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EDITORIAL

Um dos cuidados fundamentais na preparação da Revista é com a marca distintiva de cada número. Não se trata de elaborar um número temático a cada vez, o que é feito de tempos em tempos. Consiste na reunião de determinados artigos que venham a compor um conjunto, abordando, de diferentes perspectivas, determinada temática atual e importante.

Com essa intenção, os dois primeiros artigos do presente número apresentam, respectivamente, a problemática da alfabetização e do letramento, sob um enfoque teórico e histórico, e os resultados de uma pesquisa sobre a prática do letramento com o uso do livro didático.

Os dois artigos seguintes abordam tema próximo aos primeiros: a organização da fase inicial do ensino fundamental em ciclos: um, a partir dos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB); outro, a partir da produção acadêmica elaborada nos últimos 15 anos sobre a organização dos ciclos nos sistemas de ensino, compreendendo teses, dissertações, artigos e relatórios de pesquisa.

Essas abordagens complementares motivam, inclusive, a escolha da foto da capa. No caso, alunos de uma escola de ensino fundamental. E não é forçado aproximar desses temas o último artigo, que expõe os fundamentos filosóficos dos livros didáticos preparados por um educador alemão, no século XVII. Curiosamente, mas não por acaso, vários desses princípios são discutidos ainda nos dias atuais, obviamente em outras linguagens.

Os demais artigos, vários decorrentes de trabalhos apresentados nas reuniões anuais da ANPEd, exploram temas variados, provenientes de reflexões teóricas ou decorrentes de pesquisas.

Vale destacar, por oportuno, a entrevista sobre o Anuário de Educação do México. Uma tarefa que poderia ser técnica, até mesmo burocrática, mostrou-se geradora de uma série de originais e até certo ponto insuspeitadas pesquisas sobre educação, vista no amplo contexto da sociedade mexicana.

Chamamos também a atenção para a resenha relativa aos dois livros editados pelo CIPDA, do Chile, respectivamente sobre políticas nacionais e locais para a juventude, em países latino-americanos. Vários desses países trabalham essa problemática há vários anos, tanto pela iniciativa do Estado quanto pela iniciativa de organizações da sociedade civil. Como política pública, o Brasil ainda engatinha nessa área, importante do ponto de vista da educação, da cultura, do lazer, do esporte e sobretudo do trabalho. A resenha em questão retoma temática abordada no número anterior e a complementa, pela análise comparativa.

Mais uma vez esperamos ter conseguido concretizar o objetivo fundamental de nossa Revista: disseminar a produção acadêmica e científica de qualidade produzida pela área da educação. E esperamos mais uma vez que este número seja útil aos associados da ANPEd e demais leitores.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Out 2006
  • Data do Fascículo
    Abr 2004
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