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Potencial fungitóxico de extratos vegetais sobre Curvularia eragrostidis (P. Henn.) Meyer in vitro

Fungitoxic potential of plant extracts on in vitro Curvularia eragrostidis (P. Henn.) Meyer.

RESUMO:

O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade fungitóxica dos extratos vegetais de alho, citronela, gengibre e nim no controle in vitro de Curvularia eragrostidis. Os extratos foram testados nas concentrações de 5, 15, 25, 35, e 45%, através da deposição de disco de colônia fúngica em placas de Petri contendo meio BDA, acrescido dos extratos e da testemunha. As placas de Petri foram incubadas a 25 ± 2ºC. Avaliou-se o diâmetro das colônias, a cada 24 horas, em dois sentidos opostos, utilizando régua milimetrada. Determinou-se a contagem de esporos do fungo em hemacitômetro após a incubação. Para a germinação de esporos adicionou-se ao meio BDA 0,1 mL de suspensão de 1,3 x 105conídios/mL- 1 do fungo, acrescido de 0,1 mL de solução dos extratos espalhadas sobre o meio BDA. As placas de Petri foram divididas em quatro quadrantes e incubadas no regime de luz "claro contínuo" e "escuro contínuo". A avaliação foi realizada após 48 horas de incubação através da percentagem de germinação dos conídios nos tratamentos e na testemunha. De acordo com os resultados, concentrações de 5% dos extratos de gengibre e de nim foram eficientes na percentagem de inibição do crescimento micelial e esporulação de C. eragrostidis. A utilização de todos os extratos a partir da concentração de 25% apresentaram os maiores efeitos fitotóxicos nas análises in vitro, reduzindo o crescimento micelial, a esporulação, e germinação do fungo.

Plantas medicinais; fungitoxidade; fitopatógeno; controle alternativo

ABSTRACT:

The objective of this study was to evaluate the fungitoxic activity of plant extracts from garlic, citronella, ginger and neem on the in vitro control of Curvularia eragrostidis. We used the following treatments: extracts of garlic, citronella, ginger and neem (5, 15, 25, 35, 45%) through the deposition of a fungal colony disk obtained from Petri dishes containing PDA medium supplemented with treatments. For control, only water was added. The Petri dishes were incubated at 25 ± 2ºC for seven days. The colony diameter was evaluated in two opposite directions every 24 hours using a millimeter ruler. At the end of the incubation period, the number of spores was counted using a hemocytometer. Spore germination was evaluated by adding to the PDA medium 0.1 mL collected from a suspension of 1.3 x 105 conidia/mL-1 plus 0.1 mL of a solution of each extract spread on the PDA medium. The Petri dishes were divided into four and incubated in either continuous light or continuous dark. The evaluation was performed 48 hours after incubation by determining the germination rate of conidia in comparison to the control. Concentration of 5% of ginger and neen extracts were efficient on the percentage of inhibition of mycelial growth and sporulation of C. eragrostidis. All extracts from the concentration of 25% showed the highest phytotoxic effects in in vitro assays, reducing mycelial growth, sporulation and germination of the fungus.

Medicinal plants; fungitoxic; pathogen; alternative control

INTRODUÇÃO

O aumento do uso de agrotóxicos na produção de alimentos, o alto custo no controle químico, o aumento da resistência dos fitopatógenos, o impacto sobre o ambiente causado pelos produtos químicos e a procura por alimentos sem resíduos de agrotóxicos tem levado o homem à necessidade de se obter alternativas de controle de doenças de plantas (Guini & Kimati, 2000GUINI, R.; KIMATI, H. Resistência de fungos a fungicidas. Jaguariúna: Embrapa Meio Ambiente, 2000. 78p.). Dentre essas tecnologias alternativas, o uso de subprodutos de plantas medicinais pode ser alternativa viável, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista ambiental (Zanella et al., 2002ZANELLA, A.L. et al. Atividade fungitóxica do extrato bruto das plantas medicinais Artemisia absinthium e Chympogogon nardus. In: ENCONTRO ANUAL DE INICIAçãO CIENTíFICA, 11., 2002, Maringá. Anais... Maringá: Universidade Estadual de Maringá/Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, 2002. p.1-2.; Rodrigues et al., 2006RODRIGUES, E. et al. Avaliação da atividade antifúngica de extratos de gengibre e eucalipto in vitro e em fibras de bananeira infectadas com Helminthosporium sp. Acta Scientiarum Agronomy, v.28, n.1, p.123-7, 2006.).

A utilização de produtos com atividade antimicrobiana, a partir de plantas, é intensiva devido à crescente resistência dos microrganismos patogênicos frente aos produtos sintéticos. Além disso, o uso destes pesticidas a longo prazo podem causar impactos negativos para a sociedade e para o meio ambiente, devido à poluição causada pelos resíduos químicos. Frente a esse problema, estratégias visando o emprego de novas tecnologias na agricultura moderna, têm sido desenvolvidas por meio do uso de extratos vegetais ou óleos essenciais provenientes de plantas, para o controle de doenças e pragas, que visem causar menos danos ao ambiente e a saúde humana (Amaral & Bara, 2005AMARAL, M.F.Z.J.; BARA, M.T.F. Avaliação da atividade antifúngica de extratos de plantas sobre o crescimento de fitopatógenos. Revista Eletrônica de Farmácia, v.2, n.2, p.5-8, 2005.).

As plantas medicinais contêm princípios ativos que são responsáveis pelas ações terapêuticas, desencadeando diversas reações nos vegetais, animais e nos seres humanos (Peglow & Velloso, 2002PEGLOW, K.; VELOSO, C. Por que e como utilizar plantas medicinais. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, v.3, n.3, p.67-8, 2002.). Muitos extratos de plantas medicinais têm sido testados no controle de doenças em plantas com efeito significativo sobre fitopatógenos (Ribeiro & Bedendo, 1999RIBEIRO, L.F.; BEDENDO, I.P. Efeito inibitório de extratos vegetais sobre Colletotrichum gloeosporioides - agente causal da podridão de frutos de mamoeiro. Scientia Agrícola, v.56, n.4, p.1267-1, 1999.; Rodrigues et al., 2006RODRIGUES, E. et al. Avaliação da atividade antifúngica de extratos de gengibre e eucalipto in vitro e em fibras de bananeira infectadas com Helminthosporium sp. Acta Scientiarum Agronomy, v.28, n.1, p.123-7, 2006.; Rodrigues et al., 2007RODRIGUES, E. et al. Fungitoxidade, atividade elicitora de fitoalexinas e proteção de alface em sistema de cultivo orgânico contra Sclerotinia sclerotiorum pelo extrato de gengibre. Summa Phytopathologica, Botucatu, v.33, n.2, p.124-8, 2007.; Silva et al., 2007SILVA, E.K.C. et al. Efeito de resíduos orgânicos na supressão de Fusarium oxysporum f. sp. vasinfectum em quiabeiro. Revista Brasileira de Agroecologia, v.2, n.1, p.1255-8, 2007.).

Trabalhos vêm sendo realizados no controle in vitro de C. eragrostidis, fungo responsável pela queima das folhas do inhame com resultados promissores (Andrade et al., 1994ANDRADE, D.E.G.T. et al. Controle da queima das folhas do inhame com produtos à base de Bacillus subitilis. Summa Phytopathologica, v.21, p.202-5, 1994.; Michereff et al., 1994MICHEREFF, S.J. et al. Epiphytic bacteria antagonistic to Curvularia leaf spot of yam. Microbial Ecology, v.28, p.101-10, 1994.; Michereff Filho et al., 1994MICHEREFF FILHO, M. et al. Biocontrole da queima das folhas do inhame através de Pseudomonas spp.fluorescentes. Summa Phytopathologica, v.20, p.184-9, 1994.; Carvalho et al., 2002CARVALHO, R.A. et al. Extratos de plantas medicinais como estratégia para o controle de doenças fúngicas do inhame (Dioscorea sp.) no Nordeste. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE AS CULTURAS DO INHAME E DO TARO, 2., 2002, João Pessoa. Anais... João Pessoa: EMEPA, 2002. p. 99 - 112.; Soares et al., 2006SOARES, A.C.F. et al. Soil streptomycetes with in vitro activity against the yam pathogens Curvularia eragrostidis and Colletotrichum gloeosporioides. Brazilian Journal of Microbiology, v.37, p.456-1, 2006.; Soares et al., 2008SOARES, A.C.F. et al. Eficiência do acibenzolar-S-methyl na proteção de plantas de inhame à Curvularia eragrostidis. Caatinga, v.21, n.1, p.147-1, 2008.), porém, relatos com extratos vegetais são pouco difundidos ou inexistentes, o que justifica a realização desta pesquisa.

Com base no exposto, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade fungitóxica dos extratos vegetais de alho, citronela, gengibre e nim no sobre C. eragrostidis isolado de folhas de inhame.

MATERIAL E MÉTODOS

Local de realização dos experimentos

Os ensaios foram desenvolvidos no Laboratório de Fitopatologia da Universidade Federal da Paraíba do Centro de Ciências Agrárias em Areia – PB.

Origem do isolado

O isolado de C. eragrostidis empregado neste experimento foi obtido na Coleção de Culturas de Fungos Fitopatogênicos “Professora Maria Menezes” – CMM, do Departamento de Agronomia, Área de Fitossanidade da Universidade Federal Rural de Pernambuco e identificado como CMM-708.

Preparo e manutenção dos extratos

Na preparação dos extratos, foram utilizados 100 g do material vegetal (bulbos de alho (Allium sativum L.); rizomas de gengibre (Zingiber officinale Roscoe); folhas de nim - (Azadirachta indica A. Juss.) e citronela (Cymbopogon nardus(D.C.) Stapt)), triturados em liquidificador contendo 250 mL de água destilada esterilizada (ADE) e 250 mL de álcool etanólico P.A., colocados em um recipiente de vidro e submetidos, por um período 96 horas, ao processo de extração por infusão. Posteriormente, os extratos foram filtrados através de papel de filtro esterilizado e mantidos em recipiente aberto, durante 72 horas, para favorecer a evaporação do álcool. Após esse período o material foi submetido à radiação ultravioleta por 30 minutos (UV), de acordo com metodologia adaptada de Rodrigues et al. (2006)RODRIGUES, E. et al. Avaliação da atividade antifúngica de extratos de gengibre e eucalipto in vitro e em fibras de bananeira infectadas com Helminthosporium sp. Acta Scientiarum Agronomy, v.28, n.1, p.123-7, 2006.. Os extratos obtidos foram coletados e armazenados em refrigerador a 4ºC para o uso subsequente nos ensaios em laboratório.

Análise do potencial fungitóxico dos extratos vegetais sobre o crescimento micelial de C. eragrostidis

A fungitoxidade dos extratos vegetais foi avaliada determinando-se a percentagem de inibição do crescimento micelial de C. eragrostidis em placas de Petri contendo o meio batata-dextrose-ágar (BDA), acrescido das diferentes concentrações dos extratos de alho, citronela, gengibre e nim. Ao meio BDA fundente (45ºC) adicionou-se os tratamentos em estudo nas diferentes dosagens e concentrações anteriormente descritas, e vertidas para placas de Petri. No centro de cada placa foi colocado um disco de colônia com cinco dias do fungo (5mm), obtido de cultura pura de C. eragrostidis. Para a testemunha foram utilizadas apenas placas de Petri contendo BDA. As placas contendo os tratamentos foram mantidas a 25 ± 2ºC com fotoperíodo de 12 horas, durante sete dias. As avaliações foram realizadas a cada 24h, através da medição do diâmetro das colônias em dois sentidos opostos, com o auxílio de régua milimetrada.

Análise do potencial fungitóxico dos extratos vegetais sobre a esporulação de C. eragrostidis

Determinou-se a produção de conídios após a avaliação do crescimento micelial. Para o preparo da suspensão de conídios, foram adicionados 20mL de ADE nas placas contendo cada tratamento. Para facilitar a remoção do micélio, fez-se uso de escova de cerdas macias. O material foi filtrado em duas camadas de gaze esterilizada e a concentração determinada em hemacitômetro, com microscópio óptico, obtendo-se média de cinco leituras para cada um dos tratamentos.

Análise da atividade in vitro dos extratos vegetais sobre a germinação de C. eragrostidis

Para a germinação de conídios, foi adicionado ao meio de cultura BDA, 0,1mL de uma suspensão de C. eragrostidis (1,3 x 105conídios/mL-1), acrescida de 0,1mL dos extratos de alho, citronela, gengibre, e nim nas concentrações de 5, 15, 25, 35 e 45%. A suspensão foi espalhada sobre o meio de cultura com o auxílio de alça de Drigalski. As placas contendo os tratamentos e a suspensão fúngica foram submetidas a dois regimes de luz, claro contínuo e escuro contínuo.

As placas foram divididas em quatro quadrantes por riscas na parte interior externa, onde foram realizadas duas leituras ao microscópio ótico, após 48 horas de incubação, de forma aleatória. O mesmo procedimento foi realizado para a testemunha. Cada repetição foi representada por um quadrante.

A avaliação do efeito dos indutores sobre a porcentagem de germinação dos conídios do fungo foi realizada através da contagem de conídios germinados por quadrante e comparados com os conídios germinados na testemunha. Foram considerados germinados os conídios que apresentavam a emissão do tubo germinativo de tamanho igual ou superior ao tamanho do conídio não germinado (Quirino et al., 2005).

Para a análise do crescimento micelial, esporulação e germinação de conídios do fungo, determinaram-se a percentagem de inibição do crescimento micelial (PIC), a percentagem de inibição da esporulação (PIE) e a percentagem de germinação de conídios (PIG), para cada extrato em relação ao tratamento testemunha, por meio das fórmulas (BASTOS, 1997BASTOS, C.N. Efeito do óleo de Piper aduncum sobre Crinipelis e outros fungos fitopatogênicos. Fitopatologia Brasileira, v.22, n.3, p.441-3, 1997.) apresentadas seguir.

Análise estatística

Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial (4 x 5 + 1) quatro extratos vegetais, testados em cinco concentrações + testemunha (ADE), totalizando 20 tratamentos, com cinco repetições para o PIC e PIE e para o PIG quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, comparando as médias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e realizada a análise de regressão. Para as análises estatísticas foi utilizado o software SAEG 7,0 (1997)SAEG. Sistema para análises estatísticas. Versão 7,0. Viçosa, MG. Fundação Artur Bernardes. 1997..

RESULTADO E DISCUSSÃO

Os resultados obtidos da avaliação do PIC de C. eragrostidis utilizando extratos vegetais podem ser observados na Tabela 1.

TABELA 1
Percentagem de inibição do crescimento micelial de Curvularia eragrostidis com uso de extratos vegetais.

Entre os extratos vegetais utilizados, os de gengibre e nim destacaram-se a partir da menor concentração testada (5%), com PIC de 68,63 e 53,48% respectivamente, não havendo diferenças estatísticas entre eles. A partir da concentração de 25% não houve diferenças estatísticas entre os extratos utilizados.

Os resultados indicam, provavelmente, que os constituintes destes extratos apresentam potencial fungitóxico sobre o desenvolvimento do fungo, mesmo em baixas concentrações.

Carvalho et al. (2008)CARVALHO, R.A. et al. Extratos de plantas medicinais como estratégias para o controle de doenças fúngicas do inhame (Dioscorea sp.) no Nordeste. Disponível em: <htpp://www.emepa.org.br/anais/volume1/av107.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2008.
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avaliando o efeito do extrato de gengibre, no controle do micélio de C. eragrostidis, observaram que o crescimento micelial do fungo não foi inibido, alterado ou diminuído por nenhum dos tratamentos testados em relação à testemunha, porém, houve diferença no crescimento do fungo nos tratamentos contendo o extrato de gengibre, em cujas placas, as colônias apresentaram diâmetros e pigmentações visivelmente inferiores àquelas dos micélios encontrados nos tratamentos da testemunha. Esse comportamento também foi observado no trabalho desenvolvido por Surh (2002)SURH, Y. Anti-tumor promoting potential of selected spice ingredients with antioxidative and anti-inflammatory activies: a short rewiew. Food and Chemical Toxicology, v.40, n.5, p.1091-7, 2002. que indicou ser pela influência do gingerol, que atua como antioxidante e/ou inibidor de biossíntese do fungo.

Resultados observados em trabalhos utilizando estes extratos têm demonstrado a eficiência dos mesmos em outros patossistemas, como o de Rodrigues et al. (2007)RODRIGUES, E. et al. Fungitoxidade, atividade elicitora de fitoalexinas e proteção de alface em sistema de cultivo orgânico contra Sclerotinia sclerotiorum pelo extrato de gengibre. Summa Phytopathologica, Botucatu, v.33, n.2, p.124-8, 2007. que observaram a influência de diferentes concentrações do extrato aquoso de gengibre sobre o desenvolvimento micelial do fungo Sclerotinia sclerotium, com redução de 92,5%. Oliveira (2008)OLIVEIRA, M.D.M. Controle pré e pós-colheita em abacaxizeiro. 2008. 85p. Dissertação (Mestrado - área de Concentração em Agricultura Tropical) - Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal da Paraíba, Areia. observou que concentrações do extrato de nim a 20% não se mostraram eficientes no controle in vitro de Fusarium gutiforme em abacaxizeiro. Porém, em concentrações de 30 e 40% o extrato de nim não permitiu o crescimento micelial, apresentado grande potencial no controle do fungo.

Houve interação significativa das concentrações sobre o crescimento micelial de C. eragrostidis (Figura 1).

FIGURE 1
Percentagem de inibição do crescimento micelial de C. eragrostides com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

Aumentando-se a concentração dos extratos, maior é o potencial de inibição do crescimento micelial do fungo, destacando os extratos de gengibre e nim (Figuras 1C e D), que mostram-se bastante eficientes, mesmo em baixas concentrações. Esses efeitos inibitórios constatados neste trabalho também já foram observados em outras pesquisas com o mesmo objetivo.

Razwalka et al. (2008) afirmam que o uso de diferentes concentrações de extratos vegetais podem resultar em maior ou menor eficiência de controle fúngico, assim como na credibilidade dos dados obtidos. De acordo com Ribeiro & Bedendo (1999)RIBEIRO, L.F.; BEDENDO, I.P. Efeito inibitório de extratos vegetais sobre Colletotrichum gloeosporioides - agente causal da podridão de frutos de mamoeiro. Scientia Agrícola, v.56, n.4, p.1267-1, 1999. o extrato de alho inibiu significativamente o crescimento micelial de C. gloeosporioides, de forma crescente e proporcional ao aumento das concentrações do extrato, com redução de até 67,6% em relação à testemunha. Zanella et al. (2002)ZANELLA, A.L. et al. Atividade fungitóxica do extrato bruto das plantas medicinais Artemisia absinthium e Chympogogon nardus. In: ENCONTRO ANUAL DE INICIAçãO CIENTíFICA, 11., 2002, Maringá. Anais... Maringá: Universidade Estadual de Maringá/Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, 2002. p.1-2. observaram que o extrato de citronela inibiu o crescimento micelial de Macrophomina phaseolina em até 53%. Crippa et al. (2009) relataram o efeito do extrato aquoso de gengibre sobre o crescimento de Colletotrichum sp. proveniente de flores ornamentais de gérberas e rosas.

Os efeitos das diferentes concentrações dos extratos vegetais no controle da esporulação de C. eragrostidis podem ser verificados na Tabela 2. Observa-se que o extrato de citronela na concentração de 5% foi o que apresentou a menor percentagem de inibição da esporulação (PIE) diferindo estatisticamente em relação aos demais extratos. Para as demais concentrações não foram observadas diferenças significativas entre os extratos.

TABELA 2
Percentagem de inibição da esporulação de Curvularia eragrostidis com uso de extratos vegetais.

Não se têm informações sobre o efeito do extrato de citronela sobre C. eragrostidis, que apesar de apresentar menor controle da esporulação na concentração de 5%, para as demais concentrações mostrou-se bastante efetiva, visto que em outros trabalhos realizados com esta planta medicinal, vem se evidenciando grande potencial para o controle de fitopatógenos como o observado por Moreira et al.(2008)MOREIRA, C.G.A. et al. Caracterização parcial de elicitores de fitoalexinas em sorgo (Sorghum bicolor) obtidas a partir de extratos de citronela (Cymbopogon nardus). Disponível em: <http://www.ufpel.edu.br/cic/2004/arquivos/CB_01224.doc.>. Acesso em: 29 dez. 2008.
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avaliando o potencial da citronela no controle de fungos. Lima (2007)LIMA, W.G. Controle alternativo da ramulose do algodoeiro via utilização de óleos essenciais. 2007. 89p. Dissertação (Mestrado - área de Concentração em Fitopatologia) Departamento de Fitossanidade, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.constatou a eficiência da citronela no controle de C. gossypii, C. gossypii var. cephalosporioides South. var. cephalosporioides Costa.

Todos os tratamentos utilizados neste trabalho mostram potencial de inibição sobre a esporulação de C. eragrostidis. Resultados apresentados em outros trabalhos indicam eficiência ou a ineficiência dos extratos vegetais em resposta às atividades microbianas de vários patógenos de plantas. Paula et al. (2008)PAULA, P.R. et al. Diagnóstico de extratos vegetais por extração hidroetanólica para o controle "in vitro" de Phomopsis phaseoli var. sojae e influência na qualidade de sementes de soja. Disponível em: <http://www2.unemat.br/prppg/jornada/resumos_conic/Expandido_00742.pdf>. Acesso em: 29 dez. 2008.
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afirmam que o extrato vegetal de alho mostrou-se eficiente no controle in vitro Phomopsis phaseoli var. sojae. Resultados contrários aos observados neste trabalho não mostram efeitos promissores dos extratos sobre atividades antimicrobianas. Ribeiro & Bedendo (RIBEIRO, L.F.; BEDENDO, I.P. Efeito inibitório de extratos vegetais sobre Colletotrichum gloeosporioides - agente causal da podridão de frutos de mamoeiro. Scientia Agrícola, v.56, n.4, p.1267-1, 1999.) constataram que o extrato de alho em diferentes concentrações, não apresentou efeito inibitório sobre a produção de esporos de C. gloeosporioides. Rodrigues et al. (2006)RODRIGUES, E. et al. Avaliação da atividade antifúngica de extratos de gengibre e eucalipto in vitro e em fibras de bananeira infectadas com Helminthosporium sp. Acta Scientiarum Agronomy, v.28, n.1, p.123-7, 2006. observaram que diferentes concentrações do extrato de gengibre promoveram leve aumento na esporulação de Helminthosporum sp. em bananeira, diferindo dos resultados apresentados pelos extratos de gengibre e alho em C. eragostidis.

Houve influência das concentrações dos extratos vegetais de alho, citronela e gengibre sobre a esporulação de C. eragrostidis (Figura 2). Observa-se que o aumento das concentrações acarretou no aumento progressivo da percentagem de inibição da esporulação do fungo, indicando grande potencial fitotóxico destas plantas sobre a atividade biológica de C. eragrostidis.

FIGURE 2
Percentagem de inibição da esporulação de C. eragrostidis com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B) e gengibre (C).

Oliveira (2008)PIGNONI, E.; CARNEIRO, S.M.T.P.G. Severidade da antracnose em fejoeiro e pinta preta em tomateiro sobre diferentes concentrações do óleo de nim em casa de vegetação. Revista Brasileira de Plantas medicinais,v.8, n.1, p.68-2, 2005. observou que todas as concentrações do extrato hidroálcoolico de alho mostram-se eficientes sobre a esporulação de F. gutiforme. Segundo a autora, concentrações de 30 e 40% o extrato de nim também apresentaram grande potencial no controle do fungo. Já Lima (2007)LIMA, W.G. Controle alternativo da ramulose do algodoeiro via utilização de óleos essenciais. 2007. 89p. Dissertação (Mestrado - área de Concentração em Fitopatologia) Departamento de Fitossanidade, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife. indicou que o óleo de citronela apresentou potencial fungitóxico inibidor sobre C. gossypii South. var. cephalosporioides, mesmo em baixas concentrações.

Todos os extratos mostraram potencial de controle sobre a germinação de conídios de C. eragrostidis. Os menores efeitos na germinação de conídios foram observados com o uso do extrato de citronela e nim na concentração de 5% com PIG de 84 e 86,25%, respectivamente em condição de claro contínuo, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos. Houve influência nestas concentrações no PIG em relação aos regimes de luminosidade para esses tratamentos (Tabela 3).

TABELA 3
Percentagem de inibição da germinação de conídios de Curvularia eragrostidis, com o uso de extratos vegetais.

Todos os extratos testados nos ensaios para a germinação indicam potenciais inibidores e/ou controladores de atividade microbiana, com ação direta sobre o patógeno alvo. Carvalhoet al.(2008)CARVALHO, R.A. et al. Extratos de plantas medicinais como estratégias para o controle de doenças fúngicas do inhame (Dioscorea sp.) no Nordeste. Disponível em: <htpp://www.emepa.org.br/anais/volume1/av107.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2008.
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e Lorenzi & Matos (2002)LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002. 512p. indicaram que ervas aromáticas como o alho e gengibre possuem ação bactericida, fungicida, pois apresentam na constituição química a aliicina, inulina, o gingerol e o shorgaol, respectivamente. Conferindo a estas plantas alto potencial de controle de vários fitopatógenos. Morais (2004)MORAIS, M.S. Efeito de dois extratos vgetais sobre o desenvolvimento de Fusarium oxysporum e da incidência da murcha em feijão vagem. 2004. 72p. Dissertação (Mestrado - área de Concentração em Agricultura Tropical) - Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal da Paraíba, Areia., por exemplo, observou que concentrações do extrato aquoso de alho a 20% inibiu a germinação de conídios de F. oxysporum.

Oliveira (2008)PIGNONI, E.; CARNEIRO, S.M.T.P.G. Severidade da antracnose em fejoeiro e pinta preta em tomateiro sobre diferentes concentrações do óleo de nim em casa de vegetação. Revista Brasileira de Plantas medicinais,v.8, n.1, p.68-2, 2005. indicou que a utilização de extratos vegetais de nim e alho em diferentes concentrações (20, 30 e 40%) podem ser alternativa de controle de F. gutiforme. Souza et al. (2007)SOUZA, A.E.F. et al. Atividade antifúngica de extratos de alho e capim-santo sobre o desenvolvimento de Fusarium proliferatumisolado de grãos de milho. Fitopatologia Brasileira, v.32, n.6, p.465-1, 2007. relataram que os extratos de alho e capim-santo (Cymbopogon citratus Stapf.) inibiram a germinação do fungo F. proliferatum, porém de forma mais eficiente a partir da concentração 2,5%. De acordo com os autores, estes extratos possuem princípios ativos inibidores, vislumbrando desta forma a possibilidade do emprego destes extratos na proteção do hospedeiro e/ou erradicação do patógeno.

Houve influência das concentrações dos extratos vegetais de alho, citronela, gengibre e nim sobre o PIG de C. eragrostidis incubado em regime de claro contínuo de acordo com a análise de regressão (Figura 3). Os efeitos inibitórios sobre a germinação de conídios foram proporcionais ao aumento das concentrações dos extratos.

FIGURE 3
Percentagem de inibição da germinação de conídios de C. eragrostidis em condição de claro contínuo com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

Segundo Carneiro (2008)CARNEIRO, S.M.T.P.G. Efeito do nim (Azadirachta indica) sobre o oídio e antracnose. Informe da Pesquisa do Instituto Agronômico do Paraná, n.155, p.1-16, 2008. o extrato de folhas de nim em baixas concentrações (2 e 4%) mostrou-se pouco efetivo no controle do oídio (Oidium lycopersici) do tomateiro, melhorando com o aumento das concentrações, porém concentrações de 16% causaram efeito tóxico nas plantas. De acordo com Carneiro et al. (2007)CARNEIRO, S.M.T.P.G. et al. Eficácia do extrato de nim para o controle do oídio do feijoeiro. Summa Phytopathologica, v.33, n.1, p.34-9, 2007. o efeito do nim sobre os fungos é variável, dependendo, entre outros fatores, do patógeno alvo. Pignoni & Carneiro (2005)PIGNONI, E.; CARNEIRO, S.M.T.P.G. Severidade da antracnose em fejoeiro e pinta preta em tomateiro sobre diferentes concentrações do óleo de nim em casa de vegetação. Revista Brasileira de Plantas medicinais,v.8, n.1, p.68-2, 2005., afirmam que o extrato aquoso de nim tem apresentado efeito fugitóxico sobre vários patógenos que causam problemas foliares, como o oídio da abobrinha (Sphaerotheca fuliginea), o oídio do trigo (Erysiphe graminis f. sp. tritici), ferrugem da folha do trigo (Puccinia recondita f. sp. tritici) e mancha de cercospora da beterraba (Cercospora beticola).

O extrato de gengibre também tem sido relatado causando efeito inibitório sobre fungos foliares em outras culturas, como o resultado observado por Silva (2005)CARNEIRO, S.M.T.P.G. Efeito do nim (Azadirachta indica) sobre o oídio e antracnose. Informe da Pesquisa do Instituto Agronômico do Paraná, n.155, p.1-16, 2008. que cita que o extrato de gengibre demonstrou ser um potente indutor de resistência em plantas de cevada contra Bipolaris sorokiniana fungo causador de mancha foliar.

Houve influência das concentrações dos extratos vegetais de alho, citronela, gengibre e nim sobre o PIG de C. eragrostidis incubado em regime de escuro contínuo de acordo com a análise de regressão. Os efeitos inibitórios sobre a germinação de conídios do fungo podem ser observados na Figura 4.

FIGURE 4
Percentagem de inibição da germinação de conídios de C. eragrostidis em condição de escuro contínuo com o uso de extratos vegetais de alho (A), citronela (B), gengibre (C) e nim (D).

De acordo com Rozwalka et al.(2008)ROZWALKA, L.C. et al. Extratos, decotos e óleos essenciais de plantas medicinais e aromáticas na inibição de Glomerella cinglara e Colletotrichum gloeosporioides de frutos de goiaba. Ciência Rural, v.38, n.2, p.301-7, 2008. o extrato de gengibre foi responsável pelo controle em 92,7% da germinação de conídios de C. gloeosporioides em goiabeira (Psidium guajava L.). Resultados contrários aos observados no presente trabalho foram obtidos por Rodrigues et al.(2006)RODRIGUES, E. et al. Avaliação da atividade antifúngica de extratos de gengibre e eucalipto in vitro e em fibras de bananeira infectadas com Helminthosporium sp. Acta Scientiarum Agronomy, v.28, n.1, p.123-7, 2006. que utilizando diferentes concentrações do extrato de gengibre não constataram efeito inibitório eficiente sobre Helminthosporum sp.

CONCLUSÃO

Os extratos vegetais utilizados mostram efeito fitotóxico sobre C. eragrostidis nas análises in vitro, destacando-se os de gengibre e nim que inibiram o crescimento micelial e a esporulação em baixas concentrações.

A utilização dos extratos vegetais de alho, capim citronela, gengibre e nim a partir da concentração de 25% apresentaram os maiores efeitos fitotóxicos sobre C. eragrostidis, indicando serem estes uma alternativa potencial e viável no controle deste patógeno.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Apr-Jun 2015

Histórico

  • Recebido
    14 Ago 2010
  • Aceito
    10 Jul 2014
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