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Novas normas editoriais da RBF

EDITORIAL

Novas normas editoriais da RBF

A Revista Brasileira de Fisioterapia (RBF) vem enfrentando novos desafios, os quais têm servido para pautar a elaboração de novas estratégias de ação. Com o grande crescimento em quantidade e em qualidade da produção científica nas áreas da Fisioterapia e Ciências da Reabilitação, sabemos que a RBF tem um papel importante na divulgação desse conhecimento. O acesso da comunidade científica à informação resultante dessa produção demanda que o processo de tramitação e publicação dos manuscritos seja ágil e eficiente, disponibilizando artigos de qualidade em tempo reduzido. Novas estratégias adotadas pela RBF têm buscado atender a essas demandas.

Depois da indexação no Medline, em 2010, novos desafios se apresentaram ao nosso periódico, incluindo esforços voltados para a internacionalização da estrutura da RBF, aumento do impacto e da sua visibilidade internacional, aumento da agilidade no processamento e disponibilização dos artigos, entre outros. Várias iniciativas estão sendo tomadas, entre elas, inclui-se a reformulação das normas editoriais. Algumas mudanças serão imediatas, enquanto outras serão implementadas ao longo do ano de 2012.

Essas mudanças têm como objetivo principal melhorar a interface leitor/autor-revista, facilitando a consulta aos artigos publicados na RBF pela comunidade nacional e internacional, bem como agilizar o processo de submissão e comunicação com os autores. Para isso, em meados do próximo ano, o site da RBF passará a ser trilíngue, com as informações disponibilizadas em português, inglês e espanhol.

A fim de atender à crescente demanda por agilidade e catalisar manuscritos originais submetidos a periódicos de impacto superior ao da RBF, mas que tiveram decisão editorial desfavorável, introduziu-se, em 01/08/2011, a modalidade fast-track. Nessa modalidade, manuscritos que atendam ao escopo/requisitos estabelecidos pela RBF e que tenham sido submetidos a outros periódicos indexados no JCR, recebendo decisão final desfavorável à publicação, são submetidos a procedimentos especiais de avaliação. Nessa modalidade, os autores devem incluir os pareceres dos revisores ad hoc e a decisão editorial do periódico anterior (na íntegra, sem alteração ou edição). O manuscrito deverá ter passado por adequação, incorporando os apontamentos levantados pelos revisores e pelo Editor, e devem ser enviadas também informações sobre o periódico, incluindo seu fator de impacto. O fast-track poderá diminuir o tempo de tramitação na RBF de artigos originais de qualidade que foram previamente avaliados por periódico de impacto internacional, reduzindo assim o seu tempo de análise e a comunicação da decisão editorial.

Em consonância com as tendências internacionais, as novas normas da RBF sugerem a utilização de checklists, que são um conjunto de critérios que devem ser seguidos para assegurar que a estrutura do manuscrito contenha informações consideradas relevantes nos diferentes tipos de estudo. Por exemplo, para os estudos observacionais e para estudos de revisão sistemática e metanálise, sugere-se que seja seguido o checklist STROBE (disponível em: www.equator-network.org/resource-centre/library-of-health-research-reporting) e PRISMA (disponível em: http://www.prisma-statement.org/statement.htm), respectivamente.

A utilização desses checklists servirão inicialmente de orientação aos autores e revisores. Assim, a comunidade científica tomará conhecimento dos critérios acordados internacionalmente e terá tempo para se ajustar às futuras exigências. A implementação dos checklists será gradual para que a comunidade possa se inteirar e assimilar as recomendações para relato das informações. Em 2010, a RBF apoiou a utilização das normas do CONSORT1 na submissão de manuscritos sobre relatos de resultados de estudos clínicos. Essa iniciativa está sendo agora expandida para outros tipos de estudos.

A partir de 2012, as novas normas preveem também mudanças específicas. O número do protocolo do registro de estudos do tipo ensaio clínico passa a ser exigido quando da submissão do artigo; o mesmo deve ser obtido anteriormente ao início do estudo e não no fim do processo. O registro prévio de ensaios clínicos segue orientação da Plataforma Internacional para Registro de Ensaios Clínicos (ICTRP) da OMS e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE)2. De acordo com as novas regras, relatos de caso não serão mais considerados para publicação na RBF.

Com as modificações incorporadas em suas normas, a RBF pretende atender aos desafios que se apresentam à medida que busca sua consolidação nacional e incremento de sua inserção e alcance internacional. Convidamos a todos a se tornarem parceiros nesse processo de mudança.

Débora B. Grossi

Marisa C. Mancini

Aparecida M. Catai

Editoras/RBF

  • 1. Costa LOP, Maher CG, Moseley AM, Sherrington C, Herbert RD, Elkins MR. Endorsement of Trial registration and the CONSORT statement by the Revista Brasileira de Fisioterapia. Rev Bras Fisioter. 2010;14(3):v-vi.
  • 2. Peccin MS. Registro de ensaios clínicos: quando e por que fazer? Rev Bras Fisioter. 2007;11(6):v-vi.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Maio 2012
  • Data do Fascículo
    Abr 2012
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