEPPNER, 1993HEPPNER, J.B. Citrus leafminer, Phyllocnistis citrella, in Florida (Lepidoptera: Gracillariidae: Phyllocnistinae). Tropical Lepidoptera, v.4, n.1, p.49-64, 1993.; CÔNSOLI, 2001CÔNSOLI, F.L. Lagarta-minadora-dos-citros, Phyllocnistis citrella (Lepidoptera: Gracillariidae). In: VILELA, E.; ZUCCHI, R.A.; CANTOR, F. (Coords.) Histórico e impacto das pragas introduzidas no Brasil.Ribeirão Preto: Holos, 2001. p.23-30.), ou plantas desta mesma família, como Fortunella spp., Murraya sp., Poncirus sp. e Severinia sp. (WILLINK et al., 1996WILLINK, E.; SALAS, H.; COSTILLA, M.A. El minador de la hoja de los cítricos, Phyllocnistis citrella en el NOA. Avance Agroindustrial, v.16, n.65, p.15-20, 1996.; CÔNSOLI et. al., 1996CÔNSOLI, F.L.; ZUCCHI, R.A.; LOPES, J.R.S. Phyllocnistis citrella Stainton, 1856 (Lepidoptera: Gracillariidae: Phyllocnistinae): a lagarta minadora dos citros.Piracicaba: FEALQ, 1996. 39p.), além de espécies de Leguminoseae, Loranthaceae, Oleaceae, Lauraceae e plantas ornamentais (HEPPNER, 1993HEPPNER, J.B. Citrus leafminer, Phyllocnistis citrella, in Florida (Lepidoptera: Gracillariidae: Phyllocnistinae). Tropical Lepidoptera, v.4, n.1, p.49-64, 1993.; PRATES et al., 1996PRATES, H.S.; NAKANO, O.; GRAVENA, S. A minadora das folhas dos citros “Phyllocnistis citrella”Stainton, 1856. Campinas: CATI, 1996. p.2-8. (Comunicado Técnico, 129).; WILLINK et al., 1996WILLINK, E.; SALAS, H.; COSTILLA, M.A. El minador de la hoja de los cítricos, Phyllocnistis citrella en el NOA. Avance Agroindustrial, v.16, n.65, p.15-20, 1996.). Apesar de ter sido relatada a presença de ovos de P. citrella em plantas de Vitis vinifera L. (Vitaceae), Jasminum sambac (L.) Aiton, Jasminum sp., Dalbergia sissoo Roxb. ex DC. (Leguminoseae), Murraya koenigii (L.) Spreng. (Rutaceae) e Grewia asiatica L. (Tiliaceae), nestas o desenvolvimento larval não foi alcançado (HEPPNER, 1993HEPPNER, J.B. Citrus leafminer, Phyllocnistis citrella, in Florida (Lepidoptera: Gracillariidae: Phyllocnistinae). Tropical Lepidoptera, v.4, n.1, p.49-64, 1993.; CÔNSOLI, 2001CÔNSOLI, F.L. Lagarta-minadora-dos-citros, Phyllocnistis citrella (Lepidoptera: Gracillariidae). In: VILELA, E.; ZUCCHI, R.A.; CANTOR, F. (Coords.) Histórico e impacto das pragas introduzidas no Brasil.Ribeirão Preto: Holos, 2001. p.23-30.). Já em Salix sp. e M. exotica L. o desenvolvimento larval foi incompleto (CÔNSOLI, 2001CÔNSOLI, F.L. Lagarta-minadora-dos-citros, Phyllocnistis citrella (Lepidoptera: Gracillariidae). In: VILELA, E.; ZUCCHI, R.A.; CANTOR, F. (Coords.) Histórico e impacto das pragas introduzidas no Brasil.Ribeirão Preto: Holos, 2001. p.23-30.).

De modo geral, não há informação sobre o desenvolvimento completo de P. citrella em outros hospedeiros que não sejam espécies de Citrus. Portanto, o conhecimento de hospedeiros alternativos, além de esclarecer aspectos da sua sobrevivência fora dos fluxos de brotação de citros, permitirá também o reconhecimento de outras espécies de minadores que podem servir de hospedeiros para parasitóides nativos de P. citrella no Brasil. Este aspecto é de grande valia para a implementação de programas de controle biológico de P. citrella, tanto pelo método da conservação, quanto pela multiplicação de parasitóides.

Este trabalho teve como objetivo verificar a associação de P. citrella com outras plantas hospedeiras, presentes em pomar de citros, a fim de esclarecer aspectos da sua sobrevivência fora dos fluxos de brotação de Citrus spp. e fazer um levantamento de insetos minadores que habitam o pomar.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi desenvolvido no Município de Montenegro (29° 68‘S e 51° 46‘W), localizado no Vale do Rio Caí, RS. A topografia da região é levemente ondulada, com menos de 100 m de altitude, pertencendo à Depressão Central. Os solos são profundos e de textura argilosa (Unidade Bom Retiro). A temperatura média anual é de 19,4° C, apresentando chuvas abundantes (1.537 mm/ano) e bem distribuídas (RODRIGUEZ et al., 1991RODRIGUEZ, O.; VIÉGAS, F.; POMPEU JÚNIOR, J.; AMARO, A.A. (Coords.) Citricultura brasileira. Campinas: Fundação Cargill, 1991. 492p.).

O pomar onde o estudo foi desenvolvido é do tangoreiro Murcott, enxertado sobre Poncirustrifoliata (L.) Raf., com área de 0,6 ha e cerca de 370 plantas, com 12 anos de idade. O espaçamento entre plantas é de 3,5 m e nas entrelinhas é de 5 m.

Quinzenalmente, de maio de 2003 a maio de 2004, foram realizadas amostragens na vegetação que cresce espontaneamente entre as plantas de citros e nas entrelinhas. Para o sorteio dos pontos, as plantas de citros foram numeradas e, através do programa de números aleatórios, BioEstat® (AYRES et al., 2000AYRES, M.; AYRES JÚNIOR, M.; AYRES, D.L.; SANTOS, A.S. DOS BioEstat 2.0: aplicações estatísticas nas áreas das ciências biológicas e médicas. Belém: Sociedade Cívil Mamirauá; Brasília: CNPq, 2000. 272p.), em cada ocasião sortearam-se números que corresponderam aos pontos amostrais. Em cada ponto sorteado recolhia-se uma unidade de amostra na linha e outra na entrelinha. Retiraram-se em cada ocasião 60 unidades de amostra que consistiram de todas as folhas com minas presentes num círculo de 0,28 m2, delimitado por um aro de pvc com 60 cm de diâmetro, adaptação feita do método do quadrilátero, proposto por SOUTHWOOD (1978)SOUTHWOOD, T.R.E. Ecological methods: with particular reference to the study of insect populations. London: Chapman and Hall, 1978. 524p..

Para retirar a planta inteira utilizou-se uma pá de jardineiro, e quando não era possível retirar toda a planta, retiraram-se os ramos com o auxílio de uma tesoura de poda. As plantas e/ou ramos foram colocados individualmente, em sacos plásticos que foram acondicionados em caixa de isopor contendo termogel para o transporte até o laboratório.

No Laboratório de Biologia, Ecologia e Controle Biológico de Insetos, do Departamento de Fitossanidade da Faculdade de Agronomia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), as folhas foram examinadas com o auxílio de microscópio estereoscópio, registrando-se o número de larvas e/ou pupas de minadores. As folhas foram acondicionadas em placas de Petri de 9 cm de diâmetro e 1,5 cm de altura e/ou em caixas gerbox de 11,2 cm de diâmetro e 3,4 cm de altura, que foram mantidas em câmara climatizada (fotofase de 12h, 25° C ± 1° C) até a emergência dos adultos de minadores e/ou de parasitóides. Para que as folhas permanecessem túrgidas por um período maior, colocou-se no pecíolo das mesmas, um chumaço de algodão umedecido, que era molhado diariamente para favorecer o desenvolvimento completo dos insetos.

Os dípteros emergidos foram conservados individualmente em tubos "ependorff", contendo álcool 70%, e enviados à Dra. Graciela Valladares (Centro de Investigaciónes Entomológicas de Córdoba, Argentina), para identificação das espécies.

Foram feitas exsicatas das plantas amostradas, procedendo-se a identificação com o auxílio da bibliografia e por comparação com o acervo de plantas do herbário do Departamento de Botânica da UFRGS.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nas 27 ocasiões de amostragem realizadas durante o estudo, não se constatou a presença de P. citrella nas plantas espontâneas do pomar. Foram, entretanto, registradas 15 espécies de dípteros minadores da família Agromyzidae e 15 espécies de plantas hospedeiras de dípteros minadores, distribuídas em 7 famílias (Tabela 1).

Tabela 1
Famílias, espécies e nomes comuns de plantas de crescimento espontâneo e respectivas famílias e espécies de dípteros minadores amostrados em pomar do tangoreiro Murcott, em Montenegro, RS (maio de 2003 a maio de 2004).

O número de espécies de plantas foi crescente ao longo das amostragens, porém, a partir da 20a ocasião verificou-se uma estabilização (Fig. 1), indicando que possivelmente, o número apresentado realmente reflita o existente na área de estudo. Em relação ao número de famílias de plantas, não se observou mudança entre a 4ª e 19ª ocasião de amostragem, porém, a partir da 20ª ocasião mais uma família foi registrada e, a partir daí até o final das amostragens, este número não se alterou.

Fig. 1
Número cumulativo de (A) espécies e (B) famílias de plantas de crescimento espontâneo obtidas em sucessivas amostragens em pomar do tangoreiro Murcott, em Montenegro, RS (maio de 2003 a maio de 2004).

Em Asteraceae foram constatadas Baccharis anomala DC., 1836, Baccharis punctulata DC., 1836, Bidenspilosa L., 1753, Conyza bonariensis (L.) Cronquist, 1943, Erechtites valerianifolia (Wolf) DC., 1837, Eupatorium inulifolium H.B.K, 1820 e Mikania micrantha H.B.K, 1820. Esta família foi a que apresentou o maior número de espécies de plantas hospedeiras (sete), com 37,9% do total de larvas e pupas de dípteros minadores amostradas.

Registraram-se em B.anomala as moscas minadoras Calycomyza sp. 1 e Liriomyza sp. 1. Nesta espécie vegetal, coletaram-se 144 larvas e 11 pupas de Calycomyza sp. 1, verificando-se a emergência de 41 dípteros e 25 indivíduos parasitóides, distribuídos em 3 famílias. Coletaram-se 3 larvas de Liriomyza sp. 1 em B. anomala e constatou-se a emergência de 2 dípteros e 1 parasitóide. B. anomala foi encontrada no local de estudo o ano inteiro. De acordo com BARROSO & BUENO (2002)BARROSO, G.M. & BUENO, O.L. Compostas: subtribo Baccharidinae. In: REITZ, R. (Ed.). Flora ilustrada catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 2002. p.765-1065., este arbusto conhecido vulgarmente como "cambará-de-cipó", ocorre no Brasil em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É também relatado para a Argentina, Paraguai e Uruguai. Floresce de setembro a maio, frutificando rapidamente após a floração.

Em B. punctulata, duas larvas e uma pupa de Liriomyza sp. 1 foram coletadas. Destas, emergiram 1 díptero e 3 indivíduos de parasitóides. Segundo BARROSO & BUENO (2002)BARROSO, G.M. & BUENO, O.L. Compostas: subtribo Baccharidinae. In: REITZ, R. (Ed.). Flora ilustrada catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 2002. p.765-1065., esta planta tem como nomes comuns "vassoura" e "cambará-cheiroso". É um arbusto que floresce de fevereiro a maio, frutificando rapidamente após a floração. No Brasil é encontrada em todos os estados da Região Sul, além de Minas Gerais e São Paulo e, na América do Sul, no Paraguai, Argentina e Uruguai.

Associadas a B. pilosa, E. valerianifolia e E. inulifolium verificou-se respectivamente Calycomyza sp. 2, Calycomyza sp. 3 e Calycomyza sp. 4. Em B. pilosa coletaram-se apenas 2 larvas de Calycomyza sp. 2 e não se constatou a emergência de dípteros e nem de parasitóides. Já em E. valerianifolia amostraram-se 9 larvas de Calycomyza sp. 3 e também não se registrou a emergência de dípteros, só de 4o indivíduos parasitóides. Em E. inulifolium 8 larvas de Calycomyza sp. 4 foram coletadas e obteve-se 1 díptero.

"Picão", "picão-preto", "picão-campo" e "pico-pico" são alguns dos nomes comuns de B. pilosa, planta herbácea, com até 1,5 m de altura; embora de ocorrência anual, é mais freqüente na primavera e no verão. É nativa da América Tropical, mas mais abundante na América do Sul. No Brasil ocorre com mais freqüência como invasora de culturas anuais e perenes, nas áreas agrícolas das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste (KISSMANN & GROTH, 2000aKISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF Brasileira, Indústrias Químicas, 2000a. v.2, 978p.).

E. valerianifolia é uma planta herbácea, de 30 a 120 cm de altura, conhecida como "capiçoba" e "capiçobavermelha"; ocorre anualmente e, na região Sul do Brasil, o ciclo é de 100 a 120 dias, com florescimento de maio a agosto. É nativa da América Tropical e Subtropical; no Brasil ocorre em todo o território e desenvolve-se em regiões com solo fértil, rico em matéria orgânica (KISSMANN & GROTH, 2000aKISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF Brasileira, Indústrias Químicas, 2000a. v.2, 978p.).

De acordo com CABRERA & KLEIN (1989)CABRERA, A.L. & KLEIN, R.M. Compostas (Eupatoriae). In: REITZ, R. (Ed.). Flora ilustrada catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1989. p.649-750., E. inulifolium é um arbusto que atinge 1 a 2 m de altura, densamente ramoso, conhecido como "eupatório" e "cambará". Floresce desde outubro até maio, com um período menos intenso de novembro a dezembro e outro mais intenso entre março e abril. Ocorre na América Tropical, desde as Antilhas até o centro da Argentina.

Em C. bonariensis registrou-se Liriomyza sp. 2, mas apesar de terem sido coletadas 29 larvas e 1 pupa nesta espécie vegetal, apenas um adulto e 3 parasitóides emergiram. De acordo com KISSMANN & GROTH (2000a)KISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF Brasileira, Indústrias Químicas, 2000a. v.2, 978p., C. bonariensis é uma planta herbácea, anual, nativa da América do Sul, conhecida como "buva" e "voadeira". A germinação ocorre com maior intensidade no final do outono e no inverno, o ciclo termina na primavera ou no verão. É infestante em culturas anuais de inverno e em áreas de plantio direto.

Associados a M. micrantha observaram-se 2 espécies de dípteros, Calycomyza mikaniae Spencer, 1973 e Liriomyza mikaniae Spencer, 1977. Nesta espécie vegetal coletaram-se 5 larvas de C. mikaniae, registrando-se a emergência de 2 dípteros e 2 indivíduos parasitóides. Além dessa espécie, foram coletadas 21 larvas e 3 pupas de L. mikaniae, das quais se obtiveram 3 adultos e seis indivíduos parasitóides. Segundo CABRERA & KLEIN (1989)CABRERA, A.L. & KLEIN, R.M. Compostas (Eupatoriae). In: REITZ, R. (Ed.). Flora ilustrada catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1989. p.649-750., M. micrantha é uma erva perene, volúvel, conhecida como "guaco", "micania", "bejuco" e "charrua". Floresce e frutifica esporadicamente, durante todo o ano, preferencialmente no outono (março a maio) e se desenvolve bem em ambientes ensolarados, terrenos recém-abandonados, capoeirões e orla de matas. Ocorre desde o México até a Argentina, tendo sido introduzida da Ásia (Indonésia e Ilhas do Pacífico) (CABRERA et al., 1996CABRERA, A.L.; HOLMES, W.C.; MCDANIEL, S. Compositae III: Asteroideae, Eupatoriae. Flora Del Paraguay, v.25, p.208-273, 1996.).

Em Malvaceae, duas espécies de plantas, Sida urens L., 1759 e Sida rhombifolia L., 1753 foram registradas. Associadas a S. urens constatou-se Calycomyza malvae (Burgess, 1880); coletaram-se nesta planta, 118 larvas e 6 pupas, obtendo-se 17 dípteros e 25 indivíduos parasitóides. Já em S. rhombifolia amostraram-se apenas duas larvas e não se observaram adultos ou parasitóides, porém, pelo formato da mina provavelmente o minador trata-se de Calycomyza sidae Spencer, 1973. De acordo com VALLADARES (informação verbal), C. malvae faz minas lineares e amarelas, já C. sidae faz minas finas que se transformam em uma câmara pequena "bloth".

S. urens é uma planta anual ou bienal, geralmente prostrada, atingindo até 80 cm de altura, conhecida vulgarmente como "guanxuma" e "vassourinha". No Brasil pode ser encontrada na maior parte do território, tolera solos arenosos e ácidos, mas seu desenvolvimento é maior em solos bem estruturados, férteis e com pH corrigido; é infestante em pastagens e culturas, com limitada significação (KISSMANN & GROTH, 2000b).

S. rhombifolia é uma planta perene, ereta com até 60 cm de altura, porém, em condições ideais, pode se tornar semi-arbustiva atingindo até 1,5 m de altura. É comumente chamada de "guanxuma", "guaxuma", "guaxima", "guanxuma-preta", "malva-preta" e "vassourinha". É nativa do continente americano e no Brasil ocorre em todas as regiões, infestante em pastagens, áreas abandonadas e diversas culturas (KISSMANN & GROTH, 2000bKISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF Brasileira, Indústrias Químicas, 2000b. v.3, 726p.).

Em Convolvulaceae também foram registradas duas espécies de plantas hospedeiras de Calycomyza ipomoea (Frost, 1931), Ipomoea cairica (L.) Sweet, 1827 e Ipomoea purpurea (L.) Roth., 1787. Em I. cairica amostraram-se 110 larvas e 3 pupas, de onde se obtiveram 17 dípteros e 30 parasitóides. Já em I. purpurea coletou-se apenas 1 larva e não se verificou a emergência de adulto ou parasitóide.

I. cairica é uma herbácea volúvel, perene, conhecida por "corda-de-viola", "campainha", "corriola", "jetirana" e "enrola-semana". É nativa da África Tropical e no Brasil está amplamente distribuída. O florescimento é indeterminado e contínuo. É infestante, especialmente em culturas perenes (KISSMANN & GROTH, 2000aKISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF Brasileira, Indústrias Químicas, 2000a. v.2, 978p.).

Segundo descrição de KISSMANN & GROTH (2000a)KISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF Brasileira, Indústrias Químicas, 2000a. v.2, 978p., I. purpurea é uma planta herbácea, conhecida popularmente como "campainha", "corriola", "corda-deviola" e "jetirana". Sua ocorrência é anual e prefere solos trabalhados, férteis e com boa umidade. É originária da América Tropical e Subtropical, porém, está amplamente distribuída pelo mundo. No Brasil se encontra em todos os estados e é muito utilizada como ornamental, mas pode ser infestante em culturas anuais.

Em cada uma das seguintes famílias registrou-se apenas 1 espécie de planta hospedeira de díptero minador: Commelinaceae (Commelina diffusa Burm.f., 1758); Lamiaceae (Hyptis mutabilis (Rich.) Briq.); Amaranthaceae (Iresine diffusa Humb. & Bonpl. ex Willd, 1806) e Poaceae (Brachiaria decumbens Stapf).

C. diffusa foi a principal hospedeira das larvas e pupas de Liriomyza commelinae Frost, 1931, com 81 larvas e 43 pupas amostradas, das quais, obtiveramse 50 dípteros e 31 parasitóides. C. diffusa é uma planta herbácea, anual em regiões temperadas e perene em tropicais, conhecida como "trapoeraba", "rabo-de-cachorro", "andaca" e "maria-mole".

Em H. mutabilis foram constatadas 13 larvas e 3 pupas de Calycomyza sp. 5, das quais emergiram 3 dípteros e 2 indivíduos parasitóides. KISSMANN& GROTH (2000b)KISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF Brasileira, Indústrias Químicas, 2000b. v.3, 726p. comentam que H. mutabilis, conhecida como "sambacaitá" e "bamburral", é uma planta subarbustiva, anual, nativa do continente americano, ocorre em todas as regiões do Brasil, sendo a espécie mais freqüente da região Sul, encontrada na beira de matas e em terrenos abandonados.

Em I. diffusa foram coletadas 7 larvas de Liriomyza sp. 3 e emergiram 2 dípteros. Segundo SMITH & DOWNS (1972)SMITH, L.B. & DOWNS, R.J. Amarantáceas. In: REITZ, R. (Ed.). Flora ilustrada catarinense. Itajaí: Herbário Barbosa Rodrigues, 1972. p.1-110., I. diffusa é conhecida popularmente como "bredinho-difuso", tem ocorrência anual e floresce o ano inteiro. É nativa da América Tropical e pode ser encontrada em terrenos abandonados, capoeiras, beira de estradas, orla de matas, beira de rios, matas semidevastadas e muito abertas.

Foram amostradas em B. decumbens três larvas de Agromyza sp.; não se verificou a emergência de moscas, porém, registraram-se dois indivíduos parasitóides. De acordo com KISSMANN & GROTH (2000c)KISSMANN, K.G.; GROTH, D. Plantas infestantes e nocivas. 2.ed. São Paulo: BASF Brasileira, Indústrias Químicas, 2000c. v.1, 825p., B. decumbens é uma planta perene, nativa do continente africano, chamada comumente de "capimbraquiária", é uma excelente forrageira, boa para proteger o solo contra os efeitos da erosão.

No Brasil, várias espécies de agromizídeos são relatadas como pragas de importância agrícola, principalmente as incluídas no gênero Liriomyza. L. huidobrensis Blanchard, 1926 é referida como importante praga da cultura da batata, em São Paulo (CRUZ et al., 1988CRUZ, C. DE A. DA.; NAKANO, O.; BERTI FILHO, E. Ocorrência de Agrostocynips clavatus Díaz, 1976 (Hym. Eucoilinae) e Opius sp. (Hym. Braconidae), em pupário deLiriomyza huidobrensis Blanchard, 1926 (Dip. Agromyzidae). In: SIMPÓSIO NACIONAL DE CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS E VETORES 1.; REUNIÃO NACIONAL SOBRE A UTILIDADE DE MICROORGANISMOS ENTOMOPATOGÊNICOS 1., 1988, Rio de Janeiro, RJ. Resumos. Rio de Janeiro: 1988. p.45.) e em Minas Gerais (PEREIRA et al., 2002PEREIRA, D.I. DA P.; SOUZA, J.C. DE; SANTA-CECÍLIA, L.V.C.; REIS, P.R.; SOUZA, M. DE A. Parasitismo de larvas da moscaminadora Liriomyza huidobrensis Blanchard (Diptera: Agromyzidae) pelo parasitóide Opius sp. (Hymenoptera: Braconidae) na cultura da batata com faixas de feijoeiro intercaladas. Ciência Agrotécnica, v.26, n.5, p.955-963, 2002.). Em São Paulo, Liriomyza spp. é referida como uma das principais pragas em cultivos de cebola, beterraba e batata (DIAS et al., 1997DIAS, A.M.P.; PINTO, R.A.; PAIVA, P.E.B.; GRAVENA, S. Ocorrência de parasitóides em Liriomyza spp. (Diptera: Agromyzidae) e Plutella xylostella (Lepidoptera: Plutellidae) na região de Piedade, SP. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 16.; ENCONTRO NACIONAL DOS FITOSSANOTARISTAS, 7., 1997, Salvador, BA. Resumos. Salvador: 1997. p.105. FAO. Production yearbook. Rome: Fao, 2004.) e L. trifolii (BURGESS, 1880) em tomateiro (COSTA et al., 2002COSTA, V.A.; RAGA, A.; SATO, M.E.; SOUZA FILHO, M.F.; SILOTO, R.C. Diversidade de parasitóides de Liriomyza trifolii Burgess em tomateiro na região central do estado de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ENTOMOLOGIA, 19., 2002, Manaus, AM. Resumos. Manaus: 2002. p.72.).

Neste estudo, registrou-se uma grande diversidade de espécies de dípteros minadores em plantas de crescimento espontâneo. Na bibliografia, estas espécies não são relatadas como pragas em plantas de importância agrícola, pois são minadores que apresentaram grande especificidade às plantas hospedeiras, fato que corrobora com observações de SPENCER (1996)SPENCER, K.A. Family Agromyzidae.Australasian/Oceanian Diptera Catalog Web Version, 1996. Disponível em:<http://www.hbs.bishopmuseum.org/aocat/agromyzidae.html>. Acesso em: 2 fev. 2005.
http://www.hbs.bishopmuseum.org/aocat/ag...
. Apesar dos dípteros registrados não apresentarem importância agrícola, estudos com este grupo são importantes para a contribuição do conhecimento da ecologia de populações de insetos minadores.

CONCLUSÕES

Não foi registrada a presença de P. citrella nas plantas de crescimento espontâneo presentes no pomar, sugerindo uma preferência deste minador por Citrus spp.

A importância das asteráceas como hospedeiras para os dípteros minadores ficou evidenciada, pois 7 das 15 espécies de plantas amostradas eram desta família.

AGRADECIMENTOS

Ao CNPq, pela bolsa concedida ao primeiro e terceiro autores; ao Biól. Luís Laux, por ter concedido a área de realização do estudo; ao Dr. Thomas Michael Lewinsohn (UNICAMP), pelo encaminhamento dos dípteros para identificação; a Dra. Graciela Valladares (Centro de Investigaciónes Entomológicas de Córdoba, Argentina), pela identificação dos dípteros minadores; aos professores M.Sc. Valdely Ferreira Knuppi, Dra. Lílian Auler Mentz e Dra. Ilsi Iob Boldrini (Instituto de Biociências, Departamento de Botânica, UFRGS) e ao Dr. Nelson Ivo Matzenbacher (Faculdade de Biociências, Departamento de Biologia-PUC/ RS), pela confirmação das espécies de plantas.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Jan 2022
  • Data do Fascículo
    Apr-Jun 2006

Histórico

  • Recebido
    10 Mar 2006
  • Aceito
    20 Jun 2006
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