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A sexualidade nas adolescentes com epilepsia

Sexuality in adolescents with epilepsy

Resumos

OBJETIVO: Mulheres com epilepsia apresentam com maior freqüência alterações relacionadas à sexualidade. O conhecimento adquirido com as adultas tem sido usado para as adolescentes, pressupondo-se que elas também sofram influência semelhante. Este estudo teve como objetivo avaliar aspectos relacionados à sexualidade nas adolescentes com epilepsia. MÉTODOS: Foram estudadas 35 pacientes do sexo feminino, com epilepsia, com idades entre 10 a 20 anos. Os critérios de exclusão foram: pacientes que ainda não apresentaram a menarca, com doença crônica associada, ou deficiência mental moderada a grave. As informações sobre a função sexual das adolescentes foram avaliadas através de um questionário padrão. RESULTADOS: Não foi observada diferença entre a idade da primeira relação sexual, atividade sexual, libido e orgasmo entre as adolescentes com epilepsia e o grupo controle. Observaram-se índices de gravidez superiores entre as adolescentes com epilepsia. CONCLUSÃO: Adolescentes com epilepsia têm vida sexualmente ativa, não apresentando as mesmas disfunções que a mulher adulta. Nesta série, nós observamos freqüência elevada de gestação, sugerindo a falta de aconselhamento adequado. Os aspectos relacionados à sexualidade requerem atenção especial por parte dos profissionais de saúde que atendem adolescentes com epilepsia.

adolescentes; epilepsia; doenças crônicas; sexualidade


OBJECTIVES: Women with epilepsy have higher rates of sexual dysfunction. However, knowledge acquired with adult populations has been extrapolated to teenagers, by surmising that these patients are submitted to similar factors. This study aims to evaluate aspects related to sexuality in female adolescents with epilepsy. METHODS: We studied 35 female adolescents, with epilepsy, ages from 10 to 20 years. The criteria of exclusion were: patients that had not yet presented a first period, patients with previous endocrine or clinical chronic disorders, and patients with moderate to severe mental deficiency. Information on sexual behavior of adolescents with epilepsy was evaluated by use of a standard questionnaire. RESULTS: No differences were observed between age at first sexual intercourse, sexual activity, libido and orgasm of adolescents with epilepsy when compared to controls. Higher rates of pregnancy occurred in adolescents with epilepsy when compared to controls. CONCLUSION: Adolescents with epilepsy have an active sexual life, without the dysfunctions presented by adults. In this series, we observed high rates of pregnancy suggesting lack of proper counseling. Therefore, aspects related to sexuality require special attention by health professionals when attending to adolescents with epilepsy.

adolescents; epilepsy; chronic disorders; sexuality


ORIGINAL ARTICLES

A sexualidade nas adolescentes com epilepsia

Sexuality in adolescents with epilepsy

Sílvia de VincentiisI; Marília Vieira FebrônioII; Clóvis Artur Almeida da SilvaIII; Maria Ignez SaitoIV; Albertina Duarte TakiutiV; Kette Dualibi Ramos ValenteI

ILaboratório de Neurofisiologia Clínica – Instituto e Departamento de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo

IIDivisão de Reumatologia – Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo

IIIUnidade de Reumatologia Infantil do Departamento de Pediatria – Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo

IVUnidade de Adolescentes do Departamento de Pediatria – Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo

VDivisão de Ginecologia – Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Sílvia de Vincentiis Rua Nossa Senhora das Dores, 215 CEP 03367-040, São Paulo, SP, Brasil E-mail: silviavincentiis@uol.com.br

RESUMO

OBJETIVO: Mulheres com epilepsia apresentam com maior freqüência alterações relacionadas à sexualidade. O conhecimento adquirido com as adultas tem sido usado para as adolescentes, pressupondo-se que elas também sofram influência semelhante. Este estudo teve como objetivo avaliar aspectos relacionados à sexualidade nas adolescentes com epilepsia.

MÉTODOS: Foram estudadas 35 pacientes do sexo feminino, com epilepsia, com idades entre 10 a 20 anos. Os critérios de exclusão foram: pacientes que ainda não apresentaram a menarca, com doença crônica associada, ou deficiência mental moderada a grave. As informações sobre a função sexual das adolescentes foram avaliadas através de um questionário padrão.

RESULTADOS: Não foi observada diferença entre a idade da primeira relação sexual, atividade sexual, libido e orgasmo entre as adolescentes com epilepsia e o grupo controle. Observaram-se índices de gravidez superiores entre as adolescentes com epilepsia.

CONCLUSÃO: Adolescentes com epilepsia têm vida sexualmente ativa, não apresentando as mesmas disfunções que a mulher adulta. Nesta série, nós observamos freqüência elevada de gestação, sugerindo a falta de aconselhamento adequado. Os aspectos relacionados à sexualidade requerem atenção especial por parte dos profissionais de saúde que atendem adolescentes com epilepsia.

Unitermos: adolescentes, epilepsia, doenças crônicas, sexualidade.

ABSTRACT

OBJECTIVES: Women with epilepsy have higher rates of sexual dysfunction. However, knowledge acquired with adult populations has been extrapolated to teenagers, by surmising that these patients are submitted to similar factors. This study aims to evaluate aspects related to sexuality in female adolescents with epilepsy.

METHODS: We studied 35 female adolescents, with epilepsy, ages from 10 to 20 years. The criteria of exclusion were: patients that had not yet presented a first period, patients with previous endocrine or clinical chronic disorders, and patients with moderate to severe mental deficiency. Information on sexual behavior of adolescents with epilepsy was evaluated by use of a standard questionnaire.

RESULTS: No differences were observed between age at first sexual intercourse, sexual activity, libido and orgasm of adolescents with epilepsy when compared to controls. Higher rates of pregnancy occurred in adolescents with epilepsy when compared to controls.

CONCLUSION: Adolescents with epilepsy have an active sexual life, without the dysfunctions presented by adults. In this series, we observed high rates of pregnancy suggesting lack of proper counseling. Therefore, aspects related to sexuality require special attention by health professionals when attending to adolescents with epilepsy.

Key words: adolescents, epilepsy, chronic disorders, sexuality.

INTRODUÇÃO

Mulheres com epilepsia apresentam disfunção sexual com maior freqüência do que indivíduos normais. Estima-se que disfunções do desejo e excitação sexual afetem cerca de 30 a 60% das mulheres com epilepsia,9 podendo ser determinadas por múltiplos fatores,4,7,12

Apesar de a adolescência representar um período único, nota-se a falta de estudos sobre adolescentes com doenças crônicas, em especial adolescentes com epilepsia que abordem, de forma direta, os diferentes aspectos próprios desta fase, como a função reprodutora e a sexualidade. Na adolescente com epilepsia, o conhecimento da sexualidade é, na sua maior parte, extrapolado do conhecimento dos efeitos da epilepsia na mulher, descritos na fase adulta,17 Portanto, concebe-se que a adolescente apresente uma diminuição da libido comparada a adolescentes da mesma idade, como observada na mulher com epilepsia.8,10,11,18

Contradizendo esta premissa, alguns estudos populacionais mostraram que os adolescentes com doenças crônicas têm vida sexual ativa, não havendo diferença na idade da primeira relação sexual, na freqüência da atividade sexual, uso de contracepção e história de gravidez.2,3,14,16

Este estudo teve como objetivo avaliar aspectos relacionados à sexualidade em um grupo específico de adolescentes do sexo feminino com doença crônica – as adolescentes com epilepsia.

CASUÍSTICA E MÉTODOS

1 Caracterização da população a ser estudada

Pacientes: As pacientes foram recrutadas do Ambulatório de Epilepsia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O consentimento informado e esclarecido foi obtido de todas as pacientes e/ou responsáveis para a participação no estudo.

Para este estudo, os critérios de inclusão foram: (i) pacientes do sexo feminino; (ii) adolescentes com idades entre 10 a 20 anos; (iii) pacientes com epilepsia ativa, ou seja, pacientes que apresentaram crises epilépticas nos últimos cinco anos ou em uso de drogas antiepilépticas (DAE); (iv) pacientes com o diagnóstico de epilepsia, classificadas segundo os Critérios da Liga Internacional Contra Epilepsia (ILAE 1989);5 (v) presença de menarca.

Os critérios de exclusão foram: (i) pacientes com história pregressa de epilepsia, mas que estavam sem crises epilépticas há mais de cinco anos e que não estivessem em uso de DAE; (ii) história pregressa de cirurgia ginecológica ou distúrbio endocrinológico; (iii) pacientes com deficiência mental moderada a grave, que impossibilitassem o seguimento do protocolo a ser instituído; (iv) presença de outra doença crônica maior associada, incluindo transtornos psiquiátricos.

Controles: O grupo controle foi composto por 35 adolescentes sem doença crônica, idade-pareado, provenientes do ambulatório de Ginecologia da Adolescente do Hospital das Clínicas da FMUSP.

2 Caracterização dos critérios metodológicos

2.1 Protocolo para diagnóstico e classificação da síndrome epiléptica

Todas as pacientes incluídas neste estudo foram avaliadas e classificadas segundo os critérios da ILAE (1989).5

2.2 Metodologia para a avaliação da função sexual e aconselhamento

A metodologia para a avaliação da função sexual foi desenvolvida em colaboração com o Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da FMUSP, já tendo sido anteriormente realizada nas adolescentes normais e adolescentes com lúpus eritematoso sistêmico.14

O comportamento sexual das adolescentes foi avaliado através de questionário pré-estruturado. Este questionário consistiu de informações obtidas através de entrevista direta e outra parte, referente ao comportamento sexual, através de auto-preenchimento (Apêndice Apêndice ). As informações contidas neste formulário e referentes ao comportamento sexual foram confidenciais para a proteção da adolescente.

3 Metodologia para a análise estatística

Para este estudo, duas análises distintas foram realizadas:

3.1 Comparação do comportamento sexual entre pacientes e controles

Os dados contínuos foram descritos através dos valores mínimo e máximo, mediana, média e desvio padrão e os dados categorizados, através de freqüências absolutas e relativas. As comparações dos grupos epilepsia e controle quanto às variáveis contínuas foram feitas adotando-se o teste t de Student para amostras independentes ou o teste de Mann-Whitney, caso a suposição de distribuição normal fosse violada. Tal suposição foi verificada por meio do gráfico de probabilidade Normal e dos testes Shapiro-Wilks e Kolmogorov-Smirnov.

As comparações dos grupos quanto às variáveis categorizadas foram feitas pelos testes qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher.

3.2 Comparação com as variáveis clínicas da epilepsia no grupo de pacientes

Para esta análise foi utilizada a análise de variância (ANOVA), com o programa SPSS para Windows versão 11,0.

RESULTADOS

1 Caracterização do grupo estudado

A média de idade das 35 pacientes avaliadas foi de 16,1 anos (12 a 20 anos; DP = 2,28), com escolaridade de 8,8 anos (DP = 1,99). Quanto à classificação socioeconômica, 45,7% pertenciam às classes B e C e 54,3% às classes D e E.1

O início da epilepsia ocorreu durante a adolescência em 25 (71,4%) pacientes (média de 3,1 anos de duração da doença, DP = 2,15). Em dez pacientes (28,6%), a epilepsia se iniciou durante a infância (média de duração de 11 anos, DP = 4,96). Quanto à síndrome epiléptica, cinco (14,3%) tinham epilepsia parcial sintomática, vinte e três (65,7%) epilepsia parcial criptogênica e sete (20%) apresentavam epilepsia generalizada idiopática. Vinte e seis pacientes (74,2%) estavam em monoterapia, duas (5,7%) com um benzodiazepínico associado à primeira droga, seis pacientes (17,1%) sob politerapia com duas DAE e uma (3,0%) em politerapia com três DAE.

Quanto à freqüência de crises epilépticas, vinte e três pacientes (65,7 %) apresentavam controle satisfatório (crises anuais ou semestrais) e 12 pacientes (34,3%) tinham crises freqüentes (mensais, semanais ou diárias).

2 Caracterização do comportamento sexual

2.1 Análise descritiva

Das 35 pacientes avaliadas, 18 adolescentes (51,4%) relataram a primeira relação sexual, e 15 (42,8%) delas eram sexualmente ativas no momento da entrevista. A idade da primeira relação sexual variou de 11 a 17 anos (média de 14,6 anos; DP = 1,37). Das 18 pacientes que tiveram a primeira relação sexual, cinco não responderam ao questionamento sobre libido e orgasmo. Onze das 13 pacientes que responderam ao questionário (84,6%) afirmaram ter libido presente, e todas referiram orgasmo em pelo menos algumas relações sexuais.

Das pacientes sexualmente ativas (n = 15) no momento da entrevista, oito (53,3%) tiveram um parceiro no último ano, uma paciente (6,6%) referiu dois parceiros, uma (6,6%) referiu quatro parceiros, e cinco pacientes não responderam ao questionamento. Sete em quinze pacientes (46,6%) mantinham uma freqüência de relações sexuais de pelo menos uma vez por semana, uma (6,6%) quinzenalmente, e duas (13,3%) esporadicamente.

Doze (66,6%) das 18 pacientes que já relataram a primeira relação sexual já haviam engravidado, e destas, quatro (33,3%) pacientes tinham engravidado mais de uma vez (três duas vezes e uma três vezes).

2.2 Análise estatística

Foi observada diferença estatisticamente significante quanto à classe social das pacientes, com uma maior proporção de adolescentes pertencentes às classes D e E no grupo de pacientes com epilepsia, em relação às controles (p = 0.06).

Não foi observada diferença estatisticamente significante entre as adolescentes com epilepsia e o grupo controle quanto à escolaridade (p = 0,15), idade da primeira relação sexual (p = 0,54), atividade sexual no momento da entrevista (p = 0,23), freqüência de relações sexuais no último mês (p = 0,86), número de parceiros no último ano (p = 0,20), libido (p = 1,00), orgasmo (p = 0,23), uso de contraceptivos (p = 0,24) e masturbação (p = 0,51).

Foi observada diferença estatisticamente significante quanto à presença de gravidez, com maiores índices entre as adolescentes com epilepsia (p < 0,0001).

Não houve correlação estatisticamente significante entre as variáveis do comportamento sexual e as variáveis clínicas da epilepsia.

CONCLUSÃO

A despeito do número crescente de adolescentes e adultos jovens com doenças crônicas, há poucos estudos na literatura médica que avaliem a função sexual desses pacientes, sobretudo quando se trata de epilepsia. Mulheres com epilepsia apresentam maiores índices de infertilidade, com maior número de ciclos anovulatórios e diminuição da libido.8,10,11,18 No entanto, o conhecimento adquirido com as adultas tem sido extrapolado para as adolescentes, pressupondo-se que elas também sofram influência semelhante.

Historicamente, adolescentes com doenças crônicas têm sido consideradas infantilizadas e inocentes, sem atividade sexual. Este conceito é extremamente controverso. Alguns estudos populacionais mostraram que os adolescentes com doenças crônicas têm vida sexual ativa.2,3,16 Sabe-se, entretanto, que doenças diferentes têm impacto distinto sobre diferentes órgãos e sistemas e ao agrupar pacientes com doenças distintas sob a denominação de doenças crônicas, informações mais específicas podem ser perdidas. Os estudos em adolescentes com lúpus eritematoso sistêmico, de Silva et al.,13,15 ilustram este fato. Meninas com lúpus eritematoso sistêmico têm função gonadal preservada15 enquanto meninos com lúpus eritematoso sistêmico apresentam altas taxas de infertilidade.13 Nosso estudo demonstrou que adolescentes com epilepsia representam um grupo especial, pois a despeito de sua doença, têm vida sexualmente ativa, sendo que 51,4% das adolescentes referiram sua primeira relação sexual, e 37,1% era sexualmente ativa no momento da entrevista. A freqüência da atividade sexual assim como a idade da primeira relação não diferiu de adolescentes sem doença crônica e não teve relação com variáveis clínicas relevantes da epilepsia como gravidade determinada pela freqüência de crises, tipo de epilepsia e uso de mono ou politerapia.

Portanto, no que diz respeito à sexualidade e seu exercício, embora na mulher com epilepsia haja diminuição de libido e satisfação sexual,8,10,11,18 os dados encontrados nesse estudo sugerem que as adolescentes, a despeito da síndrome epiléptica, da freqüência de crises ou da terapêutica instituída, tenham a libido e a satisfação sexual preservadas.

Como demonstrado em nosso estudo, a adolescente com epilepsia está exposta à mesma série de comportamentos que são inerentes a esta fase da vida, e que caracterizam, em sua maior parte, a transição da infância para a vida adulta.6 Assim sendo, sofrem muitas conseqüências do exercício não orientado da sua sexualidade, como a exposição a doenças sexualmente transmissíveis e a gestações não planejadas que podem levar a piora das crises epilépticas durante a gestação e risco de malformação fetal. Portanto, os aspectos relacionados à sexualidade requerem atenção especial por parte dos profissionais de saúde que atendem adolescentes com epilepsia, alertando para a necessidade de um melhor aconselhamento.

Received May 28, 2007; accepted June 22, 2007.

Este projeto contou com o apoio financeiro da FAPESP – Processo 05/03527-3.

Instituto e Departamento de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

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Apêndice

  • Endereço para correspondência:

    Sílvia de Vincentiis
    Rua Nossa Senhora das Dores, 215
    CEP 03367-040, São Paulo, SP, Brasil
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Dez 2007
    • Data do Fascículo
      Set 2007

    Histórico

    • Recebido
      28 Maio 2007
    • Aceito
      22 Jun 2007
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