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Evolução da consciência fonológica em alunos de ensino fundamental

Resumos

TEMA: consciência fonológica em alunos de ensino fundamental. OBJETIVO: analisar evolução de consciência fonológica em alunos do ensino público fundamental após programa de estimulação fonoaudiológica. MÉTODO: foram selecionados 20 alunos com piores resultados na avaliação inicial de letramento. Foram analisadas as provas de consciência fonológica no início e final do programa de estimulação. RESULTADOS: a maioria dos sujeitos demonstrou noção de atividades de consciência fonológica. CONCLUSÃO: os alunos apresentaram evolução, sugerindo eficácia do programa.

Consciência Fonológica; Letramento; Ensino Fundamental


BACKGROUND:phonological awareness in primary school students. AIM: to verify the improvement of phonological awareness in primary school students after a speech and language stimulation program. METHOD: 20 students with the worst results in the first literacy exam were selected. Phonological awareness tests were analyzed at the beginning and at the end of the stimulation program. RESULTS: most of the subjects demonstrated to have a notion about phonological awareness activities. CONCLUSION: students demonstrated improvement, suggesting the effectiveness of the program.

Phonological Awareness; Literacy; Primary School


ARTIGOS DE PESQUISA

Evolução da consciência fonológica em alunos de ensino fundamental* * Trabalho Realizado no Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo .

Maria Sílvia CárnioI,1 1 ( mscarnio@usp.br) ; Daniele dos SantosII

IFonoaudióloga. Doutora em Lingüística pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências - Área de Fisiopatologia Esperimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

IIFonoaudióloga. Mestranda em Ciências - Área de Fisiopatologia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Maria Sílvia Cárnio R. Corinto, 543, apto. 27 Bl. A - Vila Indiana São Paulo - SP - CEP: 05586-060.

RESUMO

TEMA: consciência fonológica em alunos de ensino fundamental.

OBJETIVO: analisar evolução de consciência fonológica em alunos do ensino público fundamental após programa de estimulação fonoaudiológica.

MÉTODO: foram selecionados 20 alunos com piores resultados na avaliação inicial de letramento. Foram analisadas as provas de consciência fonológica no início e final do programa de estimulação.

RESULTADOS: a maioria dos sujeitos demonstrou noção de atividades de consciência fonológica.

CONCLUSÃO: os alunos apresentaram evolução, sugerindo eficácia do programa.

Palavras-Chave: Consciência Fonológica; Letramento; Ensino Fundamental.

Introdução

Ao se fazer uma revisão teórica dos estudos sobre aquisição de leitura e escrita, observa-se que nos últimos anos, muitas mudanças conceituais significativas ocorreram.

A própria definição de alfabetização precisa ser esclarecida porque várias pesquisas constataram que este termo não era suficiente para definir e englobar todos os processos que estavam envolvidos na aquisição da leitura e escrita, surgindo então um novo termo, o letramento (Soares, 1998).

Segundo Soares (1998), alfabetização e letramento são ações distintas, mas inseparáveis. A alfabetização consiste na ação de capacitar o indivíduo a ler e escrever, enquanto o letramento enquadra-se no âmbito social de apropriação da escrita e de suas práticas sociais.

Geralmente, ao ingressar nas escolas, as crianças já dominam a língua oral, por possuírem um conhecimento de mundo e experiências de vida, envolvendo interações sociais dialógicas, as quais são permeadas por práticas de letramento que se complementam e se constituem através da oralidade e da escrita (Marcuschi, 2001).

A aquisição da leitura e escrita pode ser muito prazerosa, se a criança desde pequena passar por experiências de letramento através de situações sociais informais, por meio das quais, consegue distinguir o uso social da escrita, sua importância e sua relação com a oralidade. Entretanto, raramente é este o perfil das crianças que têm chegado nas escolas estaduais, principalmente na escola onde desenvolvemos um programa de Fonoaudiologia Escolar. Geralmente são poucas as crianças que trazem em sua bagagem a realização de uma pré-escola, atual educação infantil. A maioria vem de famílias de baixo nível socioeconômico; muitas vezes não conhecem nem mesmo seu próprio nome e sobrenome quando questionadas oralmente e nem imaginam como poderiam escrever esta marca de sua identidade. Dessa forma, pensar que existe uma outra modalidade de língua, que é a escrita e que esta pode ser adquirida e engloba outros conhecimentos, pode ser muito difícil para esta população específica.

Neste cotidiano vivenciado, uma das habilidades metalingüísticas mais difíceis de serem compreendidas e incorporadas por estas crianças é a consciência fonológica e fonêmica.

Para Blachman (1991), consciência fonológica é a capacidade de reconhecer segmentos fonológicos nas palavras e a capacidade de manipulação dos mesmos, considerando-a um precursor básico para o desenvolvimento da escrita.

Esta questão é polêmica e, apesar de muitos autores afirmarem a importância da consciência fonológica e relacionarem esta tarefa com habilidades de decodificação e compreensão de leitura (Gilbertson e Bramlett, 1998), esta não pode ser considerada um fator determinante na descoberta do princípio alfabético, pois ela não é suficiente para a aquisição de leitura e escrita (Capellini e Ciasca, 2000; Capovilla, 2002b). Todavia, muitos desses autores afirmam a existência de uma correlação entre alfabetização e consciência fonológica (Capovilla, 2002a).

Além disso, estudos constatam que o desempenho das crianças em consciência fonológica aumenta conforme a escolaridade (Salles e Parente, 2002) e que as tarefas fonêmicas são adquiridas posteriormente às silábicas (Cielo, 2002).

A partir destes estudos, surgiu o interesse por verificar o perfil das crianças de primeiras e segundas séries de uma escola estadual em relação à consciência fonológica, bem como sua evolução depois de um programa preventivo envolvendo práticas de letramento com ênfase em narrativa oral e consciência fonológica, objeto de estudo deste artigo.

O objetivo geral desse trabalho foi analisar aspectos relevantes do desenvolvimento da consciência fonológica em vinte escolares de primeiras e segundas séries do ensino público fundamental.

Os objetivos específicos foram:

. verificar o efeito de um programa fonoaudiológico preventivo em linguagem oral e escrita no desenvolvimento da consciência fonológica;

. verificar evolução da consciência fonológica.

Método

Esse artigo é parte de uma pesquisa aprovada pela Comissão de Pesquisa do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) (Processo número 198). Os pais de todos os sujeitos assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, permitindo a realização desta pesquisa e a divulgação de seus resultados conforme Resolução 196/96 da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).

Sujeitos

Os sujeitos foram selecionados através do levantamento de protocolos de avaliação inicial realizada com 109 alunos de primeiras e segundas séries do ensino fundamental de uma escola estadual, em São Paulo, durante o ano de 1999.

Destes, foram escolhidos os vinte sujeitos (18,34%) que apresentaram pontuações mais baixas na avaliação inicial de letramento e que realizaram a avaliação final, sendo 50% do sexo feminino. Doze sujeitos eram da primeira série A, sete da primeira série B e apenas um era da segunda série. A idade média dos sujeitos foi 7;4, variando de 6;6 a 8;10. Devido à semelhança de atuação desses sujeitos em relação às práticas de letramento e ao número reduzido dessa amostra, os sujeitos foram alocados em um único grupo para possibilitar um tratamento estatístico.

Material

Protocolos de letramento e consciência fonológica elaborados e utilizados pelo Programa Escola sob a responsabilidade de Braga et al., 1998.

O protocolo de letramento é constituído por três partes: conhecimento do código escrito, com provas de emparelhamento, classificação simples, seriação e classificação dupla; uso do código escrito, com provas de nomeação de letras, leitura de palavras e frases, escrita do nome e de palavras familiares, escrita de letras e de palavras e conhecimento da estrutura interna da palavra; e conhecimento de estímulos visuais impressos, com provas de conhecimento de rótulos e leitura de palavras e frases relacionadas a eles.

O protocolo de consciência fonológica consta de 14 tarefas, sendo elas: rima, onset (aliteração), conservação de rima, conservação de onset (aliteração), contagem fonêmica, substituição fonêmica, segmentação fonêmica, blending (fechamento), "deletar" (apagamento de som), especificar o fonema apagado, isolamento de som, relação som-palavra e relação palavra-palavra.

Procedimento

Avaliação inicial

Nos arquivos do Programa Escola foram levantados os protocolos dos alunos e selecionados os que preenchiam os critérios de desempenho já referido.

A aplicação das avaliações foi realizada por estagiários devidamente treinados e supervisionados pelo docente responsável. Estas foram realizadas individualmente, em uma das salas da própria escola. As provas foram aplicadas na ordem de apresentação abaixo.

Foram dadas as seguintes instruções para aplicação do protocolo de letramento: no emparelhamento, pede-se que a criança separe os cartões colocados sobre a mesa em três grupos e aponte quais são letras, palavras e números. Na classificação simples pede-se que a criança separe cartões com letras maiúsculas e minúsculas e depois, que separe cartões com palavras escritas com letra impressa das escritas com letra manuscrita. Na seriação, pede-se que a criança pegue cartões com dois números iguais, três letras diferentes, duas palavras com a letra E, dois números diferentes, duas vogais e uma consoante, e duas palavras que comecem com a letra B. Na classificação dupla, a criança recebe uma folha contendo duas colunas com figuras, letras, números e palavras e depois da realização desta, ela recebe outra folha com números, palavras e letras, sendo que esta deve reproduzir o elemento que se encontre em ambas as colunas no espaço especificado na folha. Na nomeação de letras, pergunta-se o nome de dez letras apresentadas em cartões, um a um. Caso ela acerte pergunta-se uma palavra que comece com cada letra. Na leitura de palavras e frases, pede-se a leitura de dez palavras e de dez frases. Na escrita do nome e de palavras familiares, pede-se a escrita do primeiro nome e do nome de outra pessoa da família ou qualquer palavra que a criança conheça. Na escrita de letras e de palavras, pede-se a escrita de três letras quaisquer e uma palavra que comece com cada uma das letras escritas. No conhecimento da estrutura interna da palavra, pede-se a escrita de dez palavras ditadas pelo avaliador e a criação de palavras novas que contenham as mesmas letras daquelas ditadas. No conhecimento de rótulos, mostram-se dez cartões com rótulos de produtos e pergunta-se se a criança reconhece, sendo que se a resposta for sim, pede-se uma justificativa. E na leitura de palavras e frases relacionadas aos rótulos, pede-se a leitura de dez palavras e dez frases com assuntos relacionados a cada rótulo reconhecido.

Foram dadas as seguintes instruções para aplicação do protocolo de consciência fonológica: na relação som-palavra, pergunta-se se a palavra "pato" começa com a letra "p". Na relação palavra-palavra, pergunta-se se a palavra "pente" começa com a mesma letra da palavra "pato". Na rima, pergunta-se se a palavra "pato" rima com "sapato". No isolamento de som, pergunta-se com qual letra começa a palavra "lápis". Na contagem fonêmica, perguntam-se quantos sons tem a palavra "chuva". Na segmentação de fonemas, perguntam-se quais os sons da palavra "sapo". No blending (fechamento), pergunta-se qual é a palavra formada pelos fonemas /f/ /a/ /k/ /a/. No "deletar", pergunta-se qual palavra é formada ao retirar o "m" da palavra "mar". No especificar o fonema apagado, pergunta-se que som deve-se retirar da palavra "pai" para formar a palavra "ai". Na substituição fonêmica, pergunta-se qual palavra forma se substituir o fonema /m/ pelo /p/, na palavra "mão". Na conservação de rima, falam-se quatro palavras que rimam e pede-se que a criança diga outra que caiba no grupo. No onset, pergunta-se se a palavra "lupa" começa igual à palavra "luta". Na conservação de onset, falam-se quatro palavras que começam com o mesmo som e pede-se que a criança diga outra que caiba no grupo.

Os dados de todas as avaliações foram tabulados e analisados estatisticamente por profissional da área.

Terminada a análise dos dados, as crianças que apresentaram durante a avaliação distúrbios na área de linguagem oral e/ou escrita foram orientadas e encaminhadas para os locais apropriados.

Programa fonoaudiológico preventivo em linguagem oral e escrita

Foram realizadas cinco sessões de estimulação em grupo de cinco-seis crianças selecionadas aleatoriamente. Estas eram feitas em salas de aula da escola, com no máximo cinco grupos em cada sala.

Cada estagiária escolhia o material utilizado de acordo com a necessidade do grupo, ou seja, alunos em início de alfabetização eram trabalhados com ênfase em letramento e habilidades iniciais de consciência fonológica, como por exemplo a rima. Alunos com conhecimento da relação oralidade e escrita já estabelecida eram trabalhados com ênfase nas habilidades metalingüísticas mais sofisticadas, tais como segmentação e consciência fonêmica. Em todas as sessões eram abordados aspectos de consciência fonológica, letramento e narrativa oral.

Para o trabalho com a consciência fonológica eram utilizados jogos e materiais variados, inclusive palavras e frases retiradas de textos utilizados na narrativa oral. Quanto a esta última, trabalhou-se com a técnica de scaffolding (arcabouço) de Hoffman (1997), aplicada pelos estagiários que liam livros de estória de literatura, de preferência contendo gravuras acompanhando o texto escrito. Posteriormente, com a ajuda de papel e caneta, estas estórias eram recontadas a partir de esquemas escritos, montados pela própria criança em conjunto com os estagiários, recuperando as estórias e enfatizando os aspectos menos percebidos pelas crianças (por exemplo: caracterização dos personagens, seqüência lógico-temporal etc.).

Avaliação final

Foram usados os mesmos procedimentos e materiais para avaliação final, com exceção do protocolo de letramento, já que este foi usado apenas para selecionar os sujeitos.

Procedimento de análise

Critérios de análise da consciência fonológica.

Para essa prova foi realizada análise e pontuação conforme critérios do Programa Escola. Este critério consistiu em verificar se o escolar realizava de maneira adequada ou não as tarefas de consciência fonológica. Observava-se a resposta dos escolares para cada uma das tarefas e marcava-se um X no campo SIM para as tarefas realizadas de forma adequada, ou NÃO, para as tarefas realizadas de forma inadequada. Cada tarefa realizada de forma adequada equivaleu a um ponto.

Resultados

Análise estatística

Foram utilizados os seguintes testes estatísticos: o teste de igualdade de duas proporções, o teste qui-quadrado e o teste de igualdade de duas médias, conhecido como teste T. O nível de significância utilizado foi 0,1 (10%) devido ao tamanho da amostragem ser reduzido.

Consciência fonológica

A Tabela 1 ilustra uma comparação quantitativa para o número de tarefas de consciência fonológica na avaliação inicial e final.

Nota-se a existência de diferença média estatisticamente significativa entre o número de tarefas de consciência fonológica realizadas na avaliação inicial (2,35) e o número de tarefas realizadas na avaliação final (5,41), conforme Tabela 1.

Observa-se que as tarefas mais produzidas na avaliação inicial foram relação som-palavra e relação palavra-palavra (52,9%); e na avaliação final, a tarefa mais produzida foi a rima (94,1%), conforme Tabela 2.

A Tabela 3 compara todas as tarefas, duas a duas, com a finalidade de verificar quais delas apresentam diferença significativa.

Observaram-se anteriormente as tarefas mais recorrentes em ambas avaliações (Tabela 2). Nota-se agora, que as tarefas relação som-palavra, relação palavra-palavra e rima não apresentam diferença estatística significativa entre si (Tabela 3).

A Tabela 4 mostra os p-valores das comparações entre as avaliações para cada uma das tarefas.

Observa-se que em algumas tarefas (rima, onset, contagem fonêmica, segmentação fonêmica, isolamento de som, relação som-palavra, relação palavra-palavra e especificar fonema apagado) existe diferença proporcional entre a avaliação inicial e final, onde na avaliação final a proporção é maior que na inicial.

Discussão

Em relação à consciência fonológica, pôde ser observado que existe diferença média estatisticamente significativa entre avaliação inicial e final (Tabela 1) e nas comparações realizadas entre as avaliações inicial e final nas tarefas de rima, onset, contagem fonêmica, segmentação fonêmica, isolamento de som, relação som-palavra, relação palavra-palavra e especificação do fonema apagado (Tabela 4), verificando-se evolução dos escolares nesses aspectos.

Esses dados sugerem eficácia do programa fonoaudiológico preventivo em linguagem oral e escrita em relação ao desenvolvimento da consciência fonológica, uma vez que foram desenvolvidas práticas de letramento baseadas em atividades de oralidade e de escrita. Além disso, corroboram dados da literatura (Bryant et al., 2000; Godoy, 2003; Savage et al., 2003; Savage e Carless, 2004) que afirmam existir uma relação entre aquisição da leitura e escrita e o desenvolvimento da consciência fonológica.

Embora não tenha sido objeto de estudo dessa pesquisa, nota-se que o trabalho realizado em narrativa oral, seguindo a técnica de scaffolding (arcabouço) de Hoffman (1997) mostrou-se eficaz para o desenvolvimento da relação entre oralidade e escrita, melhorando a consciência fonológica e fonêmica das crianças com alterações nessa área.

As tarefas mais realizadas pelos escolares na avaliação inicial foram: relação som-palavra e relação palavra-palavra, já na avaliação final, a tarefa mais usada foi a rima (Tabela 2). Contudo, verificou-se que a proporção dessas três tarefas citadas anteriormente não apresentaram diferença estatisticamente significativa (Tabela 3). O aparecimento dessas três tarefas como as mais utilizadas corroboram dados da literatura que afirma serem estas as tarefas consideradas mais fáceis pelos sujeitos (Cielo, 2002), já que reproduzem a forma silábica como são ensinadas nas escolas, com exceção da tarefa de relação som-palavra.

Conclusão

Por meio do tratamento estatístico dos dados, observa-se que, quanto à consciência fonológica, os sujeitos tiveram uma evolução média significativa na maioria das provas realizadas, sugerindo uma relação entre aquisição da leitura e escrita e o desenvolvimento da consciência fonológica, bem como efetividade do programa fonoaudiológico preventivo em linguagem oral e escrita.

Agradecimentos: à Fapesp pela Bolsa de Iniciação Científica concedida (processo número 99/12736-2); aos alunos do Curso de Fonoaudiologia da FMUSP, turma XXII, pela coleta dos dados; à equipe da Escola Estadual J. A. A., em especial às professoras Fátima, Débora, Sandra, Edilene, Claudete e Vera, pela participação e colaboração no programa; às fonoaudiólogas Scheila Maria Leão Braga, Sulamy M. Castelo Branco e Maria Cecília Periotto pela elaboração dos protocolos originais do Programa Escola e pelas diretrizes iniciais do mesmo.

BRAGA, S. M. L.; CASTELO-BRANCO, S. M C.; PERIOTTO, M. C. Protocolos de avaliação de letramento, narrativa e consciência fonológica elaborados para o estágio supervisionado em atenção primária em Fonoaudiologia - programa escola do curso de Fonoaudiologia da FMUSP. 1998. Não publicado.

Recebido em 16.05.2003.

Revisado em 11.11.2003; 22.03.2004; 10.08.2004; 17.12.2004; 18.03.2005; 13.05.2005.

Aceito para Publicação em 27.05.2005.

Artigo de Pesquisa

Artigo Submetido a Avaliação por Pares

Conflito de Interesse: não

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  • Endereço para correspondência:
    Maria Sílvia Cárnio
    R. Corinto, 543, apto. 27 Bl. A - Vila Indiana
    São Paulo - SP - CEP: 05586-060.
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    Trabalho Realizado no Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo .
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      20 Mar 2006
    • Data do Fascículo
      Ago 2005

    Histórico

    • Revisado
      13 Maio 2005
    • Recebido
      16 Maio 2003
    • Aceito
      27 Maio 2005
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